Bem-vindo ao meu Blog, onde escrevo sobre minha paixão por filmes e carros, e suas miniaturas. Fique à vontade para comentar e compartilhar.
sábado, 29 de outubro de 2016
Carrinhos
Estas miniaturas estão comigo há mais de 45 anos, e o Pontiac GTO roxo, o Lotus 25 de 1963 e o Ford GT40 originalmente branco, são modelos da Matchbox, que era a HotWheels da época. O trator de esteiras é um Caterpillar D6B da mesma época, mas não me recordo donome da empresa que os fabricava.
Como podem notar, eles foram customizados com decalques de carrinhos de Autorama e foram muito "brincados", pelo estado da píntura geral.
sábado, 15 de outubro de 2016
Carros e Filmes: De Lorean "De volta para o futuro"
O
DeLorean DMC-12, comumente chamado de DeLorean, foi o único modelo produzido
pela DeLorean Motor Company, por John Z. DeLorean. É um carro esporte voltado
para o mercado americano nos anos de 1981-82, com as características portas com
abertura tipo “asa-de-gaivota”, carroceria de fiberglass, com painéis de aço
inoxidável afixadas externamente. O carro se tornou um ícone ao ser adaptado como
uma máquina do tempo, para as filmagens da trilogia “Back to the Future”.
HISTÓRIA
John
Zachary DeLorean (6 de Janeiro de 1925 – 19 de Março de 2005), nascido e criado
em Detroit, Michigan, sempre foi envolvido com a indústria automobilística
durante toda a sua vida. Era engenheiro e trabalhou com sucesso na General
Motors, e sob sua direção como Engenheiro-Chefe da Pontiac, diversos carros de
sucesso foram projetados, como o Pontiac GTO de 1965/66; O Pontiac Firebird, o
Pontiac Grand Prix e Chevrolet Vega. Com seu sucesso na direção da Pontiac, em
1969 DeLorean foi promovido a Diretor Geral da Chevrolet. Em poucos anos, ele
implementou diversos aperfeiçoamentos em design e qualidade, então, em 1973,
foi promovido a Vice Presidente da GM para as divisões de Automóveis e
Caminhões.
DeLorean
estava prestes a ser o próximo presidente da GM, mas os constantes desacordos com
os demais diretores da GM e seus pares imediatos desgastaram sua motivação de
continuar na companhia.
Em
1973, decidiu sair da GM e abrir sua própria empresa, a DeLorean Motor Company
(DMC), com um objetivo em mente: “Desenhar e construir um carro que seja tão
seguro quanto possível, confiável, confortável, que ande e faça bem as curvas,
seja prazeroso de dirigir e inegavelmente elegante no seu visual.
O
primeiro protótipo surgiu em Outubro de 1976, mas a produção começou muito
tempo depois, oficialmente em 21 de janeiro de 1981, na cidade de Dunmurry, no
subúrbio a sudoeste de Belfast, Irlanda do Norte.
Durante
sua produção, diversos itens foram modificados levemente, tal como o capô
dianteiro, rodas e detalhes do interior. Aproximadamente 9.000 unidades do
DMC-12 foram fabricadas até a suspensão no começo de 1983. Acredita-se que
cerca de 6.500 unidades ainda sobrevivam nas mãos de aficcionados e
colecionadores.
Apesar
de o primeiro modelo ser apresentado em 1976, diversos contratempos causaram
uma demora excessiva para o carro entrar em produção, e em 1981, o mercado para
o qual o carro seria direcionado reduziu-se, e junto com inesperadas críticas
do público, foram obstáculos para que o carro não decolasse no mercado. O
estilo diferenciado do DMC-12 não compensava o alto preço pedido por ele, US$
28.000, juntamente com a potência menor do que outros cupês esportivos
resultaram em mais de 3.500 carros encalhados na fábrica.
Após
um ano, o DMC-12 tinha dificuldades para repor os investimentos feitos no seu
desenvolvimento, unidades se acumulavam nos pátios, e a empresa começou a ter
dificuldades financeiras, que chegavam a US$ 175 milhões de dívida.
Depois
de anunciada a concordata em Fevereiro de 1982, a DMC ainda produziu mais 2.000
unidades até a prisão de John DeLorean no final de outubro, com o governo
britânico apreendendo a fábrica no processo de liquidação.
