terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Phantom Corsair


O Phantom Corsair é um carro que foi idealizado por Rust Heinz, da família que produz o famoso Ketchup Heinz, projetado e construído junto com Maurice Schwartz, da Bohman & Schwartz Coachbuilding Company, de Pasadena, California. Com o design muito à frente de seu tempo, futurístico e aerodinâmico, era notável pelo design de perfil baixo e para-lamas integrados à carroçaria, como realmente seria o desenho dos automóveis das décadas à frente.

Construído em aço e carroçaria de alumínio, tinha 140 cm de altura, com as rodas encobertas, portas sem maçanetas, que se abriam eletricamente ao toque de botões externos e pelo painel interno. O carro possuía um painel aeronáutico, com bússola, altímetro, indicador de portas abertas, alertas de luzes ou rádio ligado, vidros verdes, para-choques com amortecedores hidráulicos, ar condicionado e isolamento térmico, incomuns para a época.

Rust Heinz queria que o Corsair fosse o carro mais avançado da época, por isso utilizou o chassi do Cord 810, e montou um motor Lycoming V8 a 80º cm 4,7 litros, comando sinmples no cabeçote, 2 válvulas por cilindro, e carburadores Stromberg; tracionando as rodas dianteiras, cuja transmissão era feita pelo câmbio de quatro velocidades, automatizado eletricamente. As suspensões eram independentes nas quatro rodas, e já trazia amortecedores ajustáveis. Tudo foi adaptado para acomodar uma carroçaria com 6 metros de comprimento e 1,94 de largura, suficientes para acomodar 4 passageiros no banco dianteiro, inclusive um à esquerda do assento do motorista. No banco traseiro iam apenas 2 pessoas, principalmente pela limitação de espaço imposta pelos armários de bebidas a bordo.


Mesmo pesando 2.100 kg, o motor Lycoming aspirado gerava 125 hp, mas melhorado para 190 cv a 4000 rpm, levando o carro a atingir 185 km/h de velocidade máxima.

O protótipo custou US$ 24,000 para ser feito, em 1938, equivalentes a cerca de US$ 370,000 em valores de 2010. Heinz pretendia vender o Corsair por US$ 12,500 por unidade, mas sua morte prematura num acidente de carro, em julho de 1939, acabou com seus planos, e o protótipo construído permanece como único exemplar do seu sonho automobilístico.

O modelo faz parte do acervo do National Automobile Museum, também conhecido como The Harrah Collection, em Reno, Nevada, EUA.

Da minha coleção



O exemplar preto é o do ano de lançamento, de 1999, e tem apenas um pequeno logo da Hot Wheels no lado direito do carro. Seu design futurista é bem reproduzido na miniatura.

Referências:

https://hotwheels.fandom.com/wiki/%2738_Phantom_Corsair

https://en.wikipedia.org/wiki/Phantom_Corsair

https://www.conceptcarz.com/vehicle/z14381/phantom-corsair.aspx

https://www.carfolio.com/phantom-corsair--169158

https://www.autoclassic.com.br/phantom-corsair-1938-o-primeiro-carro-do-futuro/

https://www.supercars.net/blog/page_cat/car-brands/

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Volkswagen SP2


O Volkswagen SP2 é um carro esporte desenvolvido pela Volkswagen do Brasil, para o mercado interno, de 1972 a 1976. O nome é uma homenagem a São Paulo, onde a VW tem a sua fábrica. Em 1º de março de 1968, Rudolf Wilhelm Karl Leiding (O presidente da VW local e que mais tarde se tornou o CEO da VW Mundial) assumiu a gestão da Volkswagen do Brasil, em São Bernardo do Campo, as importações de carros estavam proibidas na época, e a VW não tinha nenhum modelo esportivo, pois o Karmann-Ghia saíra de linha e sua reestilização TC não foi o sucesso esperado. Em 1970, Leiding lançou o “Projeto X”, liderado pelo engenheiro Paulo Ivanyil, e posteriormente por Wilhelm Schmiemann; em que Marcio Lima Piancastelli e José Vicente Novita Martins eram os designers para fazer um carro digno da herança dos Karmann-Ghia; Jorge Yamashita Oba e Antonio Carlos Martins também participaram da equipe que criou o SP2. A sigla SP associava imediatamente à cidade de São Paulo, mas outras fontes atribuem a sigla à expressão “Special Project”, ou ainda a “Sport Prototype”.

