sábado, 24 de fevereiro de 2024

Aston Martin Vantage GTE

Vantage GTE

O Aston Martin Vantage GTE (também conhecido por Vantage AMR) é um modelo GT desenvolvido pela Divisão Esportiva Aston Martin Racing. Ele é baseado no modelo Vantage, sucedendo ao Vantage GT2, e é projeto de Dan Sayers. O modelo foi lançado em 22 de novembro de 2017, simultaneamente com o modelo para rodar em estradas; e pode ser convertido para as especificações do Grupo GTE e GT3 da FIA.

No início, o carro sofreu com o desgaste prematuro dos pneus, mas nas temporadas seguintes o desempenho melhorou, com o modelo se tornando competitivo a ponto de vencer o Campeonato Mundial de Construtores e o de Pilotos de Endurance em 2019-20.

O carro é equipado com um motor Mercedes AMG M117 V8 de 4,0 litros com bloco e cabeçotes de alumínio, 32 válvulas, turbo comprimido, montado entre-eixos na dianteira. O câmbio é um X-Trac manual e sequencial de seis velocidades. As suspensões são de braços duplos com 5 regulagens e amortecedores Ohlins. As rodas são TWS de magnésio forjado medindo 18” de diâmetro, com tala de 12,5” na dianteira e 13” na traseira, calçadas com pneus Michelin Radiais 30/68-18 na frente e 31/71-18 atrás. O chassi é de alumínio, reforçado com painéis de fibra de carbono coladas.


O Aston Martin Vantage GTE começou a competir nas 6 Horas de Spa-Francorchamps em 2018, conquistando o Campeonato de Equipes (2022 FIA WEC – LMGTE Am), o Campeonato de Construtores (2019-20 FIA WEC) e o Campeonato de Pilotos (2019-20 FIA WEC e o 2022 FIA WEC – LMGTE Am)

Sobre a Aston Martin

A Aston Martin é um fabricante inglês de carros esporte gran Turismo e de luxo; fundada em 1913 por Lionel Martin e Robert Bamford, adquirida por David Brown em 1947, ficou famosa por ceder o modelo DB5 para as filmagens de James Bond, em Goldfinger (1964). Sediada em Gaydon, Warwickshire, Inglaterra, passou por sete falências/concordatas, trocando de mãos várias vezes, mas sobrevivendo até os dias de hoje, e tem outra fábrica em St. Athan, País de Gales, onde fabrica os modelos SUV.

A marca é famosa por produzir carros que competiram em diversas categorias esportivas, até na Formula Um. Depois de pertencer à Ford, tem parceria com a Mercedes-Benz para fornecimento de tecnologia de motores, e recentemente, fechou um acordo com a Lucid Motors para desenvolvimento de motores elétricos e sistemas de armazenamento de energia para carros totalmente elétricos num futuro próximo.

Da minha coleção





O modelo da Hot Wheels remete ao Vantage nº 99 que correu nas 6 Horas de Fuji, no Japão, pilotado pelo brasileiro Fernando Rees e pelo britânico Alex MacDowall, na tradicional Azul Celeste com faixas laranjas.





O Aston Martin Vantage GTE com a decoração da GULF Racing na cor branca é baseado na versão Vantage GTE da apresentação de lançamento, porém no interior foi acrescentada a gaiola de proteção do modelo direcionado para as corridas.


Referências:

https://hotwheels.fandom.com/wiki/Aston_Martin_Vantage_GTE

https://en.wikipedia.org/wiki/Aston_Martin_Vantage_GTE_(2018)

https://en.wikipedia.org/wiki/Aston_Martin

https://www.fiawec.com/en/news/aston-martin-dominate-lmgte-classes-in-qualifying-for-6-hours-of-fuji/2434

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Porsche 928


Com sua reputação esportiva bem definida nos anos 1960, a Porsche se firmava no mercado de carros esportivos, mas a crise do petróleo que se iniciou em 1973 e as exigências das normas de segurança governamentais, especialmente nos EUA, o maior mercado consumidor da Porsche, levaram Ferdinand Porsche e os executivos da empresa a considerar um substituto para o 911 ─ achando que este havia atingido o limite de seu potencial ─ mais eficiente em consumo e posicionado no segmento de cupês esportivos de luxo.

Ernst Fuhrmann, o primeiro CEO da Porsche que não era da família, acreditava que o futuro da empresa estava nos modelos GT em configurações convencionais, ao invés de combinações exóticas, como o 911 com motor atrás do eixo traseiro e refrigerado a ar. A queda nas vendas do 911 parecia confirmar que o ciclo de vida estava perto do fim, e um cupê esportivo de luxo com motor V8, teria a preferência dos consumidores americanos.


