terça-feira, 30 de abril de 2024

Bugatti Chiron Pur Sport

Bugatti Chiron Concept, 1999

Apresentado em 1999, o conceito do Bugatti 18/3 Chiron levou 17 anos para entrar em produção. No Geneva Motor Show, em 1º de março de 2016, a Bugatti Automobiles S.A.S. apresentou o sucessor do Bugatti Veyron; o Chiron, em homenagem ao piloto monegasco Louis Chiron, que era piloto da fábrica nos anos 1928-32, vencendo várias corridas com o modelo T51.

Equipado com o motor V16 de 7.993cc (com quatro bancadas de quatro cilindros cada), com quatro turbocompressores, dava um pico de 1.479 hp a 6700 rpm com 1.600 N-m de torque entre 2000 e 6000 rpm. O carro acelerava de 0-62mph em 2,4 segundos, fazia de 0-200 km/h em 6,5 segundos e 0-3—km/h em 13,6 segundos. Num teste de velocidade máxima, o Chiron atingiu 400 km/h (249 mph) em 32,6 segundos, e levou 9,4 segundos para frear até sua parada total. 

Bugatti Chiron, 2016

A velocidade máxima foi limitada eletronicamente nos 420 km/h por razões de segurança, principalmente porque a Bugatti concluiu que os pneus fabricados atualmente não seriam seguros para rodas nas velocidades que o carro atingia.

Bugatti Chiron Pur Sport, 2020

O Bugatti Chiron Pur Sport é uma versão limitada a 60 unidades, fabricado em 2020. A transmissão foi reduzida em 15% nas relações de marcha para aproveitar melhor a potência do motor. Assim, o Pur sport fazia de 0-62mph (0-100 km/h)em 2,3 segundos, e de 0-124mph (0-200 km/h) em 5,9 segundos. Esta versão era 50 kg mais leve do que o Chiron normal, ganhos no escapamento de titânio, no suporte do spoiler traseiro, uso extenso de couro Alcântara, e peças de alumínio anodizado e titânio no interior. Um ganho no peso foi conseguido pela eliminação do mecanismo hidráulico que controlava o spoiler traseiro, que agora se tornou fixo.

As rodas "Aero Blades"

As rodas tinham um design chamado “Aero Blades”, que canalizavam o ar próximo às rodas para o difusor traseiro. Os pneus Michelin Sport Cup 2R aumentaram a força G nas acelarações laterais em 10%, e foram desenvolvidos em conjunto com a Michelin, as medidas eram de 285/30 R20 na dianteira e 355-25 R21 na traseira. As molas tiveram rua rigidez aumentada em 65% na frente e 33% atrás, camber de -2,5o em cada eixo, amortecedores eletrônicos revistos, com respostas a menos de 6 milissegundos, conforme o piso em que roda, juntas e buchas reforçadas em todas as suspensões, barras estabilizadoras em ambos os eixos de fibra de carbono, e alterações no modo ESC-Sport+ no gerenciamento do motor.

O primeiro exemplar do Chiron Pur Sport foi entregue a um comprador americano em janeiro de 2021, e o 30º e último foi entregue ao proprietário em 1 de dezembro de 2022, chegando na metade da produção prevista.

 Da minha coleção

Bugatti Chiron Pur Sport, TOMICA 1:63


O Bugatti Chiron Pur Sport é um modelo da TOMICA, na escala 1:63, faz parte do Mainline e foi lançado em 2021. O acabamento é muito bom, faróis de acrílico, grade dianteira detalhada, logotipo Bugatti na grade dianteira em duas cores, não tem partes móveis. As rodas são de plástico, e não remetem ao design das “Aero Blades” do carro original, porém a miniatura tem uma suspensão funcional.