Em
19 de outubro de 1982, John DeLorean foi acusado de tráfico de cocaína pelo
governo dos Estados Unidos, num episódio envolvendo um informante do FBI. Seus
advogados conseguiram reverter a acusação argumentando que o FBI e o DEA tinham
injusta e ilegalmente aprisionado DeLorean quando permitiram que este
informante elaborasse uma conspiração criminosa porque DeLorean era conhecido
publicamente e estava em situação vulnerável financeiramente. Sem antecedentes
criminais, ao contrário do informante, que era um criminoso de carreira,
DeLorean foi inocentado das acusações e liberado.
Porém,
a DMC já havia desmoronado na falência e a reputação de DeLorean como homem de
negócios foi irremediavelmente manchada. Quando perguntado, depois de sua
absolvição, se ele planejava retomar sua carreira na indústria automobilística,
DeLorean amargamente respondeu: “Você compraria um carro usado de mim?”.
O CARRO
Em
outubro de 1976, o primeiro protótipo do DeLorean DMC-12 foi completado por
William T. Collins, engenheiro-chefe e designer. Originalmente previsto para
ter um motor Wankel rotativo, posicionado na traseira entre-eixos da
Citroen/NSU, os planos tiveram de ser mudados quando o motor saiu de linha.
Como alternativa, considerou-se um motor Ford Cologne V6, ou uma unidade da
coligação Peugeot-Renault-Volvo, também V6, com injeção de combustível.
DeLorean tentou aplicar tecnologia de manufatura conhecida como ERM (Elastic
Reservoir Moulding), que poderia poupar peso e baixar os custos, mas ela se
mostrou inaplicável naquele momento.
Estas
mudanças de conceitos geravam atrasos no desenvolvimento, e até Colin Chapman
acabou colaborando no projeto, assim como Giorgetto Giugiaro, com o design de
estilo utilizando os painéis de aço inox e as portas “asa-de-gaivota”.
A
empresa tinha intenção de construir a fábrica em Porto Rico, mas a Irlanda do
Norte ofereceu 100 milhões de libras para que a fábrica fosse para os arredores
de Belfast. A fábrica começou a ser construída em outubro de 1978, e a produção
agendada para começar em 1979. Problemas de engenharia e orçamentos
ultrapassando as previsões atrasaram a produção até o início de 1981.
A
taxa de desemprego na Irlanda do Norte era elevada, e os moradores locais
faziam fila para se candidatar a um emprego na fábrica. Em grande parte
inexperientes, mesmo assim, recebiam salários elevados, e tinham o melhor
equipamento disponível. A maioria dos problemas de qualidade foram sanados em
1982 e os carros começaram a ser vendidos em seus concessionários com garantia
de um ano, ou 12.000 milhas, com um contrato de serviços disponíveis para cinco
anos, ou 50.000 milhas.
Com chassi de trave central baseado no do Lotus Esprit, Giorgetto Giugiaro
esculpiu as formas do DMC-12, com as portas abrindo para cima. A carroceria era
de fibra-de-vidro, recoberta de painéis de aço inoxidável.
Exceto por três
exemplares banhados a ouro 24 quilates feitos para uma ação promocional da
American Express, todos os DMC-12 deixaram a fábrica com suas carroçarias em
aço inoxidável, sem pintura.
As
dificuldades com manutenção dos painéis de aço inox eram especialmente
problemáticos quando havia acidentes com necessidade de funilaria, algo que as
oficinas não estavam acostumadas a executar. Assim, muitos exemplares acabaram
sendo pintados, para reparar os defeitos que não eram 100% corrigidos.
Um
conceito errôneo sobre a necessidade de mais espaço lateral para abertura das
portas asa-de-gaivota era mais um empecilho para a aceitação do carro no
mercado. Na realidade, ele precisava de MENOS espaço nos estacionamentos para
as portas se levantarem. Com apenas 11 polegadas (264 mm) de espaço lateral,
era possível abrir as portas para cima, um espaço menor do que se as portas
fossem de abertura convencional.
O DeLorean tinha suspensão
independente nas quatro rodas, molas espirais envolvendo os amortecedores
telescópicos. A suspensão dianteira tinha braços duplos e a traseira era multi-link
O
motor veio do grupo PRV (Peugeot-Renault-Volvo), um V6 com 2,85
litros desenhado e construído sob contrato especial com a DMC. Era um
desenvolvimento do V6 de 2,7 litros usado no Renault 30, e vinha com uma caixa
também projetada pela PRV. A
suspensão também era baseada na do Lotus Esprit, independente nas quatro rodas, molas
e amortecedores em conjunto, com braços duplos na dianteira e multi-link na
traseira. Modificações de última hora na altura da suspensão para atender à
regulamentação americana deixaram o DeLorean com um aspecto de “nariz
empinado”; e muitos compradores acabaram retornando às especificações
originais, reduzindo a altura das suspensões.
