quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Toyota 2000 GT

Sakichi Toyoda patenteou seu primeiro tear automático em 1891, e se dedicou a aperfeiçoar cada vez mais os teares, criando um dispositivo para interromper a fiação nas máquinas de tecelagem quando o fio acabasse, de modo a não continuar produzindo um tecido defeituoso. Seus teares eram dez vezes mais baratos do que os alemães e quatro vezes do que os franceses, conseguindo bons contratos de exportação de seus equipamentos.
Prosperando com a tecelagem, seu filho Kiichiro, que ficou impressionado com os automóveis na viagem que fez aos Estados Unidos em 1922, passou o restante da década pesquisando o assunto e convenceu o pai a entrar numa nova atividade: construir automóveis. Em 1929, Sakichi vendeu seus direitos sobre as patentes de teares e um ano antes de falecer, transferiu a empresa para seu filho.
O primeiro motor surgiu em 1934 (Tipo A, com seis cilindros e 3,4 litros), e em 1935 o primeiro protótipo do Toyota Modelo AA, que saiu da linha de montagem já em 1936. Em 1937, a companhia cortou os laços com a tecelagem e mudou o nome para Toyota. Em japonês, Toyoda é escrito com dez traços, e Toyota com apenas oito, considerado um número de prosperidade. Assim, nasceu a maior montadora de carros do mundo.
No início dos anos 1960, a Toyota já era um grande fabricante de automóveis, mas a percepção que o mercado tinha era de que fazia apenas carros confiáveis, econômicos, porém, muito chatos. A Chevrolet tinha o Corvette, a Ford celebrava vitórias com o GT40, a Nissan tinha o Fairlady se posicionando para chamar a atenção dos jovens.
Toyota Sports 800
Na sequência do lançamento do Honda S800, em 1965, a Toyota colocou no mercado o Sports 800, um pequeno esportivo de 800 cc, que era uma evolução dos “Key-Cars” japoneses, limitados a 600 cc para uso estritamente urbano.
Outro fator importante para o surgimento do 2000 GT foi a presença de Albrecht Graf von Goertz, um designer alemão, protegido de Raymond Loewy, que no início dos anos 1960 havia ido trabalhar na Yamaha. Ela colaborava com a Nissan para desenvolver um cupê esportivo, pois o mercado para pequenos roadsters era limitado. O protótipo A550X foi construído, e as linhas da dianteira lembravam o estilo da segunda geração do Corvette. A Nissan decidiu não prosseguir com o projeto da Yamaha, mesmo assim, ela não desistiu de desenvolver o modelo e em setembro de 1964, construiu um protótipo funcional. Assim, a Yamaha contatou a Toyota, a mais conservadora montadora do Japão, oferecendo o projeto neste estágio bem avançado.
O protótipo do Nissan A550X

