Consideramos que as fases do aprendizado são quatro: NÃO SEI
(Desconhecimento); SEI QUE NÃO SEI (Consciência do desconhecimento); PRECISO
SABER (aquisição de conhecimento) e SEI
QUE SEI (sabedoria, que é a aplicação do conhecimento).
O progresso do conhecimento a humanidade é fantástico, pois
hoje conhecemos muito mais sobre tudo o que nos cerca, que é impensável negar
os benefícios do conhecimento acumulado por séculos de estudos em todos os
campos de atividade intelectual da humanidade.
Um ditado popular diz que “a verdade dói”. E no Evangelho de
João, capítulo 8 e versículo 32, Jesus afirmou: “e conhecereis a verdade, e a
verdade vos libertará”, no sentido em que à medida que aumentamos em
conhecimento, deixamos de ser reféns da ignorância e das crendices tão comuns
entre os povos.
Mas, parece que à medida que aumentamos no conhecimento ― que
deveria nos trazer contentamento, pelo progresso, pelos benefícios ― acabamos
descobrindo coisas que nos levam à decepção.
Quando Nicolau Copérnico derrubou a teoria de que a Terra
era o centro do Universo, e que na verdade ela girava em torno do sol, a
humanidade teve de consolar-se com a descoberta de que não éramos mais
personagem principal, mas meros coadjuvantes.
Logo mais Charles Darwin dava o seu golpe de misericórdia,
ao formular a teoria da evolução. Nova decepção porque acabou com nossa
auto-estima como filhos de Deus.
Tudo bem, a vida continua, se o mais apto é o que sobrevive,
então vamos desenvolver nossas aptidões e seguir em frente.
Mas eis que Sigmund Freud resolve bagunçar a noção de quem
somos de verdade, dizendo que somos guiados pelo nosso subconsciente, de modo
que não somos exatamente quem pensamos ser...
Ok, mas ainda restam os outros campos da ciência, produzindo
tecnologias de todos os tipos, criando expectativas de que nosso futuro seria
brilhante, com fartura de alimentos, conforto, saúde e lazer.
Nova decepção: a tecnologia se provou incapaz de produzir
uma vida mais feliz para todos. Ao contrário, ela se transforma tão rapidamente
que num intervalo de poucos anos, as pessoas se tornam incapazes de lidar com
aparelhos que surgem com novas maneiras de interagir com o mundo à nossa volta.
O filho de dois anos do meu amigo acessa vídeos, joga boliche
no celular da mãe e seleciona várias opções dos menus da pequena tela do
smartphone, ao passo que outro amigo de 50 anos foi despedido da empresa porque
não conseguiu se adaptar com a informatização da força de vendas na empresa que
trabalhou nos últimos 20 anos.
Não é de admirar que a palavra de ordem no momento é
‘Sustentabilidade’. Em face de tantas reviravoltas em tudo o que sempre
acreditamos, parece que a única coisa que pode nos manter no rumo é o nosso
primitivo instinto de preservação! Não importa o que aconteça; fique vivo!
‘Cada um por si e Deus por todos’ embute veladamente o
egoísmo dominante nas relações humanas, e empurra para Deus resolver as mazelas
que fizemos com nosso pequeno Planeta Azul. Todos devemos nos conscientizar que
nossas ações têm consequências que atingem a todos os outros, e que é nossa
responsabilidade fazer bom uso do conhecimento que adquirimos. O conhecimento
por si só não produz nada de bom ou de ruim.
Aquilo que fazemos com o que sabemos é determinante para
obtermos bons ou maus resultados.
Por isso, a definição de “sabedoria” é “aplicação do
conhecimento”. É a sabedoria que nos levará para este futuro brilhante e
duradouro, um mundo em que as pessoas terão uma saúde perfeita, em que a fome
será erradicada, e as pessoas viverão em paz umas com as outras.
Neste tempo, todos encontrarão a resposta para a pergunta
mais importante que podemos fazer:
― “De onde viemos? O que somos? Para onde vamos?”
Fique vivo e verá!