Com um histórico de desenvolvimento beirando
uma conspiração, um grupo de jovens designers iniciou o projeto com uma visão ─
a visão da Audi. Eles esperavam atingir não só a mente, mas também o coração
dos aficionados por carros. Um carro que virasse a cabeça dos passantes, que
subvertesse a ordem das coisas de qualquer ângulo, não um carro para as elites,
mas um que todos pudessem comprar. Um carro com personalidade, daqueles que
hoje tivessem a aura de um clássico, como os que vemos nas fotos das revistas
especializadas em automóveis clássicos.
As ideias tomaram forma, os lápis correram
sobre as pranchas e muitos esboços começaram a ganhar substância, para
conquistar a aprovação do ‘board’ da Audi, e um brilho, pode-se dizer, apareceu
nos olhos do conselho da empresa.
Não havia um conceito de marketing
cuidadosamente estudado, nenhuma avaliação legal de chances e riscos – nenhuma das precauções que normalmente
precedem o desenvolvimento de um protótipo inicial.
Uma conspiração, mesmo com as melhores
intenções, como este determinado grupo de designer e engenheiros, não se
comporta desta forma. Mesmo o relativo isolamento da Audi Design Studio não era
seguro o suficiente para eles. Em algum lugar abaixo, na margem do rio Danúbio,
fora de Ingolstadt, a “Cidade Audi”, começou a trabalhar “com inacreditável
entusiasmo” (nas palavras de um deles), e finalizaram o conceito básico dentro
de uma semana. O protótipo, em seguida, levou apenas sete meses para se
materializar.
O resultado que produziram era uma linha reta
dos corações e mentes da jovem equipe de designer e técnicos da Audi, criando
um clássico moderno no qual o espírito dos tempos fala com os seus cinco
sentidos. Um triunfo para o time da casa.
O Audi TT é um cupê esporte de dois lugares
construído na subsidiária da Audi Hungaria Motor Kft, em Györ, Hungria. Ele é
baseado na plataforma PQ34 do Grupo Volkswagen, a mesma do Golf Mk4, Skoda Octavia e da primeria geração do Audi A3. Assim, ele tem o
mesmo layout de motor (transversal dianteiro com tração dianteira ou pelo
sistema Quattro), suspensões independentes usando estrutura MacPherson.
O carro começou a nascer na primavera de 1994,
no Design Center do Grupo Volkswagen na California, Estados Unidos. Ele foi
apresentado em versão conceito no Frankfurt Motor Show de 1995. Nas palavras de
Herbert Demel, Chairman da Audi, o Audi TT Concept é “um carro de grande
carisma, para verdadeiros entusiastas”.
O crédito de seu design deve-se a J. Mays e
Freeman Thomas, com Hartmut Warkuss, Peter Schreyer, Martin Smith e Romulus
Rost contribuindo para o premiadíssimo design do interior.
Podemos identificar influências de veículos a
partir dos anos trinta, linhas que possivelmente viriam da ‘Bauhaus’, e as
curvas elegantes dos carros de corrida pré e pós-guerra da Auto Union. Alguns
traços dos anos 1950 são alguns elementos arredondados dos carros esportivos
alemães da época, e o caráter a eles atribuído (“pequeno”, “modesto”, mas
"estritamente funcional”, também “rápido” e “manobrável”). Some-se a isso
tudo o espírito da transmissão Rally Quattro dos anos 1970 e teremos um estilo
fulminante para o Audi TT Coupé.
A nova tecnologia de soldagem a laser
desenvolvida para a montagem da estrutura do TT acabou atrasando o seu
lançamento. Em princípio, não havia previsão de oferecer transmissão automática
para o TT; no entanto, a partir de 2003, uma dupla embreagem de seis
velocidades, a DSG (Direct-Shift Gearbox), tornou-se disponível. Como
curiosidade, o TT foi o primeiro modelo com esta tecnologia disponível no Reino
Unido (com o volante do lado direito), ao passo que no restante do mundo a
Volkswagen já havia apresentado o Golf Mk4 R32 com o recurso, com o volante do
lado esquerdo.
A origem do nome TT vem da tradição em
corridas de moto, o Tourist Trophy, na Ilha de Man, onde a NSU começou a
competir com suas motos em 1911. Na década de 1950, a NSU era um dos maiores
fabricantes de motos do mundo, e começou a produzir carros, como o pequeno NSU
Prinz, nas versões TT e TTS. Em 1932, a Audi fundiu-se com a Horch, DKW e
Wanderer, formando a Auto Union AG. Em 1964, a Volkswagen adquiriu 50% do
capital da Auto Union, e dezoito meses depois, assumiu controle total sobre as
operações da Auto Union.