A Toyota obteve algum sucesso no primeiro e segundo Grand Prix Japonês em 1963 e 1964, e o crescente entusiasmo pelo esporte motor no Japão, o mercado pedia aos fabricantes produzirem carros esportivos de bom desempenho.
A Toyota, percebendo o potencial da idéia, e necessitando alavancar sua imagem corporativa, aceitou prontamente a proposta, e começou a desenvolver o carro logo após o Grand Prix do Japão de 1964. Soichi Saito era o supervisor do projeto, mas o design do Toyota 2000 GT é creditado a Satoru Nozaki. O briefing era simples: “Faça o que for necessário para não apenas produzir o 2000 GT, mas torná-lo um dos – talvez o – maior carro do mundo.”
A apresentação do Toyota 2000 GT no
Tokyo Motor Show, de 1965
No Tokyo Motor Show de 1965, o protótipo 280 A1 com as linhas definitivas foi apresentado ao público, revolucionando a imagem dos fabricantes japoneses, que agora podiam rivalizar com as grandes marcas européias e americanas com seu esportivo.
Com seu design típico dos esportivos da época, como o Jaguar E-Type, tornou-se um clássico por si só. A carroçaria de alumínio com seu longo capô e traseira curta, faróis escamoteáveis (pop-up), e as grandes lâmpadas de posição (como no Sports 800), com sua cobertura de plexiglass tornaram-se a marca registrada deste esportivo. Com suas linhas curvas e atraentes, deixou a semelhança com o Corvette Sting Ray, aproximando mais do estilo dos esportivos europeus, porém com um marcante estilo japonês.
Extremamente baixo (116 cm), com seu perfil esguio e elegante, para-choques minúsculos, sua cabine foi projetada em função da melhor pilotagem para o motorista. Possuía uma boa ergonomia e painel de instrumentos completo, sendo o volante, console central e parte do painel com apliques de madeira em pau-rosa, no espirito da Divisão de Piano da Yamaha.
O completo painel de madeira da versão com volante à esquerda.
Foram construídos seis protótipos como pré-produção, e o Toyota 2000 GT foi fabricado de 1967 a 1970, e distribuído por uma rede de vendas denominada Toyota Store. Apenas 351 unidades foram construídas pela Yamaha e comercializadas no mercado, número comparável à produção dos esportivos italianos de elite na sua época. De acordo com os registros internos, foram produzidos 233 MF10’s (versão japonesa), 109 MF10L’s (versão com volante à esquerda, para exportação) e 9 MF12’s (com motor 2,3 litros SOHC). Somente 60 unidades foram exportadas para os Estados Unidos, e poucas unidades para outros países do mundo. A maioria era pintada de branco (Pegasus White) ou vermelho (Solar Red). Outra cor era um tom de amarelo denominado Bendix Yellow.
A Revista Road & Track testou um modelo de pré-produção em 1967, e qualificou o carro como “um dos mais excitantes e prazeirosos carros que já pilotamos” e comparou-o favoravelmente ao Porsche 911. Vendido por cerca de US$ 6,800 nos Estados Unidos, era mais caro do que o Porsche 911 ($6,050), Jaguar E-Type ($5,585) e Corvette ($4,721) do mesmo período. Estima-se que a Toyota nunca obteve lucro com o 2000 GT, apesar do preço cobrado acima dos concorrentes. O Toyota 2000 Gt tornou-se o primeiro carro colecionável japonês, e é considerado como um “Super carro” similar aos europeus. Alguns exemplares do 2000 GT foram leiloados por mais de US$ 1,200,00; comprovando a valorização do veículo junto aos aficcionados por clássicos.

DADOS TÉCNICOS
O seis cilindros com duplo comando
O motor do Toyota 2000 GT era um 2,0 litros, com seis cilindros em linha (Código 3M) baseado no motor que equipava o top-de-linha Toyota Crown sedan. Ele foi preparado pela Yamaha, que colocou um comando duplo no cabeçote (DOHC), produzindo 150 hp a 6600 rpm e um torque de 129 lb/ft a 5500 rpm. A carburação tinha três Solex duplos 40PHH e os coletores de exaustão eram dois 3x1 que se juntavam em um só.
Nove unidades foram equipadas com um motor com 2,3 litros, mas com comando simples (SOHC), codificado como 2M. Havia disponibilidade de três relações diferentes para o diferencial. O que tinha relação de 4.375:1 fazia o carro atingir a velocidade de 135 mph (217 km/h) e alcançar um consumo de 7,59 litros/100 km. A aceleração de 0-100 km/h era feita em 8,6 segundos.
O 2,3 litros e comando simples na cabeça
O motor tinha posição longitudinal, tracionando as rodas traseiras com um câmbio manual de cinco marchas; um diferencial de deslizamento limitado era padrão de linha, o primeiro num carro japonês, e vinha com freios a disco (11 polegadas na dianteira e 10,5 na traseira) servo-assistidos nas quatro rodas, também o primeiro com esta configuração. Detalhe da alavanca do freio de estacionamento saía do painel, ao lado da alavanca de câmbio, acionando os discos traseiros. O chassi monobloco com carroçaria de alumínio garantia o baixo peso de 1.120 kg, com as suspensões independentes nas quatro rodas com braços assimétricos, proporcionavam um bom desempenho dinâmico; a direção de pinhão e cremalheira completava o pacote para um bom desempenho.
Em 1969, a frente foi levemente modificada, reduzindo o tamanho das lâmpadas direcionais e o formato dos piscas. Os piscas traseiros foram aumentados por sua vez, e o interior foi modernizado. Alguns poucos exemplares no final da produção saíram equipados com ar condicionado e transmissão automática de três velocidades como opcionais. Estes modelos tinham uma abertura adicional na parte inferior da grade dianteira para alimentar a unidade de ar condicionado.
O Toyota 2000 GT media 4,175 m, com entre-eixos de 2,330 m, largura de 1,60 m; sua altura era de 1,16 m e pesava 1,129 kg.

