Num mundo cada vez mais competitivo, em que as pessoas estão concentradas em sim mesmas, ou numa carreira profissional, a amizade acaba ficando em segundo plano. O egocentrismo é um sentimento bastante comum nos vários ambientes em que frequentamos, no trabalho, no lazer, e até mesmo dentro de nosso círculo familiar e de amigos.
O sentimento de amizade verdadeira pode ser ilustrado pelo amor e carinho que um cão tem pelo seu dono. Independentemente da atenção que o dono dá para o seu animal de estimação, ele sempre o recebe abanando a cauda quando chega em casa, os olhos brilhando e aquela animação de "agora vamos brincar?"
Não há "segundas intenções", não pedem nada em troca senão uns afagos e atenção. Não reclamam se ficam sozinhos, e renovam seu animo apenas com um chamado.
Não comparando os amigos com os cães, o mesmo sentimento deve valer numa amizade verdadeira: não se pede nada em troca, senão uma atenção, uma palavra, um alô só pra saber como ele está...
Fortes e duradouras amizades surgem quando as pessoas se doam, sem interesses ou vantagens, apenas porque tem um amor 'fileo' entre si.
Não o amor romântico, que vem do grego 'eros', filho de Afrodite, que andava com um arco e flechas, provocando o amor entre os que eram atingidos por elas.
Este amor entre duas pessoas, sejam homens ou mulheres sem interesse romântico é denominado 'fileo', um vocábulo grego que identifica o amor entre irmãos (carnais ou 'de sangue'), amizade fraternal, que podemos encontrar na palavra 'filantropia' (“fileo”, amizade, e “antropos”, homem) significando “amor humano”e no nome Teófilo (“Teos”, Deus, e “fileo”, amizade ou amigo) que quer dizer “amigo de Deus”.
Esta amizade verdadeira é mantida pelo respeito, afeto e consideração que se tem pela outra pessoa, além da lealdade, a disposição de ajudar sempre, até de proteger um ao outro, seja de ameaças físicas ou emocionais.
Não necessariamente se conhecem há muito tempo, ou tem os mesmos gostos e preferências, além de algumas opiniões em comum...mas há uma grande confiança mútua e apego entre os verdadeiros amigos. E às vezes, eles falam ou fazem coisas que não gostamos tanto, mas a motivação por trás de algo desagradável para nós pode ser um alerta para o nosso benefício, que é algo que um verdadeiro amigo deve fazer. Da nossa parte, nunca deixar que estas situações diminuam o sentimento de união que temos com alguém que é tão especial para nós, porque ele deseja que nos tornemos uma pessoa melhor; ele tem de ser uma influencia positiva para você.
Seu melhor amigo é alguém com quem se pode falar tudo, confidências e sentimentos, sem temer que o assunto vá se espalhar, ou ele achar ridícula ou menosprezar sua preocupação.
A amizade verdadeira é tão bela que é cantada em canções, é base para muitas literaturas e exaltada em filmes que nos emocionam de verdade.
Davi e Jonatã criaram uma amizade verdadeira, apesar de Jonatã ser o filho do rei Saul, e legítimo herdeiro do trono, abriu mão de seu direito quando percebeu as qualidades que Davi tinha e a escolha que Deus havia feito para um novo rei sobre Israel, mesmo a diferença de idade entre eles (30 anos) não impediu que tivessem uma forte amizade.
Mas certamente, a melhor amizade que podemos desenvolver é com o nosso Criador, como Abraão foi considerado um amigo de Deus (carta de Tiago, cap.2, versículo 23), porque confiava plenamente em Deus e o obedecia integralmente.
Apesar da música 'Amigo" de Roberto Carlos, homenageando Erasmo ser muito famosa, selecionei a canção de James Taylor para fechar este post. Podem acessar o link e ver o clip com a tradução desta bela canção.
James Taylor: You've got a friend
https://www.youtube.com/watch?v=B3iz7AwzbEg
Um abraço de amigo, e até a próxima.
Bem-vindo ao meu Blog, onde escrevo sobre minha paixão por filmes e carros, e suas miniaturas. Fique à vontade para comentar e compartilhar.
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
Amizade verdadeira - jóia rara nos dias de hoje
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sexta-feira, 16 de setembro de 2016
Marketing da escassez - turbinando os nossos desejos
Baixa oferta para a demanda. O Princípio da escassez gera altos preços. |
Todos nós somos vulneráveis ao princípio da escassez. Ouro, prata, platina, assim como diamantes, esmeraldas e outras pedras preciosas tem altos preços devido à pouca quantidade disponível no mercado.
Obras de arte, antiguidades, passando pelos itens de colecionismo, desde carros antigos até álbuns de figurinas, tem seus preços ditados pela escassez de cada item. Um Bugatti Royale, o "Carro dos Reis", do qual foram fabricados apenas oito exemplares, vale milhões, e mesmo assim, os milionários que tem um deles na garagem não cogitam em vendê-los.
Num universo mais próximo de nós, recentemente, quando as chuvas em excesso danificaram as lavouras de tomate, reduzindo a oferta no mercado, o preço do quilo disparou dos R$ 3,00 para R$ 10,00, assim como a quebra da safra de feijão fez o preço subir dos habituais R$ 6,00 para R$ 16,00 em alguns supermercados.
O princípio da escassez também pode assumir o aspecto da restrição de escolha, ou redução de sua liberdade de ação.
