Seres emocionais que somos, em maior ou menor medida, todos
temos sentimentos, que provocam emoções em nós, conforme o nível de impacto que
os fatos causam a cada um.
Muitos problemas que temos se devem a este processo, muito
característico de indivíduo para indivíduo.
Ainda bem, pois o que seria do mundo se todos fossemos
padronizados como os produtos que saem das linhas de montagem tão uniformes em
suas características e qualidades?
A grande graça da vida é interagir com outros e enriquecer
os nossos relacionamentos, devido à multidiversidade do ser humano.
Entre as muitas emoções, a raiva, ira ou até o ódio (um
extremo não muito agradável), é um fator motivacional muito forte. Um recente
seriado da TV aberta tem neste sentimento o maior apelo em que uma jovem busca
vingança contra as pessoas que causaram a perda de seu pai quando era ainda
criança.
Sem entrar no mérito da ética da personagem, podemos notar
que a raiva tem dois lados no aspecto motivacional: o positivo e o negativo.
Quem já não se deparou com alguém com muita raiva, revoltado
com alguma coisa, “soltando os cachorros” ou “rodando a baiana”?
Este é o primeiro aspecto: a raiva busca culpados, alguém ou
algo que necessitamos responsabilizar, tirando de nós os ônus da culpa,
fazendo-nos sentir aliviados, como vítimas de uma força maior, além ou fora de
nosso controle. Resultado: negativo, nada muda, pois “não podemos fazer nada”,
os culpados são “os outros”.
O outro lado da moeda, é o lado positivo: a raiva deve nos
mover à ação, a (grande) energia que a raiva gera em nosso íntimo deve ser
canalizada para sairmos daquela situação em que ficamos expostos. Parar de
cometer os erros de comportamento, não falar o que não devíamos, na hora e no
lugar errados!
A grande dificuldade que temos é que muitas vezes, não
sabemos como lidar com tais sentimentos; e sendo mal administrados podem
provocar mais prejuízos do que benefícios.
Para relembrar: resumidamente, os pilares da Inteligência
Emocional são:
• Autoconsciência:
Capacidade de perceber as causas de nossas emoções.
• Autocontrole:
Busca do controle das emoções.
• Automotivação:
Direcionamento das emoções para uma meta.
• Empatia:
Capacidade de perceber os sentimentos dos outros.
• Sociabilidade:
Capacidade de relacionamento.
Com a vida tão cheia
de demandas, nossas emoções podem “entrar em parafuso”, e se não soubermos
lidar com as adversidades (causadas por outros ou por nós mesmos)
adequadamente, tudo o que construímos com tanto esforço poderá sofrer abalos ou
até mesmo ruir.
Apesar de tudo, a
vida é fascinante, e as pessoas mais ainda. Por isso, admiro tanto os amigos e
irmãos que tenho, cada um com sua personalidade, qualidades e defeitos, mas que
respeito por tudo o que são: pessoas fantásticas, que sentem emoções e são (muito)
motivadas naquilo que escolheram fazer, trabalhar, realizar, viver!
No próximo post, veremos outro sentimento: o MEDO!
Abraços e até a
semana que vem.