sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Nissan Skyline RS (KDR30)


O Skyline de 1982, Código R30 é um carro icônico, mas menos conhecido na linhagem dos JDM C-10 “Hakosuka” GT-X, C110 “Kenmeri” GT-R e os seus sucessores, mas foi um passo importante para estabelecer a fama que culminou no apelido de “Godzilla” para o GT-R R32, pelo desempenho fenomenal nos campeonatos que participou na Austrália e Japão.


O modelo ganhou fama com o seriado japonês para TV “Seibu Keisatsu” nos anos 1980. Desde 2019 o modelo é denominado Nissan Skyline RS (KDR30) na linha dos Hot Wheels.

Da minha coleção

Skyline da Serie Factory Fresh, 2018

Skyline da Serie Japan Historics, 2020

Os exemplares do Skyline RS são dois vermelhos Hot Wheels, a primeira versão que saiu em 2018 na Série Factory Fresh, mainline, e o outro, uma reprodução do "Wild Card" DR30 Nissan Skyline RS, de Jay Kho, um filipino radicado nos EUA, um R30 de 1983 customizado e decorado com que anda pelas ruas de Las Vegas. O carro era de um oficial da Força Aérea que serviu em Okinawa, e fora transferido de volta aos EUA, trazendo o carro na bagagem. Jay Kho teve dificuldades para conseguir peças para reformar o carro, e legalizá-lo para rodar no país, mas depois de um longo processo, conseguiu a licença e o carro está com os documentos em ordem. O casting é trabalho de Ryu Asada, um dos designers que ampliou a linha dos Hot Wheels com carros de diversos países, especialmente do Japão. A miniatura Hot Wheels é da Série Car Cuture: Japan Historics 3, que saiu em 2020, e tem rodas especiais e pneus de borracha (Real Riders). Uma pena que a Mattel não fez o licenciamento de todos os decalques do carro de Jay Kho, senão ficaria perfeito.

Skyline RS Turbo, da Serie HW Imports, 2024

O Verde Oliva é o mesmo casting, mas com outra pintura/decoração, saiu na Série HW J-Imports, de 2024, na Mainline, apesar da pintura Metalflake, não tem as rodas “Real Riders”.

TOMICA Premium, abre as portas

Skyline Super Silhouette, TOMICA Premium

Os da TOMICA, são o HT 2000 Turbo, que abre as portas e tem um bom detalhamento, da linha Premium. E o Super Silhouete que participou da categoria Fuji Super Silhouettes Series no Japão, nas temporadas de 1981-83, patrocinado pela própria TOMICA, numa bela decoração e o detalhe das rodas em hélice, que ajudavam a refrigerar os freios, como no carro real.

Referências:

https://hotwheels.fandom.com/wiki/%2782_Nissan_Skyline_R30

https://www.speedhunters.com/2014/12/goodbye-mustang-hello-skyline-the-new-american-dream/

https://www.motortrend.com/news/petrolicious-features-1983-nissan-skyline-dr30-sr20-power/

https://www.bsimracing.com/r3e-nissan-kdr30-skyline-2000rs-previews/

https://i.pinimg.com/originals/89/14/dc/8914dcafbd5251d92521c20a0aa19790.jpg

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Opala – uma lenda de 24 anos

Opala Sedan 4 portas, 1969

A General Motors no Brasil estava no Brasil desde 1925, mas só fabricava caminhões e picapes, mas em 1968 lançou seu primeiro automóvel no país: o Opala. Baseado no Opel Rekord da Opel alemã, com motorização americana, combinação que podia justificar o acrônimo de “Opel” com “Impala”, resultando no nome que o carro ganhou aqui.

A plataforma do Rekord ganhou uma nova frente, inspirada no Chevy americano, e um novo painel traseiro. A engenharia teve de se desdobrar porque o projeto alemão seguia o sistema métrico, e o americano o sistema imperial, em polegadas; então a fábrica a produzir a metade traseira baseada no Rekord no sistema métrico, e a metade dianteira baseada no Impala, em polegadas. Isso obrigou a GM brasileira a manter duas linhas de montagem, por cerca de dez anos, até unificar o sistema de medidas em 1979.

O Opel Rekord, que serviu de base para o nosso Opala

O esportivo SS de 1971


Equipado com motores americanos de quatro cilindros com 2,5 litros e seis cilindros com 3,8 litros, eram um desenvolvimento dos Chevrolet Stovebolt, projeto de 1929. A versão de quatro cilindros foi atualizada no Chevy Nova de 1961, e o de seis no Impala de 1963; e pela sua robustez, equiparam os Opala até o final de sua linha em 1992, passando até a equipar seu sucessor, a linha Ômega até 1998.

