O Corvette foi lançado em 1953. |
As sucessivas gerações do Corvette acabaram sedo nomeadas
com a sigla “C1”, “C2”, “C3” e assim por diante. Na C1, a primeira geração,
lançada na Motorama, em 1953 tinha os faróis inclinados e as lanternas
traseiras pontudas, bem no estilo “jet/rocket” futurista da época. O primeiro
carro esporte americano, produzido com a carroçaria em fibra-de-vidro, quebrou
os paradigmas do mercado que consumia grandes sedãs, station-wagons e pick-ups.
Para um carro que aproveitava diversos componentes “de prateleira” da GM (para
reduzir custos), o design diferenciado e a configuração de um roadster de dois
lugares geraram um entusiasmo inesperado junto ao público e à montadora, de
modo que o Corvette foi lançado no mercado apenas um ano depois de sua
apresentação como protótipo.
A foto mostra esta primeira versão do Corvette, e nota-se que o modelo da Johnny Lightining reproduz com mais perfeição, inclusive na configuração de cor, todos os exemplares deste ano foram produzidos na cor Polo White, com interior na cor Sportsman Red, devido à rapidez com que a Chevrolet queria colocar à disposição do público, não podia dar muitas opções de escolha.
No decorrer dos anos, os faróis ficaram mais verticais, os
para-choques mais pronunciados, e a traseira ganhou um design mais limpo, com
as lanternas embutidas no perfil dos para-lamas traseiros.
Os Corvette da Geração C1 da Johnny Lightning. O detalhamento destes modelos é muito bom para a escala. |
Um detalhe marcante
a partir do modelo ’56 foi o recorte lateral que começava na caixa das rodas
dianteiras e avançava até o meio das portas. Comenta-se que o desenho foi
inspirado em uma versão da Ferrari 375 America
̶ customizado pelo Carrozziere
Sergio Scaglietti ̶ feita a pedido do cineasta italiano Roberto
Rosselini para presentear a sua mulher, a bela atriz sueca Ingrid Bergman.
O modelo da Hot Wheels tem as rodas mais detalhadas do que as versões Mainline, e a qualidade geral do acabamento é realmente melhor do que as versões comuns, com o friso cromado no topo do para-brisas, no contorno superior dos assentos e na moldura do recorte lateral. Isto é confirmado pelo capô do motor que se abre, detalhe que não existe nos Mainline. O modelo da Johnny Lightning tem o bom acabamento da marca, com as rodas mais fiéis ao original, até com as faixas brancas os pneus. Também tem abertura do capô do motor, com os para-choques minúsculos abaixo dos faróis e lanternas dianteiras, e a placa que não existe no Hot wheels.
A versão de 1962 teve a primazia de ser o primeiro carro
americano a ter faróis duplos na dianteira, junto com novas entradas de ar,
tornaram a frente mais agressiva. Já equipado com novos motores V8 mais
potentes, o Corvette se firmou como um verdadeiro esportivo. Este modelo foi o
último equipado com eixo rígido na traseira, o último em que os faróis eram expostos
(até o modelo 2005), o último a ter um capô para acessar o porta-malas (até o
modelo 1988), e equipado com o motor V8 de 327 polegadas cúbicas com 360 hp na versão
com injeção eletrônica, era o automóvel mais potente fabricado em série no
mundo, superando os 240 km/h de velocidade máxima.
Os modelos da foto são da Hot Wheels, sendo o azul acima um exemplar da Serie Real Riders, que vem com rodas diferenciadas e pneus de borracha, com um acabamento um pouco melhor do que os modelos comuns. Em muitas séries especiais da Hot Wheels, as rodas traseiras são um pouco maiores do que as dianteiras, um resquício visual dos americanos relacionado com os dragsters, ou Hot Rods, que tinham pneus e rodas maiores na traseira. Nota-se que o casting do modelo cinza é o mesmo do Real Raiders, mas não há cor diferenciada no recorte lateral, nem os faróis tem a pintura prateada, e as rodas são comuns com vários modelos da linha normal.
REFERÊNCIAS:
Os modelos apresentados fazem parte de minha coleção
particular.
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