quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

O MUSTANG 390 DE FRANK BULLIT

Na mais eletrizante perseguição do cinema, Frank Bullit e seu Mustang 390 correm atrás de dois gangsters em um Dodge Charger R/T pelas ruas de São Francisco, e os 9 minutos e 42 segundos na edição final imediatamente se tornaram um clássico.
Dois Mustang e dois Charger foram preparados por Max Balchovsky, amigo de McQueen, em 5 semanas de trabalho. Motores retrabalhados, reforços na suspensão, molas e amortecedores de competição, não foram suficientes para que um dos Mustang se desintegrasse nos saltos nas ladeiras de São Francisco, e um dos Dodge foi destruído numa explosão quando se choca com um posto de combustível, no final da perseguição.
McQueen pilotou o Mustang em várias cenas, mas quando sofreu um pequeno acidente, o dublê Loren Janes acabou fazendo as cenas mais arriscadas. O Dodge era pilotado pelo dublê Bill Hickman atuando mesmo como um dos gangsters. Como o Charger tinha um motor Magnum de 7,2 litros e 375 hp, contra os 6,4 litros e 325 hp do Mustang, Hickman tinha de aliviar o pé para que o Mustang conseguisse acompanhá-lo em algumas tomadas.
As filmagens levaram três semanas, com as habituais refilmagens, há problemas com a continuidade: a lateral do passageiro do Mustang mostra danos bem antes dos choques que os causaram. O Dodge perde oito calotas nas ruas de São Francisco, e ainda assim, numa cena da estrada, ele aparece com a calota na roda traseira.
As tomadas de uma mesma cena em vários angulos, após a edição, dão a impressão que os carros percorrem diversas ruas, mas um Volkswagen acaba se sobrepondo em duas delas, assim como um Pontiac Firebird branco 1968, um Cadillac e outros carros se repetem nas tomadas. Uma das razões era que diversos carros estacionados nas ruas eram da Warner, para o caso do Mustang ou do Dodge perderem o controle, evitariam ressarcir os danos a muitos proprietários.
EM ESCALA
Os modelos da AutoArt, ERTL e Greenlight
Há três fabricantes produzindo o Mustang de Frank Bullit na escala 1:18 – a ERTL, a Greenlight e a AutoArt. Num primeiro exame, o modelo da AutoArt parece mais exato. Os espelhos retrovisores são redondos como no carro do filme (o da ERTL e o da Greenlight tem espenhos retangulares), e a parte traseira do retrovisor interno é preta (AutoArt e Greenlight) como no filme (o da
Mustang 390 AutoArt
ERTL é prateado). As maçanetas das portas no AutoArt e a fechadura são corretos, ao passo que no ERTL são ligeiramente diferentes; mas na dianteira, o ERTL reproduz corretamente a frente do carro, sem o friso cromado em torno dos faróis (AutoArt e Greenlight tem cromados), e não traz nenhum emblema (ERTL e Greenlight - característica de um carro de policial nos EUA), ao passo que o da AutoArt traz a palavra Mustang no capô traseiro.
Em todos os casos, os modelos abrem as portas, capô dianteiro e porta-malas, e as rodas dianteiras esterçam. O da AutoArt é mais detalhado, o compartimento do motor apresenta cabos de velas, mangueiras de água, filtro de ar e carburação detalhados, com decalques de fábrica; freios a disco dianteiros, suspensão detalhada e estepe no porta-malas. A grade dianteira em metal reproduz o padrão do carro do filme, e os frisos que emolduram as janelas são bem acabados, e trazem até os pinos de travas das portas. Os cintos de segurança são feitos de tecido e os terminais de travas são feitos de metal, e o interior é carpetado. Por sua vez, o modelo da Greenlight traz a figura de McQueen ao volante.
Mustang 390 AutoArt

O modelo da Greenlight e o da AutoArt


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