A
direção era de pinhão e cremalheira, na relação de 14,9:1, dando 2,65 voltas de
batente a batente, com raio de giro de 10,67 m. Tinha freios a disco com
assistência a vácuo com discos de 10 polegadas na frente e 10,5 atrás. Vinha
com rodas de liga leve, de 14 polegadas tala 6 na frente e 15 polegadas com
tala 8 na traseira. Sua distribuição de peso ficava com 35-65%, respectivamente
da frente e atrás.
DeLorean
previa um motor com cerca de 200 hp, mas eventualmente acabou com um de 170 hp.
Devido à exigência de catalisadores nos Estados Unidos, a potência acabava
reduzida em cerca de 40 hp, prejudicando sobremaneira os números de performance
do DMC-12.
A
literatura indicava 0-60 mph em 8,8 segundos, um dado respeitável no começo dos
anos 1980, mas chegava a cerca de 197 km/h, ficando atrás de outros esportivos
em sua faixa de preço. O DMC-12 era 25% mais caro do que um Corvette, o Datsun
280ZX Turbo e o Porsche 924 Turbo, todos eles mais rápidos do que o DMC-12. Na
realidade, John DeLorean desprezou a opinião publica, dizendo que a maioria dos
seus consumidores não se importava com o desempenho, e queriam apenas desfilar
com estilo.
Originalmente
projetado para ter a direção à esquerda, visando à exportação para os Estados
Unidos, o fato de estar situado na Irlanda levou DeLorean a considerar a
produção de carros com volante à direita, para exportar aos países que tinham
esta configuração de condução (Reino Unido, África do Sul, Austrália, Nova
Zelândia e Japão, principalmente).
Dado
os custos adicionais para reprojetar e construir a versão com o volante à
direita, cogitou-se de realizar as adaptações pós-produção.
Registros
indicam que vinte unidades foram adaptadas assim pela empresa Whooler-Hodec
Cars, em 1984, dos quais 13 sobrevivem até hoje. Outros três exemplares foram
adaptados sob pedido da própria DeLorean, sendo conhecidos pelos aficcionados
como “AXI Cars”, registrados na Irlanda para uso da empresa, sendo que um deles,
o de código AXI 1697 é o exemplar que a fábrica expôs no British Auto Show, em
Birmingham, em Outubro de 1982.
Os
carros banhados a ouro foram encomendados para uma promoção da American Express, ao preço de US$ 85,000
cada, para seus associados do Gold Card (previsão de vender 100 unidades), mas
apenas dois foram vendidos. Um deles foi comprado por Roger Mize, presidente do
Snyder National Bank em Snyder, Texas. O carro foi exibido no lobby do banco
por mais de 20 anos antes de ser cedido para o Petersen Automobile Museum de
Loa Angeles, California.
O
segundo exemplar está no William F. Harrah Foundation/National Automobile
Museum em Reno, Nevada. Este carro é o único dos três equipado com uma
transmissão manual, tem o interior bronze e tinha as especificações para ser o
modelo 1982. Pouco rodado, está com 1,442 milhas (2.307 km) no odômetro.
O
terceiro carro banhado a ouro tem apenas 636 milhas rodadas, e apesar de ser o
mais antigo dos três, não foi finalizado por razões desconhecidas. Sua montagem
final e a instalação dos painéis banhados a ouro foram completados em Columbus,
Ohio, em 1983, pela Consolidated International. Este exemplar na verdade foi
montado com as peças reservas dos outros carros vendidos para a American Express, para o caso de necessitarem
de reparos. Hoje, ele é de propriedade de um colecionador privado em La Vale,
Maryland, e está à venda (em 2015) por US$ 250,000.
Há
também um quarto exemplar banhado a ouro, mas o serviço foi executado pelo dono
em caráter privado, em 1981; e mais tarde, vendido a um colecionador não
identificado no Canadá.
Após
a liquidação da companhia, o empresário britânico Stephen Wynne, morador do
Texas, adquiriu os direitos de uso do nome “DeLorean Motor Company” em 1995, e
logo depois, também o direito de uso do nome e logotipo “DMC”, como parte
remanescente do inventário da DeLorean Motor Company original.
Usando
peças e componentes do estoque, e com o ferramental herdado, Wynne produziu
algumas unidades do DeLorean.
Em
2016, devido a uma lei de fabricação de baixos volumes, Wynne pode voltar a
construir o DeLorean, como ele era em 1982. Em entrevista à imprensa local, o
empresário se mostrou empolgado, uma vez que tem peças em estoque suficiente
para montar cerca de 300 exemplares do DeLorean. A aparência será mantida, mas
é quase certeza de que o motor e transmissão serão atualizados. Wynne acredita
que o preço ficará abaixo dos US$ 100 mil (ou ao câmbio de Jan/2016, cerca de
R$ 400 mil).