O motor "plano" da VW

Baseado na arquitetura do Typ 3, com 2400 mm de entre eixos e motor plano - na verdade, a caixa de ar era afixada diretamente no eixo do virabrequim, para rebaixar a altura do motor; o radiador de óleo, a bobina de ignição também foram reposicionados também com o mesmo objetivo. As diretrizes eram fazer um cupê de capô longo e posição do piloto recuada, apenas dois lugares e altura reduzida, como convém a um esportivo. Um estudo foi apresentado em 24 de março de 1971, na Feira Industrial da Alemanha, realizado no Pavilhão da Bienal no Parque do Ibirapuera.


Apenas em 1972, no Salão do Automóvel de São Paulo, o SP2 foi lançado, seguindo o visual frontal das TL e Variant, sem grade, com dois filetes ao lado do logo VW centralizado na dianteira, com quatro faróis. Na verdade, havia o SP1, equipado com motor 1,6 litro com 65 cv a 4600 rpm e 12 kgfm de torque a 3000 rpm, permitindo ao SP1 atingir 150 km/h. Não tendo o desempenho esperado para um esportivo, após 88 unidades produzidas, o SP1 saiu de cena ainda em 1972, poucos meses depois do lançamento.

O interior era caprichado

Já o SP2 vinha com um motor boxer quatro cilindros ampliado de 1584 cc para 1678 cc, carburado com dois Solex 34 PDSIT, gerando 75 cv a 5000 rpm e 13,2 kgfm de torque a 3400 rpm. O manual do proprietário recomendava o uso de gasolina Azul, na época a de maior octanagem, que reduzia as “batidas de pino” (pré-detonação). O carro fazia de 0 a 100 km/h em 13 segundos e tinha máxima de 161 km/h, com um consumo médio de 10,5 km /l de gasolina.

O SP2 tinha freios a disco na dianteira, amortecedores recalibrados e barras de torção mais firmes na suspensão. Com 4,21 m de comprimento, 1,61 m de largura e 1,158 m de altura, mesmo com a carroçaria feita em aço, pesava 890 kg. O pequeno porta-malas dianteiro tinha 140 litros, e devido ao motor plano, havia um espaço com 205 litros atrás dos bancos e sobre o motor.

Em 1976, o SP2 deixava de ser produzido, somando 10.205 unidades, sendo 670 exportadas, sendo 155 para a Nigéria. O alto preço, pela baixa economia de escala, junto com o fraco desempenho mesmo com o motor 1700 cc foram as causas para o fim deste belo carro.

Um exemplar de 1973, repintado pela VW do Azul Astral Metálico para Lotus White pode ser visto na coleção do Volkswagen AutoMuseum Foundation em Wolfsburg, Alemanha.

Da minha coleção




O SP2 na cor laranja, foi o primeiro carro brasileiro a ser reproduzido pela Hot Wheels, na estratégia da Mattel de conquistar mercados além do americano e europeu, os carros japoneses sempre em alta e agora os brasileiros também aparecem, mas com poucos modelos na linha.

O casting é muito bem feito, melhor do que muitos outros cujo detalhamento deixa a desejar, parecendo que saíram de uma forma de carrinhos de plástico. Os recortes dos capôs dianteiro e traseiro, assim como das portas são caprichados e as ranhuras das entradas de ar na base do para-brisa e atrás das janelas laterais, assim como as que ficam abaixo do para-choque traseiro estão bem fiéis ao original. A base é de plástico, mas vem na cor preta, dando mais realismo à miniatura, e o interior é o padrão, com os assentos e o volante bem simples.

O volante e alavanca de câmbio

Escapamento de tubo

A mini foi customizada com rodas da AC Custon, cujos pneus trazem o logo “Goodyear” e “Eagle”; pintei as lanternas traseiras de vermelho, os faróis dianteiros, os filetes da “grade” que não existe, o para-choque em preto, coloquei um volante e alavanca de câmbio, e troquei os vidros por outros escurecidos. Coloquei também uma ponteira no escape.

Referências:

https://hotwheels.fandom.com/wiki/Volkswagen_SP2

https://en.wikipedia.org/wiki/Volkswagen_SP2

https://www.noticiasautomotivas.com.br/vw-sp2/

sábado, 28 de janeiro de 2023

NISSAN SKYLINE e GT-R

 


O Skyline Sport surgiu na linha da Prince Motors no final dos anos 1950 e início dos anos 1960. Com um design de Michelotti, era equipado com um motor quatro cilindros de 1,9 litros, lembrando alguns traços do Lancia Flavia e Triumph Vitesse, também desenhados por Michelotti nessa época. Em versão coupé e conversível, poucas centenas de unidades foram produzidas.