Será que caso não houvesse a rixa entre as famílias Montecchio e Capuleto, o amor de Romeu e Julieta não fosse tão forte e intenso? Será que o amor proibido e a resistência das famílias contra o relacionamento dos jovens não contribuiu para que tomassem a atitude trágica que os levou ao duplo suicídio? Todo pai e mãe sabe que quando se restringe alguma liberdade dos filhos, parece que se torna mais desejável para eles, só porque foram restritos na sua liberdade ou acesso a alguma coisa que era normal na rotina deles.
Podemos perceber este sentimento na propaganda da cerveja cuja marca é "Proibida", não por acaso, seu slogan é "Tudo o que é proibido é mais gostoso!". Além disso, há uma associação velada à proibição de consumo de bebida alcoólica pelos menores de 18 anos, que pode sensibilizar uma parcela dos jovens a experimentar a "Proibida".
Comerciais que anunciam uma liquidação numa cadeia de lojas mostram uma multidão tentando entrar na loja para comprar, ao passo que o locutor enfatiza: "É só amanhã!. Aproveite!".
A mesma técnica é usada nos leilões, em que o item é disputado por mais de um interessado. Peças de vestuário ou objetos usados por astros de cinema nos seus filmes alcançam valores estratosféricos, apenas porque os fãs disputam a posse de algo único - mesmo que haja dezenas ou centenas de outros igauis à venda na loja ou supermercado da esquina - aquele item não tem igual, e "vale o preço que estou disposto a pagar".
Como se defender quando somos confrontados a obter algo que só está disponível no momento? Ou que você sabe (ou tem a impressão) que não terá outra chance de obter ou usufruir o que está sendo oferecido naquela ocasião?
Preste atenção às expressões mais comuns: "Só temos este no estoque", "Amanhã o preço volta ao normal", "A promoção vai só até sábado", e assim por diante. Quando você sente seu ritmo cardíaco aumentar, pelo receio de perder aquela chance de obter um produto, ou serviço, ou mesmo de pagar menos para fechar o negócio na hora, você está sendo um alvo da regra da escassez.
Pare e pense: "Serei mais feliz por usufruir (usar, comer, vestir) o produto que estou comprando AGORA, ou estou querendo apenas satisfazer meu desejo de POSSUIR este item?"
Não devemos confundir nosso desejo de possuir algo raro, que pode nos deixar mais felizes psicologicamente, com o valor utilitário de qualquer item, quer possamos comer, beber, tocar, ouvir, dirigir ou usá-lo de qualquer outra forma.
É vital lembrar que tais itens "escassos" não tem um gosto melhor, não soam melhor, não são melhores para dirigir ou usar por causa de sua pouca disponibilidade no mercado, e claro, há várias coisas que desejamos usufruir, mas que passamos muito bem sem eles, não são indispensáveis para vivermos.
Vale a pena refletir no valor real das coisas materiais à nossa volta, pois a nossa vida não depende das coisas que temos, mas sim do que somos aos olhos de Deus.
Um abraço e até a próxima!
quarta-feira, 7 de setembro de 2016
Carros e Filmes: James Bond e o Aston Martin DB5
Sean Connery e o DB5 |
O Aston Martin DB5, usado no filme de James Bond, Goldfinger, se tornou o mais antológico
do cinema. Desenvolvido do DB4, o motor seis em linha tinha 4,0 litros e
produzia 282 hp a 5.500 rpm, levando o carro a 233 km/h. O carro oficial de 007
era um Bentley, mas no livro de Ian Fleming (escrito em 1959), Bond dirigia um
Aston Martin DB Mark III.
Para as filmagens de Goldfinger
(1963) a Aston Martin tinha o DB5 no forno, mas ainda em desenvolvimento, e a
produção convenceu a diretoria da Aston a ceder o DB5 para as cenas. Como não
havia carros de produção na linha, a Aston cedeu o carro-mula, um protótipo com
todas as modificações que seriam implementadas no novo modelo, feito pela
engenharia da fábrica.
John Stears, responsável pelos efeitos especiais do filme,
levou o carro para a Pinewoods Studios e incrementou o modelo com
metralhadoras, escudo à prova de balas, assentos ejetáveis, radar, telefone, e
outras traquitanas dignas do espião mais famoso do mundo. A produção teve de
preparar mais um exemplar para as filmagens, sem os equipamentos; e a Aston
Martin cedeu mais dois carros (agora já em linha de produção) para a promoção
dos filmes a partir do lançamento nos cinemas da Europa e Estados Unidos.
Foi um sucesso no filme Goldfinger,
e apareceu também na sequência Thunderball,
mas como a produção não tinha dinheiro para comprar os carros, eles foram
apenas emprestados pela Aston Martin, usados nas duas películas, então depois
foram devolvidos à empresa; e não se sabe porque, nem quem deu a ordem para
desmontar todas as traquitanas que John Stears havia colocado no carro original,
e a empresa o vendeu como um carro usado.
O comprador, Gavin Keyzar, percebendo o valor que os outros
exemplares (o dublê de filmagens e os usados na promoção dos filmes) do DB5
estavam subindo, com o interesse do público, instalou equipamentos similares no
seu carro, que era o original/original do filme. Vendeu o carro em 1971 para
Richard Loose, que por sua vez, o vendeu num Leilão da Sotheby’s em 1986, em Nova York por
US$ 275,000 para Anthony Pugliese; empresário e colecionador de cultura pop na
Florida.
Pugliese havia comprado o carro em parceria com seu
cunhado Robert Luongo, que promovia o carro, expondo-o em diversos museus e
feiras de automóveis. Pugliese viu o valor do DB5 subir para estratosféricos 4
milhões de dólares, e fez um seguro com a Grundy Wordwild, uma agência de
seguros especializada em carros clássicos.