John
Zachary DeLorean morreu aos 80 anos, vitimado por um Acidente Vascular
Cerebral, em 19 de março de 2005, e em sua lápide, figura o DMC-12 entalhado
com as características portas em asa-de-gaivota abertas em grande estilo.
BACK TO THE FUTURE - O FILME
Ficção
científica com tons de comédia, onde Marty McFly (Michael J. Fox), um
adolescente, aspirante a astro de rock, toca numa banda que anima bailes de
escola. Ele mora com seus pais George e Lorraine (Crispin Glover e Lea
Thompson) em Hill Valley, California. George é constantemente intimidado por
seu supervisor, Biff Tannen (Thomas F. Wilson). Lorraine está acima do peso e
vive uma vida insípida, que tenta tornar um pouco melhor com ajuda de alguma
bebida. Seus irmãos tem subempregos e vivem também com seus pais.
Marty
é amigo de (Doc) Emmet Brown (Christopher Lloyd), cientista que mostra a ele
sua maior invenção, uma máquina do tempo, na forma de um DeLorean. Ele é equipado
com o Capacitor de Fluxo, que exige 1,21 Gigawatts de potência para viajar no
tempo, e sua energia vem da fissão nuclear. Brown conseguiu o plutônio que gera
a energia enganando um grupo de terroristas líbios que queriam que ele
construísse uma bomba nuclear, e ao se preparar para viajar ao futuro, os
terroristas aparecem e matam o cientista a tiros de fuzil. Marty tenta escapar
no DeLorean, mas acidentalmente liga o Capacitor de Fluxo, e ao atingir as 88
milhas por hora, é transportado para 5 de novembro de 1955, uma data que o
Doutor havia programado nos instrumentos de navegação do DeLorean como um
exemplo.
Marty
viaja no tempo, encontrando-se com seus pais George e Lorraine, e tem de lutar
para que eles se apaixonem e se casem, senão ele mesmo não existirá no futuro.
O filme trabalha com o paradoxo temporal, de que qualquer coisa que altere o
passado, terá implicações inimagináveis no futuro. George conheceu Lorraine
porque foi atropelado pelo carro da família, e quando este fato vai ocorrer,
McFly salva George, sem saber que ele virá a ser seu pai. Isto faz com que
Lorraine se interesse por Marty e não por George, o que exige malabarismos de
Marty para que George e Lorraine se apaixonem e se casem.
Para
poder fazer os dois se apaixonarem, Marty planeja fazer George
"resgatar" Lorraine dos avanços sexuais encenados por ele na noite do
baile "Encantamento do Fundo-do-Mar". Entretanto, o plano não corre
exatamente como o planejado, já que Marty é interrompido por Biff que
inesperadamente surge, tirando Marty do carro e abusando de Lorraine. George
aparece como planejado para resgatá-la de Marty, porém acaba encontrado Biff.
Apesar das ameaças de Biff, George abandona sua costumeira submissão e o
enfrenta pela primeira vez, lhe dando um forte soco no rosto, deixando-o
inconsciente. Lorraine e George vão para o baile onde eles se beijam pela primeira
vez, assegurando a existência de Marty e seus irmãos.
Marty
tenta se encontrar com o jovem Doutor Brown para convencê-lo a ajudar a colocar
as coisas em ordem e retornar a 1985.
Lembrando-se
que um raio vai cair na torre do relógio da corte judicial de Hill Valley, no
sábado seguinte às 22:04, armam um esquema para captar a energia do raio e
energizar o Capacitor de Fluxo para levá-lo de volta para o futuro.
Marty
chega à cena do antecipado raio na torre do relógio onde o Doutor está fazendo
os preparativos finais. Marty tenta avisá-lo sobre seu assassinato em 1985 com
uma carta, porém o Doutor a rasga sem ler, com medo de alterar o futuro. Um
enorme galho de árvore acidentalmente desconecta o arranjo de fios do Doutor
para capturar a energia do raio, porém os dois consertam as conexões a tempo de
enviar Marty e o DeLorean de volta para 1985. Apesar de Marty chegar tarde
demais para impedir que o Doutor fosse baleado, o Doutor revela que ele juntou
os pedaços da carta, descobrindo sobre seu iminente assassinato. Assim sendo,
muniu-se previamente com um colete a prova de balas.