Referências:

https://tomica.fandom.com/wiki/No._37_Bugatti_Chiron_Pur_Sport

https://en.wikipedia.org/wiki/Louis_Chiron

https://www.slashgear.com/the-bugatti-chiron-pur-sport-devil-is-in-these-incredible-details-26622197/

https://en.wikipedia.org/wiki/Bugatti_18/3_Chiron


domingo, 28 de abril de 2024

Carros e Filmes: Auburn Speedster 851 de Indiana Jones e o Templo da Perdição


Indiana Jones e o Templo da Perdição foi o segundo filme da trilogia, mas está posicionado um ano antes de Os Caçadores da Arca Perdida na linha do tempo.

Indy (Harrison Ford) se junta a um menino chinês de 12 anos chamado Short Round (Ke Huyu Quan). Eles chegam a uma pequena vila em dificuldades na Índia, onde as pessoas acreditam que um espírito maligno está levando as crianças embora, depois que uma preciosa pedra sagrada foi roubada. Há um misterioso templo conhecido na região como Templo da Perdição, para onde eles acreditam que seus filhos foram levados. Cabe a Indiana resgatar as crianças e desvendar este mistério.

"Tio Wong" é o homem que criou Short Round, dono do Auburn Speedster 851, ano1934; e Indiana ensinou o menino a dirigir o carro, fixando blocos de madeira nos pedais para que ele alcançasse so pedais.


Quando Indiana foi ao Clube Obi Wan (referência ao mesmo nome do personagem de Alec Guinness em Star Wars); Short Round fica com o carro ligado do lado de fora. Indy estava negociando os restos mortais do Imperador Nurhachi por um grande diamante, com Lao Che (Roy Chiao), dono da boate e gangster local, e acaba sendo envenenado, Lao dá gargalhadas, mostrando a Indy um frasco com um líquido azul que é o antídoto.

Segue-se uma briga, com Indy tentando pegar o antídoto, ao passo que Willie Scott (Kate Capshaw), "namorada" de Lao tenta pegar o diamante "Olho de Pavão". Os dois conseguem fugir do clube, saltando no banco traseiro do Auburn. Short Round sai dirigindo o carro em fuga pelas ruas, perseguido pelos homens de Lao Che.


Este conversível Auburn 1934 de cor creme era propriedade do "Tio Wong". Short Round (Ke Huy Quan) aprendeu a dirigi-lo e, com a ajuda de Indiana Jones, fixou blocos de madeira nos pedais para permitir que ele os alcançasse.

Ao chegar ao aeroporto de Nang Tao, o carro foi estacionado e abandonado quando os três se encontraram com Earl Weber (Dan Aykroyd), que os acompanhou até o avião Ford Tri-Motor que os esperava, saindo da Índia.

Na verdade, para as filmagens foi construída uma réplica, mas de um Auburn Boattail Speedster 1936, o que não condiz com o ano em que se passa o filme, 1935.

Auburn Automobile Company

A pequena empresa que fabricava os Auburn na cidade de Auburn, Indiana (será por isto que foi selecionado pela produção de Indiana Jones?) estava em dificuldades no começo dos anos 1920, e Erret Lobban Cord, um bem-sucedido vendedor de carros, assumiu a empresa em 1924, contratando James Crawford para projetar e desenvolver uma nova linha de veículos. Seus carros tinham uma vocação esportiva, com carroçarias sempre de apenas dois lugares, conversíveis com capota de lona, e mesmo após a Grande Depressão, os Auburn tinham motores V12 de 6,4 litros, normalmente aplicados em caminhões de combate a incêndios. Al Jenkins quebrou 70 recordes americanos de velocidade com um Auburn Speedster de 1935.


O Auburn Speedster 851 foi apresentado em 1934, como modelo 1935, utilizando um motor de 4,6 litros, oito cilindros em linha, equipado com compressor ou não; era poderoso e confiável. O projeto é de Gordon Buerhrig, engenhosamente construído e de baixo custo. Com para lamas envolventes, radiador inclinado e escapamentos saindo pela lateral do capô, tinha um design renovado e belo, assim, o 851 se tornou o icônico Auburn “Hollywood Car”.


