Além de ser o nome de um esmalte (furor das meninas), como
pode a inveja ser boa?
Sentimento que não é bem visto, aquela pontada que sentimos
quando seu(sua) colega recebe um prêmio de reconhecimento maior do que o seu;
ou quando seu vizinho aparece com o carro dos seus sonhos...
A sensação de que outros estão melhores do que nós provoca
tal sentimento, então muitas vezes por dia estaremos sentindo inveja dos outros
(tem tanta gente que está melhor do que eu...); ou então acharmos que outros
não mereceriam aquilo que estão obtendo, que não são tão capazes do que
aparentam.
Anos atrás, um colega meu reclamou que seu tio se dera bem
com o sítio que tinham, progrediu com a plantação e conquistou uma vida
confortável para si e seus filhos (carros, faculdade, viagens, etc) ao passo
que sua familia teve de vender a propriedade e mudar-se para São Paulo
tornando-se empregados de outros.
Aí está a ponta de inveja aparecendo...
Se analisarmos a situação, poderemos concluir algumas
coisas:
1. As oportunidades não são aproveitadas igualmente por
todos.
Cada pessoa tem sua visão de mundo e as coisas que valoriza.
Tendemos a nos empenhar por aquilo que damos mais valor. Então, diante de uma
oportunidade, uns vão aproveitá-la e decolar na vida, enquanto outros não
decidirão se empenhar por este caminho, deixando de progredir como os demais.
2. Mesmo que duas pessoas agarrem a mesma oportunidade, os
resultados que produzem podem ser muito diferentes no final.
Alguns são muito mais comprometidos com suas metas do que
outros. Assim, no decorrer do tempo, quem trabalha mais e melhor com certeza
obterá resultados melhores do que aqueles que fazem o "suficiente".
De todo modo, a inveja é alistada como um dos sete pecados
capitais, pois desperta nas pessoas o desejo de ser melhor do que outros, ou de
possuir algo que não está ao seu alcance no momento, provocando disputas, e
deteriorando relacionamentos que de outro modo seriam proveitosas para todos.
Todos nós poderemos obter alegria e contentamento apenas com
relação a alvos que colocamos para nós mesmos, e não em relação a outros. Todos
temos qualidades e falhas, e até mesmo tais alvos podem ficar fora de nosso
alcance.
Muitos que conseguiram fama e fortuna descobrem que não
conseguem mais usufruir das coisas mais comuns, tornando-se prisioneiros
insatisfeitos com sua situação invejável a muitos.
Celebridades reclamam que não podem mais tomar uma refeição
num restaurante sem ser assediados por admiradores; altos executivos não podem
passear com a família por medo de seqüestros; nem podem ir ao cinema ou
assistir um jogo no estádio, perdem sua privacidade pelo excesso de exposição
em público...
Portanto, progredir, desenvolver-se, atingir a excelência
naquilo que faz não são pecados para ninguém. O problema é a motivação por trás
de nossas ações. Avalie seu coração, por que é que você quer determinadas
coisas? Para provar o que? E para quem?
Pense nisso e boa jornada!
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