O câmbio manual de três marchas com alavanca na coluna de direção, tração traseira, suspensão dianteira independente e traseira por eixo rígido, ambas com molas helicoidais, rodas de ferro calçadas com pneus diagonais, era uma configuração típica da época. Com o tempo, vieram o câmbio de quatro marchas com alavanca no assoalho (1971), e o câmbio automático em 1973. Os freios eram a tambor, e passaram a discos na dianteira com duplo circuito hidráulico apenas em 1976.

A linha do Opala em 1978

Lançado inicialmente como um sedã de quatro portas, novas versões foram surgindo com o tempo: cupê duas portas, cupê esportivo com motor de 4,1 litros, versões de acabamento Especial (básico), Luxo, Gran Luxo e SS (esportivo); a Caravan (Station wagon) surgiu em 1975, e a versão Gran Luxo passa a ser denominada Comodoro.

Opala de Luxo, 1975

O SS de 1978

Com o aumento da concorrência, com os Maverick da Ford, e os Dodge Dart e Charger da Chrysler, que tinham motores maiores e mais potentes do que o Opala, a GM teve de lançar o 250-S, o seis cilindros de 4,1 litros como opcional para os que desejavam mais desempenho. Neste modelo, o comando tinha mais abertura por mais tempo, carburador duplo e tuchos mecânicos em vez dos hidráulicos, permitindo atingir maiores rotações sem flutuação das válvulas, taxa de compressão de 8,5:1, exigindo gasolina azul, de maior octanagem. A potência passou de 140 cv para 171 cv, com torque de 32,5 m.kgf; acelerando de 0-100 km/h em 10 segundos e máxima de quase 200 km/h.

Diplomata, topo de linha em 1980

O Diplomata passa a ser o top de linha em 1980, com direção hidráulica e ar-condicionado como itens de série. Em 1983, o câmbio passa a ter cinco marchas, e as atualizações estéticas se resumem à frente e traseira, mantendo-se a mesma plataforma, sem alterar as linhas laterais da carroçaria.



Varias versões da Caravan

As mudanças de acabamento e estética eram acompanhadas de atualizações mecânicas que o mercado demandava, como os motores a álcool, ignição eletrônica, pneus radiais e suspensões revisadas, amortecedores pressurizados, barras estabilizadoras, câmbio com overdrive, freios da disco também nas rodas traseiras, direção hidráulica, vidros elétricos, alarmes antifurto travas automáticas, ajuste da altura do volante, vidros laminados, faróis halógenos, de longo alcance e de neblina, bateria selada, catalizador para reduzir emissões, bancos de couro e alterações internas nos motores, menos visíveis mas que deram uma sobrevida ao Opala, que virou Diplomata no fim da vida.

Diplomata, 1981

Diplomata, 1991

Pela versatilidade e robustez, o Opala foi utilizado em diversos segmentos do mercado, como veículo de executivos, foi Carro Oficial da Presidência da República, e diversos órgãos públicos como a Polícia Civil e Militar, Polícia Rodoviária, Guardas Municipais, Corpos de Bombeiros e ambulâncias fizeram uso do modelo em suas frotas.

Muitos pilotos e equipes de corridas utilizaram os Opalas nas pistas, com vários níveis de preparação e potência; e a categoria dos Stock-Cars começou com eles, seguindo o padrão dos americanos; mas depois o Opala ficou travestido com apliques de fibra de vidro, para melhorar a aerodinâmica e conseguir mais velocidade. Ainda encontramos alguns exemplares preparados para as corridas de arrancada, mas esses carros muitas vezes tem a mecânica totalmente alterada dos originais.

O Diplomata da Serie Collectors, de 1992

Em abril de 1992, saíram da linha os últimos deles, um Diplomata automático e uma Caravan Ambulância. Para marcar o encerramento foi lançada a série especial Diplomata Collectors (colecionadores), de estimadas 150 a 200 unidades, que vinha acompanhada de certificado, fita de vídeo e brochura com a cronologia do Opala desde o projeto inicial, relógio, caneta e chaves com inscrições douradas. No lugar dos logotipos Diplomata, na traseira e no volante, vinha Collectors. Bancos revestidos em couro eram opcionais e havia as cores preta, azul e vinho.

Da minha coleção


Opala SS Cupê, 1972, da BR CLassics em 1:64


Opala Caravan SS, 1978, da BR CLassics em 1:64

Os Opala da BR Classics são os mais detalhados, a marca brasileira tem conseguido muitos admiradores no mercado e valem o preço delas. Tanto a escala como os detalhes de faróis e lanternas, rodas e pneus proporcionais aos reais, decoração e interior detalhado fazem a diferença, além de ser um modelo que ficou mais de vinte anos no mercado brasileiro, e mesmo que não tenha possuído um deles, vale a pena ter na coleção.

