terça-feira, 30 de setembro de 2025

Ferrari F355


Lançada na primavera de 1994 (hemisfério norte), a Ferrari 355 (Type F129) substituiu a 348Tb, seguindo a herança dos motores V8 na Ferrari; e seu design ─ trabalho de Maurizio Corbi, do Estudio Pininfarina ─ ficou mais anguloso e elegante, criando uma personalidade exclusiva com o novo visual da tradicional tomada de ar na linha abaixo da porta.

Sobre a mecânica, também baseada na 348, recebeu muitas modificações, sendo a mais inovadora o cabeçote de cinco válvulas por cilindro, e o leve aumento de cilindrada, de 3,4 para 3,5 litros, com uma potência específica bem mais elevado do que o motor anterior: de 300 cv na 348, o novo motor gerava 380 cv a 8250 rpm, com 363 N-m de torque a 6000 rpm, valores excelentes para um motor naturalmente aspirado. Projeto de Paolo Martinelli, tinha uma taxa de compressão de 11:1, alimentado por uma unidade BOSCH Motronic 2,7, que controlava a injeção eletrônica e o sistema de ignição, com uma vela por cilindro.


Como toda Ferrari, ela também se beneficiou da tecnologia aplicada nos carros de Formula Um, como bielas de titânio, pistões forjados em liga leve e cárter seco, assim como o primeiro carro esportivo de rua (modelo de 1997) a utilizar o câmbio de seis velocidades operado por aletas no volante, que atuavam o sistema eletro-hidráulico para mudar as marchas. As versões equipadas com esta transmissão ganharam a denominação de Ferrari F355 F1.


O uso de materiais leves resultou num peso de 1350 kg, bem mais leve do que 348, com muito mais potência, fazendo de 0-100 km/h em 4,7 segundos, e chegando a 295 km/h de velocidade máxima. Estes números de performance eram devidos não só à maior potência e menor peso, mas também à aerodinâmica mais refinada, com mais de 1300 horas de estudos em túnel de vento; especialmente no design aplicado ao fundo do carro, que gerava um downforce, ajudando na estabilidade e manuseio do carro nas curvas. Outro detalhe curioso é que a posição do piloto era mais próxima do eixo central do carro do que o assento do passageiro, teoricamente proporcionando maior equilíbrio quando se pilotava sozinho.


A F355 é considerada o primeiro carro de produção com motor central a oferecer uma performance de supercarro; similar à 288 GTO turbinada, mas com melhor dirigibilidade e conforto; provando que um carro rápido e emocionante pode ser também fácil de pilotar e mais acessível. E também a primeira Ferrari a não seguir a numeração do tamanho do motor e número de cilindros: 348 era do motor com 3,4 litros e 8 cilindros, mas 355 veio do motor 3,5 litros e 5 válvulas por cilindro.


O chassi monocoque de aço possuía um sub-chassi tubular para fixação das suspensões dianteira e traseira, totalmente independentes, com braços desiguais, molas com amortecedores telescópicos a gás e óleo, controlados eletronicamente e barras estabilizadoras. O sistema podia ser calibrado para “Confort” ou “Sport”, e os pneus eram Pirelli, 225/40ZR 18 na dianteira e 265/40ZR 18 na traseira.

As configurações da F355 como Berlinetta, Spider, GTS Targa e a versão Challenge de corrida, fizeram deste modelo o mais popular da Ferrari em toda a sua história. Foram produzidas 4.871 unidades Berlinetta, 2.664 unidades Spider, 2.577 GTS com teto Targa removível. A Ferrari F355, com todas as inovações e atenção no projeto para tornar um supercarro esportivo muito potente, mas dócil e fácil de conduzir, é considerado pela própria Ferrari e outros especialistas como não só um passo importante, mas um dos mais significativos modelos de toda a história da famosa marca de Maranello.

F355 Challenge


Preparada para correr na Série Ferrari Challenge, baseada na Berlinetta, podia receber um kit de fábrica por cerca de US$ 30 mil direto na concessionária Ferrari. No decorrer dos anos, as encomendas desta versão vieram cada vez mais equipadas de fábrica já com as especificações de corrida, de modo que em 1998, o último ano da F355, as versões Challenge vinham prontas, praticamente não havia nada para o concessionário adaptar.


As alterações desta versão eram: gaiola de proteção, bancos de corrida e respectivos cintos de segurança, extintor, botão de corte do motor, radiadores maiores com ventiladores com controles manuais, volante de competição, escapamentos especiais mais leves, spoiler traseiro, embreagem reforçada, freios Brembo da F40, com discos de 14 polegadas, rodas de magnésio Speedline de 18 polegadas com pneus Pirelli de corrida, buchas de suspensão mais resistentes e molas de competição, dutos de refrigeração para os freios dianteiros e traseiros, grade do motor com maiores aberturas para refrigeração, para choque dianteiro mais leve, e ganchos para reboque na frente e atrás.

Esta versão atingiu 108 unidades fabricadas, todas com câmbio manual de seis marchas.

Limited Edition Fiorano


Estas edições especiais foram produzidas em 1999, planejadas para 100 unidades, mas 104 foram fabricadas efetivamente. Elas possuíam algumas especificações da versão Challenge, para maior performance, e podiam rodas nas ruas.

As alterações eram nas suspensões, com um pacote de maior bitola, molas mais rígidas e barras estabilizadoras de maior diâmetro; discos ventilados e perfurados com pastilhas de competição; caia de direção de corrida; tampa do motor do modelo Challenge; alguns itens de fibra-de-carbono, como console, laterais das portas e paddle-shifters, e volante com cobertura em couro suede.

Foram produzidas 100 unidades da Fiorano, com mais 3 vendidas na Europa e um exemplar para a Africa do Sul.

Fiorano Handling Pack

Pacote disponibilizado no último ano em que foi fabricado, continha algumas opções que a versão Challenge utilizava, tais como sistema de direção mais rápida, suspensão rebaixada, molas mais rígidas, bitola mais larga, barras estabilizadoras mais grossas, discos perfurados, pastilhas de freio mais eficientes com pinças vermelhas.

Poucas unidades foram encomendadas, chegando a apenas 2% da produção, tornando os modelos equipados com este pacote bastante raros e difíceis de encontrar.

Da minha coleção



A Ferrari F355 Berlinetta é um modelo Hot Wheels, da série 1995 Model Series, na cor Modena Giallo, a cor oficial da cidade de Modena. Tem o acabamento padrão como Mainline, mas as rodas foram trocadas pelas da AC Custon. Com a renovação do licenciamento da Ferrari para a Mattel (2025), quem sabe veremos em breve um novo casting mais caprichado deste modelo tão significativo na história da marca do Cavalinno Rampante.






Referências:

https://hotwheels.fandom.com/wiki/Ferrari_F355

https://www.ferrari.com/en-EN/auto/f355-berlinetta

https://en.wikipedia.org/wiki/Ferrari_F355

https://www.ferrari.com/en-EN/magazine/articles/f355-berlinetta-the-best-in-the-world

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Ford Mustang Dark Horse


O Mustang Dark Horse de 2025 se tornou um ícone assim que foi lançado: equipado com o V8 Coyote de 5 litros (307 cid) de quarta geração, naturalmente aspirado, gerando 500 hp de potência a 7.250 rpm, com 418 lb-ft de torque a 4.900 rpm, atrelado a um câmbio manual TREMEC de seis velocidades, ou um automático SelectShift de 10 velocidades, faz de 0-60 mph em apenas 4,1 segundos, e velocidade máxima de 165 mph (265 km/h).

Entre os vários detalhes que o diferenciam do modelo “normal”, estão o capô ventilado de alumínio, suspensões MagneRide dianteira e traseira totalmente independentes, freios Brembo Notorius Blue com pinças azuis, e os bancos Recaro com revestimento azul, com pintura externa Blue Ember Metallic dão um aspecto ameaçador, e já indicam a experiência visceral com muita adrenalina na condução.


Criado para os que desejam não só potência bruta, mas um carro bom de manuseio e com um estilo agressivo, o Mustang Dark Horse traz os atributos para pista, sem afetar seu comportamento na estrada, com alto desempenho.

Mustang CS800DH, preparado por Clive Sutton

Mesmo com esta configuração de alto desempenho, o preparador britânico Clive Sutton acrescentou um compressor Whipple “Stage 1” de 3,0 litros, fazendo o V8 chegar a 799 hp a 6700 rpm com 642 lb-ft de torque a 4750 rpm. Com um câmbio manual de seis velocidades e a tração traseira, mesmo com 1.836 kg, leva 3,5 segundos para chegar de 0 a 62 mph, atingindo a velocidade máxima de 190 mph (305 km/h).


Segundo o site britânico Pistonheads, “ninguém sensato precisa de um Mustang com 800 hp ─ mas quem quer ser sensato com um carro desses?” e o motor “é formidavelmente barulhento, descaradamente rude e completamente cativante enquanto rosna; você obtém todo o ronco do V8, desde o burburinho de baixa rotação até o trovão de pico de potência, tudo com qualidade impecável. O motor é tão cru e tão autêntico, fazendo sua marcha lenta borbulhante e a explosão na aceleração para ultrapassagem, que é impossível não ser completamente conquistado.”

O motor com o supercharger, levando a 800 hp

Associado ao câmbio TREMEC de seis velocidades, o motor empurra com vontade, mas ’’é suave como um sedan para uso normal”, um diferencial de deslizamento limitado e assistência eletrônica de estabilidade surpreendem com a quantidade de potência que você pode usar com o pé direito.



