O Mustang de 1974 |
Lee Iacocca já estava insatisfeito com os rumos que o Mustang estava seguindo nos últimos anos, e a crise do petróleo provocada pelos países da OPEP justificaram uma nova geração para o Mustang. Porém, nesta tentativa de fazer um downsize, o Mustang II, introduzido na metade de 1973 como ano-modelo 1974, saiu pior do que a encomenda. Apresentado dois meses antes da crise do petróleo de 1973, tinha como objetivo combater os cupês esportivos subcompactos tais como o Buick Skyhawk, Oldsmobile Starfire, Pontiac Sunbird, Chevrolet Monza, e os importados, como o Toyota Celica, Datsun 240Z, Mazda RX-3 e o Capri, da Ford Europe. Inicialmente, era para ser montado na plataforma do Maverick, mas acabou sendo feito na plataforma do Ford Pinto. Era bem menor que o de anos anteriores, e até menor do que o original de 1964, e no entanto, mais pesado por conta dos equipamentos de redução de emissões e da legislação de segurança.
Mustang Mach I - 1974 |
Mustang 1975 |
Motorizado com um quatro cilindros de 2,3 litros (feito em Taubaté), e um V6 de 2,8 litros (do Capri europeu, feito na Alemanha), eram as únicas unidades disponíveis; o único ano em que o Mustang não tinha um V8 na linha. Também não teve a versão conversível pelos próximos 12 anos; o Mach I ainda permaneceu (este somente na carroçaria Fastback), mas despencou do V8 429 cid para um V6 de 170 cid (2,8 litros) e 105 hp. Muitos ficaram chocados com estas medidas, mas funcionaram a contento: o Mustang II fazia mais de 20 mpg (milhas/galão) e vendeu 385.000 unidades em 1974.
As configurações eram um cupê, designado como
Hardtop, e um hatchback, com uma boa variedade de opcionais, como a Rallye, que
trazia diferencial autoblocante, suspensão mais firme, escapamento mais livre,
rodas e pneus especiais, volante revestido em couro; além de itens individuais
como ar-condicionado, direção assistida, teto revestido de vinil, alarme
antifurto e caixa de câmbio automática motivaram os americanos a fazer do
Mustang II um sucesso.
Mustang Ghia 1975 |
O ano de 1975 teve o retorno do V8 de 302 cid (5,0 litros), entretanto, gerava apenas 122 hp, devido à adoção do catalisador para adequação às normas antipoluição. Com a aquisição do Estúdio Ghia pela Ford, surgiu uma versão de acabamento Silver Ghia do Mustang, feito na carroçaria do Hardtop, com o teto revestido de vinil e equipado com o motor V6 do Mach I. Trazia uma larga coluna traseira com um apequena janela lateral no estilo dos Lincoln e Cadillac.
O posicionamento do Mustang como esportivo
passava agora a um compacto de luxo para quem deseja ter prazer em dirigir, e
opcionais condizentes com essa postura eram o teto solar, forração em veludo,
apliques de madeira no interior, relógio digital, radio AM/FM estéreo, entre
outros.
Apesar do marketing da Ford, a imagem esportiva
do Mustang ainda pesava, e era necessário que pelo menos uma versão mantivesse
o espírito original do Mustang, e 1976 viu a chegada do Stallion (Garanhão) e o
Cobra II. O Stallion tinha apenas modificações estéticas, mas o Cobra vinha na
carroçaria hacth com grandes spoilers dianteiro e traseiro, o vidro lateral
traseiro tinha uma máscara como nos anos 1960; o capô tinha um scoop
para captação de ar, e o cavalinho foi substituído por uma Naja, pois a
expressão “Cobra” designa esta espécie de serpente.
Mustang Silver Stallion - 1976 |
O motor 302 subiu para 134 hp, o que melhorava um pouco o seu desempenho, e oferecia a opção de câmbio manual. Para 1977 a esportividade do Mustang continuou a ser resgatada, mas as mudanças não foram suficientes para manter o mesmo nível de vendas. Surgiu uma opção de teto parcialmente removível (tipo Targa), como os concorrentes como Corvette, Camaro e Firebird ofereciam na época; para compensar a ausência de um legítimo conversível na linha. O King Cobra vinha para reforçar o lado esportivo do Mustang, mas a Ford já preparava a terceira geração do Mustang para um mercado que superava as limitações da crise do petróleo de 1973, e buscava novamente carros com melhor desempenho, e se dispunham a pagar por isso.
Foram anos sem muito entusiasmo para modelos esportivos, e o Mustang pagou o preço de ficar no limbo, com motores de baixa potência e poucas versões em comparação às da primeira geração.
REFERÊNCIAS
https://www.imnpal.com/ford-mustang/
https://en.wikipedia.org/wiki/Ford_Mustang
https://en.wikipedia.org/wiki/Ford_Mustang_II_(concept_car)?msclkid=5f025128c04111ecb770c28c473f092f
https://www.motortrend.com/news/from-concept-to-showroom-1965-ford-mustang-sketches-241873
https://en.wikipedia.org/wiki/Joe_Oros?msclkid=b5e2e434c03511ecad92b6cec61e98d5
https://www.motortrend.com/features/one-off-the-mustang-ii-styling-exercise-that-set-world-on-fire/
mustang?msclkid=f6bce887c03611eca2e3b0fc4c34bf5f
https://www.customponycars.com/pony-car-vs-muscle-car/
https://classicmustang.com/1964-mustang-information/
https://www.netcarshow.com/ford/1964-mustang/
https://en.wikipedia.org/wiki/Shelby_Mustang
https://en.wikipedia.org/wiki/Ford_Mustang_(second_generation)