O modelo S50 De Luxe e Standard foram a segunda geração do Skyline, e se tornou um dos carros mais desejados do Japão. Vinha com um motor de quatro cilindros com 68 hp e câmbio de três marchas na coluna ou de quatro no assoalho. Sua carreira esportiva começou com o Skyline 200GT de 1964: com um motor de seis cilindros em linha, participou no segundo campeonato de Grand Touring japonês (GT-II), em 3 de maio de 1964, onde competiu bravamente contra o Porsche 904, não conseguindo a vitória, mas se colocando do segundo ao sexto lugar.

Skyline Prince de 1962

Em agosto de 1966, a Prince e a Nissan se fundiram, e o Skyline passou a sair com o logotipo da Nissan, e em 1968 chegou ao mercado a terceira geração do Skyline (C10), e pela primeira vez surge a versão GT-R (fevereiro/1969), ainda com motor de dois litros e seis em linha de 160 hp. Lançado como um sedan quatro portas, o cupe veio logo em março de 1971, e em menos de dois anos, acumularam 33 vitórias com o sedan e nada menos de 50 com o cupe; consolidando uma forte imagem de esportividade e desempenho. A versão hardtop da quarta geração, lançada em setembro de 1972 durou apenas até março de 1973, devido à crise do petróleo, carros esportivos acabaram no ostracismo, com a Nissan deixando as pistas, e apenas 197 deles foram vendidos no Japão. Este foi o último dos GT-R por 16 anos, até a chegada da versão BNR32 em 1989.

Skyline 2ª geração

Skyline 3ª geração, pioneiro do histórico de vitórias esportivas da Nissan

Skyline 4ª geração, o último com a sigla GT-R

Os Skyline continuaram pela quinta (1977) e sexta geração (R30, 1981), com versões sedan quatro portas, cupê duas portas e station-wagon cinco portas, com motores de 1,6 a 2,4 litros, com a versão esportiva GT-EX equipada com o motor de dois litros e quatro cilindros FJ120, turbo-comprimido com duplo comando no cabeçote, que produzia187,5 bhp (190 PS/140 kW) a 6400 rpm
, com torque máximo de 336 N.m (167 lb-ft/23 kgm) a 4800 rpm. A versão turbinada se tornou popular desde a quinta geração, e esta versão RS apareceu somente na sexta geração de 1983, sendo chamada de “O mais potente dos Skylines”, porém não tinha a designação de “GT-R”. O câmbio manual tinha cinco velocidades, e o peso total atingia 1215 kg.

Skyline 5ª e 6ª geração

A 7ª geração, Silhouette, patrocinada pela TOMICA


A esportividade recomeçou com a versão RS (outubro/1981), equipada com um seis em linha de 2,4 litros e 148 hp, DOHC aspirado; que em 1983 recebeu um turbo que elevou a potência a 188 hp, tornando-se o carro japonês mais potente deste período.
 Esta sexta geração do Skyline R30, lançada em 1981, ficou conhecido como “Newman Skyline”, porque Paul Newman, ator e piloto de corridas, saiu no poster de lançamento deste modelo. O carro foi utilizado em diversos episódios policiais exibidos na TV japonesa nos anos 1980.

O que não impediu da versão de 1984 receber um intercooler, e com demais ajustes na unidade motora, chegar a 205 hp a 6400 rpm. Com o patrocínio da TOMICA, o carro foi inscrito no Grupo C do All Japan Sports Prototype Championship, ficando conhecido como Super Silhouette. O sucesso do modelo rejuvenesceu a marca Skyline, e pavimentou o caminho para o ressurgimento da versão GT-R.

A sétima geração do Skyline chegou em 1985 (com a denominação/código R31), foi a evolução natural do design do R30, e era vagamente baseada na plataforma do Nissan Laurel (C32). O design era levemente maior e mais retilíneo do que os anteriores. Estava disponível como Sedan, Sedan Hardtop, Coupé e Station Wagon. Apelidado de “Seventhsu” ou simplesmente “7th Sukairain” pelos proprietários, devido a ser a sétima geração do Skyline; juntamente com o novo motor seis em linha de 2,0 litros da série RB, sendo o RB20DET e RB20DET-R os turbinados mais potentes disponíveis nos cupês de duas portas. Os GTS-R de 1987 tiveram 823 unidades produzidas para homologação no Grupo A de Carros de Turismo, com turbos maiores, chegando a produzir 207 hp, mas as unidades de corrida atingiam 430 hp.