Uma inovação aplicada ao 851 era o diferencial Columbia Dual-Ratio, um conjunto de engrenagens epicicloidais interposto entre o cardã e a coroa do diferencial. Quando engatado, a relação de transmissão final, que normalmente era de 3:1, mudava para 4,5:1, aumentando significativamente a velocidade final do carro. O sistema era controlado por uma alavanca montada no volante, que também acionava a embreagem para realizar a mudança na transmissão. Com o câmbio de três marchas sincronizadas, a dupla relação do diferencial proporcionava seis marchas no total.


Apenas 143 exemplares do Auburn Speedster foram fabricados, de 1934 a 1937, anos em que a empresa fechou, encerrando a produção.

Da minha coleção



O Auburn Speedster 1936 do filme Indiana Jones e o Templo da Perdição é um modelo da Matchbox, saiu na Série Matchbox 70 Years, reproduzindo o carro que aparece no segundo filme da trilogia de Indiana Jones. O casting é bem-feito, a lateral pintada vem na posição correta, tem uma inscrição “Supercharger” nas laterais do capô do motor.





Referências:

https://matchbox.fandom.com/wiki/1936_Auburn_Speedster_851

https://indianajones.fandom.com/wiki/Indiana_Jones_and_the_Temple_of_Doom

https://www.imdb.com/title/tt0087469/?ref_=fn_al_tt_1

https://indianajones.fandom.com/wiki/1934_Duesenberg_Auburn_convertible

https://en.wikipedia.org/wiki/Auburn_Speedster

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Team Transport – Porsche 962 – Fleet Flyer # 6


Em 2018, a Mattel lançou a Série dos Team Transport, conjuntos de dois veículos, um automóvel de linha já existente, com decoração de corrida, e um veículo de transporte que o levava para os autódromos para as competições. Este Set foi o sexto lançado em 2018, e o visual remete à MOMO Racing Team, se ela participasse de corridas.

A história do Porsche 962 começa na realidade em 1975, quando a Porsche apresentou o Porsche 936, sucessor do vitorioso 917, aposentado em 1971, no World Sportscar Championship. A designação 936 vinha do motor turbo modificado do Porsche 930, que competia no Grupo 6, dos Carros Esporte-Protótipos.

PORSCHE 936

Porsche 936, vencedor em Le Mans, 1976

Sua configuração aberta de dois lugares era equipada com um motor Flat-6 com turbo único, cabeçotes de duas válvulas, refrigerado a ar, com 2.140cc (equivalente a 3.000cc, segundo o regulamento na época), gerando 540 cv a 8000 rpm, com 356 ft-lbs a 6000 rpm de torque. O câmbio tinha cinco marchas, diferencial de deslizamento limitado. O chassi era um desenvolvimento do tubular aplicado no 917, e o design da carroçaria tinha laterais mais retas e seguia os princípios aerodinâmicos do 917 LH, mais longo do que os 917 iniciais.

De 1976 a 1981, a Porsche venceu três vezes as 24 horas de Le Mans, com Jacky Ickx (76, 77 e 81) com o 936, cada ano com um chassi diferente, e a Porsche não disponibilizou o 936 para equipes independentes, mas a Porsche cedeu à equipe Joest Racing um chassi de reserva e peças sobressalentes, e ela montou um carro que foi designado como Porsche 936C JR005 e correu algumas provas com ele. A Kremer Racing recebeu os projetos do 936 para recriar um exemplar modificado com as especificações de 1981, chamado chassi CK5 01, para a temporada de 1982. Estes últimos receberam modificações na carroçaria, deixando de ser modelos abertos e seguindo o design do novo Porsche 956.

