29 de junho de 2012
Criatividade como fator de competitividade é a bola da
vez no mercado corporativo. Como matéria prima da Inovação, a Criatividade tem
sido buscada por empresas de todos os tipos para conseguir se diferenciar no
mercado.
Modelos cultuados de gestão como o Google, General Electric, Pixar, Apple e outras menos famosas, mexem com nosso imaginário de como seria trabalhar num sistema totalmente diferente do que estamos habituados. Ao mesmo tempo, ficamos receosos de mergulhar num rio cuja profundidade ou correnteza não são familiares a nós, e surgem os medos e inseguranças sobre como seria nosso desempenho nestes modelos operacionais.
Receios mais que compartilhados com as gerências e diretorias, ainda muito apegadas ao modelo tradicional de gestão, mais relacionado a feitores e escravos do que a livres empreendedores em busca de realização e resultados.
O fato de ser um empreendedor já não significa ser dono de seu próprio negócio; hoje se requer que os colaboradores com carteira assinada sejam também empreendedores, comprometidos com os resultados da empresa como se fosse a sua.
Por aí, já podemos sentir que a efetiva prática da Criatividade, do Empreendedorismo são mais difíceis de conseguir aparecer, crescer e se consolidar como parte da "cultura" da empresa.
Fatores como a suspensão do julgamento, não temer o erro, questionar as regras vigentes, e buscar o novo tentando transformar as idéias em inovações reais em produtos, serviços, processos, até reinventar o negócio da empresa; são fatos que nem tantas empresas (digo, Gerências e Diretorias) estão dispostas a aceitar. Até mesmo com os demais colaboradores, da sua própria área ou de outras da empresa, acaba sendo difícil de implementar, devido às mudanças que sua idéia produzirá no seu setor ou de seus colegas.
Sem dúvida, a mudança provoca alterações no "status quo" de outras pessoas, e nem todas estão plenamente receptivas às sugestões de outrem, criando até mesmo involuntariamente barreiras que por fim se tornam impossíveis de ultrapassar.
Faço votos de que essa nova ordem e regras trazidas pela Internet possam vingar no mercado corporativo, e as empresas (e aqui são não só as Gerências e Diretorias, mas também os demais colaboradores nos escritórios e plantas de produção) sejam plenamente beneficiados por estas qualidades tão instigantes como a Criatividade, a Inovação e a Atitude Empreendedora.
Todas as referências que se acham na literatura de Negócios sobre estes temas não cansam de enaltecer as boas idéias de alguém que conseguiu superar
estes obstáculos e se projetou com a implementação de suas boas idéias.
Considero que a
"cultura" de um organização - aquelas regras não escritas, mas que
todo mundo acaba seguindo, e muitas vezes não sabendo porque elas existem ou já
não sabemos qual o motivo pelo qual devam ser obedecidas - é um grande
empecilho para que se implemente a Criatividade, ou melhor, ela apareça no
comportamento dos colaboradores, e venha a se materializar no mundo real com
idéias criativas, que devidamente cultivadas, se transformarão um inovações que
trarão um retorno muitas vezes maior do que aquilo que foi investido.
Comportamento humano é uma
coisa muito difícil de mudar. Mas não é impossível.
Como a necessidade é a mãe da
invenção, torço para que a pressão do mercado aumente até um ponto em que ou as
empresas (pessoas) mudam, ou deixarão de existir. Pode não ser o ideal, mas se
as mudanças acontecerem, poderemos entrar em uma nova fase de atividade humana,
em que o potencial criativo de todos nós produzirão benefícios inimagináveis em
diversos campos, e quem sabe tornando as pessoas um pouco mais felizes e
realizadas.
Quem criou todas as coisas foi
Deus. E quando o homem passa a criar, ele chega um pouco mais perto de quem nos
fez à sua imagem e semelhança, e nos privilegiou com a qualidade divina
da Criatividade.