segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

Carros e Filmes: Mustang Mach 1 e Diamonds Are Forever


D
iamonds Are Forever é o sétimo filme de James Bond, o Agente 007 do MI6. Foi lançado em 1971, e marcou o retorno de Sean Connery ao papel de 007, depois de se decidir a não mais atuar como o espião mais famoso do mundo depois de terminar You Only Live Twice (1967), sendo substituído por George Lazenby, em On Her Majesty’s Secret Service (1969).

Lazenby não convenceu no papel de Bond, e os produtores testaram diversos atores para o próximo filme, mas a United Artists exigiu Connery de volta. Comenta-se que os efeitos especiais sofreram com um baixo orçamento, porque Connery recebeu US$ 1,25 milhão de cachê para retornar à pele de James Bond.

Diamonds Are Forever foi um sucesso comercial, e apesar de críticas positivas, não tem sido considerado como um dos melhores filmes der Bond. Roger Moore acabou entrando no próximo filme Live and Let Die (1973).

PLOT

Blofeld criando seus sósias por cirugia plástica

Ernst Stravo Blofeld (Charles Gray) é o chefe da SPECTRE, arqui-inimigo de Bond, que lidera a operação de contrabando de diamantes sul-africanos para a Europa e Estados Unidos. Bond trabalha com Tiffany Case (Jill St. John), encontram-se com o contrabandista Peter Franks (Joe Robinson) em Amsterdã, Bond mata Franks e simula sua própria morte, assumindo a identidade de Franks, contrabandeando diamantes dentro do corpo de Franks para Los Angeles.

Tiffany Case (Jill St. John)

Eles levam o corpo de Franks à Slumber Inc., que opera uma funerária de fachada em Las Vegas, onde cremam o corpo de Franks e os diamantes são entregues a Shady Tree (Leonard Barr). Tree descobre que os diamantes são falsos e tenta cremar Bond com a ajuda dos assassinos Mr. Wint (Bruce Glover) e Mr. Kidd (Puter Smith). Bond escapa e promete entregar as pedras verdadeiras na Whyte House, um cassino e hotel de luxo do bilionário Willard Whyte (Jimmy Dean). Wint e Kidd, que não sabem que os diamantes são falsos, matam Tree para se apossar deles.

James Bond (Sean Connery)

No cassino, Bond conhece Plenty O’Toole (Lana Wood), enquanto vão para o quarto, os capangas de Slumber (David Bauer) jogam O’Toole pela janela, e Bond escapa. Ele instrui Tiffany a buscar os diamantes no cassino Circus Circus, mas ela foge e entrega os diamantes a outro contrabandista. Ao perceber que a confundiram com O’Toole, muda de idéia e ajuda Bond a recuperar os diamantes. Eles seguem os diamantes até uma instalação de pesquisa, onde Bond é capturado, mas consegue fugir num Buggy Lunar, e ambos retornam a Las Vegas.

Blofeld está usando o laboratório de pesquisas para construir um satélite a laser, energizados pelos diamantes, com o qual planeja destruir as instalações nucleares dos Estados Unidos, União Soviética e China, planejando um leilão para quem pagar bilhões e ficar com a supremacia nuclear global.

Bond descobre que a base de operações de Blofeld fica numa plataforma de petróleo na Baja California, e lançam um ataque contra ela, conseguindo destruir a sala de controle do satélite e o restante da plataforma. No final, Bond e Tiffany pegam um transatlântico para voltar à Grã-Bretanha, mas Wint e Kidd estão disfarçados de garçons e levam o jantar ao quarto de Bond e Tiffany, com uma bomba-relógio escondida num bolo. Bond descobre a armadilha, põe fogo em Kidd, que pula ao mar, e joga Wint ao mar segurando o bolo, que explode logo depois.

O filme termina com Tiffany olhando para o céu, onde o satélite de Blonfeld ainda está em órbita, e pergunta a Bond se eles poderão trazer os diamantes de volta à terra.