O Skyline R31 introduziu muitas novas tecnologias e recursos. Foi io primeiro modelo a ser equipado com o novo motor da Série RB, muitas vezes denominado como “Red Top” devido à tampa das válvulas em vermelho. Havia três variantes deste motor: a série mais antiga, um RB DOHC, 24 válvulas que usava o NICS (Nissan Induction Control System) com doze canais de admissão muito estreitos e um sistema de borboletas para reduzir o diâmetro dos dutos de admissão pela metade, para melhor desempenho em baixas rotações. As versões posteriores usavam o gerenciamento do motor pelo ECCS (Electronic Concentrated Control System), que substituíram os doze pequenos rotores por seis muito maiores (apesar dos cabeçotes ainda terem as doze portas de admissão individuais); e receberam um turbo-compressor ligeiramente maior. Havia a opção do motor RD28, um 2,8 litros seis em linha movido a diesel; e outra tecnologia inovadora na geração R31 foi a introdução do sistema proprietário da Nissan chamada HICAS (High Capacity Active Steering), que esterçava as quatro rodas do carro. 

Também a R31 foi a única série a apresentar a variação com quatro portas, estes denominados  como Passage GT.

Skyline HR 31 da 7ª geração, pilotado por Jim Richards, na Austrália
A geração R31 do Skyline também foi produzida na Austrália, com um motor 3, 0 litros (RB30E) disponível na configuração Sedan ou Station-Wagon, assim como as versões de quatro cilindros, chamadas de Nissan Pintara. A Wagon tinha a mesma frente do Sedan e do coupe, exceto pela quatro lanternas traseiras redondas, substituídas por retangulares com uma faixa/barra que  as interligava no painel traseiro, design compartilhado também no Pintara. A produção local foi implementada devido aos pesados tributos de importação na época, e ganharam um apelido carinhoso de “Dards” por seus proprietários.

Outra operação fabril dos Skyline era na Africa do Sul, que produzia o sedan quatro portas entre 1987 e 1992. Estes modelos tinham o mesmo motor RB30E australiano, além do RB20E 2,0 litros de seis cilindros em linha e um CA20S de quatro cilindros. No total, foram fabricados 29.305 unidades na Africa do Sul.

A versão definitiva do R31 teve o motor RB20DET-R, designado HR31 GTS-R Coupe, com 831 unidades produzidas para homologação no Grupo A de Carros de Turismo de competição. Lançado em 1987, era uma versão retrabalhada do motor normal RB20DET com um turbo-compressor maior e coletor de exaustão de aço inox, assim como um intercooler mais eficiente montado na dianteira do carro; saía de fábrica com 207 hp (210 OS/154 kW), mas as versões de corrida geravam 430 hp (321 kW/436 PS) com preparação para o Grupo A, apesar de ter cerca de 110 hp a menos do que o poderoso Ford Sierra RS500 e cerca de 70 hp a menos do que o V8 do Holden Commodore.

Skyline R32, da 8ª geração, ressuscitando a sigla GT-R

A oitava geração (R32) debutou em 1989, disponiveis em cupês duas portas e sedan quatro portas, ressuscitando a versão GT-R (BNR32), que trazia um motor de 2,6 litros (RB26DETT DOHC), seis em linha com dois turbos e 276 hp na ficha, mas alguns afirmavam que a potência real era de 320 hp. Além da tração nas quatro rodas, havia o HICAS, sistema que fazia as quatro rodas esterçarem. Alargadores de para-lamas, um spoiler dianteiro agressivo na frente e uma asa atrás começaram a distanciar o GT-R das versões mais civilizadas do Skyline. Naganori Ito, engenheiro-chefe da Nissan, projetou o R32 com vistas a correr o Grupo A, contra o Porsche 959, e o GT-R dominou com facilidade o Japanese Touring Car Championship (JTCC) vencendo 29 corridas em 29 grids, faturando todos os títulos de 1989 a 1993. Outro recorde foram 50 vitorias no N1 Super Taikyu do Japão, de 1991 a 1997.

Inscrito no Australian Touring Car Championship em 1990, quebrou o reinado do Ford Sierra Cosworth, conquistando o Bathurst 1000 classic em 1991 e 1992; ganhando o apelido da imprensa automotiva local de "Godzilla", o "monstro do Japão". A dominação do GT-R foi tão grande que provocou o fim da categoria de carros de turismo do Grupo A, na Austrália, igualmente ocorrendo no Japão com o JTCC que renomeou a categoria como Supertouring

Este modelo foi levado para Nurburgring, onde percorreu o Nordschleife em 8 minutos e 20 segundos, batendo o recorde anterior por largos 25 segundos.