Mas como tudo tem um preço, a suspensão MagneRide mais rígida com altura reduzida copiam todos os detalhes da pista, mas o desempenho ajuda a se acostumar com esse detalhe; assim como a excelente tração e aderência, os freios monstruosos que ajudam a lidar com as velocidades que o carro atinge rapidamente; as rodas Vossen HF5 (20x10,5 polegadas na frente e 20x9,5 traseiras) calçadas por pneus Michelin Pilot Sport 4S.

Tudo nele se torna uma tentação para violar todas as regras de trânsito, e assustar os pedestres desavisados!

Da minha coleção

Mustang Dark Horse, Hot Wheels, Serie Then and Now, 2025

O casting é de Shawn Moghadam

O Mustang Dark Horse é um Hot Wheels, mainline de 2025, branco com as tradicionais faixas duplas, mas em vermelho, e o logo Hot Wheels com flames nas laterais. O detalhamento é o habitual da Mattel, e sacrifica especialmente a traseira com as lanternas sem pintura.







Referências:

https://www.pistonheads.com/news/ph-driven/2025-ford-mustang-dark-horse-cs800-uk-review/50291

https://hotwheels.fandom.com/wiki/Ford_Mustang_Dark_Horse

https://www.edmunds.com/ford/mustang/2025/dark-horse/features-specs/?msockid=12c0ce46ed7a6ea311a6dfecec166f53

https://www.tomwoodford.com/ford-mustang-dark-horse.htm

https://automotocatalog.com/mustang-dark-horse-power-style-and-precision/

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Chevy Chevelle SS - 1970

Chevelle SS 1970, duas portas

O Chevrolet Chevelle é um automóvel produzido pela divisão Chevrolet da General Motors de 1964 a 1977 ao longo de três gerações, inicialmente como parte da linha Malibu. Desenhado por Bill Mitchell, o Chevelle 1970 era da segunda geração, e passou por uma remodelação significativa, apresentando o estilo que ficou conhecido como “Coke Bottle”, onde a seção dos para lamas traseiros tinha um desenho semelhante ao da garrafa de Coca-Cola.

Numa época em que os Muscle-Car estavam no auge, a linha do Chevelle em 1970 possuía diversas opções de motores, entre eles um V8 de 307 cid (5,0 litros) com 200 hp, um V8 de 350 cid (5,7 litros) 325 hp, dependendo de acessórios, chegavam a 350 ou 375 hp. Mais dois V8 de 402 cid (6,6 litros) o mais potente com 330 hp; e o V8 L72 de 427 cid (7,0 Litros) com 425 hp a 5800 rpm e 460 lb-ft de torque a 4000 rpm disponível como COPO (Central Office Production Order), e o pacote Z15 SS vinha com o enorme V8 de 454 cid (7,4 litros), 360 hp e uma versão opcional LS6 com carburador único Holley de 800 CFM gerava 450 hp a 5600 rpm e 500 lb-ft de torque a 3600 rpm.

"Você pode tornar o nosso carro ainda mais resistente", explicava o folheto deste ano, adicionando o sistema Cowl Induction ao SS 396. Pise no acelerador e uma entrada de ar se abria "para injetar uma lufada extra de ar frio na entrada de ar do motor... como um segundo fôlego para um corredor de longa distância".

O motor 454 cid de 450 hp

Construído na plataforma A-Body, e equipado com o V8 de 454 cid, era o mais poderoso Muscle-Car da época, contra o Torino da Ford, o Charger da Dodge e o Roadrunner da Plymouth. Vinha com um carburador quádruplo Holley, com comandos mais bravos, pistões forjados de alumínio, e outros detalhes que o diferenciavam do restante da linha.

Chevelle 454 cid


O Cowl Induction Hood era um flap operado a vácuo que se abria para enviar o ar fresco diretamente ao carburador; a transmissão era um câmbio Muncie manual de quatro velocidades, com um diferencial de deslizamento limitado Positraction; os freios dianteiros eram a disco a a suspensão trazia o pacote F41, com molas reforçadas e barras estabilizadoras de maior diâmetro. As vendas provaram que era um sucesso: mais de 2,5 milhões das duas primeiras gerações do Chevelle chegaram às ruas, e o ano-modelo de 1970 atingiu 633.944 unidades, entre elas, 4.475 unidades equipadas com o LS6 de 454 cid, tornando-as muito procuradas pelos colecionadores, que o consideram um dos mais significativos Muscle-Car jamais construídos na história automotiva americana.




Da minha coleção



Este modelo retrata um Chevrolet Chevelle SS 1970 modificado para corridas com body kit largo, capô personalizado, divisor dianteiro, para-lamas alargados, spoiler traseiro, escapamentos laterais personalizados e altura de rodagem reduzida. O interior deste modelo possui uma barra de proteção contra capotamento, integrado à peça do painel e para choques, ao passo que o assento faz parte da base, dando a este modelo um interior com duas cores.






Referências:

https://hotwheels.fandom.com/wiki/%2770_Chevy_Chevelle_SS

https://en.wikipedia.org/wiki/Chevrolet_Chevelle