Em vez de guardar o carro na sua garagem, armazenou o DB5
num hangar no aeroporto de Boca Raton, Florida. Numa noite de junho de 1997,
ladrões roubaram o carro, e o levaram num pequeno avião e até hoje não se sabe
o destino do famoso carro.
O modelo das fotos é da ERTL/Joy
Ride, na escala 1:18, embora rica em detalhes, o acabamento deixa um pouco a
desejar. Ele representa o DB5 usado no filme Casino Royale, de 2006. A ERTL/Joy
Ride tem o modelo do filme Goldfinger, este com todos os gadgets usados no
carro das filmagens, e é bem valorizado pelos colecionadores de miniaturas por
causa destes itens. A AutoArt também fabrica o DB5 na escala 1:18, que é muito
mais detalhado e bem acabado, porém não traz os equipamentos especiais do filme.
No caso dos modelos feitos pela
ERTL/Joy Ride, a única miniatura que vem com os equipamentos modificados para o
filme é a identificada como sendo de Goldfinger. As demais, apesar de terem
inscrições na caixa do nome dos filmes em que participaram, não trazem os
gadgets do espião mais famoso do mundo.
A IXO Models, de Macau, China,
faz uma coleção de todos os carros que participaram dos filmes de James Bond,
na escala 1:43, entre eles, o famoso Aston Martin DB5.
A Eaglemoss Publications (do
Reino Unido) distribuiu uma coleção de 134 modelos (na escala 1:43) dos carros
usados nos filmes de James Bond, e em países como a França, Finlândia, Alemanha,
Holanda e também no Brasil, e disponibilizou assinaturas para a Irlanda, Áustria,
Suíça, Luxemburgo, Bélgica, Grécia, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul.
A maioria dos modelos era da
Universal Hobbies, mas no final da série, eram da IXO chinesa. Nos pré-testes de
cinco edições da coleção feitos em duas regiões da França (2005), foram usados
modelos da Eligor e Norev, mas quando a série saiu em 2007, o contrato foi
feito com a Universal Hobbies.
Os modelos tinham uma base
diorama (alguns incluíam gadgets nos carros e personagens – vilões ou aliados),
retratando uma das cenas em que o carro aparecia no respectivo filme. Esta
coleção teve até um exemplar do MP Lafer, réplica brasileira do MG TD inglês.
Ele participou de uma tomada no filme Moonraker,
em que Bond dava um rolê na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro.
Veja a matéria completa sobre o Aston Martin DB5 de James Bond:
http://leotogashi.blogspot.com.br/2016/09/aston-martin-db5-o-carro-de-james-bond.html
Veja a matéria completa sobre o Aston Martin DB5 de James Bond:
http://leotogashi.blogspot.com.br/2016/09/aston-martin-db5-o-carro-de-james-bond.html
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terça-feira, 6 de setembro de 2016
ASTON MARTIN DB5 - o carro de James Bond
O mortal DB5 preparado contra os inimigos de Bond. |
O Aston Martin DB5 é um luxuoso Grã-Turismo construído
pela Aston Martin e concebido pelo estúdio italiano Carrozzeria Touring. Apresentado
em 1963, é uma evolução do final da série DB4. Este modelo vinha com chassi
tubular, no qual eram acoplados painéis da carroceria em alumínio, muito leve
denominado Superleggera. Esta tecnologia foi desenvolvida pelo estúdio italiano
para o Aston Martin DB4; que causou sensação ao ser apresentado no London Motor
Show de 1958. Apesar do design e da tecnologia de construção serem italianos, o
DB4 foi o primeiro carro da Aston a ser construído na fábrica de Newport
Pagnell, em Buckinghamshire, Inglaterra. A sigla homenageia Sir David Brown,
presidente da empresa de 1947 a 1972. Apesar de não ser o primeiro carro
utilizado pelo agente secreto de Sua Majestade, James Bond, o DB5 na cor
“Silver Birch” ficou mundialmente conhecido pela sua aparição no filme Goldfinger, de 1964. O DB5 é raríssimo,
pois entre 1963 e 1965 foram fabricadas apenas 1.021 unidades, dos quais 123
conversíveis e alguns station-wagons, denominados na Inglaterra de
“shooting-brakes” adaptados pelo construtor independente Harold Radford a
partir da versão cupê. Nick Candee, um historiador especializado em Aston
Martin, estima que 886 exemplares ainda sobrevivam sob os cuidados de zelosos
colecionadores.
A principal diferença entre a Série V da versão DB4 e a
DB5 era o motor seis cilindros em linha, com duplo comando de válvulas no
cabeçote, aumentado de 3,7 litros para 4,0 projetado por Tadek Marek, construído
todo em alumínio; uma nova e robusta caixa ZF de cinco marchas (exceto para
alguns modelos iniciais que vieram com um câmbio de quatro marchas com uma
opcional overdrive) e três carburadores SU. Uma caixa Borg-Warner DG Automatic
de três velocidades era disponível, e no final da produção foi substituída pela
Borg-Warner Model 8 logo antes de chegar à versão DB6. Apenas 65 exemplares
receberam a opção de três carburadores Weber, gerando 314 HP. São muito raros e
valorizados, sendo que diversos modelos normais tem sido modificados com esta
especificação.
O motor da versão normal produzia 282 hp a 5.500 RPM,
com 288 lb.ft de torque a 3.850 rpm; que levava o carro a 145 mph (233 km/h), e
já estava disponível na versão Vantage da Série DB4 desde março de 1962. Ao ser
lançada em 1963, a Série DB5 era equipada com este motor, pesava 1.502 kg, e
acelerava de 0-60 mph (97 km/h) em 8 segundos.