EM COMPETIÇÕES
O 2000 GT que correu nos 1000 km de Fuji - AutoArt 1:18
A Toyota colocou o 2000 GT em corridas locais, chegando em terceiro no Grande Prêmio do Japão em 1966, e vencendo os 1000 km de Fuji em 1967, com outro exemplar chegando em terceiro lugar (todos estes carros eram protótipos da pré-produção ainda). Adicionalmente, a Toyota preparou um deles e realizou um teste na pista de Yatabe, onde o carro bateu vários recordes mundiais da FIA para velocidade e Endurance de 72 Horas. Infelizmente, o carro que bateu esses recordes foi destruído num acidente e sucateado. Os recordes não duraram muito, pois o fato chamou a atenção da Porsche, que preparou um 911R especialmente para superar tais recordes.
Os Toyota 2000 GT de Carrol Shelby em 1968
Num acordo feito com Carrol Shelby, a Toyota cedeu para a sua equipe e inscreveu dois exemplares do 2000 GT nas provas da SCCA na categoria C-Production em terras americanas e tinha mais um de reserva. Os carros receberam rodas de magnésio 15 x 7 polegadas com pneus de corrida especiais de perfil baixo, e a suspensão foi rebaixada em 2,5 polegadas. No entanto, o cabeçote projetado pela Yamaha não era fácil de modificar para aumentar a compressão nos cilindros, e o 2000 GT teve de usar dois carburadores triplos Mikuni, ao invés dos WEBER, que davam mais potência. Os motores alcançaram 200 hp e mesmo com problemas de confiabilidade, se classificaram bem em diversas etapas. No total, foram quatro vitórias, oito segundos lugares e seis terceiros, com os carros nº 23 e 33 pilotados por Scooter Patrick e Dave Jordan; mas insuficientes para vencer o campeonato, que ficou com a Porsche e seus 911. Apesar da boa performance dos veículos, a Toyota decidiu retirar-se do campeonato e a temporada de 1968 foi a única em que participaram nos Estados Unidos. A Toyota resgatou um dos carros e o transformou numa réplica do carro que bateu os recordes da FIA, estando no acervo histórico da empresa até hoje. Os outros dois carros da Shelby foram vendidos e ainda permanecem nos Estados Unidos.
Registros indicam que 14 unidades foram preparadas para participar em competições.

O exemplar trazido dos EUA e replicado como o modelo que bateu vários recordes da FIA.


2000GT CONVERSÍVEL, “BOND MODEL”
O 2000 GT fez sua mais famosa aparição nas telas no filme de James Bond “You Only Live Twice” (em português, 'Só se vive duas vezes'), com a maior parte do filme se passando no Japão.
Albert R. Broccoli, diretor do filme, se apaixonou pelo carro na fase de pré-produção do filme e convenceu a Toyota a ceder os carros para as filmagens. Apesar do carro nunca ter uma versão conversível, foram fabricados dois exemplares especialmente para as filmagens. A altura de 1,90 m de Sean Connery impedia que ele coubesse confortavelmente no baixo cupê, e originalmente era previsto que o carro seria um modelo targa, eliminando apenas o teto na parte central; porém, quando o ator sentou no carro, a cabeça dele ficou além da altura do carro, e a produção do filme não poderia deixar passar este aspecto que ficaria muito ridículo nas cenas de Bond.
O 2000 GT com a configuração Targa
Em duas semanas, a Toyota criou a versão conversível, removendo toda a parte superior da cabine, mas não era um conversível funcional, e o teto recolhido na traseira era somente simulação, e como no filme o carro pertencia ao Serviço Secreto japonês, era equipado com camera atrás da placa de licença, gravador de vídeo no porta-luvas, um monitor colorido no painel, um sistema de áudio com alto-falantes, um transmissor e um telefone celular.
No filme, o carro foi dirigido principalmente pela namorada de Bond, Aki (Akiko Wakabayashi) no filme, mas ela não tinha licença para dirigir, então dois pilotos de testes (Hiroshi Fushida e Tomohiko Tsutsumi) da Toyota se revezaram na direção usando uma peruca. As imagens em que ela parece pilotar o carro foram feitas no Pinewood Studios em Chroma-Key.
Depois das filmagens concluídas, o carro equipado com gadgets ficou na Inglaterra e desapareceu misteriosamente; presume-se que este exemplar acabou com um colecionador da Inglaterra, mas ele não fez nenhuma aparição desde então, e atualmente se questiona se este carro especial ainda esteja em uma coleção particular ou talvez não exista mais.
O carro de apoio era usado para fins promocionais e foi exibido no Salão de Genebra em março de 1967. Ele foi pintado de azul e recebeu alguns adesivos “007” espalhafatosos. Foi repintado de cinza, e foi usado como Pace-Car em algumas corridas no Fuji Speedway, e fez uma aparição no Havaí, em 1977. Ele foi re-comprado pela Toyota e totalmente restaurado no Japão; e hoje está no Museu do Automóvel da Toyota em Aichi.

