Na sempre ansiosa expectativa de mais um feriadão (sexta da
Paixão, domingo de Páscoa), todos buscamos momentos de lazer e descontração,
antecipando reduzir a grande carga de estresse acumulada na semana.
Diante das estatísticas cruéis de que centenas de pessoas
sofrerão acidentes no trajeto, seja na ida ou na volta; faço sinceros votos de
que você esteja lendo isto na segunda feira, retornando de sua viagem são e
salvo.
De objeto de desejo e utilitário inestimável, o automóvel e
demais veículos automotores hoje passam a vilão da tragédia de mais de 61.000
mortes e 352.000 inválidos permanentes em 2012 (números do DPVAT).
Se os números preocupam, mais ainda a progressão destas
estatísticas:
Em 2011 a mesma fonte indica 58.400 mortes e 2010 apontou
40.989 óbitos em acidentes de trânsito.
Outro número que nos deixa estarrecidos são as perdas,
estimadas em 20 bilhões de reais, entre seguros e bens materiais. Quanto não
poderia se fazer com 20 bilhões aplicados em benefícios à sociedade?
Entretanto, este é o custo que todos nós pagamos, um custo social bastante
oneroso em tempos ditos “de crise”.
O que dizer do valor destas 61.000 vidas perdidas? Mesmo que
muitos tivessem um seguro de acidentes, que minimizaria os efeitos financeiros
do desaparecimento de um pai de família, ou de um filho ou filha que ainda
ajuda financeiramente em casa, não podemos dar um valor para alguém que se foi.
Os custos emocionais são impagáveis, e nunca serão compensados junto àqueles
que perderam um ente querido.
Portanto, fica aqui a reflexão de que todos nós possamos
atravessar mais um feriadão, e chegar vivos na segunda feira. Sempre encarada
com maus olhos, estar vivo numa segunda é realmente um forte motivo para
agradecer a Deus, e começar mais uma semana de bom trabalho.
Bom feriadão a todos, se beber não dirija, não corra, não
mate, não morra. E que Deus nos proteja.
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