quinta-feira, 30 de maio de 2013

Sobreviver no mundo corporativo

 Ambiente de trabalho perfeito não existe. Dura constatação para os idealistas que desejam encontrar um local para desenvolver todo o seu potencial profissional, uma empresa em que possamos exercer nossa criatividade, demonstrar nossa iniciativa e trabalhar numa equipe que produza resultados excelentes ao final do exercício.
Quando entramos em um novo emprego, temos expectativas de fazer melhor aquilo que sabemos, encontrar oportunidades para que nosso conhecimento e habilidades possam ser aproveitados pela empresa; e com certeza essa também foi a premissa do seu novo empregador quando bateu o martelo para sua contratação.
O tempo passa, você vai conhecendo seus novos colegas de trabalho, seu chefe, o(s) diretor(es), clientes e fornecedores, os mercados em que atua, e claro, os obstáculos que precisam ser vencidos para que suas expectativas sejam atingidas.
Reuniões com a direção da empresa podem não resistir aos comentários na hora do cafezinho, ou à conversa no banheiro. Sem contar com ambientes de trabalho que tem música ambiente; e a rádio que toca é a “Radio Peão”.
Em maior ou menor grau, todo lugar em que você for trabalhar, vai encontrar estes elementos atuando; vai depender de você fazer com que sejam contra ou a seu favor.
A extrema competitividade dos negócios, as diferenças de opinião entre as pessoas, a pressão por resultados  acabam com o clima organizacional, e nem sempre é fácil suportar as muitas situações com que somos confrontados.
Surgem então os conflitos, que, nem sempre são resolvidos a contento. A solução pode ser fazer política no trabalho, que por sinal, deveria ser a primeira competência que deveríamos desenvolver. Política no sentido de saber lidar com as pressões que vêm de cima (chefes, gerentes e diretoria), dos lados (colegas de seu departamento ou de outras áreas da empresa), de baixo (caso tenha subordinados), e de fora da companhia (clientes e fornecedores).
Por anos, uma competência avaliada era o “Relacionamento interpessoal”, em que se avalia a sua capacidade de se relacionar com outros para exercer sua função na empresa.
Falamos de habilidades comportamentais, como flexibilidade, inteligência emocional, criatividade, qualidades além do conhecimento técnico e acadêmico; que ao ser manifestas, promovem um ambiente saudável e harmônico no trabalho.
Ledo engano!
Inimizades, antipatia, desconfiança, arrogância, orgulho, falsidade, criam um ambiente negativo e pesado, que prejudica a integração grupal, dificulta a comunicação e afunda a motivação das pessoas.
É nossa responsabilidade decidir em que time vamos jogar, sobrevivendo no mundo corporativo.

Para meditar:
O relacionamento interpessoal é reflexo do relacionamento intrapessoal. (Rafael Sales Costa) 



sexta-feira, 17 de maio de 2013

Amor, o maior dos sentimentos.

Patch Adams, vivido no cinema por Robin Williams expressou
amor pelos pacientes do hospital em que trabalhava.

Na série sobre os sentimentos humanos, o amor fica no lugar de honra, e assim é pois é sem dúvida o mais destacado sentimento que podemos expressar.

Apesar de sempre pensarmos no amor como o elo que liga um homem a uma mulher, temos vários tipos de amor. Quatro para ser exato.
O primeiro tipo de amor é o amor de uma mãe pela sua prole. A palavra grega que define este sentimento é ‘storgé’. Num sentido mais amplo, abrange o amor que existe em uma família, a afeição fraternal existente entre membros de uma família (pais, mães, filhos, tios primos, etc).
Intensamente louvada em várias formas de arte (as famosas “madonnas”) no decorrer dos séculos, este amor é encontrado desde as primeiras civilizações humanas, na forma de pequenas estatuetas com fartos seios e amplos quadris, representando a mãe que dá vida à todos.
O segundo tipo de amor, denominado também no grego ‘philía’ (do grego ‘philos’, significando ‘amigo), representa o sentimento de dois amigos ou amigas, forte o bastante para manter uma lealdade até mesmo frente à morte. Atravessa os anos e se solidifica com a convivência e a lealdade nos tratos mútuos.
Muito explorado no cinema com as diversas composições de ‘parceiros’ ou ‘duplas’, que se ajudam para vencer os desafios com que se confrontam e fazem a nossa diversão nas salas escuras.
O terceiro tipo de amor é o famoso ‘eros’, o amor romântico entre homem e mulher, relacionado com a atração sexual; exaustivamente exposto em todas as mídias, produzindo tragédias, comédias e histórias com finais felizes também. Misturado à paixão, desequilibrado por tantas demandas e incompreensões deste mundo moderno, pode passar facilmente ao ódio (voltando ao nosso primeiro post sobre os sentimentos). Tão belo, mas tão distorcido por manifestar degradação moral, devassidão, reflete a decadência de uma civilização ao destruir um sentimento tão bonito.
Mas acima de todos estes amores, surge o quarto tipo de amor; guiado ou governado por princípios: ‘agápe’. É um sentimento ou emoção altruísta relacionado com o fazer o bem  a outros, sem esperar nada em retribuição.
A respeito desse amor, o professor William Barclay escreveu: “Agápe tem a ver com a mente: não é apenas uma emoção que surge espontaneamente no nosso coração; é um princípio pelo qual vivemos deliberadamente. Agápe tem superlativamente a ver com a vontade.”
Assim, vemos muitos casais que, com certeza, tinham o amor romântico quando se casaram e fizeram seus votos de amor eterno, mas precisam desenvolver  o ‘philía’, ‘storgé’ e ‘agápe’, sob pena de deteriorar seu relacionamento (com o passar do tempo e a idade que avança), como ocorre tão comumente nas sociedades modernas.
O amor ‘agápe’ move as pessoas a obedecer às regras de vida em comum, manifesta-se na cidadania, na cortesia e tratos com estranhos, na obediência às leis de trânsito, ao evitar tirar vantagem de outros, evitar práticas desonestas no emprego, assim como não desenvolver vícios que prejudicam sua saúde e de outros (fumo, bebidas, drogas, jogatina), não se dominar pela ganância, luxúria e avareza.
Por fim, temos uma bela definição do amor como registrado na primeira carta do apóstolo Paulo aos cristãos em Corinto, capítulo 13, nos versos 4 ao 8:
4 O amor é longânime e benigno. O amor não é ciumento, não se gaba, não se enfuna, 5 não se comporta indecentemente, não procura os seus próprios interesses, não fica encolerizado. Não leva em conta o dano. 6 Não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade. 7 Suporta todas as coisas, acredita todas as coisas, espera todas as coisas, persevera em todas as coisas. 8 O amor nunca falha.”