Skyline R33, de 9ª geração

Preparado pela Autech

Skyline R33 de 9ª geração

A nona geração (R33) chegou em 1993, levemente maior do que a anterior, nas configurações cupê e sedan, e todas as versões eram equipadas com motor seis cilindros em linha, abandonando os motores de quatro cilindros. Os modelos esportivos receberam motores de 2,5 litros (RB25DET), 2,6 litros (RB26DETT) com dois turbos, e um 2,8 litros (RBX-GT2) também com dois turbos.

Alguns modelos receberam uma nova versão (Super HICAS) que esterçava as quatro rodas com atuadores elétricos, ao invés dos hidráulicos da anterior. Também havia um opcional de diferencial com deslizamento limitado, que detectava a perda de tração em uma das rodas e impedia a perda de controle por esse fator. A partir do R33, todos os Skyline receberem freios da italiana Brembo; e a versão de 1995 tinha melhorias no motor RB26DETT, no sistema de tração nas quatro rodas ATTESA-ETS e upgrade no sistema de direção nas quatro rodas Super HICAS.

Para celebrar os 40 anos do Skyline, a Nissan apresentou um GT-R de quatro portas, uma versão feita pela Autech e outra também feita pela Autech, mas com a colaboração da NISMO, a divisão esportiva da Nissan; apenas 447 exemplares foram produzidos.

O R33 GT-R pilotado por Dirk Schoysman foi o primeiro carro de produção a percorrer o Nordschleife em menos de 8 minutos, cravando 7 minutos e 59 segundos para a volta no famoso anel de Nurburgring. Apesar da façanha, outros fabricantes logo superaram esta marca, e mesmo sendo bem sucedido no cenário das corridas, o R33 nunca alcançou o domínio que a versão R32 teve.




Skyline R34, versão V-Spec II

Em maio de 1998 surge a décima geração do Skyline, denominada R34, com motores mais eficientes e ambientalmente favoráveis, cambio automático de 4 marchas, com controles Tiptronic no volante. versão GT-R viria somente na linha 1999, com chassis revisado, e sistema turbo com novos rolamentos, novas tubulações, e sensor de temperatura na versão V-Spec.

Foram feitas 1000 unidades da versão V-Spec II Nür, com motor Super Taikyu N1, somente para o mercado japonês, entre várias alterações, chamava atenção o velocímetro até 300 km/h, emblemas em 3D e a cor especial Millenium Jade Metallic.

A Marca Skyline continuou na 11ª geração, mas com a plataforma do Nissan Z

A partir da décima-primeira geração (2001), os Skyline recebem a plataforma FM, compartilhada da Linha Z, vinda da Datsun, mudando o código da geração para V35 - com os esportivos 350Z e 370Z - sendo também vendidos em outros mercados com a marca Infiniti G35; e os motores seis em linha sendo substituídos pelos V6.

Assim, o GT-R deixa de fazer parte da linha Skyline, e os preparadores continuaram desenvolvendo pacotes para as versões R32 e R33, não se motivando a trabalhar com os novos V35.

O novo conceito GT-R Proto

A estratégia da Nissan é separar o GT-R da linha Skyline, então no Tokyo Motor Show de 2001, é apresentado o conceito do GT-R para o século 21. Mais quatro anos se passaram e no Tokyo Motor Show de 2005 o GT-R Proto Concept é mostrado, com linhas mais próximas do modelo que chegou finalmente ao mercado em 2007, como modelo 2009.

Antes de ser lançado ao mercado, um modelo do GT-R foi levado a Nurburgring, fazendo a volta no Nordschleife em 7 minutos e 38 segundos, batendo a marca do Porsche 911 Turbo.

Os robôs Gundam, que inspiraram os design do novo GT-R

Conforme Shiro Nakamura - Designer-Chefe Criativo da Nissan - o novo GT-R teve seu design inspirado nos Robôs Gundam, famosa série de animação japonesa de muito sucesso. "O GT-R é único porque não é uma simples cópia de um carro esportivo europeu. Na realidade, ele reflete a cultura japonesa". Os designers americanos da Nissan esculpiram três-quartos da traseira, enquanto os designers europeus contribuíram com o desenho do teto. Também os criadores do video game Gran Turismo - a Polyphony Digital - foram envolvidos no desenvolivmento do GT-R para desenhar o display multifuncional do painel do carro. Apesar de não parecer tão aerodinâmico como outros esportivos, o coeficiente de arrasto do GT-R é de 0,27, mostrando boa penetração do ar.

