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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Fofoca III: O povo sabe o que fala.



Sabedoria popular
Os ditos e frases sobre fofocas nos ensinam muito sobre a sabedoria de lidar com boatos e inverdades:
“Falem mal, mas falem de mim!”  – Não dê muita atenção para o que falam de você. Significa que estão prestando atenção no que você faz ou fala, os pontos que os outros criticam podem ser os trunfos que fazem você se destacar na multidão.

“Deus nos deu dois ouvidos e apenas uma boca, pois devemos falar metade daquilo que ouvimos.”  – ‘Seja rápido no ouvir e vagaroso no falar’; ‘quem fala muito, fala besteira ou o que não deve’; ‘Quem fala o que quer, ouve o que não quer’  –  são variações que indicam que devemos ser cuidadosos com aquilo que falamos, pois podemos nos arrepender mais tarde.

“Deus nos deu a vida para cada um cuidar da sua.” – Procure não se intrometer ou emitir opiniões sobre assuntos que não são de sua conta ou responsabilidade. Guarde suas observações e opiniões para si, pois certas colocações somente podem ser expressas se a pessoa solicitar que você se pronuncie; aí, sim, pode ser uma boa hora para tocar no assunto de forma adequada.

Casos
Marisa* ouviu boatos de que a divisão em que trabalhava no banco iria fechar. Temerosa de perder o emprego, saiu em busca de uma nova colocação, antes da tragédia anunciada. Mas refletindo sobre toda a situação, procurou dar tempo ao tempo. Não é preciso dizer que ela ainda está no mesmo emprego até hoje.
Já outro profissional deixou a empresa em que trabalhava porque lhe disseram “em off” que a promoção que ele tanto esperava não aconteceria. No dia em que informou aos seus superiores sua saída, seu chefe imediato entristecido, disse: “Que pena, logo agora que sua promoção havia sido aprovada pela diretoria!”
Jeanne, de 19 anos, era amiga de um rapaz, e as fofocas sobre o relacionamento dos dois chegaram aos seus ouvidos. “Acabei evitando o rapaz que diziam que eu estava namorando. Não achava isso justo, pois éramos apenas amigos e, para mim, podíamos conversar sem que surgissem boatos.”
Miguel comentou: “Eu falei mal de uma moça — disse que ela era louca por rapazes — e isso chegou aos ouvidos dela. Nunca vou esquecer o tom de sua voz quando veio falar comigo. Ela estava muito magoada por causa daquilo que falei sem pensar. Conseguimos resolver o problema, mas me senti mal de saber que havia magoado alguém dessa forma.”

Vizinhos, parentes e colegas de trabalho, com interesses e curiosidade, genuína ou não, são todos potenciais geradores e transmissores de fofoca. Saiba que ‘tudo o que disser poderá ser usado contra você’, como dizem nos seriados americanos. Não dê ouvidos a tudo o que se ouve, nem fale demais sobre sua vida para quem você conhece superficialmente.
E toque sua vida em frente, pois há coisas mais importantes para merecer sua atenção e seu tempo.


Leo Togashi, é publicitário, marketeiro e palestrante; já falou o que não devia, já foi mal interpretado, vítima de fofoca; mesmo assim, sobreviveu para contar histórias de como está evitando situações constrangedoras e “não pagar mais mico”.

(*) Os nomes foram mudados.
As fofocas, pintura de Norman Rockwell (1894-1978), capa da revista The Saturday Evening Post publicado 06 de março de 1948; uma das suas muitas ilustrações de cenas da vida estadunidense. O quadro também é conhecido com o nome de “Cadeia da fofoca”.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Fofoca II: Estão falando de mim!



O que podemos fazer se estamos sendo vítimas de uma fofoca, ou conversa maldosa no trabalho?
Quatro pontos:
1 – Qual a motivação de quem faz a fofoca? Normalmente quem não consegue ter as qualidades que vê nos outros, busca menosprezar quem se destaca, praticando o ‘bullying’ adulto; a inveja caso outros recebam promoções e ele(a) não;  se a pessoa quer ganhar popularidade, dissemina ‘informações’ que só ele(a) tem, que sabe de tudo em primeira mão; ou a insegurança pode fazer com que se rebaixe os outros só para se sentir melhor em relação a si mesmo. Ou pode ser simplesmente tédio, movendo alguns a espalhar boatos e ver ‘o circo pegar fogo’.
2 – Controle suas emoções. A sensação de descobrir algo que falam sobre si pode tornar difícil controlar seus sentimentos. Vergonha, raiva e indignação normalmente surgem associados às injustiças que sofremos. Se pensar que é exatamente isto que o fofoqueiro desejava que sentisse, poderá reverter tais sentimentos e passar para um degrau acima da dignidade humana, não se permitindo ser dominado e fazer o jogo do inimigo. Cabeça fria e equilíbrio é a saída inteligente nestas situações. Também, ao tomar conhecimento do boato, evite ficar se desculpando ou justificando o que gerou tal falatório. Se não for verdade, pra que perder tempo? Pode dar a impressão que há motivos para o boato ser real.
3 – Seja realístico. Pergunte-se: “Será que aquilo que fiquei sabendo é realmente o que falaram de mim? Dei motivos para as pessoas entenderem mal algo que falei ou fiz? Estou sendo sensível demais neste assunto?”  Muitas vezes, sua reação contra a fofoca poderá causar mais dano do que o boato em si. Lembre-se: o fofoqueiro(a) nunca vai admitir que espalhou algo que não era verdade. Normalmente uma fofoca tem duração breve, pois quem a dissemina está sempre atrás “da última”, e o boato sobre você envelhece mais rápido do que imaginamos. Na semana que vem, a vítima será outra.
4 – Não faça parte do problema: a “Rádio Peão”  só continua no ar se tiver audiência. As notícias que ela divulga só são transmitidas porque há pessoas que ouvem e passam para frente. Evite ser o elo de ligação para a fofoca continuar o seu caminho e manchar a reputação de outros. Vale aqui o princípio: “Não faça aos outros aquilo que não deseja que fizessem com você”.

No próximo ‘post’ analisaremos algumas ‘pílulas’ de sabedoria popular sobre este que é um dos esportes mais antigos da humanidade.

Até a semana que vem.