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Opala Sedan 4 portas, 1969 |
A General Motors no Brasil estava no Brasil desde
1925, mas só fabricava caminhões e picapes, mas em 1968 lançou seu primeiro
automóvel no país: o Opala. Baseado no Opel Rekord da Opel alemã, com
motorização americana, combinação que podia justificar o acrônimo de “Opel” com
“Impala”, resultando no nome que o carro ganhou aqui.
A plataforma do Rekord ganhou uma nova frente,
inspirada no Chevy americano, e um novo painel traseiro. A engenharia teve de
se desdobrar porque o projeto alemão seguia o sistema métrico, e o americano o
sistema imperial, em polegadas; então a fábrica a produzir a metade traseira baseada
no Rekord no sistema métrico, e a metade dianteira baseada no Impala, em
polegadas. Isso obrigou a GM brasileira a manter duas linhas de montagem, por
cerca de dez anos, até unificar o sistema de medidas em 1979.
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O Opel Rekord, que serviu de base para o nosso Opala |
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O esportivo SS de 1971 |
Equipado com motores americanos de quatro cilindros
com 2,5 litros e seis cilindros com 3,8 litros, eram um desenvolvimento dos
Chevrolet Stovebolt, projeto de 1929. A versão de quatro cilindros foi
atualizada no Chevy Nova de 1961, e o de seis no Impala de 1963; e pela sua
robustez, equiparam os Opala até o final de sua linha em 1992, passando até a
equipar seu sucessor, a linha Ômega até 1998.
O câmbio manual de três marchas com alavanca na coluna
de direção, tração traseira, suspensão dianteira independente e traseira por
eixo rígido, ambas com molas helicoidais, rodas de ferro calçadas com pneus
diagonais, era uma configuração típica da época. Com o tempo, vieram o câmbio
de quatro marchas com alavanca no assoalho (1971), e o câmbio automático em
1973. Os freios eram a tambor, e passaram a discos na dianteira com duplo
circuito hidráulico apenas em 1976.
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A linha do Opala em 1978 |
Lançado inicialmente como um sedã de quatro portas, novas
versões foram surgindo com o tempo: cupê duas portas, cupê esportivo com motor
de 4,1 litros, versões de acabamento Especial (básico), Luxo, Gran Luxo e SS
(esportivo); a Caravan (Station wagon) surgiu em 1975, e a versão Gran Luxo
passa a ser denominada Comodoro.
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Opala de Luxo, 1975 |
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O SS de 1978 |
Com o aumento da concorrência, com os Maverick da
Ford, e os Dodge Dart e Charger da Chrysler, que tinham motores maiores e mais
potentes do que o Opala, a GM teve de lançar o 250-S, o seis cilindros de 4,1
litros como opcional para os que desejavam mais desempenho. Neste modelo, o
comando tinha mais abertura por mais tempo, carburador duplo e tuchos mecânicos
em vez dos hidráulicos, permitindo atingir maiores rotações sem flutuação das
válvulas, taxa de compressão de 8,5:1, exigindo gasolina azul, de maior
octanagem. A potência passou de 140 cv para 171 cv, com torque de 32,5 m.kgf;
acelerando de 0-100 km/h em 10 segundos e máxima de quase 200 km/h.
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Diplomata, topo de linha em 1980 |
O Diplomata passa a ser o top de linha em 1980, com
direção hidráulica e ar-condicionado como itens de série. Em 1983, o câmbio
passa a ter cinco marchas, e as atualizações estéticas se resumem à frente e
traseira, mantendo-se a mesma plataforma, sem alterar as linhas laterais da
carroçaria.
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Varias versões da Caravan |
As mudanças de acabamento e estética
eram acompanhadas de atualizações mecânicas que o mercado demandava, como os
motores a álcool, ignição eletrônica, pneus radiais e suspensões revisadas,
amortecedores pressurizados, barras estabilizadoras, câmbio com overdrive, freios
da disco também nas rodas traseiras, direção hidráulica, vidros elétricos, alarmes
antifurto travas automáticas, ajuste da altura do volante, vidros laminados,
faróis halógenos, de longo alcance e de neblina, bateria selada, catalizador
para reduzir emissões, bancos de couro e alterações internas nos motores, menos
visíveis mas que deram uma sobrevida ao Opala, que virou Diplomata no fim da
vida.
