domingo, 19 de janeiro de 2014

Ética - Ou você tem, ou não tem.

Muito se fala sobre Ética, um valor consagrado pelos pensadores gregos e indispensável para a vida do ser humano. Já digo ‘ser humano’ porque deveria ser um diferencial que nos distinguisse do ‘ser animal’, guiado pelos seus instintos e incapaz de fazer certas escolhas e usar o dom do livre-arbítrio concedido por Deus.
Em tempos tão turbulentos com os que vivemos, este ‘valor’ denominado “Ética” dá a impressão de que não é tão preciosa assim.
Claro, pois Ética é um ‘valor’, uma qualidade preciosa cuja pessoa que a manifesta se destaca entre as demais. É diferente da Moral, pois esta varia conforme a época, lugar, costumes e tradições, ao passo que a Ética deve ser baseada na razão.
Mesmo assim, a Ética só produz bons resultados desde que este valor seja aplicado corretamente, pois até mesmo o crime organizado tem sua ética; no sentido de que segue determinados comportamentos que são definidos como ideais dentro do grupo em questão (seja uma quadrilha que faz um ‘arrastão’, a facção que domina uma comunidade num grande centro, pessoas que se juntam para fraudar licitações públicas em proveito próprio, produtores de armas que fomentam guerras e revoluções e os cartéis de drogas pelo mundo).
Apesar de não participarmos de tais grupos, exercer a Ética na verdadeira acepção da palavra não é fácil.
Na complexa sociedade em que vivemos, a todo momento estamos sendo postos à prova em nossos valores de honestidade, lealdade, paz, amor, justiça, compaixão, esperança, humildade e muitos outros que poderíamos alistar; a Ética em destaque, que me motivou a escrever sobre o tema.
Você está no escritório, toca o telefone, a pessoa que atende diz:
- É pra você; Fulano que falar contigo. E você responde sem piscar:
- Diz pra ele que não estou!
Lá se foi sua Ética, e pior, desmoronando publicamente em frangalhos!!
Ou você está aguardando na calçada o sinal de pedestres abrir para atravessar a rua, o movimento de carros diminui e as pessoas começam a atravessar mesmo com o sinal vermelho para os pedestres.  Você atravessa junto ou espera até o sinal ficar verde para os pedestres? Como você exerce sua Cidadania?
Estes são apenas dois pequenos exemplos da grande crise de valores que a sociedade sofre hoje; produzindo pessoas egoístas, insensíveis aos problemas que nos cercam, gananciosas, desleais, impacientes, ferozes e cruéis.
Mas o que fica muito claro em todas as situações em  que somos pressionados, é que temos a possibilidade de fazer escolhas. Podemos decidir por manifestar a nossa Ética ou descambar para o abismo da falsidade; sim falsidade, porque estaremos nos comportando de um modo que não deveríamos.
Há pessoas que consideram os ‘Valores’ como algo subjetivo, e portanto submisso a uma posição estritamente pessoal seus valores tornando-os imunes aos argumentos racionais.  Isso pode explicar porque uma celebridade exige damascos frescos em seu camarim; porque alguém arremata uma Ferrari de 25 milhões de dólares num leilão ou um terrorista comete um ato suicida explodindo a sim mesmo num local público.
Por outro lado, os que consideram os “Valores’ com objetividade, pressupõem que as escolhas  possam ser orientadas e corrigidas a partir de um ponto de vista independente.
Tais valores se tornam então a base de nossas decisões, o alicerce em que construímos nossas vidas, visando obter bons resultados para nós e os que nos cercam. Sobre os Valores, criamos princípios que nos ajudam nas decisões que tomamos diariamente.
E os valores mais elevados, associados ao seu bem-estar e do seu próximo, é que tornam nossa vida recompensadora, uma vida grandiosa e plena de realizações.



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