MUSTANG  MACH 1 1971



A produção tinha um acordo com a Ford para utilizar seus carros nas filmagens de Bond. Um Mustang foi usado em Goldfinger e Thunderball, enquanto um Mercury Cougar apareceu em On Her Majesty’s Secret Service, com as “Bond Girls” dirigindo estes carros.


O Mustang Mach 1 foi usado nas cenas de perseguição, e na tomada em que salta sobre vários carros, o dublê não conseguiu realizar a manobra e destruiu vários carros até restar apenas um exemplar. A equipe chamou Bill Hickman, que pilotou o Charger preto em Bullit, e ele conseguiu realizar o salto em uma única tomada.

Cinco exemplares d Mustang Mach 1 foram preparados pela produção, na cor Pinto Red, mas tinham diferentes configurações mecânicas. O Hero Car, utilizado para tomadas em close-up e em algumas sequências de ação tinha o motor V8 Cobra Jet de 429 cid com uma transmissão automática C6. O segundo e o terceiro carro, Stunts Cars utilizados apenas nas cenas de ação, também tinham o mesmo motor e transmissão, e adicionalmente eram equipados com um roll bar de quatro pontos e cintos de segurança vermelhos, em vez dos pretos no Hero Car.


O exemplar quatro foi utilizado para a cena do salto, e tinha um motor V8 Cleveland de 351 cid; o quinto também tinha o motor Cleveland, mas com carburadores quádruplos, o roll bar era vermelho em vez de preto, como nos outros, e era o único que não tinha os pneus com faixa branca.

O Hero Car sobreviveu à produção, identificado décadas depois e restaurado como apareceu no filme. O carro foi levado à leilão e hoje está numa coleção privada.



A Ford produziu este modelo de 1968 a 1978, e retornou na nova geração entre 2003-04 e depois entre 2021-23. A versão inicial possuía a mesma carroçaria do Mustang, mas em 1971 (para o ano-modelo 1972) recebeu um face-lift em que os faróis e as luzes de posição ficaram na mesma grade, que ocupava toda a extensão da frente.



Era disponível somente com um design diferenciado de teto, designado Sports Roof, com a traseira mais alta e a linha do teto pouco inclinada em direção ao painel traseiro. Era equipado com o motor Windsor V8 de 351 cid (5,8 L) com 250 hp a 4600 rpm e 355 lb-ft de torque a 2600 rpm, e câmbio manual de três velocidades. Opcionalmente, podia vir com o FE V8 de 390 cid (6,4 L) com320 hp a 4600 rpm com 427 lb-ft de torque a 3200 rpm;  ou o Cobra Jet V8 de 428 cid (7,0 L) com 335 hp a 5200 rpm e 440 lb-ft de torque a 3400 rpm., este ainda podia receber o “Drag Pack” com o V8 428 cid Super Cobra Jet.

O câmbio tinha os opcionais de 4 velocidades manual ou o FMX automático de três velocidades; e a suspensão dianteira era reforçada conforme a motorização, com molas e amortecedores mais firmes.

O Mustang Mach 1 de segunda geração

Com o sucesso do modelo, a Ford acabou descontinuando a versão GT em 1969, que teve 5.396 unidades contra 72.458 do Mach1. Os modelos de 1971 a 1973 eram personalizados com duas entradas de ar no capô dianteiro, e 36.499 exemplares foram produzidos em 1971. De 1974 a 1978, o Mach 1 era da segunda geração do Mustang, menor, com motores mais econômicos, conforme as exigências que a Crise do Petróleo impôs a todos os fabricantes americanos.

Da minha coleção



O Mustang Mach 1 de 1971 é um Hot Wheels, e reproduz o carro utilizado no filme de James Bond “Diamonds are Forever” (Os Diamantes são Eternos, 1971). A casting é muito bem-feito, apenas as rodas padronizadas dos Hot Wheels prejudicam o bonito visual deste Mach 1.






Referências:

https://hotwheels.fandom.com/wiki/%2771_Mustang_Mach_1

https://www.imdb.com/title/tt0066995

https://en.wikipedia.org/wiki/Diamonds_Are_Forever_(film)

https://jamesbond.fandom.com/wiki/Diamonds_Are_Forever_(film)