O
Doutor deixa Marty em sua casa e vai para o futuro. Marty acorda na manhã
seguinte para descobrir que sua família melhorou significativamente e está mais
feliz. Seus irmãos estão em bons empregos, Lorraine é magra e jovial, e George
é autoconfiante e um autor de ficção científica de sucesso. Mais notavelmente,
George e Lorraine tem uma relação íntima que eles nunca tiveram, enquanto Biff
se tornou dono de uma oficina, além de agora ser submisso a George. No momento
que Marty reencontra sua namorada Jennifer Parker (Claudia Wells), o Doutor
aparece, insistindo para que eles o acompanhem no futuro para resolver um
problema com seus filhos. Com o Doutor no volante, Marty e Jennifer entram no
melhorado DeLorean, agora como um carro voador, e vão para o futuro.
NOS BASTIDORES DO FILME
Dirigido
por Robert Zemeckis, foi escrito pelo próprio Zemeckis e Bob Gale, depois que
Gale ter se perguntado se ele teria ficado amigo de seu pai se tivessem
estudado juntos no colégio. Finalizando um rascunho em fevereiro de 1981,
levaram-no à Columbia, mas não foi aceito pelos produtores. E as ofertas para
outros grandes estúdios foram também recusadas nos quatro anos seguintes, mesmo
com o roteiro sendo refeito por duas vezes no período.
Zemeckis
então decidiu dirigir Romancing the Stone,
que foi um sucesso de bilheteria. Com seu prestígio em alta, mostrou o projeto
para Steven Spielberg, que topou produzi-lo, e o filme foi aceito pela
Universal Pictures.
Sidney
Sheinberg, da Universal, fez algumas sugestões no roteiro, como mudar o nome da
mãe de Marty de Meg para Lorraine (era o nome de sua esposa), substituiu o chimpanzé
de estimação de Brown por um cachorro, e queria que o título fosse alterado
para Spaceman from Pluto, pois achava
que nenhum filme com a palavra “futuro” teria sucesso. Spielberg mandou um
memorando para Sheinberg, convencendo-o que todos acharam o título uma piada, o
que o fez desistir da idéia.
Na idéia original, a Máquina do Tempo era um refrigerador de aço inox; mas nas considerações de produção foi aventada a possibilidade de crianças começarem a entrar nas geladeiras, e o perigo de ficarem presas dentro. Em alguns países, as descartar as geladeiras, é obrigatório remover as portas, para que não haja o risco de alguma criança entrar numa abandonada e ficar presa nela. Pelo menos, o DeLorean também era revestido de placas de aço inox em sua carroçaria.
TIME MACHINE
Para os três filmes da série, Spielberg utilizou oito unidades (alguns sites informam seis exemplares) do DeLorean, alguns cortados e serrados para as tomadas, e outros idênticos para o caso de ter dublês em caso de alguma pane ou acidente durante as tomadas.
O design de produção do carro é de autoria de Ron Cobb, Andrew Probert e Michael Scheffe, sendo que a empresa de efeitos especiais Filmtrix, de Kevin Pike construiu os três primeiros carros para o filme em apenas 10 semanas.
Com os codinomes de “A Car”, “B Car” e “C Car”, estes eram os principais exemplares usados na produção. O “A Car”, também conhecido como “Hero Car”, era o mais detalhado e o mais utilizado no filme, e após as filmagens, ficou exposto no Universal Studios, na California, com a placa “OUTATIME”. Com o tempo, os visitantes começaram a arrancar partes do carro e vandalizarem o veículo. Bob Gale (co-autor do roteiro com Robert Zemeckis) providenciou uma equipe para restaurar o carro nas condições originais; e hoje (2020) o exemplar está exposto no Petersen Automotive Museum, em Los Angeles.
O “B Car” era conhecido como “Wreckage Car”, utilizado para as tomadas mais arriscadas, envolvendo velocidade, derrapagens ou acrobacias. Ele foi usado nos três filmes, e foi esse exemplar atingido por uma locomotiva no terceiro filme. Os destroços foram instalados no teto do restaurante Planet Hollywood Havaí, até seu fechamento em 2010. Atualmente, ele está sendo exibido em Hubbardston, Massachusetts.
O “C Car” era um exemplar cortado para tomadas internas, para acomodar a câmera. Depois das filmagens, o carro permaneceu na Universal Studios Hollywood, e muitas de suas peças foram montadas numa réplica executada pelo Tom Talmon Studios, para a Universal Japan. Vários anos depois, a Universal vendeu o carro para uma empresa privada, e o veículo está exposto na entrada da companhia.