O novo GT-R, geração R35 Protótipo

Os tradicionais motores seis em linha foram trocados pelos V6, mas agora com 3,8 litros DOHC, com bi-turbos paralelos Ishikawajima-Harima; gerando 480 hp a 6400 rpm e 583 N-m a 3200-5200 rpm. Todos os motores são construídos manualmente por quatro especialistas chamados "Takumi Craftsmens", numa linha especial da Nissan em Yokohama, e seus nomes são gravados em todos os motores do GT-R.

A caixa BorgWarner automática de seis velocidades, com dupla embreagem, é montada na traseira, junto à transmissão ATTESA E-TS provendo tração nas quatro rodas, com o Vehicle Dynamics Control (VDR-C) para auxílio na estabilidade; com três modos de condução para várias condições de piso e clima. Vinha equipado com freios Brembo de pinças monobloco de seis pistões na dianteira e quatro na traseira.


O GT-R R35 de 2008

Em 2011, mudanças no mapeamento do timing das válvulas, e revisão no sistema de exaustão, levam o motor à potência para 544 hp e 612 N-m de torque entre 3200 e 6000 rpm. O chassi recebe reforços de fibra de carbono para aumentar a rigidez na estrutura dianteira, discos de freio maiores, rodas mais leves e resistentes, e novos pneus Dunlop. No visual, novo parachoque dianteiro com LEDs integrados, com aberturas que melhoram a refrigeração do radiador e freios dianteiros, além de contribuir para reduzir o coeficiente de arrasto. O difusor na traseira favorece o downforce e ajuda a extrair o ar abaixo do carro. Outra novidade é o HDD CARWINGS Navigation System, com novos recursos de entretenimento e uma porta USB para conexão com iPod.

GT-R R35 de 2011

A versão Track Edition, de 2014

R35 de 2017

R35 Track Edition, de 2020

A versão de 2014 recebe inovações na plataforma FM (Front Midship), renomeada PM (Premium Midship), como uma evolução do monobloco híbrida montada em gabaritos de tolerância ultra-baixa, semelhantes aos utilizados nos carros de corrida. O alumínio da ALCOA é aplicado no capô do motor, tampa do porta-malas, folha externa e estrutura interna das portas; e torres dos amortecedores em aluminio fundido. O spoiler na traseira é feito de fibra de carbono, e as versões Premium e Black Edition trazem faróis em LED (com acendimento automatico em túneis e ambientes escuros), assim como as luzes de posição diurna, lanternas traseiras e brake-light todos em LED. Os espelhos tem controle remoto e recolhimento automatico ao estacionar, maçanetas embutidas de alumínio, vidros com película de redução dos raios UV.

Em 2017, vários aperfeiçoamentos no motor, com o mesmo V6 de 3,8 litros, elevaram a potência para 562 hp a 6400 rpm e 633 N-m a 3200-5800 rpm. O sistema de transmissão foi refinado e muda as marchas mais rápido que antes. O facelift manteve a aparencia geral da dianteira, mas com novo design nas aberturas do radiador e dutos de freios, com vistas a melhorar a aerodinâmica.

O interior recebeu novos acabamentos em couro, novo volante e o 'Infotainment System' revisado, assim como o console central. Novas rodas de aluminio forjado, suspensão revisada, novo escapamento de titânio e novo sistema de freios faziam parte das inovações nesta edição.

GT-R 50th Anniversary Edition

Em 2020 saiu a 50th Anniversary Edition, doze anos desta geração, desenvolvida e aperfeiçoada até os mínimos detalhes, muito além dos que criticam que só a potência cresceu nestes anos todos. 

“Desenvolver um GT-R é trabalhar sobre o gerenciamento de equilíbrio total”, diz Hiroshi Tamura, especialista-chefe de produto e pai (de certa forma) do GT-R. “Não se trata de perseguir figuras de poder”, diz o homem encarregado de supervisionar toda uma era deste supercarro constantemente apresentado como sendo cada vez mais poderoso, e ainda mais agradável e fácil de conviver.

Na apresentação feita aos jornalistas em Quennsland, Austrália, Tamura mostrou em gráficos o alinhamento das versões que eram lançadas e os pontos fortes de cada um que na fase seguinte eram incorporadas, equilibrando desempenho e conforto ao rodar. A 50th Anniversary Edition teve uma revisão no sistema do turbo, gerando agora 419 kW de potencia e 632 N-m de torque; além de atualizações na calibração da transmissão, reajuste da governança eletrônica da suspensão e adaptação ao ângulo de direção e desempenho de frenagem.