Relata-se que os diretores da Toyota ficaram decepcionados quando assistiram o filme de Bond, pois o Toyota acabou aparecendo poucos minutos no decorrer do filme. Apesar disso, ele ficou instantaneamente famoso, e muitos queriam possuir um conversível como do filme; mas como não havia essa versão, muitos proprietários converteram o cupê num conversível. Um deles era o inglês Peter Nelson, então dono do James Bond Museum em Keswick, Cumbria, Inglaterra. Ele tentou uma oferta para a Toyota pelo carro que estava no museu da montadora, mas não houve negócio. Então, ele começou a converter um 2000 GT comum na versão de Bond, e levou quatro anos e uma montanha de dinheiro na tarefa. Ele conseguiu obter até mesmo o painel de instrumentos original que a EON Productions havia feito para o carro do filme, com a tela de TV e tudo. Peter Nelson tinha em seu museu cerca de 30 carros utilizados em filmes de James Bond, e infelizmente, em maio de 2011, o Museu encerrou suas atividades, e todo o seu acervo foi transferido para Miami, nos Estados Unidos. O Toyota 2000 GT que ele construiu está hoje na Dezer Collection, de Michael Dezer.

EM ESCALA
AutoArt em 1:18
O Toyota 2000 GT tem diversos modelos reproduzidos em escala, sendo o mais detalhado o da AutoArt, na escala 1:18, na tradicional cor branca e rodas de liga, também em outras cores e com rodas raiadas, além das decorações em que Carrol Shelby competiu na SCCA na temporada de 1968 e a versão que correu nas 24 Horas de Fuji em 1967. O modelo da AutoArt foi lançado em 2003, mas em 2018, com a cooperação do Museu Toyota na província de Aichi, o carro real foi escaneado em 3D e produziu-se um novo molde. O modelo aqui retratado é um desses novos exemplares, e a qualidade da miniatura é impressionante, especialmente os vãos das peças móveis são muito reduzidos. O modelo tem uma lingueta de plástico macio para introduzir nas frestas e abrir as partes móveis.
O abridor das partes móveis
Outras empresas produzem o modelo em 1:43 (EBBRO, CORGI, SCHUCO, NOREV, TEKNO). A Make Up apresenta o 2000 GT na versão Roadster (1:43). A versão da MEBETOYS italiana é muito bem detalhada, com abertura da portas, capô dianteiro com motor e traseiro mostrando o estepe; a empresa foi adquirida pela Mattel em 1969, e com o tempo, a linha acabou descontinuada. A EBBRO produz o 2000 GT também na escala 1:24. A CORGI lançou a série Corgi Classics em 1997 por ocasião dos 30 anos do filme “You only live twice” com o 2000 GT acompanhado da figura de Ernst Stavro Blofeld, o supervilão chefe da SPECTRE e arqui-inimigo do MI-6. O modelo também fez parte da série The Definitive Bond Collection (2000) e The Ultimate Bond Collection (2001), A CORGI também faz o modelo na escala 1:64 dentro da série Whizzwheels (1999). A IXO-ALTAYA lançou em 2016 a coleção The James Bond Cars, com os modelos acondicionados num case em que um diorama reproduz a cena do filme onde o carro aparecia. O 2000 GT está no porto de Tóquio e tem as figuras de Bond e Aki. A MINICHAMPS lançou o 2000 Gt em 2003, com sua habitual qualidade em detalhes, e hoje é dificil de ser encontrada pela tiragem que foi produzida.
EBBRO e MEBETOYS em 1:43
Make Up Roadster e Schuco em 1:43
O 2000 GT da CORGI em 1:43 com as figurtas de Bond e Aki tinha quatro mísseis ejetáveis no porta-malas
O modelo da IXO-ALTAYA e o da MINICHAMPS EM 1:43
Hot Wheels Cupê e Roadster em 1:64; o vermelho e o preto são da Mainline e o roadster é o temático do filme.



Os Slot Cars da Racer em 1:32
A Racer produz as versões Shelby como Slot Cars (1:32). A Hot Wheels fez um preto e outro vermelho na tradicional escala 1:64 na série Retro Entertainment de 2015, e lançou também a versão roadster nas habituais séries temáticas com o logo "007" com o título do filme de Bond.