Outros exemplares foram feitos em fibra de vidro, para as cenas de destruição que fatalmente há nos filmes atuais, e não são contados como “Movie-Cars”.
Vários
elementos da Máquina do Tempo são equipamentos elétricos industriais, entretanto,
dois deles são exceções: o Reator Nuclear foi feito de uma calota de roda do
Dodge Polara, e o Capacitor de Fluxo na verdade é uma cafeteira Krups.
O HISTÓRICO DO "A-CAR"
O DeLorean que serviu como Máquina do Tempo na trilogia de Back To The Future, eram três exemplares que foram cosntruídos e montados por Kevin Pike e sua equipe na Filmtrix, empresa de produção para cinema. Michael Scheffe coordenou o projeto da Máquina do Tempo, sendo o responsável pela aquisição dos itens para o carro e supervisão da construção. Scheffe também desnhou vários itens para o DeLorean, inclusive a autoria do Mr. Fusion é dele.
Os modelos receberam os códigos de "A-Car", "B-Car" e "C-Car", sendo o primeiro também chamado de "Hero Car", pois era o que mais preservado durante as filmagens, usado para fotos promocionais, e exibição ao público. O "B-Car" era "stunt-car", utilizado nas tomadas em velocidade, derrapagens e manobras que envolviam algum risco, o e "C-Car" era o modelo aberto ou cortado, para tomadas do interior do veículo.
O "A-Car" era um DeLorean fabricado em outubro de 1981, e em outubro de 1983, a Universal Studios adquiriu o carro para convertè-lo na Máquina do Tempo de Doc Brown. O design para o filme foi criação de Ron Cobb e Andrew Probert, e a Filmtrix levou dez semanas para finalizar o projeto.
A produção acabaou fazendo algumas alterações no painel do B-Car e C-Car, pois o Circuito do Tempo tinha um mostrador digital que indicava a data em que se desejava viajar no tempo, e quando o mostrador exibia a data de 26 de outubor de 1985, aparecia 10-26-1985. Robert Zemeckis e Bob Gale perceberam que estes números seriam complicados para o espectadores lerem, então a equipe reprogramou o Ciruito do Tempo para exibir a data como "OCT-26-1985", ficando a percepção mais clara para os espectadores. Porém, esta alteração foi feita somente nos carros B e C, já que o A não seria utilizado para tomadas de cena no interior do veículo. Este detalhe pode ser conferido nas várias cenas em que Einstein está sentado no banco do piloto na cena do estacionamento de Twin Pines Mall.
O "A-Car" foi utlizado também em Back to the Future II e III, e apareceu em documentários e programas de TV pelo sucesso dos filmes no cinema. Após o terceiro filme, o modelo serviu de atração turística no Universal Studios Hollywood, em Los Angeles, e alguma vezes foi exibido em frente ao Back to the Future: The Ride. O carro foi usado por atores caracterizados como "Doc Brown" dirigido nas ruas do parque junto com alguns convidados.
Cena de Einstein e o painel indicando 10-26-1985 |
Durante vários anos, milhares de fans tiraram fotos junto ao carro, tanto fora como dentro do veículo. O carro ficava estacionado num canto do parque, aberto e com as chaves na ignição; e quando algusn fans descobriram isso, passaram a rodar com o modelo nas dependências do parque; e isso foi o começo da depredação da Máquina do Tempo, pois as pessoas removiam os itens como souvenirs, roubando vários equipamentos do modelo, inclusive o Mr. Fusion, o Circuito do Tempo e o Capacitor de Fluxo.
Como item de produção para a filmagem, tudo era muito frágil e não muito durável, feito de plástico, vidro e madeira, e pela exposição ao público várias peças do carro se quebraram ou foram danificadas pelo público.
Quando não estava sendo usado, o DeLorean ficava estacionado ao relento, e o sol, chuva e as variações de temperaturo cobraram o seu preço. A janela traseira foi removida para montar as peças afixadas sobre o motor e a carroçaria tinha diversos furos de fixação que deixavam a água da chuva entrar, e isso causava panes elétricas pela agua e umidade acumulada onde não devia.
A equipe de manutenção da Universal Studios manteve o DeLorean andando, mas não se preocupava com a reparação dos componentes fiéis aos originais; até repintando itens com outra cor e adicionaram um par de alto-falantes no carro.
O "B-Car" também foi usado nos outros filmes, e acbaou sendo destruído pelo trem no final do terceiro filme. O "C-Car" já tinha a cabine cortada e foi desmontado e vendido como sucata ao término das filmagens; restando somente o "A-Car", bem desfigurado a esta altura do tempo.