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Diplomata, 1981 |
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Diplomata, 1991 |
Pela versatilidade e robustez, o
Opala foi utilizado em diversos segmentos do mercado, como veículo de
executivos, foi Carro Oficial da Presidência da República, e diversos órgãos
públicos como a Polícia Civil e Militar, Polícia Rodoviária, Guardas Municipais,
Corpos de Bombeiros e ambulâncias fizeram uso do modelo em suas frotas.
Muitos pilotos e equipes de
corridas utilizaram os Opalas nas pistas, com vários níveis de preparação e
potência; e a categoria dos Stock-Cars começou com eles, seguindo o padrão dos
americanos; mas depois o Opala ficou travestido com apliques de fibra de vidro,
para melhorar a aerodinâmica e conseguir mais velocidade. Ainda encontramos
alguns exemplares preparados para as corridas de arrancada, mas esses carros
muitas vezes tem a mecânica totalmente alterada dos originais.
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O Diplomata da Serie Collectors, de 1992 |
Em abril de 1992, saíram da linha
os últimos deles, um Diplomata automático e uma Caravan Ambulância. Para marcar
o encerramento foi lançada a série especial Diplomata Collectors
(colecionadores), de estimadas 150 a 200 unidades, que vinha acompanhada de
certificado, fita de vídeo e brochura com a cronologia do Opala desde o projeto
inicial, relógio, caneta e chaves com inscrições douradas. No lugar dos
logotipos Diplomata, na traseira e no volante, vinha Collectors. Bancos
revestidos em couro eram opcionais e havia as cores preta, azul e vinho.
Da minha coleção
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Opala SS Cupê, 1972, da BR CLassics em 1:64 |
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Opala Caravan SS, 1978, da BR CLassics em 1:64 |
Os Opala da BR Classics são os mais detalhados, a
marca brasileira tem conseguido muitos admiradores no mercado e valem o preço
delas. Tanto a escala como os detalhes de faróis e lanternas, rodas e pneus
proporcionais aos reais, decoração e interior detalhado fazem a diferença, além
de ser um modelo que ficou mais de vinte anos no mercado brasileiro, e mesmo
que não tenha possuído um deles, vale a pena ter na coleção.
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Chevrolet SS, da Serie 2012 New Models |
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Chevrolet SS, da Serie HW Showroom: HW Performance, de 2013 |
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Customizado com motor de Dragster e rodas da AC Custon |
Os da Hot Wheels são bem mais simplificados, claro,
mas não deixam de ter um atrativo, visto que a Mattel está reproduzindo carros
exclusivos do mercado brasileiro, como estes Opalas (oficialmente denominados Chevrolet SS pela Mattel), a Brasilia, o SP-2, o
Maverick e o Dodge Charger na versão que foi fabricada aqui pela Chrysler nos
anos 1970. O exemplar vermelho foi customizado com um motor de dragster saindo do capô, e as rodas trocadas pelas AC Custon.
Já na escala 1:43 saíram diversos Opalas na bem
numerosa Chevrolet Collection, da Salvat Editora, com minis feitos pela IXO ou
Altaya, e a série dos Carros Inesquecíveis do Brasil ─ que incluía vários
Opalas, Caravans e Diplomatas na coleção ─ podiam ser adquiridos nas bancas de
jornais. São bem detalhados pela escala maior, e reproduzem os modelos que
muitos de nós vimos nas ruas em mais de 20 anos.
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Caravan 1979, da Chevrolet Collection, em 1:43 antes e depois de customizada |
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Opala 4 portas, 2500cc, 1969 |
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Opala Gran Luxo Cupê, 1972 |
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Opala Especial (Básico) Cupê, 1973 |
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Opala Luxo, 4 portas, 1974 |
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Opala SS Cupê, 1975 |
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Opala SS Cupê, 1976 |
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Caravan Diplomata, 1988 |
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Opala Diplomata, 1992 |
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Opala Polícia Rodoviária |
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Opala Stock-Car - Affonso Giaffone |
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Opala Stock-Car - Ingo Hoffmann, 1992 |
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Opala Stock-Car - Wilson Fittpaldi Jr. |
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Opala Stock-Car - Ingo Hoffmann, 1980 |
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Opala Stock-Car - Paulo Gomes |
Referências:
https://autolivraria.com.br/bc/informe-se/passado/historia-chevrolet-opala-comodoro-diplomata-ss-caravan-2500-3800-4100/