Drive é um filme de ação e drama americano de 2011 dirigido por Nicolas Winding Refn. O roteiro, escrito por Hossein Amini, é baseado no romance homônimo de James Sallis de 2005. O filme é estrelado por Ryan Gosling como um dublê de Hollywood não identificado (não foi dado um nome para o personagem) que trabalha também prestando serviços como motorista de fuga. Ele rapidamente passa a gostar de sua vizinha, Irene (Carey Mulligan), e de seu filho, Benicio (Kaden Leos). Quando o marido endividado dela, Standard (Oscar Isaac), é libertado da prisão, mas precisa pagar uma dívida pela "proteção" enquanto esteve preso. Os dois homens participam do que acaba sendo um assalto fracassado de um milhão de dólares que põe em risco a vida de todos os envolvidos. O filme é coestrelado por Bryan Cranston (como Shannon), Christina Hendricks (Blanche), Ron Perlman (Nino) e Albert Brooks (Bernie Rose).
Ele dirige um Chevrolet Chevelle 1973 (carro que o
próprio Ryan Gosling restaurou e usou no filme), trabalha como mecânico, dublê
de filmes e piloto de carros nas filmagens de perseguição, e nas horas vagas, como
piloto de fuga para assaltos. Seu patrão na oficina é Shannon, que persuade o
mafioso Bernie Rose e seu sócio Nino a conseguir um carro para Driver correr.
Quando o marido de Irene é solto da prisão, precisa pagar sua dívida para Chris Cook, que os convence de assaltar uma loja de penhores para
pagar sua dívida de US$ 40,000. Driver se oferece como motorista de fuga para
ajudar a família, mas tudo dá errado: o dono da loja de penhores reage, atira
em Standard, que morre; mas ele consegue pegar a maleta com o dinheiro e escapa.
O Chevelle Malibu 1973
Numa intricada rede de interesses, Driver busca quitar a
dívida de Standard, para que pelo menos Irene e Benício possam se livrar deste
problema e seguir com suas vidas em paz; mas Cook envia assassinos para matar
Driver, que consegue escapar, e Shannon oferece a ele para guardar o dinheiro
na sua oficina, mas Driver recusa e vai atrás de Cook, que revela que Nino está
por trás de tudo. Driver tenta devolver a grana para Nino, mas ele envia seus
capangas para matar Irene e Benício.
A razão das mortes é explicada a Bernie por Nino, que revela que a máfia da Costa Leste escondia o dinheiro na loja de penhores para iniciar uma operação na região; e agora, todas as pessoas ligadas ao roubo podiam levar a Máfia da Costa Leste até ele, por isso precisavam matar todas elas. Bernie mata Cook, e Nino vai atrás de Shannon, matando-o na oficina. Driver persegue Nino na Pacific Coast Highway e joga o carro contra o de Nino, que foge para a praia, mas é alcançado e afogado no mar depois de uma luta.
Driver se encontra com Bernie e faz o acordo para livrar Irene e Benício, mas é esfaqueado por Bernie, reage e mata Bernie com sua própria faca. Irene faz as malas, bate na porta de Driver, e vai embora quando ninguém atende.
O filme termina com Driver ferido, dirigindo seu
Chevelle noite adentro.
Chevelle Malibu 1973
O exemplar utilizado no filme foi escolha do próprio Gosling. O diretor Refn deu permissão a Gosling de escolher o carro para o seu personagem, e ele juntou o que gostava de automóveis com o que o seu personagem deveria pilotar. Depois de pesar vários prós e contras, os dois foram a um ferro-velho e adquiriram o Chevelle Malibu 1973. O carro foi levado a um galpão onde Gosling desmontou completamente o carro, e praticamente o reconstruiu ele mesmo, exceto pela transmissão, feita por um especialista. Gosling considerava que este exercício o ajudou a construir o lado psicológico de seu personagem, com paciência e habilidade que ele deveria demonstrar nas múltiplas cenas em que trabalhava no carro, além de criar uma conexão particular com o carro que iria pilotar nas cenas do filme.
O Chevelle era da terceira geração do modelo (1973-1977), e havia recebido um extenso redesign depois de 10 anos. Era uma versão de duas portas (denominada “Colonnade Hardtop), com caída semi-Fastback, ficando com as janelas traseiras menores. A grandes portas não tinham moldura superior do vidro, e a legislação de segurança americana obrigou os carros a terem os para-choques que resistiam a choques de até 8 km/h, ficando bem avançados do que a geração anterior. A mesma legislação obrigou as montadoras a instalar reforços nas portas contra impactos laterais
A terceira geração veio com diversos aperfeiçoamentos,
como um novo chassi com uma estrutura perimetral reforçada, fixações para a
carroçaria revisados, eixo traseiro com 8,5 polegadas, rodas de 6 polegadas de
tala, suspensões revisadas com maior curso, novas buchas, nova posição dos
amortecedores e nova geometria da suspensão dianteira, que ganhou freios a
disco em todas as versões do Chevelle.