O Toyota 2000 GT da Johnny Lightning, edição de 2021


Hot Wheels da Série Japan Historics, Real Riders

Este Hot Wheels amarelo saiu na Mainline de 2014


Este Toyota 2000 GT é da Série HW Showroom: HW All, um Super T-Hunt de 2013


A Johnny Lightning (1:64) lançou em 2015 a primeira versão do 2000 GT, que voltou a aparecer no 40º aniversário dos filmes de James Bond. A Tomica produz um exemplar na escala não muito usual de 1:59, assim como a empresa Boss Coffee (Suntory bebidas) distribuiu como brinde no 50º aniversário dos filmes de Bond o 2000 GT (escala 1:60) entre outros sete veículos do agente de Sua Majestade. A KYOSHO lançou em 2006 uma série de 12 veículos de Bond na escala 1:72, onde constava o 2000 GT cabriolet.
A Real-X tem o 2000 GT e o S800 na escala 1:87, com um bom detalhamento, para esta escala.


Majorette 1:64

Majorette 1:64

 A miniatura da Majorette (acima e abaixo) tem um casting bom, até o capô dianteiro se abre; mas as molduras dos faróis de posição são um tanto exageradas, e as rodas com as porcas "knock-off" não correspondem às originais, que eram de liga.





TOMICA Premium 1:59

TOMICA 1:43

TOMICA 1:43, Interior com painel detalhado


TOMICA linha normal







Este é da Del Prado, em 1:43, adquirido loose, estava precisando de uma limpeza e restaurar os espelhos retrovisores.


Kyosho em 1:43, bem detalhado também

O 2000 GT da TOMICA (vermelho à esquerda) em 1:59 é bem detalhado, até as portas abrem, um capricho adicional nesta escala. O 2000 GT na escala 1:43 (acima) é muito bem detalhado, com rodas, faróis e lanternas, além do interior bem caprichado. Também da Série TOMICA Limited são os dois carros da Shelby, com um detalhamento melhor do que os da linha normal (abaixo).

TOMICA Limited 1:64, Shelby Car

TOMICA Limited 1:64, Shelby Car


O Toyota S800 e o 2000 GT da REAL-X na escala 1:87.

Fabricantes de kits plásticos também tem o 2000 GT no catálogo, e o modelo da IMAI na escala 1:16 tem a particularidade de ser equipado com um motor elétrico (que traciona as rodas traseiras) e acende as grandes luzes de posição dianteiras. A GUNZE faz um kit na escala 1:20. A Airfix lançou um 2000 GT em 1968 em 1:24 e tem as figuras de Aki e Bond no carro, inclusive a cabeça de Bond ultrapassa a moldura do para-brisa. A DOYUSHA também fez um kit em 1:24, mas as figuras de Bond e Aki (de biquini branco) estão em pé, fora do carro.
O 2000 GT em kit plastico da IMAI em 1:16, motorizado.
O kit da GUNZE em 1:24, retratando o modelo de 1969 já com alterações na frente.

O kit da NICHIMOCO com decoração de pista e motorizado, como o da IMAI.

O Kit da Airfix, com as figuras de Bond e Aki, em 1:24; até na ilustração da caixa,
nota-se a cabeça de Sean Connery ultrapassando a moldura do para-brisas.
O kit da DOYUSHA com as figuras de Bond e Aki, na escala 1:24.


REFERÊNCIAS:








segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Mudanças para o amanhã


O mundo que muda tanto não perdoa nem os grandes... o sucesso de hoje será enterrado no limbo amanhã!
Kodak, Olivetti, Blockbuster, agora vimos uma notícia que a Editora Abril está fechando nove títulos de revistas por que não vendem mais como antes... são apenas exemplos de como as mudanças acabam com empresas de sucesso, não porque seus produtos não eram bons, mas porque seu mercado deixou de existir. Assim como alguém que perde o emprego não porque é incompetente, mas seu departamento foi fechado, eliminado, e a empresa decidiu não mais realizar aquelas atividades.
As mudanças hoje se sucedem tão velozmente que muitos não conseguem acompanhar o que está acontecendo na sua própria vida.
Quando a força de vendas da empresa que eu trabalhava se informatizou, nosso colega na casa dos 50 anos não se adaptou; era um ótimo vendedor, mas não assimilou a informatização do processo de vendas; e teve de ser demitido. Meu cunhado de 70 anos não usa computador e está perdendo a briga com seu smartphone...
Até há pouco tempo, o sonho de todo jovem era ter um carro, mas com os custos altos de se manter um automóvel, combustível caro, seguro elevado, estacionamento difícil, lei seca, Uber e demais aplicativos e conveniências; fazem com que muitos não queiram possuir um automóvel.
Ter carro é ter problemas em São Paulo...
Será que GM, Ford, Toyota e Volkswagen sobreviverão aos próximos 10 anos?
Se os cartões de crédito, os caixas eletrônicos e a web transformaram a maneira de comprar, pagar e lidar com o dinheiro, nosso trabalho, lazer e a vida em família vão mudando e seguindo essa velocidade alucinante...
Com a disponibilidade infinita, e quase instantânea do acesso à informação, o setor educacional sofrerá um revés muito sério se não se renovar ou se adaptar à esta nova geração de crianças que estão conectadas desde os primeiros anos de vida.
Entrei outro dia num hipermercado (em São Paulo, um hipermercado tem uma loja de departamentos anexada aos produtos alimentícios, e já há alguns anos, o setor de horti-fruti, com lojas muito grandes em área) procurando um preço melhor para o leite sem lactose, e andei muito, desde o estacionamento e pelos corredores até a gôndola onde estavam os produtos; e fiquei incomodado pela distância que caminhei.
Não é sem motivo que as grandes redes estão abrindo lojas compactas para que o consumidor não tenha que se deslocar em distâncias muito longas, pois com os preços mais estáveis, não há razão para encher o carrinho e fazer estoque de comida em casa.
O caso da Netflix também chama nossa atenção, pois conta-se que Reed Hastings, em 1996, na California, era assinante da Blockbuster, e recebeu uma ligação por ter atrasado a devolução dos filmes que alugara, cobrando 40 dolares, conforme o contrato que assinara e que o atendente destacou claramente para deixá-lo ciente de que seria cobrado e que teria de pagar o valor.
Indignado, ou melhor, revoltado com a situação, ele, que era engenheiro de softwares, resolveu dar o troco e criou a Netflix, que no início, era uma locadora, como a Blockbuster, mas que você não precisava se deslocar até a loja para pegar ou devolver os filmes. Os pedidos eram feitos por telefone, gerenciados por computadores e entregues pelos Correios. O grande salto foi quando ele começou a transmitir os filmes por streaming, pela internet, e o cliente tinha praticamente uma locadora em sua casa com 3 mil filmes à sua disposição, para assistir à hora que quisesse, por apenas R$ 20/mês, ao invés de pagar R$ 5/filme numa locadora tradicional.
A Netflix derrubou não só a gigantesca Blockbuster, que em 2004 faturava 6 bilhões/ano, tinha mais de 9 mil pontos-de-venda pelo mundo, com a média de 5 mil filmes em cada uma delas; mas também todo o negócio das locadoras de vídeo.
Assim também com Waze, UBER, iFood e tantos aplicativos que temos em nossos celulares para resolver nossos problemas de uma forma mais conveniente, novos players surgem nos mercados dominados por tradicionais competidores, que não conseguem mais se manter à frente dos negócios porque as mudanças quebram os paradigmas estabelecidos e criam novos cenários que exigem um novo comportamento ou modelo de negócios.
Tudo no seu celular!
É digno de nota que historiadores consideram a prensa de Gutemberg como uma das maiores invenções da humanidade, e hoje ao computador é dada a mesma importância, pela contribuição para o progresso da humanidade. Gutemberg revolucionou a propagação do conhecimento com sua invenção; o computador revolucionou praticamente todos os campos em que a tecnologia é aplicada na atividade humana.
Estamos numa evolução da informática, caminhando velozmente ao futuro, com dificuldades para acompanhar as mudanças que ocorrem no seu dia-a-dia, mudando a nossa forma de viver a vida. A próxima grande revolução deverá vir no nosso comportamento, deixando de ser consumidores de produtos ou serviços, para sermos entidades que vivem vidas melhores, buscando o alvo de ser mais felizes consigo mesmo e com aqueles que se relacionam, e que podem estar em qualquer lugar do planeta.
Isto significaria, deixar para trás todo sentimento e ação que atrapalharia a pessoa de alcançar este alvo. Enfatizando o altruísmo e o bem comum para que todos possam usufruir dos benefícios que a tecnologia do futuro colocará à nossa disposição.
A mudança vai ser grande...
Estará pronto para isso?