O Corvette é um dos carros mais admirados, pela história de como surgiu e se desenvolveu em mais de 50
anos no mercado, pelo perfil esportivo, incomum nos Estados Unidos, pátria
dos grandes sedans e pick-ups tão ao gosto dos americanos.
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Corvette Sting Ray de 1963. |
O design do Corvette é algo
que sempre se destacou desde o seu lançamento, e dentre as hoje 7 gerações que
o Corvette já teve, a que considero mais marcante é a C2 de 1963, criada sob a
direção dos lendários Zora Arkus-Duntov, Larry Shinoda e Bill Mitchell.
A história do vidro traseiro
bipartido, que somente o modelo de 1963 teve, acaba sendo um diferencial, fazendo
o modelo mais valorizado do que os de outros anos, devido à esse detalhe do design.
Conta-se que Duntov não se agradava deste detalhe, argumentando que prejudicava
a visibilidade traseira, mas Shinoda, que havia desenhado o carro, e Mitchell
insistiam que fazia parte do design geral do modelo.
Para o modelo 1964, Duntov, que era chefe da engenharia,
eliminou as entradas de ar decorativas, bem como a polêmica divisão do vidro traseiro.
Hoje, os sobreviventes dos 10.594 exemplares construídos do modelo 1963 são
mais valorizados exatamente pelo vidro traseiro dividido em dois.
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Corvette '63 - Larry's Garage |
O modelo da Hot Wheels é um
Corvette de 1963, na escala 1:64, mas não é da “Mainline”, termo que designa os
modelos da linha normal de 365 modelos que saem anualmente no catálogo da
Mattel. Ele faz parte da “Larry’s Garage”, uma série com o nome de um dos
maiores criadores de modelos para a Hot Wheels. Com uma cor diferente e suas rodas de metal com desenho diferente e pneus de borracha; além do chassi que é
de metal e não de plástico como em alguns exemplares da “Mainline”.
Isso já é o
bastante para o modelo ser mais valorizado entre os colecionadores, mas resolvi
fazer um “upgrade” nele, e segue abaixo o passo-a-passo da customização. A primeira providência é desmontar
o modelo, eliminando os rebites que prendem o chassi à carroceria, para separar
o interior, os vidros e retirar os eixos com as rodas.
As rodas originais acabam se
projetando para fora dos para-lamas, pois são mais largas do que o modelo “Mainline”.
O chassi precisou ser estreitado para que as novas rodas da AC Custon coubessem dentro dos para-lamas,
e os eixos cortados para a bitola ficar ajustada.
O modelo tem um estepe que é
visível pela vigia traseira, então foi removido o que vem moldado com o
interior e construído um novo nicho com apoio para o estepe, alinhado com as
novas rodas e pneus.
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Redução da bitola para acomodação nos para-lamas e novo estepe. |
Removendo a tinta original,
um leve lixamento da carroceria e limpeza das reentrâncias prepara o modelo
para a pintura com primer e depois com a nova cor. Como todo modelo Die-cast,
há as linhas de moldagem, onde o molde se fecha para o metal ser injetado, e
essas linhas, mesmo sutis, precisam ser removidas para o visual não ficar
prejudicado. E em modelos tão pequenos, os detalhes acabam sendo mais importantes,
como as linhas de abertura das portas, e os faróis escamoteáveis, que
precisaram ser trabalhados pois eram pouco profundos.
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Remoção das linhas de moldagem, remoção da tinta original e lixamento geral com eliminação das maçanetas. |
Resolvi abrir as janelas do
motorista e passageiro, e percebi que o montante do quebra-vento era muito
grosso, então ele foi limado para ficar mais fino e delicado, e também as
maçanetas foram limadas para deixar o design mais “clean”. Finalizando o interior,
foi colocada uma nova alavanca de câmbio no console.
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Recorte dos vidros, santantonio interno e nov berço para o estepe. |
Os vidros do para-brisa e da
vigia traseira foram separados para caber a gaiola do santantonio (roll-cage),
e o próximo passo foi piratear o motor de um outro modelo para “repontenciar”
esse Corvette.
A unidade com Blower veio do
Rigor Motor, e depois da nova abertura no capô, se acomodou perfeitamente no
lugar.
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Pirateando o motor, nova abertura no capô e encaixe do novo motor. |
Depois da pintura em primer,
uma conferência geral nos detalhes para verificar qualquer imperfeição, e
passa-se para a pintura final, com pelo menos duas mãos de esmalte de unha violeta
metálico, um dia para cura e aplicação de verniz/base brilhante para dar
brilho.
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Pintura em primer, detalhamento do chassi e pintura em Violeta Metálico. |
O chassi foi estreitado nas
laterais para acomodar novos escapamentos e depois de pintado de preto fosco,
foi detalhado com tinta prateada para destacar alguns elementos da suspensão
dianteira e traseira, assim como os para-choques dianteiros e traseiro.
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Montagem e fechamento final. |
A montagem final é o
fechamento do modelo, com os vidros, interior com novo estepe, motor, acoplando
o chassi na carroceria e fechando os orifícios dos rebites com novos parafusos.
Peças customizadas como esta valorizam a coleção e por serem únicas, o tempo se encarregará de aumentar o seu atrativo para os colecionadores.
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