Havia cinco motores para o Chevelle 1973: um seis
cilindros de 250 cid e um V8 de 370 cid com carburadores duplos, ambos com 110
hp para o Chevelle Deluxe e Malibu. O V8 de dupla carburação com 145 hp era
exclusivo da versão Laguna mais luxuosa. Havia também um V8 de 350 cid com 175
hp (este motor equipava o carro de Gosling) e outro de 454 cid com carburadores quádruplos gerando 245 hp. Os câmbios
eram os manuais de três velocidades padrão, sendo o manual de quatro
velocidades e um automático de três Hydra-Matic opcionais.
Praticamente um clone do Chevrolet Monte Carlo, com
duas portas, se tornou um sucesso de vendas, pegando carona com seu “irmão”. O
Malibu vendeu 327.631 unidades em 1973, mais 59.108 unidades da versão
Station-Wagon. As versões Laguna coupe e sedan venderam 56.036 unidades, e as
versões SS mais esportivas atingiram 28.647 unidades, dos quais 2.500 foram
equipadas com os motores de 454 cid.
1992 Ford Crown Victoria
O Crown Victoria na versão Interceptor para as forças policiais não era vendido ao público, mas muitos se interessavam por ele e adquiriam seus exemplares quando a polícia substituía os carros vendendo os antigos em leilões, obviamente removendo os adesivos, computadores, rádios, sirenes e luzes de emergência. Esses exemplares tinham muitos componentes reforçados para uso mais pesado, e as transmissões automáticas de quatro velocidades tinham uma calibração para mudar as marchas em rotações mais elevadas, visando maior desempenho; e os motores V8 Flex-Fuel 4,6 litros 2V SOHC, com 251 hp e taxa de compressão de 9,6:1 em vez do 9,5:1 da versão normal vendida ao público. Eles tinham radiadores de óleo para auxiliar a manter a temperatura ideal do motor, mesmo operando em altas rotações por longos períodos, sem risco de superaquecimento.
A configuração do layout de chassi-carroçaria era
considerada vantajosa para frotas e a polícia, pois barateava os custos de
reparação em caso de colisões, e a tração traseira favorecia as manobras em
perseguições e as suspensões eram mais resistentes para enfrentar obstáculos no
ambiente urbano.
O sistema de escapamento em aço inoxidável T-409 tinha
silenciadores mais eficientes, para reduzir o nível de ruído e vibrações, mesmo
em altas rotações, sem perder potência do motor. As suspensões tinham molas de
alto desempenho, cerca de 20 mm maiores para maior distância do solo, e tinham
barras estabilizadoras traseiras de menor diâmetro que a dianteira.
Estes modelos tinham o câmbio na coluna de direção,
ficando o espaço do console disponível para os equipamentos da polícia, como
rádio, laptop, controles da luzes de emergência, nicho para armas de fogo e o
MDT (Mobile Data Terminal).
Da minha coleção
O Chevrolet Chevelle 1973 é o carro pilotado por Driver, reproduz o modelo utilizado no filme, mas acabou não tendo uma presença marcante na película. Talvez pelo design do período não ter sido tão atraente, e o tom de cor cinza não colaborou para se destacar nas cenas. A miniatura da Greenlight abre o capô dianteiro, revelando o bloco do motor em vermelho, a caixa do filtro de ar com as devidas ressalvas para a escala. O design das rodas cromadas é fiéis às do carro do filme, mas parecem um tanto desproporcionais no modelo, que tem pneus de borracha. A base é metálica, e vem com algum detalhamento da parte inferior do carro.
Molduras cromadas nos para brisas e janelas, lanternas traseiras em vermelho e ponteiras de escapamento, mais a placa JT 108 da California completam a decoração da miniatura.
O Ford Crown Victoria é o carro usado pela polícia de Los Angeles na época em que o filme é posicionado, com sua pintura em preto e branco, característica de muitas forças policiais dos Estados Unidos. Tem os decalques da polícia de Los Angeles, as luzes de emergência e a numeração/código correspondente no teto e capô traseiro, para identificação pelos helicópteros em auxílio aéreo.
Os faróis e lanternas estão demarcados, mas não tem detalhamento, compensando pelos decais da polícia no para lama traseiro e capô traseiro, com a bandeira americana e o logotipo Ford.
Referências:
https://en.wikipedia.org/wiki/Drive_(2011_film)
https://en.wikipedia.org/wiki/Chevrolet_Chevelle
https://www.imdb.com/title/tt0780504/
https://www.imcdb.org/m780504.html
https://en.wikipedia.org/wiki/Ford_Crown_Victoria_Police_Interceptor
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