Era equipado com freios a disco servo-assistidos nas
quatro rodas, inicialmente da Dunlop, depois substituídos pelos da Girling. As
rodas tinham 15 polegadas de diâmetro e eram raiadas. A suspensão dianteira
independente vinha com braços triangulares e juntas esféricas, molas
helicoidais e a traseira com eixo flutuante e barra Watt. Direção com pinhão e
cremalheira, diferencial com relação de 3,54:1, sendo que os exemplares
destinados ao mercado americano tinham 3,77:1 e opcionalmente 3,31:1 para os
clientes que preferiam um carro com velocidade final mais alta.
Um modelo com relação final de 3,54 testado pela revista
The Motor em 1960 atingiu 139,3 mph
de velocidade final (224,2 km/h), e a aceleração de 0-60 mph (97 km/h) em 9,3
segundos. O consumo registrou 17,7 milhas por galão imperial (16,0 litros/100
km ou 14,7 mpg). O carro de teste custava na época 3.967 libras esterlinas,
incluindo os impostos.
Alguns equipamentos de série incluíam assentos
reclináveis, carpetes de lã no piso, vidros com acionamento elétrico, dois
tanques de combustível, rodas raiadas cromadas, radiador de óleo, carroceria
construída em liga de magnésio em sistema patenteado pela Superleggera,
acabamento interno dos bancos e revestimentos em couro e extintor de incêndio.
Todas as versões eram na configuração cupê, duas portas e 2+2 lugares. O DB5
media 4.570 mm de comprimento, 1.676 mm de largura e 1.320 mm de altura,
pesando 1468 kg em ordem de marcha.
JAMES
BOND – ASTON MARTIN DB5 - GOLDFINGER
Sean Connery e o DB5. |
O Aston Martin DB5 com suas linhas clássicas é considerado por muitos
como um dos mais belos carros já construidos. Além disso, sua participação nos
filmes de James Bond, catapultou sua fama a um dos ícones que permanecem com o
passar do tempo. Prova é que em diversos filmes do espião mais famoso do mundo,
o Aston Martin DB 5 volta a aparecer, tendo sido utilizado no filme seguinte a Goldfinger (1964), Thunderball (1965), e anos depois, surgiu no filme Goldeneye (1995); novamente em Tomorrow Never Dies (1997); foi escalado
para aparecer em The World is Not Enough
(1999), mas teve as suas tomadas cortadas na edição final; Casino Royale (2006), e por último, em Skyfall (2012).
O DB5 não foi o primeiro carro utilizado por James Bond. No filme Dr. No (em portugues, 007 Contra o Satânico Dr. No – 1962),
007 utiliza o Sumbeam Alpine Series 2, um pequeno conversível que ele dirige
até a estrada de terra em que cai numa armadilha, sendo perseguido por um carro
funerário que tenta empurrá-lo para um penhasco. O segundo, no filme From Russia with Love (em portugues, Moscou contra 007 - 1963), Bond usa um
Bentley Drophead 3,5 litros de 1935, como no original escrito por Ian Fleming.
O DB5 foi a escolha para Goldfinger
(1964), e daí em diante, virou o clássico que conhecemos.
Antes de Goldfinger,
o Aston Martin DB5 começou sua vida em 1962 como um protótipo da companhia,
como desenvolvimento para o modelo que substituiria a versão DB4. Sua cor
original era a Dubonnet Red, mas foi repintado na cor Silver Birch para as
filmagens. Nick Candee, comenta que o carro era realmente a última versão de
produção do DB4 Serie V, com a cobertura dos faróis dianteiros, característica
que já aparecia na versão DB4 GT. Mantendo as linhas elegantes de um cupê 2+2
da Serie V do DB4, o DB5 tinha os faróis recuados, cobertos por lentes convexas,
como o detalhe mais visível da nova versão. No entanto, a engenharia da Aston
Martin relatava que havia mais 107 outras alterações que foram implementadas
para designar o novo carro como DB5.
Este exemplar era um carro-mula, como a indústria designa
os exemplares que são modificados e são testados para analisar se as mudanças
atendem as exigências técnicas de performance e durabilidade para serem depois
incorporadas nos modelos de série.
Quando Ian Fleming escreveu Goldfinger, em 1959, ele colocou seu herói James Bond para dirigir
um Aston Martin DB Mark III, aparentemente, seguindo uma sugestão de um membro
do AMOC (Aston Martin Owner’s Club). Bond estava usando temporariamente o Aston
Martin, no lugar de seu Bentley oficial do Serviço Secreto de Inteligência.
Bond ficou entre o Aston e o Jaguar, mas o Aston ganhou sua preferência.
Ironicamente, a mesma decisão teve de ser tomada durante a pré-produção de Goldfinger. O produtor Albert R. (Cubby)
Broccoli queria o Jaguar E-Type para ser o carro de Bond, mas Sir William Lyons
se recusou a emprestar três exemplares para as filmagens. Cubby virou-se então
para o Aston Martin DB5.
A história de Fleming se passava em 1959, e, claro, em
1963, a Aston já preparava um substituto para o DB4, modelo posterior ao Mark
III; e naquele momento, tinha apenas o carro-mula em trabalho de
desenvolvimento.
Depois de muita negociação, a EON Productions, na figura
de Ken Adam, Designer de Produção de Goldfinger,
conseguiu a cessão do DB5, o carro-mula com chassi de código DP216/1 (The
Gadget Car), pois não havia outro exemplar disponível.
Cessão, porque a EON não tinha as 4.500 libras para
pagar pelo carro. Mas a Aston Martin tinha a perspectiva de divulgar um novo
modelo a nível mundial, quando o filme de Bond fosse lançado no mercado, em
especial o mercado americano, principal alvo do marketing do filme. Então, os
interesses se alinharam e todos ficaram contentes com o resultado, até o
momento; sem imaginar que o cenário para um dos mais bem sucedidos exemplos de
merchandising já produzidos estava pronto, e uma das mais longevas franquias do
cinema começava a decolar, hoje com mais de 50 anos associando a Aston Martin e
James Bond.
O Aston Martin DB5 se tornou um dos mais famosos carros
do mundo, e o maior símbolo automotivo britânico; graças ao expert em efeitos
especiais e vencedor do Oscar, John Stears (1934-1999, Best Visual Effects por Thunderball, em 1965 e Star Wars Episode IV: A New Hope, de
1977), que criou o mortal DB5 prateado usado pelo agente secreto do MI-6, James
Bond, que segundo consta, tinha licença para matar.
O DB5 foi para a Pinewoods Studios, na Inglaterra, em
janeiro de 1964, para que John Stears, pudesse trabalhar no carro. Depois que a
equipe de Stears terminou, todos os equipamentos acrescentaram 300 libras (137
kg) de peso ao carro, custaram o dobro do preço do carro e reduziram sua
agilidade pela metade.
Cortina de Fumaça, Escudo á prova de balas e Metralhadora Browning 0.30. |
Assim, o diretor Guy Hamilton precisou providenciar
outro carro para as filmagens em que as cenas exigiam um carro mais rápido e
ágil. Um DB5 normal de chassi DB5/1486/R (The Road Car) foi usado como ‘dublê’,
sem as modificações que John Stears preparou no original.
No roteiro, o carro tinha apenas a cortina de fumaça
como equipamento para despistar os perseguidores, mas a equipe de produção
começou a sugerir diversos outros recursos que o carro de Bond deveria ter.
Assim, foram adicionados a placa com três números de licenças diferentes:
BMT216A – Inglaterra; , 4711-EA-62 – França e LU6789 – Suíça (idéia do diretor
Guy Hamilton); o assento do passageiro ejetável; o lançador de óleo na
traseira; as serras giratórias no centro das calotas (inspiradas nas bigas de
Ben-Hur); as metralhadoras Browning calibre .30 nas luzes de direção; vidros à
prova de balas; escudo protetor do vidro traseiro; compartimento de armas junto
ao assento do motorista; rádio-telefone camuflado no compartimento da porta;
scanner de radar no espelho retrovisor externo, acoplado à tela de rastreamento
no cockpit (alcance de 150 milhas). Havia ainda extensores dos protetores dos para-choques,
mas estes não foram utilizados nas filmagens. As mudanças levaram cerca de seis
semanas para ficarem prontas.
Três números da placa de licença, Assento do passageiro ejetável e Telefone celular integrado. |
Navegador por satélite (seria o Google Maps?), Lançador de óleo contra os perseguidores e as serras giratórias. |
Para promover o filme, foram preparados mais dois carros
pela Aston Martin, para serem expostos no 1964 World’s Fair, como o “Mais
famoso carro do mundo”. Quando Goldfinger
foi para as telas em Setembro de 1964, o sucesso foi monumental, tanto para o
filme como para o carro e a Aston Martin começou a ver as vendas do DB5
subirem. Inicialmente, o DP216/1 era o único exemplar com os equipamentos
extras criados para as filmagens, e o exemplar DB5/1486/R era utilizado somente
para as tomadas nas ruas e estradas nas sequências de filmagens externas. Mas
tal era a demanda para o DB5 aparecer ao redor do mundo para divulgar os filmes
de 007 que a Aston Martin foi obrigada a instalar os extras também no exemplar
DB5/1486/R.
Dentro do universo de James Bond, o mesmo carro (placas
BMT 216 A) foi usado novamente no filme seguinte, Thunderball (007 Contra a Chantagem Atômica), um ano depois; com a
adição de um pacote Jet no porta-malas traseiro, que era um canhão de água
disparado sobre perseguidores.
O
ASTRO DESAPARECIDO
Aqui começa a parte bizarra desta história.
Em 1968, o chassi DP216/1 (original), e o DB5/1486/R
(dublê) como eram de propriedade da Aston Martin, foram devolvidos depois que
as filmagens de Thunderball finalizaram. Não se sabe de quem foi a
decisão, mas alguém deu a ordem de remover todos os equipamentos adicionais do
chassi DP2161/1, e vendê-lo como um carro usado com cerca de 50.000 milhas
marcados no odômetro. A Aston Martin re-registrou o chassi com o número 6633PP.
O comprador, Gavin Keyzar, um ano depois da compra (1969), reparou que os
outros carros (o dublê de filmagem e os de exposição com os equipamentos de
Bond) estavam sendo exibidos como originais de produção dos filmes, e seus
preços estavam subindo, acompanhando o crescente interesse do público pelos
‘Bond Cars’. Então, ele instalou armas semelhantes no seu exemplar (um
customizador em Kent fez o trabalho, mas não ficaram como os originais), num
esforço de fazer o preço de seu carro subir aos patamares que o mercado estava
pagando. Este carro foi vendido em 1971 a um colecionador americano, Richard
Losee, de Utah, e apareceu no filme The
Cannonball Run (Quem não corre, voa, de 1981). As imagens foram espelhadas
no filme, porque o carro tinha a direção do lado direito, mas a posição dos
limpadores de pára-brisas mostra a real configuração do carro.
