Em tempos tão turbulentos com os que vivemos, este ‘valor’
denominado “Ética” dá a impressão de que não é tão preciosa assim.
Claro, pois Ética é um ‘valor’, uma qualidade preciosa cuja
pessoa que a manifesta se destaca entre as demais. É diferente da Moral, pois
esta varia conforme a época, lugar, costumes e tradições, ao passo que a Ética
deve ser baseada na razão.
Mesmo assim, a Ética só produz bons resultados desde que
este valor seja aplicado corretamente, pois até mesmo o crime organizado tem
sua ética; no sentido de que segue determinados comportamentos que são
definidos como ideais dentro do grupo em questão (seja uma quadrilha que faz um
‘arrastão’, a facção que domina uma comunidade num grande centro, pessoas que
se juntam para fraudar licitações públicas em proveito próprio, produtores de
armas que fomentam guerras e revoluções e os cartéis de drogas pelo mundo).
Apesar de não participarmos de tais grupos, exercer a Ética
na verdadeira acepção da palavra não é fácil.
Na complexa sociedade em que vivemos, a todo momento estamos
sendo postos à prova em nossos valores de honestidade, lealdade, paz, amor,
justiça, compaixão, esperança, humildade e muitos outros que poderíamos
alistar; a Ética em destaque, que me motivou a escrever sobre o tema.
Você está no escritório, toca o telefone, a pessoa que
atende diz:
- É pra você; Fulano que falar contigo. E você responde sem
piscar:
- Diz pra ele que não estou!
Lá se foi sua Ética, e pior, desmoronando publicamente em
frangalhos!!
Ou você está aguardando na calçada o sinal de pedestres
abrir para atravessar a rua, o movimento de carros diminui e as pessoas começam
a atravessar mesmo com o sinal vermelho para os pedestres. Você atravessa junto ou espera até o sinal
ficar verde para os pedestres? Como você exerce sua Cidadania?
Estes são apenas dois pequenos exemplos da grande crise de
valores que a sociedade sofre hoje; produzindo pessoas egoístas, insensíveis aos
problemas que nos cercam, gananciosas, desleais, impacientes, ferozes e cruéis.
Mas o que fica muito claro em todas as situações em que somos pressionados, é que temos a
possibilidade de fazer escolhas. Podemos decidir por manifestar a nossa Ética
ou descambar para o abismo da falsidade; sim falsidade, porque estaremos nos
comportando de um modo que não deveríamos.
Há pessoas que consideram os ‘Valores’ como algo subjetivo,
e portanto submisso a uma posição estritamente pessoal ― seus valores ―tornando-os
imunes aos argumentos racionais. Isso
pode explicar porque uma celebridade exige damascos frescos em seu camarim;
porque alguém arremata uma Ferrari de 25 milhões de dólares num leilão ou um
terrorista comete um ato suicida explodindo a sim mesmo num local público.
Por outro lado, os que consideram os “Valores’ com
objetividade, pressupõem que as escolhas
possam ser orientadas e corrigidas a partir de um ponto de vista
independente.
Tais valores se tornam então a base de nossas decisões, o
alicerce em que construímos nossas vidas, visando obter bons resultados para
nós e os que nos cercam. Sobre os Valores, criamos princípios que nos ajudam
nas decisões que tomamos diariamente.
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