O 936 vencedor em Le Mans, 1977

O 936 vencedor em Le Mans, 1981


PORSCHE 956 E 956B

O Porsche 956, no Museu em Sttutgart,
demonstrando o efeito-solo

Para 1982, a Porsche apresentou o sucessor do 936, com a sigla 956, equipado com o motor do 936/81, mas ampliado para 2.650cc preparado para a Fórmula Indy, gerando 635 cv. O design geral do carro era de Norbert Singer para o World Sportcar Championship, Grupo C, na temporada de 1982. Diferentemente dos anteriores, o chassi do 956 era um monocoque de alumínio, o primeiro feito pela Porsche, e pesava apenas 800 kg, o mínimo exigido pelo regulamento. Foi também o primeiro carro da Porsche que utilizava o efeito-solo, gerando mais de três vezes o downforce do que o modelo 917 de uma década atrás. Outra tecnologia aplicada ao 956 era a dupla-embreagem PDK (Porsche Doppelkupplungsgetriebe), testado desde o início dos anos 1980, e que passou a equipar os Porsche 997 Carrera de produção em 2009.

A equipe de fábrica corria com o patrocínio da Rothmans, e este modelo foi cedido para equipes privadas, como a Joest Racing, Obermaier Racing, John Fitzpatriclk Racing, Richard Lloyd Racing, Kremer Racing e Brun Motorsport. Nas 24 Horas de Le Mans de 1982, a dupla Ickx/Bell liderou todas as 24 horas, conquistando a terceira vitória correndo juntos. Como haviam vencido em 1981 com o Porsche 936 que usava uma versão inicial do motor 956, eles largaram na pole position, com o número 1 estampado nas laterais; e os outros dois 956 de fábrica, com os números 2 e 3 terminaram nestas mesmas posições, com Mass/Schuppan em segundo e Barth/Haywood/Holbert em terceiro.

O fato notável relacionado a este modelo do Porsche 956 foi o recorde volta obtido no famoso circuito de Nürburgring, ou Nordschleife, nas montanhas Eifel, durante a sessão de qualificação para os 1000 Km de Nürburgring de 1983, Setefan Bellof cravou o tempo de 6m11,13s, para os 20,832 km, à média de 202 km/h (126 mph). A marca perdurou por 35 anos, até ser superada por outro Porsche, o 919 Hybrid Evo, em 5:19.55, pilotado por Timo Bernhard em 29 de junho de 2018. Bellof também marcou a melhor volta desta prova, com o tempo de 6:25.91.

Com um chassi aperfeiçoado e equipado com o Bosch Motronic, que economiza combustível, o 956 ganhou a letra B na sigla, e 28 exemplares do 956 foram produzidos, com um 29º chassi extra oficial montado pela Richard Lloyd Racing com peças de reposição.

PORSCHE 962 E 962C

O chassi do 962

A Porsche intencionava participar do IMSA GTP Championship, nas pistas americanas, com o 956, porém o regulamento exigia que os pés do piloto ficassem posicionados atrás da linha do eixo dianteiro, por isso, a Porsche modificou o chassi monocoque do 956, movendo o eixo dianteiro á frente da caixa dos pedais, e com outros aperfeiçoamentos, ganhou a denominação de 962 para a temporada americana de 1984.

Equipado com o Flat-6 de 2,8 litros com um turbo KKK (Kühnle, Kopp und Kausch AG K36) com intercooler, em vez do duplo turbo K27 do 956 Grupo C, já na metade de 1985 o motor foi ampliado para 3,2 litros com injeção de combustível, tornando mais competitivo frente aos Jaguar; porém em 1987 a IMSA GTP alterou o regulamento e proibiu o motor 3,2 litros. A Porsche ameaçou abandonar a IMSA em 1988, e a NISSAN dominaria o campeonato sem a Porsche, portanto a Porsche foi autorizada a utilizar os motores biturbo, refrigerados a água, mas com restritores de 36mm. Politicagem de sempre...

No World Sportscar Championship, a configuração foi mantida com o motor Flat-6 de 2,8 litros até o ano de 1986, com variantes de 2,8, 3,0 e 3,2 litros e duplo turbo, e os modelos foram designados como 962 para diferenciá-los dos que corriam no IMSA GTP.

