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Mercury Montclair, 1956 |
Com design renovado em 1955, refletindo a exuberância e otimismo dos anos pós-guerra, o estilo dos carros americanos ganhava a atenção do público, com suas linhas esguias, e grades e frisos cromados em destaque. Detalhes como a saia que cobria as rodas traseiras, as janelas sem o pilar B e a pintura em dois tons eram fatores muito atrativos junto aos consumidores.
Vinha em três versões: o Monterey como o modelo de entrada,
o Medalist intermediário e o Montclair como o topo de linha. Sua característica
mais marcante era a combinação de cores oferecida, com a parte inferior e o
teto numa cor e o restante do corpo do carro em outro tom, que a Ford chamou de
“Flo-tone”. Havia também a opção mais comum, com apenas o teto numa cor e o
restante do carro em outra cor. No total, o cliente podia escolher entre 31
combinações de teto/corpo, e 28 combinações na opção “Flo-tone”.
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Mercury Monterey, 1956 |
Esta geração tinha as configurações de sedan duas e quatro portas, hardtop quatro e duas portas (esta chamada de Sport Coupe), além do conversível de duas portas e a Station Wagon de quatro portas.
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Mercury Medalist, 1956 |
Era equipado com o V8 de 292 cid (4,78L) de 195 hp (o mesmo do Thunderbird), com um câmbio manual de três velocidades, ou um opcional automático também com três velocidades. Em 1956, o motor foi substituído pelo V8 de 312 cid (5,11L) com 225 hp, e a partir deste ano, opcionalmente vinha o carburador quádruplo, que produzia 260 hp. O câmbio automático era o Merc-O-Matic de três marchas, que podia ser equipado com o Touch-O-Matic overdrive a pedido do cliente.
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Mercury Montclair, 1956 |
Para os que desejavam mais performance, havia o V8 de 368 cid (6,0 L) com 290 hp e carburador quádruplo, conhecido como “Turnpike Cruiser”. Outra opção era o V8 de 318 cid “Safety-Surge” equipado com um compressor McCulloch, que produzia 260 hp. O carro era bem equilibrado, proporcionando conforto na condução normal, e desempenho esportivo aos que desejavam.
Além das comodidades de para brisa com sistema
descongelante, bancos dianteiros ajustáveis eletricamente, direção hidráulica,
vidros elétricos, freios com auxílio a vácuo e faróis auxiliares de série; o
sistema elétrico foi atualizado para 12 volts, escapes duplos, e o Ford
Lifeguard safety system, com volante cônico, fechaduras de segurança para as
portas traseiras, pneus sem câmara, espelhos retrovisores que se soltavam em
caso de colisão, cintos de segurança e botões e controles de painel que reduziam
os riscos de ferimentos no caso de acidentes.
NASCAR
Russ Truelove começou a correr na NASCAR em 1953, e era gerente de serviços em uma concessionária da Ford. Comprou um Mercury Monterey 1955 e o levou para correr nas areias de Daytona Beach, praticamente original como saiu da revenda; apenas com um santantonio interno e coberturas nos faróis. Conseguiu sair numa foto na revista Life, mas porque capotou o carro por seis vezes na curva norte!
Com o carro destruído, comprou uma nova carroçaria e remontou o carro; competindo mais cinco vezes em 1956, chegando em 60º lugar na temporada. Truelove continuou correndo até os 62 anos, e seu carro de nº 226 é o único Mercury Monterey sobrevivente daquela época.
Da minha coleção
O Mercury 1956 é um Hot Wheels, da Série Hot Wheels Racing: Stockcar. Decorado como um competidor da NASCAR dos anos 1950, não reproduz nenhum carro real (até onde pesquisamos), mas marca presença na coleção, pelo design (traz a pintura “Flo-tone), além do aspecto “usado” dá mais realidade na miniatura. Vem com rodas especiais e pneus de borracha, e tem a abertura do capô dianteiro.
Referências:
https://hotwheels.fandom.com/wiki/%2756_Merc
https://www.racingjunk.com/news/nascar-pioneer-russ-truelove-is-still-running/
https://talladegaspoilerregistry.com/2015/02/21/daytona-beach-racing/