A Chrysler investiu milhões
no projeto de seu carro movido a turbina, iniciando nos anos 1950 e avançando
nos anos 1960, a terceira versão do motor a turbina, o CR2A, foi aplicado em
quatro modelos de 1962: dois Dodge Dart e um par de Plymouth Fury, que
precederam o carro a turbina propriamente dito.
Estes carros foram exibidos
em diversos concessionários Dodge e Plymouth, até mesmo em demonstrações em
pistas da Europa, como Monthlery, na França, e Silverstone, na Inglaterra. Com
reações favoráveis sobre a tecnologia, a Chrysler decidiu construir 50 unidades
para uma avaliação dos consumidores, entre outubro de 1963 e outubro de 1964;
mais os cinco protótipos já construídos (dentre estes, três tinham combinações
diferentes de cores do teto). Para os testes, foram selecionados 203 motoristas
− 23 deles eram mulheres – de todo o país, para usar o carro durante certo
período.
O resultado é o agora
famoso hardtop bronze, revelado em maio de 1963. Ele foi desenhado por Elwood
Engel, que havia substituído Virgil Exner como Chefe de Estilo dois anos antes.
Engel veio da Ford, onde trabalhou no desenvolvimento do Thunderbird de
1961-63, e a semelhança é tal que muitos se referem ao Carro a Turbina como
“Engelbird”.
Apesar disso, havia muitas
diferenças: o entre-eixos era três polegadas menor, e a frente tinha um desenho
bem limpo, e a traseira tinha profundas cavidades onde as grandes lanternas
tinham um “estilo turbina”. Também as molduras dos faróis e as calotas tinham
um motivo de lâminas rotativas, lembrando turbinas de avião. Os “carros de
consumo” vinham com um teto de vinil preto, contrastando com a pintura “Frostfire
Metallic”, mais tarde chamada de “Turbine Bronze”.
O interior também vinha em
tons de bronze, e havia quatro assentos individuais, separados
longitudinalmente por um console cilíndrico central. Outras amenidades incluíam
direção assistida, servo-freios e vidros elétricos; ar condicionado, e painel
com conta-giros e medidor de temperatura da turbina.
Debaixo do capô, uma
turbina de quarta geração, designada pela sigla A-831, acoplada a uma
transmissão automática TorqueFlite. Suas principais inovações eram as palhetas
constantemente variáveis, controladas pela abertura do acelerador, e
regeneradores individuais em plano vertical, um de cada lado de um queimador
central.
A suspensão não seguia o
padrão Chrysler de barras de torção longitudinais da época, mas vinha com um
design contemporâneo, usando a dianteira independente com molas envolvendo os
amortecedores em cada roda, sendo a traseira tipicamente Chrysler, com molas
semi-elípticas e amortecedores de ação direta.
Apesar da Chrysler não
divulgar os dados de desempenho, diversos comentários apareceram depois dos
testes realizados. Um em cada quatro motoristas reclamaram do odor dos gases queimados
(parecia óleo de cozinha) e um de cada três reclamava do atraso da resposta do
acelerador, pois havia uma demora de um a um segundo e meio para a turbina
reagir às acelerações do pedal direito.
O consumo era alto também –
apenas 11,5 mpg (milhas por galão de 3,6 litros) – embora funcionasse com
querosene barato.
A maior diferença com os
motores a combustão era a ausência de vibrações e o ruído semelhante a um avião
ao se deslocar. A turbina girava a 44.500 rpm e gerava 130 hp, proporcionava
uma aceleração de 0-60 mph em cerca de 12 segundos.
Após o final do programa de
testes com os usuários, das 50 unidades, 46 foram destruídas, seguindo uma
prática das montadoras de não vender carros de pré-produção ou protótipos ao
público. Dos nove carros remanescentes, seis tiveram seus motores desativados e
foram doados a museus de todo o país. Três unidades operacionais foram retidos
pela Chrysler por razões históricas, um deles está no Museu de Transportes em
Saint Louis, e é exibido em exposições frequentemente.
Os outros dois estão em
mãos de colecionadores particulares, um foi doado ao Harrah Museum em Nevada,
que o vendeu para o fundador da rede Domino’s Pizza Tom Monaghan, e finalmente
foi vendido para Frank Kleptz, de Terre Haute, Indiana, no Antique Automobile
Club of America Fall Meet, em 1989. O outro carro foi adquirido por Jay Leno,
famoso apresentador de TV americano diretamente do acervo da Chrysler.
EM ESCALA
O Chrysler Turbine da Yat
Ming (Road Signature Series) na escala 1:18 reproduz com bastante fidelidade o
único carro que chegou a rodar significativamente movido por uma turbina,
semelhante aos dos aviões a jato.
Ele abre as portas, capô
dianteiro e traseiro, e as rodas esterçam. O motor a turbina tem seu
detalhamento caprichado em preto e cromado, assim como o interior do carro
reflete o acabamento da época; os bancos tem os encostos articulados. O
porta-malas é reduzido, onde o estepe ocupa boa parte do espaço.
A Mattel, com sua marca Hot Wheels, tem o modelo na escala 1:64, bastante fiel ao carro real, limitado pelo tamanho, claro. O Chrysler Turbine como foi fabricado em 1963 para o teste com os consumidores, foi reproduzido pela Hot Wheels na escala 1:64, e tem um bom acabamento. Este modelo foi lançado em 2012 na Série Hot Wheels Boulevard Concept Cars, e depois saiu em 2013 com uma pintura Spectraflow Gold, e desde então, não apareceu mais.
A Mattel, com sua marca Hot Wheels, tem o modelo na escala 1:64, bastante fiel ao carro real, limitado pelo tamanho, claro. O Chrysler Turbine como foi fabricado em 1963 para o teste com os consumidores, foi reproduzido pela Hot Wheels na escala 1:64, e tem um bom acabamento. Este modelo foi lançado em 2012 na Série Hot Wheels Boulevard Concept Cars, e depois saiu em 2013 com uma pintura Spectraflow Gold, e desde então, não apareceu mais.
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