Porsche 962, vencedor de Le Mans em 1986

Porsche 962, vencedor de Le Mans em 1987

A Porsche produziu 91 exemplares do 962 entre 1984 e 1991; 16 deles foram utilizados pela equipe de fábrica, e os demais 75 foram vendidos para as equipes privadas. Como os 956 eram muito parecidos com o 962, dois deles foram adaptados, e outros quatro reconstruídos para as especificações do 962. Três dos novos 962 sofreram acidentes e receberam um novo número de chassi devido à extensa reconstrução. A Fabcar, dos Estados Unidos, construiu alguns chassis do 962 devido à alta demanda, e os enviava para a Porsche finalizar os carros. Derek Bell, que venceu as 24 Horas de Le Mans por cinco vezes, conquistou 21 vitórias com o Porsche 962, entre 1985 e 1987; e comentou que era “um carro fabuloso, e considerando o quão minucioso Norbert Singer e a equipe (da Porsche neste período) eram, era realmente muito fácil de dirigir”.

Um dos problemas que o 962 tinha era a falta de rigidez do chassi de alumínio, e a Porsche vendeu tantos exemplares para as equipes privadas, e disponibilizaram peças de reposição para que o carro se mantivesse competitivo durante as temporadas em que correu, e as equipes passaram a modificar os seus carros, até projetando um novo chassi e comprando os componentes da Porsche para completar o carro.

Assim também faziam com a carroçaria, adaptando os detalhes para melhorar a aerodinâmica, e até criando novas carroçarias exclusivas. Algumas equipes passaram então a oferecer estes 962 “refeitos” para outras equipes que queriam ter o modelo.

O 962 da Kremer, CK6

A Kremer Racing denominava seus 962 de “962CK6”, refazendo boa parte do chassi de alumínio com fibra de carbono. Onze unidades foram construídas assim. John Thompson projetou um chassi para a Brun Motorsport, e oito unidades foram feitas, e a Brun conquistou o vice-campeonato da temporada de 1987. Thompson construiu mais dois chassis para a Obermaier Racing. A Richard Lloyd Racing procurou Peter Stevens e Nigel Stroud para desenvolver cinco 962 GTi’s, com uma aerodinâmica revisada e placas “honeycomb” no chassi. Até Vern Schuppan, ex-piloto da Porsche construiu cinco chassis do 962, que ficaram conhecidos como “TS962S”.

 Do outro lado do Atlântico, a Holbert Racing modificou seus chassis, rebatizando-os como “962 HR-000”, e Jim Busby, chefe da equipe, contratou Jim Chapman para construir uma versão mais robusta do monocoque 962. A Fabcar, que fez vários chassis para a Porsche, incorporou chapas de honeycomb que aumentaram a rigidez do conjunto. A Dyson Racing comprou um monocoque da Richard Lloyd Racing/GTi para construir o seu “DR-1”, e comprou um da Fabcar para o DR-2. Kevin Jeanette construiu o Gunnar 966, copiando alguns elementos do 917/30 que correu na Can-Am, e outras equipes transformaram o 962 em modelo aberto, como o CK7 e K8 da Kremer com chassis próprio, que correram na Interserie européia e em Daytona (USA), tendo apenas o motor e elementos de suspensão herdados do 962 original. Heinz-Jörgen Dahmen também converteu seu 962 (chassis 011) em modelo aberto, correndo nas temporadas 1995 e 96 da Intersérie.

Vários 962 de equipes independentes

O sucesso do Porsche 962 pode ser visto pelos resultados que obteve durante os anos em que competiu nos diversos campeonatos através do mundo: O World Sportscar Championship de 1985 e 1986; quatro IMSA GT Championship consecutivos de 1985 a 1988; seis campeonatos da Interserie de 1987 a 1992; todas as quatro Supercup Series, de 1986 a 1989; as cinco temporadas do All Japan Sports Prototype Championship de 1985 a 1989, além de muitas vitórias na IMSA Americana e Interserie avançando pelos anos 1990, e três vitórias nas 24 Horas de Le Mans, em 1986, 1987 e 1994, sendo nesta última, um 962 bastante modificado pela Dauer Racing. Neste mesmo ano no mês de agosto, o Team Taisan teve a honra de obter a vitória final de um Porsche 962C original, na etapa do Fuji Speedway, na temporada do All Japan Grand Touring Car Championship (agora denominada Super GT), justamente dez anos depois que o modelo começou a competir.