Quando os danos chegaram ao extremos do carro não rodar mais, ele foi exposto à beira da rodovia junto com outros modelos de carros usados nos filmes da Universal, e apesar de ter uma cobertura contra as intempéries do tempo, ratos, pássaros e gatos contribuíram para a deterioração cada vez maior da Máquina do Tempo.
Em 2010, com diversas partes faltando, quebradas ou roubadas, era apenas uma questão de tempo para o DeLorean ser destinado ao ferro-velho. No entanto, em 2011, a Nike resolveu re-editar seu famoso Nike Mag Shoes, que apareceu no Back to the Future II, e no evento de apresentação à imprensa, na área externa da Universal Studios, o DeLorean foi trazido para que fizesse parte do cenário do evento.
Quando Bob Gale, que estava presente neste evento, viu o estado da Máquina do Tempo, quase teve um infarto! Ele disse: "Alguma coisa precisa ser feita! Eu sabia que precisava salvar a Máquina do Tempo!".
Ele começou imediatamente a trabalhar com a Universal Studios num plano para restaurar este ícone do cinema.
O DeLorean no Petersen Automotive Museum |
Graças aos esforços de Bob Gale e Joe Walser, numa medida decisiva, eles contrataram um dedicado grupo de fans de Back to the Future para restaurar o carro, numa iniciativa pioneira jamais vista na história do cinema. Joe Walser é considerado o melhor construtor de Máquinas de Tempo, com duas réplicas perfeitas que ele fez, inclusive para a Universal Studios utilizar em marketing e eventos publicitários. Joe e o grupo e fans trabalharam por cerca de um ano para reformar o DeLorean original, com cada equipamento e parafuso no seu devido lugar.
Bod Gale divulgou ao público o trabalho que estavam fazendo e os fans retornaram muitos dos itens que haviam removido do modelo, inclusive o Capacitor de Fluxo e um par de telas utilizadas no Circuito do Tempo no filme III.
Com o trabalho meticuloso de Joe Walser, diversos reparos e alterações feitas no decorrer dos anos foram recuperadas com precisão, e ao restaurar o Circuito do Tempo, tudo foi recuperado em sua funcionalidade, e finalmente, o mostrador da programação de data ficou igual ao dos carros B e C, com luzes e sons como no original.
Todo o processo de restauração foi detalhado no premiado documentário OUTATIME: Saving the DeLorean Time Machine. O filme está disponível mundialmente em BluRay, DVD e streaming através de seu site oficial, www.OUTATIMEmovie.com.
O projeto foi concluído em 4 de fevereiro de 2012, cerca de um ano após o seu início. O DeLorean restaurado ofi exibido ao público no predio da NBC Universal Experience, agora num plataforma a vários metros do chão, protegido por uma ciaxa de plexiglass (que os fans paelidaram de "aquário").
No outono de 2015, foi anunciado que o predio da NBC Universal Experience seria demolido para dar lugar a uma nova atração no parque, e os fás ficaram preocupados com o destino da Máquina do Tempo, mas foram infundadas. No início de 2016, a Universal informou que a Máquina do Tempo seria transferida para o Petersen Automotive Museum, em Los Angeles. Lá, estava sendo inaugurada a "Hollywood Gallery", que iria ter, entre outros veículos de filmes, um Batmóvel, o Aston Martin DB10 de James Bond, o Plymouth Fury de Christine, o fusca Herbie, e outros. O DeLorean continua de propriedade da Universal, mas o Petersen Museum é o responsável pela segurança e proteção do carro.
Em 22 de abril de 2016, o Petersen Automotive Museum realizou uma grande festa de inauguração da exibição da Máquina do Tempo, e centenas de fãs participaram da abertura da nova casa, com a presença de Bob Gale, Joe Walser, John Murdy (Diretor Criativo da Universal Studios Hollywood), e Steve Concotelli (Diretor da OUTATIME, criadora do game multiplayer de hoverboard).
Desde então, o DeLorean tem sido o veículo mais visitado do museu, multidões podem ser vistas em torno do carro, admirando e tirando fotos para compartilhar seus momentos com este icônico veículo.
BACK TO THE FUTURE NA CULTURA POP
Quando
lançado, em 3 de julho de 1985, Back to
the Future se tornou o filme de maior sucesso do ano, arrecadando mais de
380 milhões de dólares e foi aclamado pela crítica.
Ficou
11 semanas em primeiro lugar nas bilheterias, venceu vários prêmios, como o
Hugo Awards, o Saturn Awards como melhor Filme de Ficcção Científica, recebeu
indicações ao Oscar, ao Golden Globe e outros. A American Film Institute o
reconheceu como o 10º melhor filme de ficção científica americano, e deu início
a uma franquia com Back to the Future II
e Back to the Future III, sendo
lançados em 1989 e 1990, desdobrando-se em desenhos animados, brinquedos em
parques de diversões, vários jogos eletrônicos e uma peça de teatro musical.
O
filme recebeu um re-lançamento especial de 25 anos nos Estados Unidos e no
Reino Unido em outubro de 2010 para coincidir com o lançamento em Blu-ray e DVD
de 25 anos da Universal Studios Home Vídeo. Para o re-lançamento, Back to the
Future foi restaurado e remasterizado.
DA MINHA COLEÇÃO
DELOREAN DMC-12 -
SUNSTAR
Fabricado
pela Sunstar na escala 1:18, esta miniatura reproduz fielmente os equipamentos
adicionados por Doc Brown ao DeLorean para viajar pelo tempo. A textura de aço
inoxidável da carroçaria é bem convincente, as portas com a abertura
"asa-de-gaivota" tem um encaixe bem ajustado, e esta versão reproduz
o DeLorean que aparece no final do primeiro filme, quando Doc Brown volta do futuro e
vem buscar Marty e Jennifer pois seus filhos estão em perigo no futuro.
O
modelo tem um mecanismo que articula as rodas, deixando-as na horizontal, pois
o DeLorean do próximo episódio além de rodar normalmente, também voa,
desafiando a gravidade.
DELOREAN HOT WHEELS
O modelo da Hot Wheels reproduz o modelo (com as limitações da escala 1:64) do primeiro filme, com design de Manson Cheung. Lançado em 2001, numa edição especial para o Japão (Charawheels, em parceria com a Bandai), vinha na versão do primeiro filme, o original. O segundo em Hoover Mode; com as rodas deitadas fixas, e o terceiro com rodas vermelhas e os pneus com faixa branca nas laterais. Em 2010, a Mattel apresenta o DeLorean de rua, o primeiro trabalho de Manson Cheung, que antes de começar a trabalhar com os Hot Wheels, já era dono de um De Lorean real, e havia feito alguns modelos dele em 3D. Também em 2010, o casting da Hot Wheels - Mainline reproduz o DeLorean normal de rua, folheado a ouro da promoção da American Express, com as rodas 10SP douradas. Com o passar dos anos, diversas decorações e cores foram aplicadas ao modelo, distanciando-o dos filmes que o fizeram famoso.
Em 2012, a Mattel lançou uma versão especial para o Red Line Club (clientes VIP colecionadores de hot Wheels) em acabamento polido cromado e portas que se abriam para cima, e as tradicionais rodas RL com o filete vermelho.
Hot Wheels - da Série Charawheels, em parceria com a Bandai Japonesa, do primeiro filme. |
O DeLorean normal de rua, folheado a ouro da Promoção da American Express. |
A Edição Especial do Red Line Club, de 2012, com o casting polido cromado, e as portas abrindo em asa-de-gaivota. |
Quando Manson Cheung foi convidado para ser o convidado de honra do #19th Annual Hot Wheels Nationals Convention, todos ficaram imaginando qual seria o modelo do jantar especial: um De Lorean normal ou um Time Machine?
Sete anos depois do modelo RLC, Manson Cheung revisou o casting do De Lorean, mas desta vez, o modelo saiu em ZAMAC, escovado, deixando o visual bem próximo do carro real, que tinha a carroçaria em aço inox escovado. Foram mantidas a abertura das portas asa-de-gaivota, mas com a traseira modificada, reproduzindo mais fielmente o seu exemplar real. Está ali a placa como no modelo 1:1, além do trabalho que Steve Vandervate, Graphic Design que decorou o modelo, reproduz os stickers do carro de Manson Cheung: o logo Hot Wheels no vidro da janela traseira direita, e os dizeres "Here in the present" e o QR Code da página do website de Manson na janela traseira esquerda, e o preciosismo de uma estreita faixa preta na lateral da tampa do bocal de abastecimento, na base do para-brisa dianteiro, como no carro de Manson.
Em 2021, a Mattel lançou o DeLorean na Série Boulevard, que vinha com um acabamento melhor, rodas especiais e pneus de borracha.
O DeLorean com pneus de faixa branca é da TOMICA, japonesa, de Back to the Future Part III, com o Mr. Fusion no topo do motor. Modelo bem detalhado, faróis e lanternas definidos, mas com os vidros escurecidos, quase não se vê o interior.
De Lorean, de Back to the Guture Part III, da TOMICA. |
Back to the Future - Part III |
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