Algumas vezes, decidimos automaticamente, para economizar energia: qual o pé de meia que calço primeiro: o direito ou o esquerdo?
Outras vezes, demoramos mais: Qual o prato vamos pedir num restaurante que visitamos pela primeira vez?
Ainda outras acabam sendo verdadeiros dilemas: a compra de um carro ou imóvel; manter um relacionamento ou terminá-lo; ficar num emprego ou pedir demissão...
Não é para menos que a palavra grega para Indecisão signifique "de duas almas, alma dupla", a pessoa fica dividida entre duas opções, ou decisões, não conseguindo definir qual delas deve tomar.
De todo modo, decidir envolve considerar todas as opções e escolher uma delas. Parece fácil, mas nem todo mundo lida bem com as alternativas que tem e as consequências de suas decisões, especialmente se já tomou uma decisão que não deu os resultados esperados.
O mundo é feito de escolhas, e se temos o dom do livre-arbítrio, deveria ser mais fácil lidar com as decisões que temos de tomar. A frase "O que você faria se fosse eu?" revela mais do que uma indecisão; mostra no fundo uma fuga de sua responsabilidade, passando para outra pessoa o poder de decidir sobre sua vida. Caso o resultado seja ruim, poderá culpar o outro pela decisão que tomou...
Claro que consultar alguém antes de tomar uma decisão importante pode ajudar muito, se este alguém é confiável e se está realmente interessado em ajudá-lo. Considere os efeitos que sua decisão provocará, e imagine as consequências que advirão de sua decisão.
São fatores que poderão guiá-lo para selecionar a opção que produzirá melhores resultados para os envolvidos. Bom senso nestas horas nunca é demais. Vale a pena demorar um pouco para amadurecer o assunto, meditando em todos os aspectos para não se arrepender depois.
Mesmo que conheça alguém que passou pela mesma situação, procure não se basear nesta referência, pois pessoas diferentes devem tomar decisões diferentes, pois cada um deve "saber onde aperta o seu calo".
Cada pessoa tem seus princípios e seus valores, e é sobre eles que sua decisão deve ser baseada, para ser coerente e adequada para a sua realidade, pessoal familiar ou profissional.
Muitas vezes, uma decisão tomada demora a produzir os frutos. Não desanime tão cedo, nem mude sua decisão achando que deveria ter escolhido outra opção. Algumas decisões são difíceis de manter, e outras acabam tendo desdobramentos inesperados com que se tem de lidar.
Mesmo tentando salvar uma situação tomando a decisão correta, os efeitos de um erro no passado podem custar a passar: moças solteiras que engravidam, mesmo se casando com quem se gosta, terão de criar seu filho pelo resto de suas vidas...ou parar de fumar depois que se descobre ter câncer no pulmão...
Temos de tomar decisões inteligentes, pois não podemos voltar no tempo para desfazer tais erros.
Neste sentido, temos algumas obrigações e contas a prestar, para com o nosso criador: Ele nos deu a vida, para a vivermos de modo responsável, usufruindo todas as boas oportunidades para fazer o bem, primeiro para nós mesmos, e depois para o nosso próximo.
E aí?
Já decidiu qual boa ação vai praticar hoje?
Um abraço e até o próximo post!