Essa versão recebe rodas de liga forjadas fornecidas pela Rays de 20 polegadas e as saídas de escapamento de titânio tingidas de azul, dando uma aparência tecnológica maravilhosa, embora não sejam exclusivas do GT-R de 50 anos.

Entre os mimos para os aficcionados pelo GT-R estão os truques sônicos: cancelamento de ruído ativo na cabine e escapamento de titânio multimodo com uma válvula anti-explosão quando é hora de manter a paz; um modo alto com aprimoramento de som ativo para quando você quiser ir para a guerra. E é um equilíbrio bem conseguido entre os dois.

O truque do turbocompressor de resposta mais rápida agrada os que querem andar forte, embora pareça girar rapidamente e aumentar o impulso de uma maneira agradável e linear, independentemente da entrada do acelerador. No entanto, o turbo-lag pode desagradar a alguns, pela resposta tardia do impulso que o turbo deveria dar ao acelerar fundo. A configuração da caixa de câmbio de dupla embreagem requer a redução de duas ou três marchas para reagir selvagemente neste estilo de pilotagem.

O carro parece tão civilizado, que surgem dúvidas se ele consegue fazer de 0-100 em menos de três segundos, mas sabendo extrair toda a cavalaria no tempo certo, com certeza os números confirmam isso. Além de fazer o ar faltar nas arrancadas, o GT-R é surpreendentemente dócil ao fazer curvas, com uma aderência impressionante para um carro com mais de 1700 kg de peso.

A versão comemorativa dos 50 anos com certeza é a mais agradável, amigável, bem polida e completa do longo ciclo de vida do R35. Depois de uma dúzia de anos de refinamento, é de esperar que quase todos os bugs fossem exterminados. E parece que a maioria deles é. Sobre o peso que alguns detratores criticam, somente uma nova geração com um projeto partindo do zero, com o uso de mais alumínio e fibra de carbono a partir da estrutura do carro, poderiam reduzir este número. Quem sabe a próxima geração do GT-R nos surpreenda ainda mais?

GT-R 2022, Final Edition


EDIÇÕES ESPECIAIS

No decorrer dos anos, a Nissan produziu várias edições especiais do GT-R, mas algumas se destacam entre elas:

TRACK EDITION

Lançada em 2013 como modelo 2014, teve os bancos traseiros removidos, suspensões mais firmes, apliques de fibra de carbono nas tomadas de ar, spoiler dianteiro com design exclusivo, e bancos Recaro em couro preto e cinza.

Fazia de 0-60 em 2,7 segundos e atingia 333 km/h de velocidade máxima.

GT-R Track Edition 2022

A versão do ano de 2020 trazia o propulsor 3,8 litros da NISMO GT-R com dois turbo-compressores (VR38DETT) com 601 hp a 6800 rpm e 652 N-m a 3200-5800 rpm, com icremento de 20% na reação da aceleraççao comparada aos modelos precedentes. Trazia tambem as mesmas especificações da NISMO na suspensão, novo teto, paralamas dianteiros e spoiler traseiro em fibra de carbono, novas rodas de 20 polegadas em liga de alumpinio forjado, calçado com os Dunlop 255/40RF-20 Run-Flat SP Sport Maxx GT DSST. No interior, nva combinação de cores em preto e vermelho, com revestimento dos bancos anti-deslizantes.

GT-R NISMO

Apresentada em novembro de 2013 no Tokyo Motor Show, como o carro de produção mais rápido a fazer a volta do Nurburgring Nordschleife, com o tempo de 7:08.679 minutos com o piloto de testes da Nissan, Michael Krumm.

GT-R NISMO 2014

O motor gerava 591 hp a 6800 rpm com 652 N-m de torque a 3200-5800 rpm, e o percurso de 0-60 mph caiu para 2,5 segundos. As relações de câmbio e a dupla embreagem eram as mesmas do carro de linha, o tanque tinha capacidade de 74 litros, uma nova suspensão de competição foi instalada, incluindo uma nova arra estabilizadora de 17,3 mm de diâmetro na traseira, e aberturas adicionais para refrigerar os freios dianteiros e traseiros foram instaladas.

As rodas eram de 20 polegadas em alumíio forjado, e na aerodinâmica, um novo spoiler traseiro, entradas e saídas de ar em fibra de carbono foram aplicados.

Alguns materiais do painel, revestimentos de portas e bancos, foram substituídos para ganho de peso, assim como o sistema de escapamento em titânio, contribuíram para reduzir em 17 kg o peso em relaççao ao modelo normal.

