Era 1949, e após os anos de guerra e grandes sacrifícios
da nação sobre o consumo e aquisição de bens duráveis, as pessoas queriam ser
felizes, e ver coisas bonitas. O design teve um papel decisivo para atender os
anseios de uma população que precisava ver a renovação em tudo o que a cercava.
Neste cenário, a Ford lança o Ford 49, com seu design
revolucionário, mudando o referencial que todos tinham dos últimos automóveis
lançados no final dos anos 1930. Os para lamas integrados ao restante do corpo
do carro; a lateral fluindo desde os faróis até as lanternas traseiras numa
superfície contínua, com os volumes do cofre do motor, compartimento dos
passageiros e bagageiro traseiro bem definidos, foi carinhosamente apelidado de
“shoebox”.
Um carro verdadeiramente novo em design, visto que a
engenharia aproveitava a mecânica de motor e câmbio de antes da guerra, mas
aperfeiçoava as suspensões, sendo independentes na dianteira e com molas
semi-elípticas na traseira. Freios ainda a tambor e rodas aro 16 calçavam pneus
que podiam ser de faixa branca opcionalmente. Era um símbolo de otimismo da
Ford quanto ao futuro.
Jovens curtiam a vida preparando os Hot Rods e fazendo
rachas nos semáforos, e o Ford 49 imediatamente recebeu a atenção dos
preparadores e customizadores para aumentar ainda mais a emoção dos novos
carros e conceitos em mudança. A América saía nas noites de sexta, dando uma
volta pelas ruas em busca de uma paquera, ou para ir ao boliche, ouvindo rock’n
roll e desfilando pelas ruas ou estacionando nas lanchonetes, e consumindo
hambúrgueres com milk-shake.
Cinquenta anos depois, o Ford Forty-Nine Custom Coupe
Concept, apresentado no North American International Auto Show de 2001, resgata
para os americanos os tempos de otimismo que alavancaram a economia e a vida
das pessoas no final dos anos 1940, preparando para a efervescência e opulência
dos anos 1950.
“A inspiração para o Forty-Nine Concept vem da paixão e
excitamento do original, combinado com a imaginação das pessoas através da
America, que customizam seus carros, tornando-os naquilo que elas pensam sobre
como um grande carro deve ser”, diz J. Mays, Vice Presidente de Design da Ford
Motor Company.
“O conceito funde muitos elementos do design de carros customizados desde os
anos 1950, bem como as formas elegantes dos grandes designers italianos, tais
como Ghia”, comenta Mays. Assim que foi apresentado em Nova York, em meio a
muita badalação em junho de 1948, o Ford 49 original se tornou uma sensação.
Como o primeiro design do pós-guerra, o Ford 49 atraiu 1,3 milhões de
encomendas antes mesmo de ser colocado oficialmente à venda nas
concessionárias. O projeto foi tão aclamado que ele ganhou o prestigioso Prêmio
Fashion Academy em 1949 e repetiu a rara honra em 1950.
Com um design moderno, e os para lamas integrados ao corpo
do carro, assim como os painéis traseiros, que fluem harmoniosamente, formando
uma linha contínua da frente às lanternas traseiras, o Ford 49 serviu como uma
bússola que apontava para o futuro. Ele ostentava o rótulo de “carro de sonho” na
sua silhueta, bem como uma grade simples e cabine com desenho bem equilibrado.
A propaganda do carro anunciava uma marcha silenciosa, com molas “Hydra-Coil”, janelas panorâmicas, freios maiores “Magic Action” e um assento tipo “Sofá” construído para entregar um conforto de sala de estar. O Ford 49 se encaixa perfeitamente no conceito de “cruising” da America e também na mania de personalização dos carros, que atingiu o auge no final dos anos 1940 e início dos 1950. Adolescentes de todo o pais se apossaram do carro, alterando o motor para faze-lo andar mais rápido, customizando a carroceria e retrabalhando a suspensão para mudar a altura de rodagem. Os modelos Ford de 1949-51 foram considerados como um dos carros mais desejados para reduzir a altura do teto e rebaixar o carro.
A propaganda do carro anunciava uma marcha silenciosa, com molas “Hydra-Coil”, janelas panorâmicas, freios maiores “Magic Action” e um assento tipo “Sofá” construído para entregar um conforto de sala de estar. O Ford 49 se encaixa perfeitamente no conceito de “cruising” da America e também na mania de personalização dos carros, que atingiu o auge no final dos anos 1940 e início dos 1950. Adolescentes de todo o pais se apossaram do carro, alterando o motor para faze-lo andar mais rápido, customizando a carroceria e retrabalhando a suspensão para mudar a altura de rodagem. Os modelos Ford de 1949-51 foram considerados como um dos carros mais desejados para reduzir a altura do teto e rebaixar o carro.
VOLTANDO AO FUTURO
Para criar o novo Forty-Nine Concept, os designers da Ford retornaram às raízes do carro ─ formas simples, proporções excelentes, linhas limpas da carroçaria e conveniências modernas. A aparencia hiper-suave do Forty-Nine Concept é conseguida pela estrutura da cabine toda em vidro, com os pilares e limpadores de para-brisa ocultos. O acabamento externo preto aveludado com detalhes cromados na linha descendente das janelas laterais e nos emblemas, e as grandes rodas cromadas de 20 polegadas ressaltam a customização do modelo.
Limpo, simples e os traços de um design elegante definem
os faróis dianteiros HID (High Intensity Discharge) e suas lanternas. Na
traseira, estreitas faixas de LED contornam as extremidades, criando um detalhe
bem distintivo.
O interior do Ford Forty-Nine também é uma interpretação moderna da sugestão simples do carro original. Do estilo do painel em bancada, os bancos dianteiros em balanço reguláveis eletricamente, o console central que percorre todo o interior, dividindo os quatro passageiros e servindo para enrijecer a estrutura do veículo. O console flutuante abriga a alavanca de câmbio de cinco velocidades e sistema de ventilação para os dois passageiros da frente e de trás.O interior foi configurado em dois tons: preto e sienna. Os assentos em couro preto tem os encostos na cor sienna, e o couro aparece também nos painéis superiores das portas, no painel de instrumentos, no teto e porta-objetos. A parte inferior das portas tem acabamento na cor prata metálica acetinada.
O interior do Ford Forty-Nine também é uma interpretação moderna da sugestão simples do carro original. Do estilo do painel em bancada, os bancos dianteiros em balanço reguláveis eletricamente, o console central que percorre todo o interior, dividindo os quatro passageiros e servindo para enrijecer a estrutura do veículo. O console flutuante abriga a alavanca de câmbio de cinco velocidades e sistema de ventilação para os dois passageiros da frente e de trás.O interior foi configurado em dois tons: preto e sienna. Os assentos em couro preto tem os encostos na cor sienna, e o couro aparece também nos painéis superiores das portas, no painel de instrumentos, no teto e porta-objetos. A parte inferior das portas tem acabamento na cor prata metálica acetinada.
Os instrumentos estão contidos dentro de um círculo do
painel, semelhantes ao design do original e lembrando os hot-rods da época. O
Conta giros analógico tem presença central e está rodeado pelo velocímetro eletrônico.
Os controles de áudio e do ar condicionado são operados por um painel que fica
oculto, à frente da alavanca de marchas. As informações de temperatura do
motor, nível de combustível e pressão de óleo são exibidas nas laterais do
mostrador central, na base do para brisas.
O volante revestido com couro traz os controles de som e acessam os dados de
consumo, distância percorrida, e demais informações do computador de bordo. O
design também remete ao aro de buzina cromado, muito popular nos anos 1950.
O espelho retrovisor interno está afixado no montante que
divide o para brisa dianteiro, saindo da base do painel até o teto. Ele pode
ser ajustado em altura, em qualquer posição do montante, que serve também de
antena para o rádio.
O sistema de áudio tem um CD Player multi discos com alto falantes
estrategicamente posicionados, suportados por um enorme sub-woofer, alimentado
por um amplificador de 200w de potência.
O design debaixo do capô é uma extensão do design geral e
presta homenagem à obsessão dos hot-rodders
com a performance e a aparência. O cofre do motor tem acabamento em preto
acetinado, aço inox e outros acabamentos em metal cromado. O radiador e sua
estrutura foram projetados para que houvesse espaço bastante para os
preparadores trabalharem sem ficar apertados. O coletor de entrada tem
acabamento fosco acetinado, ao passo que as tampas das válvulas são pintados em
preto brilhante, acentuado pelos detalhes em aço inox polido. Os escapamentos
são duplos e saem em duas aberturas do para choque traseiro.
O compartimento do motor não é apenas superficial: o logotipo “Powered by
Thunderbird” na lateral dá uma pista do motor sob o capô. O conceito é impulsionado
por um V8 3,9 litros, DOHC, com 32 válvulas que equipa algumas versões do
Thunderbird.
“como todas as lendas vivas, o Forty-Nine nos lembra do
caso de amor que gerações tiveram com a estrada e os automóveis”, diz J. Mays.
“Isso nos faz lembrar de um romance e uma paixão do carro de turismo americano,
tão emocionante hoje como era há 50 anos”.
O lançamento do conceito no Salão do Automóvel de Detroit
em 2001, o CEO da Ford, Jac Nasser e o VP de Design J. Mays revelaram o carro
depois de apresentarem dois Ford 49 da época: um comum, restaurado, e outro
similar, mas personalizado, ou customizado, com pintura especial e teto
rebaixado.
J. Mays se mostra muito orgulhoso do Forty-Nine, um carro
conceito que nunca verá a luz do dia, pois não há planos de produção para ele.
A Ford estava planejando toda uma linha de carros denominada “Heritage”, mas as
vendas restritas e duras críticas à releitura de modelos do passado enterraram
as esperanças de coloca-lo em linha num futuro breve.
EM
ESCALA
O modelo feito pela AutoArt na escala 1:18 é uma replica
muito exata, refletindo o design resgatado do Ford 49 original. A qualidade da
pintura é excelente, e alguns itens como as maçanetas das portas e o logo
Thunderbird nos para lamas dianteiros feitos em tampografia são
excelentes. Os faróis principais e os de
neblina são bem representados, com seus elementos bem feitos; além das peças
cromadas com aspecto bem acabados. As belas rodas e pneus de 20 polegadas poderiam
ter gravações nas laterais para ficarem perfeitas. O interior é bem detalhado,
apresentando o console central flutuante, e até mesmo o piso tem um
revestimento que imita o carpete do carro real.
REFERÊNCIAS
Scale Auto Magazine, February
2002, pg. 17.
CRÉDITOS
DAS FOTOS:
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