Em 1981, houve uma batalha entre três proprietários dos DB5, sobre a
autenticidade dos exemplares que possuíam. Jerry Lee, Richard Losee e Frank
Baker, alegavam que tinham em mãos o carro original de James Bond, e o prêmio
não era apenas uma questão de orgulho, mas também de dinheiro, pois o carro
original/original de Bond era mais valioso do que “apenas” um “Bond car”. Lee
pediu para a Aston Martin autenticar qual carro era o quê. A empresa identificou-os
pelos números dos chassis e resolveu a disputa: Losee tinha o carro
original/original, Lee ficou em segundo com um dos dublês de filmagens, e
empatados em terceiro com os carros “Press Cars” usados na promoção dos filmes,
ficaram Baker e o Car Museum Smokey Mountain (de Pidgeon Forge, Tenesse), que
não havia entrado na briga pela autenticação dos exemplares.
Mais tarde, Losee vendeu o DB5 num leilão da Sotheby’s
em New York, no ano de 1986, por US$ 275,000, para Anthony V. Pugliese III,
empresário e colecionador da cultura pop, da Florida, que exibia o carro em
ações promocionais. Pugliese comprara o carro por intermédio de seu cunhado
Robert Luongo, que iniciou uma campanha agressiva para promover seu DB5,
exibindo-o em diversos museus, feiras de automóveis e eventos, documentando
cuidadosamente cada exposição.
Nos anos 1990, Pugliese viu o valor do DB5 subir para
estratosféricos 4 milhões de dólares, e fez um seguro com a Grundy Worldwide,
uma agência de seguros especializada em carros clássicos. Grundy aceitou o
negócio e fechou uma proposta com a Chubb Insurance que pagava 80% do valor
(cerca de 3,2 milhões de dólares) para o carro. E ao invés de guardar o carro
em sua garagem, armazenou o veículo num hangar seguro do aeroporto de Boca
Raton, Florida. Que se mostrou não tão seguro assim.
Tarde da noite, em junho de 1997, numa missão digna do
próprio James Bond, o carro foi roubado. O ladrão, ou ladrões, cortaram a
moldura da porta do hangar, inutilizaram o alarme, e usaram um caminhão para
remover a porta cortada, evidenciado pelas marcas de pneus deixadas no local.
Arrastaram então o Aston Martin para um pequeno avião de carga, e ele
desapareceu desde então. A polícia de Boca Raton verificou imediatamente os
aeroportos dentro do alcance desta pequena aeronave, para ver se qualquer
veículo havia sido descarregado ou transferido. Não descobriram nenhum traço do
DB5. Alguns especulam que ele se tornou um recife artificial cerca de 75 milhas
ao largo da costa da Florida, mas nada foi comprovado até hoje.
Houve então a questão do motivo – fraude de seguros – e
não era a única possibilidade. Robert Luongo e Anthony Pugliese não eram mais
cunhados, e tiveram muitos desacordos em como lidar com o carro. Ciúme?
Vingança? Ou um colecionador obcecado que queria esconder o carro em sua sala
de estar e acariciá-lo todas as noites antes de dormir?
Ninguém sabe. Grundy e Chubb pagaram o seguro feito por
Pugliese, e Jim Grundy recorda o episódio com algum desgosto: “Eu fiz um mau
julgamento em aceitar este negócio” diz ele. “Dou a Pugliese um crédito por ter
feito um negócio esperto. Mas eu cometi um erro... 500 mil dólares ou um milhão
teriam protegido o seu investimento”.
Em poucos meses, Luongo processou Pugliese para obter
uma parte do dinheiro do prêmio do seguro. Pugliese contestou alegando
extorsão, descartada por um juiz, mas que foi a julgamento no ano 2000. O
advogado de Luongo alegou que seu cliente havia feito todo o trabalho de
promoção do carro com base em um acordo verbal de que receberia 10% do valor
final de venda. O preço do carro subiu de 275 mil dólares para 4 milhões; mas
ele foi roubado, não vendido. Sim, Pugliese havia feito a oferta dos 10% do
preço de venda a Luongo, mas só se tivesse feito a operação dentro de uma
janela de seis meses em 1993. Pugliese não pagou a Luongo o combinado, mas este
havia ficado obcecado com o carro, e continuou a promover o veículo mesmo
depois que Pugliese o demitira em 1992.
O júri levou 42 minutos para deliberar a concessão de 1
milhão de dólares a Luongo: 10% do valor do seguro e metade do valor que o
carro tinha em 1996, menos os honorários advocatícios e impostos.
O outro exemplar, o DB5/1486/R (O Road car, ou dublê das
filmagens, com placas FMP 7B, que
alternavam as placas 007 JB na
dianteira e JB 007 na traseira),
usado tanto no filme Goldfinger, como
em Thunderball, foi adquirido em 1969
por Jerry Lee por US$ 12.000, presidente e dono da WBEB Rádio, de Filadélfia,
Pensilvânia, e desde então, foi raramente visto em público. O proprietário
decidiu vender o carro, e em 26 de junho de 2010, depois de quase 40 anos longe
dos olhos do público, foi apresentado em uma recepção em noite de black-tie
para convidados especiais no Stoke Park Club, localizado fora de Londres. Os
fãs de Bond reconhecem este local como o primeiro cenário em que se
confrontaram 007 e Goldfinger. Em 27 de outubro de 2010, e a RM Auctions, de
Londres o vendeu por $2.912.000 libras para outro colecionador americano, Harry
Yeaggy.
Os dois exemplares adicionais (conhecidos como “Press
Cars”) preparado para as ações promocionais dos filmes foram vendidos para
Anthony Bamford (presidente da JCB) por meras 1.500 libras cada um. Um destes
carros (PR Car#2 chassis DB5/2017/R, com placas BMT 216 A, posteriormente
DP/261/1) foi trocado com Sandy Luscombe-White em 1970 por uma Ferrari 250 GTO.
