Patch Adams, vivido no cinema por Robin Williams expressou amor pelos pacientes do hospital em que trabalhava. |
Na série sobre os sentimentos humanos, o amor fica no lugar
de honra, e assim é pois é sem dúvida o mais destacado sentimento que podemos
expressar.
Apesar de sempre pensarmos no amor como o elo que liga um
homem a uma mulher, temos vários tipos de amor. Quatro para ser exato.
O primeiro tipo de amor é o amor de uma mãe pela sua prole. A
palavra grega que define este sentimento é ‘storgé’.
Num sentido mais amplo, abrange o amor que existe em uma família, a afeição
fraternal existente entre membros de uma família (pais, mães, filhos, tios
primos, etc).
Intensamente louvada em várias formas de arte (as famosas “madonnas”)
no decorrer dos séculos, este amor é encontrado desde as primeiras civilizações
humanas, na forma de pequenas estatuetas com fartos seios e amplos quadris,
representando a mãe que dá vida à todos.
O segundo tipo de amor, denominado também no grego ‘philía’ (do grego ‘philos’, significando ‘amigo),
representa o sentimento de dois amigos ou amigas, forte o bastante para manter
uma lealdade até mesmo frente à morte. Atravessa os anos e se solidifica com a
convivência e a lealdade nos tratos mútuos.
Muito explorado no cinema com as diversas composições de ‘parceiros’
ou ‘duplas’, que se ajudam para vencer os desafios com que se confrontam e
fazem a nossa diversão nas salas escuras.
O terceiro tipo de amor é o famoso ‘eros’, o amor romântico entre homem e mulher, relacionado com a
atração sexual; exaustivamente exposto em todas as mídias, produzindo
tragédias, comédias e histórias com finais felizes também. Misturado à paixão,
desequilibrado por tantas demandas e incompreensões deste mundo moderno, pode
passar facilmente ao ódio (voltando ao nosso primeiro post sobre os
sentimentos). Tão belo, mas tão distorcido por manifestar degradação moral,
devassidão, reflete a decadência de uma civilização ao destruir um sentimento
tão bonito.
Mas acima de todos estes amores, surge o quarto tipo de amor;
guiado ou governado por princípios: ‘agápe’.
É um sentimento ou emoção altruísta relacionado com o fazer o bem a outros, sem esperar nada em retribuição.
A respeito desse amor, o professor William Barclay escreveu:
“Agápe tem a ver com a mente: não é apenas uma emoção que surge
espontaneamente no nosso coração; é um princípio pelo qual vivemos
deliberadamente. Agápe tem superlativamente a ver com a vontade.”
Assim, vemos muitos casais que, com certeza, tinham o amor
romântico quando se casaram e fizeram seus votos de amor eterno, mas precisam
desenvolver o ‘philía’, ‘storgé’ e ‘agápe’,
sob pena de deteriorar seu relacionamento (com o passar do tempo e a idade que
avança), como ocorre tão comumente nas sociedades modernas.
O amor ‘agápe’ move as pessoas a obedecer às regras de vida
em comum, manifesta-se na cidadania, na cortesia e tratos com estranhos, na
obediência às leis de trânsito, ao evitar tirar vantagem de outros, evitar
práticas desonestas no emprego, assim como não desenvolver vícios que
prejudicam sua saúde e de outros (fumo, bebidas, drogas, jogatina), não se
dominar pela ganância, luxúria e avareza.
Por fim, temos uma bela definição do amor como registrado na
primeira carta do apóstolo Paulo aos cristãos em Corinto, capítulo 13, nos
versos 4 ao 8:
“4 O amor é longânime e benigno. O
amor não é ciumento, não se gaba, não se enfuna, 5 não
se comporta indecentemente, não procura os seus próprios interesses, não fica
encolerizado. Não leva em conta o dano. 6 Não se alegra
com a injustiça, mas alegra-se com a verdade. 7 Suporta
todas as coisas, acredita todas as coisas, espera todas as coisas, persevera em
todas as coisas. 8 O amor nunca falha.”
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