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Corvette Greenwood, Spirit of Le Mans, 1976 |
John Greenwood corria com o Corvette no campeonato americano SCCA no final de 1969 e início dos anos 1970, conquistando o título na temporada de 1971 na Classe A-Producion. John e seu irmão Burt construíram um novo chassi tubular para acomodar a carroçaria de um Corvette no estilo ‘widebody” (ou “slab-side”); e apresentaram o modelo no Detroit Auto Show, em 1974. A imprensa especializada o batizou de “Batmóvel”, e gerou grande interesse do publico pelo trabalho dos irmãos Greenwood.
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Corvette Greenwood, 1969 |
As regras da IMSA (International Motor Sports Association, derivada da NASCAR) não tinham nada falando sobre o alargamento das carroçarias, no caso rodas mais largas e paralamas correspondentes, além de prolongamentos da frente (nariz do carro) e traseiras com spoilers. De quebra, como o chassi era especial, podiam fazer o carro mais baixo do que o normal de linha, com o design contribuindo para gerar mais downforce em velocidade.
O regulamento era bastante livre, então as suspensões
eram diferentes, utilizando molas helocoidais em vez das lâminas normais; e o
motor Chevrolet Big Block de alumínio de 7 litros com injeção Kinsler de fluxo
cruzado gerava até 725 hp.
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Nota-se o aumento da largura dos paralamas traseiros em relação à carroçaria original |
John e Burt Greenwood eram muito meticulosos ao construírem seus carros, e quando os pedidos começaram a chegar, eles se cercaram de profissionais e oficinas especializadas para produzirem as peças que ajudavam na performance do carro como um todo. Peças para chassi e suspensões feitas por Emery Donaldson da FT Racing. Braços de direção, cilindros-mestre de freios Hurst/Airheart; Bob Riley e Ron Fournier colaboraram muito com os chassis, e a American Custom Industries (ACI) preparou as carroçarias de fibra de vidro.
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Em Le Mans, 1976 |
Iniciando em 1968, com Corvettes de linha preparados, a partir de 1974 passaram a ter chassi tubular e as carroçarias wide-body adaptadas do Corvette C3. Ao todo, eles construíram 12 carros completos e ainda dois chassis sem muitas informações sobre a finalização destes como Corvettes Greenwood, mas parece que os compradores o fizeram e o último deles correu até o início dos anos 1990.
O Chassi #007 correu nas 24 Horas de Le Mans em 1976, com John Greenwood e o francês Bernard Darniche, partindo na nona posição do grid com o tempo de 3 minutos e 54,6 segundos; e foi cronometrado na reta Mulsanne (antes da introdução das chicanes) a 225 mph (362 km/h). infelizmente, o carro abandonou após cinco horas de corrida com pane de combustível.
Quase todos foram preservados depois que se retiraram
das pistas e diversos participam de eventos e exposições.
Da minha coleção
O Corvette Greenwood nº 76 é um modelo da Hot Wheels, da Série Car Culture: Silhouettes, de 2019. Ele tem a decoração do modelo Chassi #007, mas de quando Rick Mancuso corria com ele. Comparado com um Corvette C3 de linha, percebe-se as alterações que Greenwood realizou na carroçaria para acomodar os largos pneus e a aerodinâmica para conseguir mais downforce nas altas velocidades que alcançava.
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Comparativo (Wide-Body x Normal Body) |
Referências:
https://historygarage.com/1976-spirit-le-mans-corvette/
https://web.archive.org/web/20030628032904/http://www.greenwoodcorvettes.com/Racecars.html
https://hotwheels.fandom.com/wiki/%2776_Greenwood_Corvette
https://web.archive.org/web/20030731153039/http://greenwoodcorvettes.com/R13.html#Anchor-1981-11481
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