Sandy o vendeu por US$ 21,600 no mesmo ano para Frank Baker, de Vancouver, que
o exibia no Attic Restaurant Vancouver até 1983. Foi vendido para Alf Spence,
que o vendeu para Ernest Hartz Consortium, de São Francisco, que o vendeu para
o piloto Bob Bondurant. Este, por sua vez, o vendeu para Robert Pass, da Pass
Transportation, que o vendeu para Robert Littman, que o estacionou numa
concessionária da Jaguar, em New Jersey. Dali, foi vendido em fevereiro de 2009
para o Dutch National Automobile Museum, antigo nome da coleção de carros
mantida pela Família Louwman, de Haia, Holanda. Foi para leilão em 2010, e o
nome de seu proprietário atual é desconhecido.
O outro carro de exibição (PR Car #1 Chassis DB5/2008/R
– com placas YRE 186H alternando com
as placas JB007 e 007JB; provavelmente alteradas em algum
momento para BMT 216 A and 4711-EA-62) vendido para Bruce Atchley, passou 35
anos em uma gaiola de arame no Car Museum Smokey Mountain, em Pigeon Forge,
Tennessee, foi leiloado em 20 de janeiro de 2006 por US$ 2,09 milhões pela RM
Auctions no Arizona para um colecionador privado suíço; que em linguagem de
filme de espionagem, pediu para permanecer anônimo.
Outro exemplar chassis DB5/1550/R, placas YHH 28 B, uma réplica fiel do carro, mas
que não participou de nenhum dos filmes ou das ações promocionais, foi montado
por um ortodontista inglês, e exibido na exposição “Cars of The Stars” do Motor
Museum em Keswick até 2011. Neste ano, foi transferido para a Dezer Collection,
no Miami Auto Museum, e hoje ostenta as placas BMT216 A.
Um Aston Martin DB5 diferente (chassis DB5/2175/R e placas
BMT 214 A) foi usado no filme Goldeneye (007 contra Goldeneye, 1995), onde três exemplares foram utilizados
para as cenas protagonizadas pelo ator Pierce Brosnan. O carro principal foi
adquirido pela Dezer Collection, e está no Miami Auto Museum, com placas
alternando para JB Z6 007.
Distingue-se pelos quatro parafusos nas molduras dos faróis, em vez de um nos
demais modelos. O exemplar com chassis DB5/1484/R era um dos “Stunt Cars”
comprado em más condições e restaurado pela Stratton Motor Company, de Norwich,
Inglaterra. Foi levado a leilão pela Coys Auction em 21 de março de 1994, mas
não foi arrematado, e seu atual proprietário é desconhecido. O outro chassis
DB5/1885/R (Stunt Car), originalmente com placas FBH 281 C, foi re-registrado como BMT 214 A, também restaurado pela Stratton, foi vendido para Max
Reid num leilão da Christie’s, em South Kensington, em 14 de fevereiro de 2001,
por 157,750 libras, e tem sua própria página na web: HTTP://db5.co.uk
O BMT214 A
também retornou no filme Tomorrow Never
Dies (O Amanhã Nunca Morre,
1997), e era para aparecer em algumas tomadas na Escócia no filme The World is Not Enough (O Mundo Não É o Bastante, 1999), mas
estas tomadas foram cortadas na edição final do filme. Ainda outro DB5 aparece
em Casino Royale (Cassino Royale, 2006 – chassis
DB5/1339/L), com placas das Bahamas, mas com volante à esquerda (todos os
outros seguem a posição britânica do volante à direita). Dono atual
desconhecido.
Outro DB5 prateado, com as placas BMY 216 A foi usado para o 23º filme de James Bond, Skyfall (Skyfall, 2012), durante o 50º ano do primeiro lançamento do
personagem (Dr. No, 1962). Neste
filme, “M”, representada por Judy Dench, descreve o carro como “não muito
confortável”. Na história, o DB5 é destruído por um míssil, mas claro que era
um “mock-up”, uma réplica da
carroceria apenas para ser explodida no filme.
Há informações contraditórias sobre o Aston usado nas
filmagens:
- Chassis DB5/1484/R, originalmente com placas AJU 519 B.
- Chassis DB5/2007/R, originalmente com placas COJ 483 C – era um modelo na cor verde com interior bege que a Aston Martin transformou num “Silver Birch” com interior preto, adquirido de um colecionador que estava aguardando a restauração numa oficina. Foi exibido no Beaulieu Motor Museum em Novembro de 2012, com suas placas originais, e seu proprietário atual é desconhecido.
Don Rose, especialista e avaliação da RM Auctions, disse
que o preço de venda para o DB5 original “é ainda um recorde para um DB5
vendido em leilão”. Ele comentou, no entanto, que “o preço não tem relação com
qualquer outro DB5 ‘Bond’ ou qualquer outro carro civil, pois sua valorização é
decorrente do fato de que é o único sobrevivente dos dois carros originais que
apareceram em Goldfinger e Thunderball. Desde estes filmes, outros
DB5 participaram em diversos filmes de Bond, devido ao carisma icônico do
carro, mas nunca alcançarão o valor ou serão tão especiais como o original”.
Dave Worrell, passou seis anos compilando informações
sobre o destino dos DB5 que participaram dos primeiros filmes de James Bond, e
escreveu o livro “O mais famoso carro do mundo”, e algumas passagens deste
artigo tiveram o seu livro como fonte de matéria.