quinta-feira, 9 de maio de 2013

Alegria e Tristeza – coexistindo dentro de nós.


Dois sentimentos opostos, um que buscamos incessantemente, como um degrau que conduz à felicidade; outro que nem queremos ver de longe, mas que muitas vezes, insiste em colar na gente como um post-it, lembrando-nos de que nem tudo na vida é cor-de-rosa...

Acho que estas músicas dizem mais sobre estes sentimentos do que qualquer coisa que eu pudesse escrever, então convido a entrar nestes links e em alguns minutos, sentir a alegria de Caetano e a tristeza de Maysa.


Caetano Veloso: Alegria, alegria!


Maysa: Bom dia Tristeza.


Finalizando:
“O coração alegre faz bem como o que cura, mas o espírito abatido resseca os ossos.”
Provérbios 17:22.

Na próxima semana, não poderia deixar de falar sobre o maior dos sentimentos: o AMOR. Até lá.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Medo – O que te causa esta sensação?

O Grito, de Edvard Munch

Todos nascemos com apenas dois medos: o medo de cair e medo do barulho.

Todos os outros medos são desenvolvidos durante nosso crescimento, nas (más) experiências que vivemos, e nas imaginações que criamos em nossas mentes.
Um dos maiores medos que temos é o medo do futuro. Fez o ganha-pão de magos e adivinhos há séculos, e hoje sustenta as seções de horóscopos em jornais e revistas, e enriquece os gurus assediados por presidentes de grandes corporações, atrás de pistas sobre o que vai acontecer com o mercado.
Consultores e psicólogos costumam dizer que 90 por cento dos nossos receios nunca acontecerão, então, se ficamos ansiosos com nosso futuro, relaxe; poupe sua energia psicológica e emocional para os 10 por cento que realmente ocorrem, e destes, apenas os 8 por cento em que você pode tomar providências que estão ao seu alcance.
Como ando de motocicleta neste trânsito maluco de São Paulo, inevitavelmente me perguntam se não tenho medo.
Tenho sim; e muito!
O medo é meu sentimento de preservação, evita que eu tenha um comportamento que aumente os riscos de um acidente. Combinado com os anos de pilotagem, e ver as barbaridades que os motoristas e outros motociclistas fazem, ajuda em muito a não ter danos materiais, e melhor ainda, nenhum osso quebrado nestes anos em que ando em duas rodas.
Ayrton Senna em uma declaração de junho de 1991, disse: “"O medo faz parte da vida da gente. Algumas pessoas não sabem como enfrentá-lo, outras - acho que estou entre elas - aprendem a conviver com ele e o encaram não como uma coisa negativa, mas como um sentimento de autopreservação".
É para isto que serve o medo: para nos preservarmos vivos, protegermos nosso corpo e mente de ameaças reais, criando uma situação antecipada da realidade para que não cheguemos a vivenciá-la, arriscando-nos a ter um  mau resultado.
Assim como o medo do escuro materializa monstros que não existem na realidade, nosso cérebro pode trabalhar em direção oposta, de modo a dominarmos este sentimento tão poderoso.
Todos sentimos ansiedades. Uma ansiedade exagerada pode levar ao medo, e se não soubermos administrar, pode levar ao pânico e terror momentâneos. Se isto persiste sem controle, pode levar à doença do medo, que é a Fobia, comprometendo as relações sociais e provocando sofrimento psicológico.
O que concluímos então?
Se o cérebro pode gerar uma situação quase real para nos proteger de danos; pode muito bem gerar uma imagem quase real de uma situação que desejamos fortemente que ocorra em nosso futuro.
Nosso subconsciente pode mudar condicionamentos e realizar os desejos acalentados em nossos corações. Essa é uma das bases da Programação Neurolingüística, do Pensamento Positivo, da energia dos Otimistas; e pode ajudar a lidar com nossos medos mais comuns; enfrentando nossos monstros interiores, tirando-os da escuridão e trazendo-os para a luz.
Ao olhar para eles, verá que eles não são tão feios assim.

Na semana que vem, vamos tratar de dois sentimentos: a Alegria e o seu oposto, a Tristeza.

Até lá; sem medo de ser feliz!


O Grito é uma série de quatro pinturas do norueguês Edvard Munch, a mais célebre das quais datada de 1893. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial.