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quinta-feira, 21 de maio de 2015

Trânsito fatal: somos vítimas da guerra que não acaba

Trânsito é sempre um assunto recorrente no nosso dia-a-dia. Seja pelo impacto diário que sofremos cada vez que saímos de casa, para trabalhar ou para lazer, no problema de sair cada vez mais cedo para chegar no horário para uma reunião ou consulta médica, ou até para não se atrasar para uma peça de teatro; todos somos afetados pelo trânsito da cidade.
Pior são os acidentes, com mortes e ferimentos que afetam as pessoas e famílias, com todos os efeitos maléficos, mais do que conhecidos de todos os envolvidos.
Além de motorista e motociclista, também somos pedestres, e as estatísticas não estão ajudando muito.
Atropelamentos representam 44,4% das mortes no trânsito em São Paulo; subindo 8% em relação a 2013. Foram 555 pedestres mortos em 2014 contra 514 em 2013. Apesar de reduzido, o número de mortes de ciclistas foi o que mais aumentou: 34%: de 35 mortos em 2013 para 47 casos em 2014. Com o incentivo da Prefeitura de ampliar o uso da bicicleta (atualmente são 273,6 km de ciclovias na cidade), este número só  tende a aumentar em 2015.
Os números refletem a verdade: pedestres e ciclistas são muito imprudentes, ou não sabem se comportar num ambiente tão perigoso como as ruas da capital. Vemos a todo instante pessoas de todas as idades, ricos ou pobres, atravessando fora das faixas demarcatórias, andando no meio-fio ao invés das calçadas, passando atrás de carros que estão dando marcha-a-ré; ciclistas andando na contra-mão, nas calçadas, cruzando farol vermelho, fora da ciclofaixa, em ruas e avenidas que tem um espaço exclusivo para eles...
Não é de surpreender que as estatísticas estejam subindo. Existe até uma lei (Lei 9.503/97; art 254 do Código Nacional de Trânsito) que prevê multa ao pedestre que não observar a faixa que é disponibilizada para travessia.
A prefeitura anunciou que vai reduzir a velocidade das vias marginais do Pinheiros e Tietê de 90 para 70 km/h, visando reduzir as mortes. Piora o fluxo e aumenta a arrecadação, sem contar que pedestres e ciclistas não frequentam as marginais...
"Continuamos sem uma política nacional de redução de acidentes, com recursos, metas e responsabilidades definidas" afirma Luiz Carlos Néspoli, da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos).
"Não adianta só fazer propaganda ou aumentar multa, é preciso um programa permanente, em todos os governos. Não há, por exemplo, nenhuma ação séria para reduzir os acidentes com motos."
Ele citava uma estatística que mostrava que em dez anos, o número de mortes em ocupantes de carro subiu 32%, ao passo que as mortes de motociclistas subiram 130%.
Educação, conscientização, melhor preparação e treinamento na habilitação, fiscalização, as soluções não são tão difíceis; colocá-las em prática é que parece impossível.
Se você sai de casa e volta vivo, dê-se por feliz. Continuamos vítimas de uma guerra que não acaba.







quinta-feira, 28 de março de 2013

Feriadão


Na sempre ansiosa expectativa de mais um feriadão (sexta da Paixão, domingo de Páscoa), todos buscamos momentos de lazer e descontração, antecipando reduzir a grande carga de estresse acumulada na semana.
Diante das estatísticas cruéis de que centenas de pessoas sofrerão acidentes no trajeto, seja na ida ou na volta; faço sinceros votos de que você esteja lendo isto na segunda feira, retornando de sua viagem são e salvo.
De objeto de desejo e utilitário inestimável, o automóvel e demais veículos automotores hoje passam a vilão da tragédia de mais de 61.000 mortes e 352.000 inválidos permanentes em 2012 (números do DPVAT).
Se os números preocupam, mais ainda a progressão destas estatísticas:
Em 2011 a mesma fonte indica 58.400 mortes e 2010 apontou 40.989 óbitos em acidentes de trânsito.
Outro número que nos deixa estarrecidos são as perdas, estimadas em 20 bilhões de reais, entre seguros e bens materiais. Quanto não poderia se fazer com 20 bilhões aplicados em benefícios à sociedade? Entretanto, este é o custo que todos nós pagamos, um custo social bastante oneroso em tempos ditos “de crise”.
O que dizer do valor destas 61.000 vidas perdidas? Mesmo que muitos tivessem um seguro de acidentes, que minimizaria os efeitos financeiros do desaparecimento de um pai de família, ou de um filho ou filha que ainda ajuda financeiramente em casa, não podemos dar um valor para alguém que se foi. Os custos emocionais são impagáveis, e nunca serão compensados junto àqueles que perderam um ente querido.
Portanto, fica aqui a reflexão de que todos nós possamos atravessar mais um feriadão, e chegar vivos na segunda feira. Sempre encarada com maus olhos, estar vivo numa segunda é realmente um forte motivo para agradecer a Deus, e começar mais uma semana de bom trabalho.
Bom feriadão a todos, se beber não dirija, não corra, não mate, não morra. E que Deus nos proteja.