RECRIAÇÃO DO ASTON MARTIN DB5
Em 2020, a Aston Martin decidiu fabricar 25 unidades de seu mais icônico modelo, com todos os 'gadgets' que o espião mais famoso do mundo tinha em seu carro. Numa ação conjunta da Aston Martin com a EON Productions, detentora dos direitos dos filmes de Bond, e a colaboração de Chris Corbould, encarregado dos efeitos especiais de 11 filmes de James Bond; os exemplares serão vendidos pela bagatela de £2.75 milhões cada um.
Os carros serão produzidos na unidade de Newport Pagnell, o mesmo local onde foram produzidos os modelos originais nos anos de 1963 a 1965.
Estarão lá as metralhadoras saindo dos piscas dianteiros, mas serão apenas simuladas, assim como o lançador de óleo na traseira, e o ejetor do banco de passageiro. Mas o gerador de fumaça, o escudo à prova de balas, o telefone na porta do motorista, a tela de radar, os para choques telescópicos, as placas giratórias com três números de licença diferentes, as serras giratórias no centro das calotas, o compartimento de armas sob o banco do motorista estão todos lá.
A única restrição é que o modelo não será homologado para rodar legalmente nas ruas, pois não tem os equipamentos legais exigidos em alguns países.
SEAN CONNERY
Thomas Connery, nascido em Fountainbridge, Edimburg, Escócia, em 25 de agosto de 1930. Começou a trabalhar nos bastidores do King's Theatre no início dos anos 1950; ganhou um pequeno papel quando uma produção itinerante buscava figurantes na temporada que faria em Edimburg. No ano seguinte, quando a produção retornou à cidade, Connery foi promovido a um papel mais significativo, com o papel do Tenente Buzz Adams, que Larry Hagman havia desempenhado quando a peça estava em West End. Tornou-se amigo de Michael Caine em 1954, e começou a participar de várias produções ganhando visibilidade no meio artístico.
A partir de 1962, com os filmes de James Bond, apesar de não gostar, entendia que isso poderia projetá-lo em sua carreira de ator. Até 1967, como Bond, filmou "Dr. No", "From Russia With Love", "Goldfinger", "Thunderball" e "You Only Live Twice", todos pela Eon Productions. Deixando a franquia Bond, voltou ao papel em "Diamonds are Forever", de 1971. Connery teve sua última aparição como Bond em "Never Say Never Again", uma refilmagem de Thunderball, de 1983.
Connery foi casado com a atriz Diane Cilento de 1962 a 1973, embora tenham se separado em 1971. Eles tiveram um filho, o ator Jason Connery. Depois foi casado com a pintora franco-marroquina Micheline Roquebrune (nascida em 1929) de 1975 até a sua morte.
Ele morreu dormindo em 31 de outubro de 2020, aos 90 anos, em sua casa na comunidade Lyford Cay de Nassau, nas Bahamas. Sua morte foi anunciada por sua família e pela Eon Productions; embora eles não revelassem a causa da morte, seu filho Jason disse que não estava bem há algum tempo. Um dia depois, a esposa de Connery, Micheline Roquebrune, disse que ele teve demência em seus últimos anos. Na cópia de seu atestado de óbito, listou as causas da morte como pneumonia, insuficiência respiratória, velhice e frequência cardíaca irregular. A hora da morte foi listada como 1:30 da manhã.
SOBRE
A MINIATURA DA ERTL – JOY RIDE
A miniatura da ERTL/Joy
Ride na escala 1:18 faz parte de uma grande coleção que a marca licenciou. Seu grande diferencial é ter algumas das armas representadas no modelo, mas a réplica não é
das melhores. Embora seja rica em detalhes, o acabamento é ruim. O modelo da AutoArt, não reproduz o carro com os equipamentos,
é ligeiramente mais caro, porém, muito mais detalhado e bem acabado. É possível
encontrar o DB5 nas escalas mais populares, como 1:64, 1:48 e 1:24, feitas por
diversos fabricantes, tais como Corgi
Toys, Hot Wheels, SunStar, Danbury Mint e outras.
O Aston Martin DB5 das fotos é da ERTL/Joy Ride, escala 1:18, mas é a versão de Casino Royale, de 2006. |
A IXO Models,
de Macau, China, faz uma coleção de todos os carros que participaram dos filmes
de James Bond, na escala 1:43, entre eles, o famoso Aston Martin DB5.
A Eaglemoss
Publications colocou no mercado inglês (publicada também na França,
Finlândia, Alemanha, Holanda e Brasil) uma série de 134 fascículos com todos os
carros dos filmes de Bond, cuja base era um diorama de uma das cenas em que os
modelos apareciam nos filmes. A maioria da coleção eram modelos da Universal Hobbies, mas a linha foi complementada
com exemplares da IXO, e na França,
foram usados exemplares da Eligor e Norev. Um detalhe interessante é que o MP
Lafer, réplica brasileira do MG TD inglês consta na coleção, pois no filme Moonraker houve uma tomada de Bond no
Rio de Janeiro, em que a produção utilizou o Lafer nas filmagens na praia de
Ipanema.
O DB5 e o MP Lafer brasileiro da coleção da Eaglemoss. |
No caso dos modelos feitos pela ERTL/Joy Ride, a única miniatura que vem com os equipamentos
modificados para o filme é a identificada como sendo do filme Goldfinger.
As demais, apesar de terem inscrições na caixa do nome dos filmes em que
participaram, não trazem os gadgets do espião mais famoso do mundo.
O Aston Martin DB5 da Hot Wheels com as placas BMT 216A. |
REFERÊNCIAS
http://www.motortrend.com/classic/features/c12_0606_1965_aston_martin_db5/viewall.html#ixzz3gCIBl5XC
Fim
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Goldfinger,
IXO Models,
James Bond,
Joy Ride,
Moonraker.,
MP Lafer,
Thunderball,
UIniversal Hobiies
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