O Koenig C62 de 1991

Com tantas equipes fazendo modificações no 962, depois que ele deixou de correr, algumas equipes e preparadores começaram a converter o 962 para rodar nas estradas, e visto que ele era um carro de corridas, seria perfeitamente classificado como um supercarro esportivo. A primeira empresa a fazer uma conversão dessas foi a Koenig Specials, preparadora alemã que havia corrido com o 962. O modelo foi designado C62 e terminado em 1991, com adaptações na carroçaria para atender a legislação alemã sobre a altura/posicionamento dos faróis. O motor foi ampliado para 3,4 litros e o sistema Motronic foi revisado; não há dados sobre o número de conversões realizadas pela Koenig.

O Schuppan 962CR para rodar nas estradas

Outra alemã, a DP Motorsports converteu três exemplares, conhecidos por DP62’s, com motores 3,3 litros com duplo turbo; e também com a altura dos faróis ajustada para as normas alemãs. Em 1991, Vern Shuppan criou o Schuppan 962CR para o mercado japonês, ao preço de ¥195 milhões (£830,000); com design do chassi e carroçaria completamente novos, feitos por Mike Simcoe da GM Holden australiana, com o motor ampliado para 3,3 litros e suspensões originais. Um número desconhecido foi fabricado, antes que o financiamento do projeto fosse cancelado, mas há registros de dois exemplares do 962R (ou LM): um deles, o H726 LDP, registrado no Reino Unido; e o 962/123, que correu nas 24 Horas de Le Mans em 1988 e estava na oficina de Schuppan quando decidiram convertê-lo para uso em estradas. Ele tinha um adesivo no nariz com os dizeres “962R Le Mans Prototype”, embora o carro seja frequentemente citado como 962LM. O modelo tinha um chassi alveolar de alumínio construído na Grã-Bretanha, e o carro apareceu em diversas revistas no Reino Unido e na Austrália no verão de 1991.

O Dauer 962 Le Mans, que conquistou Le Mans em 1994

Jochen Dauer usou um chassi original de corrida para sua versão GT1 do 962, o Dauer 962 Le Mans, preparado para competir e rodar nas estradas. A carroçaria era toda nova, apesar de ter elementos do 962 original, e com certo apoio da Porsche, foi este modelo que venceu as 24 Horas de Le Mans em 1994.

O Dauer 962 para rodar nas estradas

Uma série de carros de estrada “Derek Bell edição 962” foi planejada, mas apenas um foi concluído, movido por um motor de 580 cv (430 kW) do 993 GT2. Ele estava à venda, completo com a documentação para rodar em 2007.

Da minha coleção

Team Transport, Porsche 962 e Fleet Flyer, 2018 # 6

Design de Mark Jones para o caminhão e o Porsche

O SET Team Transport com o Porsche 962 saiu em 2018, no Mix 2, é o #6 da Série. O caminhão transporte Fleet Flyer é um baú, típico das equipes que participam nos circuitos europeus, carregam na decoração o mesmo estilo de pintura dos carros de corrida, com as marcas dos patrocinadores em evidência. Estes Sets trouxeram estes caminhões numa escala mais próxima de 1:64, ficando melhor a proporção visual junto com os automóveis que forma o conjunto. O cuidado pode ser visto no acabamento das rodas e pneus, bem melhores do que as rodas-padrões dos hot Wheels Mainline. A porta traseira do baú é móvel, abrindo como uma rampa para o carro de corrida descer/subir. 




Tanto o Fleet Flyer como o Porsche 962 são trabalhos do designer Mark Jones; e o caminhão é um projeto da Mattel, não tendo licenciamento de um veículo real. Posteriormente, ele aparece em outros Sets da Série Team Transport, decorado com outras cores e logotipos.