A versão de 2020 teve diversas atualizações, entre elas um novo "R mode", que reduz o tempo de mudança das marchas, novos turbo-compressores vindo do modelo de corrida GT3 aumentando a aceleração, novas rodas de 20 polegadas,  aberturas de ventilação nos para-lamas inspirada na versão GT3.

GT-R Italdesign

Nissan GT-R by Italdesign - 2019

Para celebrar o 50º aniversário do GT-R, com base o GT-R Nismo, o estúdio italiano Italdesign reinterpretou o carro para um estilo europeu, buscando combinar sua força bruta de origem nipônica, com a sofisticação do tempero italiano/europeu. Com mais de 120 cv do que o motor original, a Italdesign desenvolveu, projetou e construiu o carro. Os designs exteriores e interiores distintos e nítidos são originários da Nissan Design Europe e da Nissan Design America. Os principais recursos de design incluem uma protuberância de pronunciada no capô, faróis de LED mais afilados, uma linha de teto rebaixada e saídas de resfriamento proeminentes em forma de "lâmina de samurai" atrás das rodas dianteiras. Uma grande asa traseira ajustável, montada em dois suportes, completa a aparência geral. O exterior tem acabamento na cor Liquid Kinetic Gray, com detalhes distintos na cor comemorativa Energetic Sigma Gold.

No interior, o espírito “Nissan GT-R50 by Italdesign” reflete seu pedigree moderno e de alto desempenho. Dois acabamentos diferentes de fibra de carbono são amplamente utilizados no console central, no painel de instrumentos e nos forros das portas. Os assentos apresentam couro de Alcantara preto e couro italiano preto fino. Assentos dourados detalham o tratamento exterior em todo o carro. Apenas 50 unidades foram construídas.

DA MINHA COLEÇÃO

Vários Skylines são da TOMICA, claro, porque o carro é muito cultuado no Japão, e há inúmeras miniaturas de diversas gerações do Skyline.

NISMO R34 GT-R Z-Tune_TOMICA

Skyline Turbo Super Silhouette_TOMICA

Nissan Skyline GTS-R

Nissan Skyline_11th Generation_2004-06


Nissan Skyline GT-R V-Spec II Nür

Nissan GT-R NISMO GT500_TOMICA

Nissan Skyline GT-R KPGC10

Nissan Skyine 2000 GT-R KPGC110

Nissan Skyline GT-R R32_TOMICA_DeepGray

Nissan Skyline HT 2000 Turbo RS

Nissan GT-R NISMO 2020

Skyline GT-R BRN34_F&F II Brian

Nissan GT-R50 by ITALDESIGN

Nissan GT-R 50th Anniversary


Da Mattel Hot Wheels seguem abaixo os que estão na minha coleção:
Nissan Skyline R30 1982

Nissan Skyline RS (KDR30)

LB-Silhouette Works GT Nissan 35GT-RR VER2 

Nissan GT-R (R35) 2015

Nissan GT-R R35 2017

Nissan Skyline 2000 GT-R

Nissan Skyline 2000 GT-R_Police Car

Nissan Skyline GT-R (BNR32)




Nissan Skyline GT-R R32 - Racing Version, Royal Blue

Nissan Skyline GT-R R33_Purple

Nissan Skyline GT-R R35_Guaczilla

Nissan Skyline GT-R (BNR34)


Este da Majorette, abre as portas:

Nissan GT-R (R35) - Majorette

Este veio do Japão, mas não tem identificação do fabricante, é pouco menor do que os 1:64, mas é bem detalhado, rodas caprichadas, abre o capô e veio nesta base.
Nissan GT-R BNR34 V spec II

REFERÊNCIAS:

https://en.wikipedia.org/wiki/Nissan_Skyline

https://en.wikipedia.org/wiki/Nissan_GT-R

https://www.hemmings.com/stories/article/nissan-skyline-gt-r

https://en.wikipedia.org/wiki/Nissan_Skyline

https://www.nissan-global.com/EN/HERITAGE/skyline_gts-r.html

https://www.nissan-global.com/EN/HERITAGE/430_skyline_2000_turbo_rs.html

https://www.carfolio.com/nissan-skyline-hardtop-2000-rs-turbo-246796

https://tomica.fandom.com/wiki/Premium_No._20_Nissan_Skyline_HT_2000_Turbo_RS

Nissan GT-R R35 Final Edition Coming 2022 With 710 Horsepower: Report (motor1.com)