sábado, 29 de junho de 2019

Chevrolet Aerovette


O Aerovette foi um Corvette experimental que começou sua vida com a sigla de XP-882, denominado Astro-Vette, um dos vários protótipos com motor central, neste, um V8 montado transversalmente. Duntov e sua equipe construíram inicialmente dois protótipos durante o ano de 1969, mas John DeLorean, Gerente Geral da Chevrolet, cancelou o programa considerando-o impraticável e custoso. Entretanto, quando a Ford anunciou os planos de vender os DeTomaso Pantera através dos distribuidores Lincoln-Mercury, DeLorean voltou atrás e decidiu que o XP-882 fosse apresentado no New York Auto Show de 1970.
Em 1972, DeLorean autorizou a retomada do XP-882 para desenvolver chassis, e deu-lhe um novo codinome: XP-895, e uma nova Carroçaria foi preparada com design semelhante, mas feita de aluminio em parceria com a Reynolds, vindo a ser conhecido como “Reynolds Aluminium Car”.
A motorização era uma junção de dois motores Wankel de dois rotores, somando 420 hp, e nesta configuração, foi apresentado em 1973. Outro exemplar apareceu logo depois, o XP-897 GT, mas este utilizava um motor de apenas dois rotores. Com a crise do petróleo instalada, a GM cortou todos os investimentos nos motores rotativos, e este ultimo protótipo XP-897 GT foi vendido para Tom Falconer, que substituiu a unidade da GM por um motor Wankel do Mazda 13B em 1997.
O protótipo do XP-895 teve o motor rotativo substituído em 1976 por um V8 de 400 cid (6.600 cc), recebendo o nome de Aerovette a aprovado para produção em 1980. Este modelo tinha as portas no Sistema de asa-de-gaivota, e o modelo de produção tinha a previsão de ser equipado com um V8 de 350 cid (5.700 cc), e preços em torno de US$ 15-18,000. O para-brisas fortemente inclinado e em forma de “V” buscava a eficiência aerodinâmica, e foi projetado em tunel de vento para redução do arrasto aerodinâmico, enquanto buscava atender à legislação americana sobre as especificações de altura do para-choques, que tinham um sistema de absorção de choques, sem sofrer danos em impactos até 10 km/h.
Era equipado com uma Caixa de transmissão automática de três velocidades, as suspensões independentes tinham braços em forma de “A” na dianteira e barras de torção longitudinais na traseira, complementados por amortecedores telescópicos coaxiais com molas incorporadas. Direção por pinhão e cremalheira e freios a disco nas quatro rodas completavam o pacote de desempenho.
O interior com estofamento em couro prateado, tinha painel com diversos mostradores digitais, e era acoplado à coluna de direção ajustável, permitindo ao motorista visualizar todos os instrumentos em qualquer posição que regulasse o volante.
Neste tempo, Duntov, Billl Mitchell e Ed Cole se retiraram da GM, e David McLellan decidiu que carros com motores dianteiros seriam mais econômicos e lucrativos, com a mesma performance e desempenho. Ao mesmo tempo, as vendas de carros com motor central/traseira estavam caindo nos Estados Unidos, e carros como o Datsun 240Z estavam na preferência do Mercado. Estes fatores foram determinantes para o encerramento do Aerovette como uma opção para avanços tecnológicos na plataforma do Corvette.

EM ESCALA
O Aerovette foi reproduzido pela Johnny Lightning na escala 1:64, com as linhas gerais do modelo original, com as restrições devidas à escala. O que mais chama atenção são as proporções das rodas e pneus, um tanto exagerados, assim como os recortes de portas mais pronunciados do que deveriam, dando um aspecto grosseiro ao modelo. Também a parte inferior da saia dianteira e do balanço traseiro não condizem com o protótipo real, que não tem estas partes divididas da carroçaria. No entanto, a exclusividade da miniatura de um carro conceito, que não chegou à produção, valoriza a peça para os que gostam do Corvette.

REFERÊNCIAS:



segunda-feira, 17 de junho de 2019

Comparativo Corvette C6 - 1:64


Greenlight – Matchbox – Hot Wheels

Ao colecionar modelos, sempre temos alguns de nossa preferência, e os Corvette tem sido uma das minhas paixões. Gosto muito dos americanos e europeus dos anos 50 e 60, e quando vamos colocando os modelos de diversos fabricantes lado a lado, podemos ver as diferenças de casting e acabamento que cada um tem.

Neste comparativo, temos o Corvette C6 da Greenlight, da Matchbox e da Hot Wheels, e já notamos que as linhas do Greenlight parecem mais delicadas, até porque este é o único que abre o capô dianteiro. Ele tem as bordas do para-brisas, janelas e vigia traseira emolduradas em preto, limpadores e cobertura dos faróis principais, itens inexistentes nos outros modelos. Os recortes de ventilação do motor no paralama dianteiro e do freio antes da caixa da roda traseira são bem definidos e enriquecem a lateral do modelo. Os espelhos retrovisores têm o desenho e proporções corretos, na medida do possível nesta escala. Há os olhos de gato nas laterais e a lanterna de posição dianteira vem pintada de prateada, contribuindo para uma boa impressão quando olhamos a frente do modelo. Na traseira, as lanternas são bem demarcadas e as saídas de escapamento são bem reproduzidas. As rodas e pneus parecem um pouco fora de proporção, os da Matchbox parecem mais adequados para um modelo esportivo como esse.
O casting da Matchbox é mais rústico, com os recortes de portas e capô exagerados, assim como a junção superior do para-brisa com o teto ficou um degrau estranho ali. Ele traz os limpadores mais simplificados, que o Hot Wheels não tem. Como citado, as rodas parecem mais proporcionais em termos de perfil e tamanho da roda, que tem um desenho comum a muitos modelos da Matchbox. A frente é pouco detalhada, e quase não se nota as luzes de posição nas extremidades da abertura de ventilação frontal. Os espelhos são afixados no canto inferior da janela das portas, e a traseira tem pouco detalhamento, sem as lanternas demarcadas em vermelho, como no Greenlight.
Já o Hot Wheels tem o casting padrão da empresa, bem pouco detalhado, e sendo um Mainline, traz as rodas padrão, não tem espelhos retrovisores, nem limpadores de para-brisas, nem um decalque nos faróis dianteiros. Na lateral, a abertura de ventilação no paralama dianteiro aparece, mas não há a entrada de ar para o freio traseiro. Não há detalhamento de molduras do para-brisas, janelas ou vigia traseira. Na traseira, as lanternas também não trazem decalques, nem placa, nem saídas de escapamento. O spoiler dianteiro parece um tanto exagerado, bem menor no Matchbox e inexistente no Greenlight.
Em termos de decoração, o Greenlight reproduz um carro normal, o Matchbox traz duas largas faixas pretas com frisos brancos, denotando uma versão diferenciada, e o Hot Wheels traz umas faixas laterais bem fantasiosas. Este modelo do Corvette acaba deixando a desejar, porque a Mattel tem outros modelos que são bem melhor detalhados no que diz respeito ao acabamento.

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