O Porsche 962 é um casting de 2017, e a decoração MOMO é “fantasia”, ou seja, nunca existiu uma equipe MOMO correndo com o Porsche 962. O que não tira o mérito e o atrativo visual, que ficou muito bem no modelo. As rodas são especiais, porém os pneus não são de borracha, como os Real Riders.




A MOMO é uma famosa grife italiana de acessórios esportivos, e foi “ressuscitada” nas miniaturas Hot Wheels pelo Designer Jun Imai, despertando o interesse dos colecionadores pelo mundo.

 

Referências:

https://hotwheels.fandom.com/wiki/Fleet_Flyer

https://hotwheels.fandom.com/wiki/Car_Culture:_Team_Transport

https://hotwheels.fandom.com/wiki/Porsche_962

https://leotogashi.blogspot.com/2023/09/momo-racing-cars.html

https://leotogashi.blogspot.com/2021/06/de-carrinhos-modelos-em-escala.html

https://en.wikipedia.org/wiki/Porsche_936

https://en.wikipedia.org/wiki/Porsche_956

https://en.wikipedia.org/wiki/1982_24_Hours_of_Le_Mans

https://en.wikipedia.org/wiki/Porsche_962

https://www.stuttcars.com/porsche-962/

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Team Transport – Porsche 356A Outlaw & VW Transporter T1 Pickup

O primeiro Set, com o Porsche 356 Speedster e a Kombi T1

Em 2018, a Mattel lançou a Série dos Team Transport, conjuntos de dois veículos, um automóvel de linha já existente, com decoração de corrida, e um veículo de transporte que o levava para os autódromos para as competições. O primeiro Set saiu com um Porsche 356 Speedster, e uma Kombi T1 com plataforma para acomodar o carro. Outros sets vieram com caminhões, plataformas ou com baús e decorados com os patrocinadores das equipes de corrida da época.

Estes caminhões são numa escala mais aproximada das miniaturas 1:64, ficando melhor proporcionados no conjunto. Exceto a Kombi T1, o Ford C800, o Chevy Ramp ’72, o Mercedes-Benz Renntransport e o Toyota 4-Runner, estes dois últimos de 2023 e 2024 respectivamente, os caminhões não são licenciados, mas são modelos criados pela Mattel, economizando em royalties.

O Set #15, com o Galaxie e o caminhão Ford C800

O sucesso foi imediato, e logo a Mattel estava lançando novos conjuntos, denominados Mix 1, 2 e 3 a cada ano. Até o momento (Abr/2024), são 71 modelos, entre automóveis, pick-ups, vans, caminhões e trailers, com mais quatro previstos nos Releases deste ano. No Mix 3 de 2021, saiu o set com uma Rally Van, puxando um trailer sobre o qual ia o Ford RS200, e agora todos os anos sempre um dos Sets (3 peças) vem nesta configuração.

O Set #33, com a Rally Van, o trailer e o Ford RS200


Da minha coleção

O set #13, numa fotomontagem com o Blister ao fundo

O Set do Porsche 356A Outlaw é de 2018, número #13 na sequência dos Team Transport. O veículo que o transporta é uma Volkswagen T1 Pickup, equipada com uma plataforma deslizante, que se inclina para o carro subir e ser carregado, a única parte móvel. O casting do Porsche 356A é o mesmo que já saiu em diversas versões, e foi feito pela Mattel com base no exemplar da coleção de Magnus Walker, dono da grife Outlaw de vestuário e famoso colecionador de modelos Porsches.

O Porsche 356A Outlaw, com decais da MOMO Racing


A Volkswagen Transporter T1 Pickup

A decoração é da MOMO, bem discreta, nas miniaturas prateadas, os decais ficaram em preto e branco, faltando um pouco de cor no conjunto. As rodas são especiais, porém de plástico, e o Porsche tem o logo Firestone nas laterais dos pneus.



Referências:

https://hotwheels.fandom.com/wiki/Car_Culture:_Team_Transport#Mix_2

https://hotwheels.fandom.com/wiki/Volkswagen_Transporter_T1_Pickup

https://hotwheels.fandom.com/wiki/Car_Culture:_Team_Transport