Chevrolet SS, da Serie 2012 New Models

Chevrolet SS, da Serie HW Showroom: HW Performance, de 2013

Customizado com motor de Dragster e rodas da AC Custon


Os da Hot Wheels são bem mais simplificados, claro, mas não deixam de ter um atrativo, visto que a Mattel está reproduzindo carros exclusivos do mercado brasileiro, como estes Opalas (oficialmente denominados Chevrolet SS pela Mattel), a Brasilia, o SP-2, o Maverick e o Dodge Charger na versão que foi fabricada aqui pela Chrysler nos anos 1970. O exemplar vermelho foi customizado com um motor de dragster saindo do capô, e as rodas trocadas pelas AC Custon.

Já na escala 1:43 saíram diversos Opalas na bem numerosa Chevrolet Collection, da Salvat Editora, com minis feitos pela IXO ou Altaya, e a série dos Carros Inesquecíveis do Brasil ─ que incluía vários Opalas, Caravans e Diplomatas na coleção ─ podiam ser adquiridos nas bancas de jornais. São bem detalhados pela escala maior, e reproduzem os modelos que muitos de nós vimos nas ruas em mais de 20 anos.

Caravan 1979, da Chevrolet Collection, em 1:43 antes e depois de customizada


Opala 4 portas, 2500cc, 1969

Opala Gran Luxo Cupê, 1972

Opala Especial (Básico) Cupê, 1973

Opala Luxo, 4 portas, 1974

Opala SS Cupê, 1975

Opala SS Cupê, 1976

Caravan Diplomata, 1988

Opala Diplomata, 1992

Opala Polícia Rodoviária

Opala Stock-Car - Affonso Giaffone

Opala Stock-Car - Ingo Hoffmann, 1992

Opala Stock-Car - Wilson Fittpaldi Jr.

Opala Stock-Car - Ingo Hoffmann, 1980

Opala Stock-Car - Paulo Gomes


Referências:

https://autolivraria.com.br/bc/informe-se/passado/historia-chevrolet-opala-comodoro-diplomata-ss-caravan-2500-3800-4100/

domingo, 25 de agosto de 2024

T-Hunts e Super T-Hunts - Hot Wheels

Os logos dos T-Hunts e Super T-Hunts

Com o interesse dos colecionadores pelos Hot Wheels, a Mattel aplicou a estratégia de tornar alguns modelos mais raros e difíceis de encontrar, estimulando a busca por estes modelos "diferenciados" e em quantidade "limitada".

Treasure Hunts ou T-Hunts são exemplares dos Hot Wheels que apareceram pela primeira vez na linha principal de 1995. Eles tinham a embalagem com o nome do modelo na tarja lateral em fundo verde. Os T-Hunts, como ficaram conhecidos, são produzidas em quantidades limitadas e inseridas nos Lotes enviados aos varejistas. De 1995 a 2010, foram lançados 12 carros Treasure Hunt a cada ano, a partir de 2011, são 15 T-Hunts, um em cada Lote.

O ano de 2012 foi o último em que os T-Hunts saíram nas cartelas com a tradicional faixa verde, e passaram a não ter uma embalagem que os identificassem nas gôndolas. Os logotipos que identificavam estes modelos foram mudando com os anos e atualmente é um círculo com as chamas características dos Hot  Wheels. Em cada caixa de 72 unidades dos Hot Wheels, um exemplar é um T-Hunt dando uma medida de raridade para encontrar nas gôndolas.

T-Hunts 2010


T-Hunts 2011

T-Hunts 2012

T-Hunts 2022


A partir do ano de 2007, começaram a sair os Super T-Hunts, exemplares da linha normal, porém com uma pintura metalizada Spectraflame, e com rodas especiais e pneus de borracha (Real Riders). Com estas características, ficam mais fáceis de identificar nas cartelas; e assim como os T-Hunts, são 15 modelos a cada ano, um em cada lote.

Super T-Hunt 2013

A diferença é que apenas um exemplar pode ser encontrado em cada 15 ou 20 caixas que chegam ao mercado, tornando-se muito mais difíceis de encontrar.

Outro caso que torna a miniatura rara são os erros de produção. Com o imensa quantidade de Hot Wheels produzida a cada ano, não é difícil acontecerem  falhas no controle de qualidade da produção e alguns exemplares que deveriam ser refugados, acabam chegando às gôndolas das lojas. O exemplo na minha coleção é o Corvette Grand Sport, um T-Hunt que veio na cartela do Olds 442.

Cartela correta

Cartela errada