UM
POUCO DE HISTÓRIA
Em 1969, a Auto Union fundiu-se com a NSU, e
os anos 1970 a empresa ficou conhecida como Audi NSU Auto Union AG, e a marca
Audi começou a ser divulgada de forma separada do restante dos produtos da
Volkswagen. Em 1985, com a extinção das marcas Auto Union e NSU, a companhia
assumiu oficialmente o nome abreviado para Audi AG.
O cupê TT surge no processo de renovação das
plataformas do Grupo Volkswagen, em que a PQ34 se torna a base para inúmeros
modelos de ambas as companhias. Seu desenho radical contribui para o
estabelecimento de uma imagem inovadora e ousada tecnologicamente (carrocerias
em alumínio, a transmissão Quattro que gerou bons resultados em carros de
Rally, e o recurso do turbo em diversos modelos para aumentar o desempenho, a
galvanização das carrocerias para prevenir a corrosão, o motor VR6 com
cilindros inclinados a 15º, entre outras inovações).
A designação TT também é atribuída à frase “Technology
& Tradition”.
AUDI
TT COUPE – em produção
Em outubro de 1998, entrou em produção o Audi
TT, fielmente baseado no Audi TT Concept de 1995, desenvolvido por Freeman Thomas
e Peter Schreyer. Compartilhava a plataforma PQ34 com o Audi A3 Mk1, o Golf
Mk4, o New Beetle, o Bora/Jetta Mk4, o SEAT Leon MK1, o SEAT Toledo Mk2 e o
Skoda Octavia Mk1.
Seu trem de força era um quatro cilindros em
linha de 1,8 litros, com cinco válvulas por cilindro, aspirado ou turbo, com um
opcional de 3,2 litros VR6. A caixa de marchas podia ser manual de cinco
velocidades (para o 1,8 litro), manual de seis velocidades (Turbo), Tiptronic
de seis velocidades ou a DSG de seis velocidades (para o VR6).
Media 4.041 mm de comprimento, 1.764 mm de
largura e 1.346 mm de altura. O entre eixos tinha 2.422 mm, sendo 2.428 na
versão Quattro. Sua designação interna no Grupo Volkswagen era Typ 8N, lançado
como cupê em 1998, seguido pelo Roadster em Agosto de 1999.
O interior exibia um cuidado adicional com uma
qualidade superior em acabamento, instrumentos circulares, com marcações em
negrito de fácil leitura, porta-objetos bem planejados, e uma ergonomia muito
bem estudada, O habitáculo foi dotado de uma atraente decoração High-Tech e todos os comandos estavam
muito bem posicionados para o acionamento pelo condutor. O uso do alumínio para
muitos detalhes, e também de couro, elimina qualquer impressão de que este
interior é espartano. Rebites em lugares estratégicos são usados para decorar
molduras das saídas de ventilação e alças de apoio, como em antigas aeronaves.
Os primeiros exemplares do Audi TT tiveram uma
cobertura negativa por parte da imprensa devido a uma série de acidentes em
alta velocidade. Algumas mortes ocorreram em velocidades acima de 180 km/h,
quando os motoristas mudavam abruptamente de direção ou em curvas fechadas.
Tanto o Cupê como o Roadster tiveram um ‘recall’ para aumentar o controle do
veículo em altas velocidades. Foi instalado o Eletronic Stability Programme e
um spoiler na traseira foi adicionado, além de modificações na suspensão, que
foram incorporados na linha de produção.
Esta primeira geração do Audi TT venceu o
North American Car of the Year em 2000, e foi também nomeado como um dos 10
Melhores modelos em 2000 e 2001.
DA MINJHA COLEÇÃO
O modelo da foto é uma miniatura die-cast
feita pela Revell, na escala 1:18. As portas e os capôs dianteiro e traseiro se abrem, e as rodas esterçam.
A pintura é bem feita e os detalhes reproduzem bem o modelo real.
A pintura é bem feita e os detalhes reproduzem bem o modelo real.
Na escala 1:43, os modelos da Minichamps são bem detalhados, vem com uma base e abrem as portas. Faróis e lanternas em plástico, rodas que seguem o design do modelo real, o roadster permite ver melhor o interior, com o painel, volante e bancos, console com a alavanca de cãmbio, e os arcos anti-capotagem.
Audi TT Coupe, Minichamps 1:43 |
Audi TT Roadster, Minichamps 1:43 |
O vermelho é da Majorette, numa escala aproximada de 1:53, reproduz bem o belo design, e tem os faróis em plástico transparente; as lanternas traseiras estão demarcadas, mas ficam um pouco perdidas por causa da cor da carroçaria. As rodas são sacrificadas, assim como o espelho retrovisor. Não tem partes móveis, nem portas ou capô que se abrem; e o interior é básico para a escala.
Audi TT Coupe, 1998 - Majorette 1:53 |
REFERÊNCIAS:
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