Os estudos começaram em 1971, e nas considerações da engenharia, diversos aspectos foram considerados, tanto especificações técnicas ─ posicionamento de motor e transmissão, segurança, espaço exigido pelo sistema de exaustão ─ como atendimento à legislação, com os catalisadores e redução de ruído na cabine, que um motor entre eixos traseiro produzia, o tanque de combustível na frente do carro, mais exposto em caso de colisão etc.


Os engenheiros queriam um motor V8 de 5,0 litros, que gerasse cerca de 300 hp; e Ferdinand Piëch propôs aplicar o V10 a 90º de 4,6 litros derivado do Audi 5 e instalado no Lamborghini Gallardo. A direção da Porsche objetou que se fizessem isso, poderiam comentar que o novo 911 com motor dianteiro era um Volkswagen travestido de Porsche...


Com a sigla M28, o V8 totalmente de alumínio (bloco, cabeçote e cárter), com cilindros sem camisa de aço, tinha condutos de refrigeração maiores, denotando as intenções da Porsche de prepará-lo para competições. Os dois primeiros protótipos tinham um carburador quádruplo, mas o modelo de produção foi equipado com uma injeção BOSCH K-Jetronic. Devido à crise do petróleo, motores menores e mais econômicos foram considerados para equipar o novo Porsche, mas ficou decidido que um V8 de 4,5 litros, SOHC com 16 válvulas por bancada, gerando 240 hp era um compromisso aceitável entre desempenho e economia de combustível.

O Porsche 928 apresentado no Geneva Motor Show de 1977

No Geneva Motor Show de 1977 foi apresentado o modelo a ser comercializado a partir de 1978, chamando atenção pelo design futurista, desempenho e conforto. No entanto, as vendas foram mais baixas do que o esperado, talvez pelo preço bem mais alto do que os modelos mais caros do 911, e pela nova configuração de motor dianteiro, refrigerado a água, que muitos puristas da Porsche não aceitaram bem.

Peter Schutz, que sucedeu a Fuhrmann, decidiu que os modelos seriam vendidos simultaneamente, sentindo que o 911 ainda tinha fôlego na linha da Porsche. A legislação contra os carros com motores traseiros não se materializou, e embora o 928 nunca tenha alcançado os números previstos, conquistou alguns admiradores e seguiu no mercado por 18 anos. As versões para os Estados Unidos tinham 219 hp por conta dos equipamentos para redução das emissões, e em 1980 o motor foi ampliado para 4,7 litros. Em 1985 as versões S/S2 tinham 306 hp nas especificações europeias, graças à compressão mais alta, duplo distribuidor com ignição EZK e injeção de combustível BOSCH LH-Jetronic.


Depois de 1986, o motor V8 recebeu cabeçotes de 32 válvulas e a cilindrada foi ampliada para 5,0 litros, mantendo-se até o final da produção.

Neste período, o 928 teve duas gerações, com diversos face-lift, mas sem perder sua identidade visual. Lançado em 1978, o modelo 1980 ganhou um “S” e terminou 1986 com “S2”. A frente ganhou uma leve reestilização, mais retilínea, apelidado de “Shark Nose”. A segunda geração, de 1987 até o final de 1995 teve uma revisão geral nas linhas, com o spoiler traseiro mais separado da carroçaria, lanternas traseiras revistas, arcos dos para-lamas traseiros revistos para as novas rodas de 9 polegadas de tala, e em 1989 as versões CS, SE e GT tiveram modelos de 16 polegadas “Club Sport”; os GT posteriores tinham rodas “Design 90” de 16 polegadas, e as GTS passaram a ter as de 17 polegadas.


O estilo do Porsche 928 foi elaborado por Wolfgang Möbius, sob a direção de Anatole Lapine, e o monobloco de aço galvanizado foi complementado pelas portas, para-lamas dianteiros, spoiler dianteiro e capô do motor feitos em alumínio, visando economia de peso. Havia um generoso porta-malas na traseira, os para-choques eram de poliuretano flexível, cobertos de plástico pintado na cor do carro, e ajudavam muito na redução do coeficiente aerodinâmico com um design limpo e moderno. Outra característica que o diferenciava eram os faróis retráteis, que eram visíveis, mesmo quando em repouso em seus nichos, e foram baseados no estilo do Lamborghini Miura.

Entre as tecnologias que o Porsche 928 trazia, estava o “Eixo Weissach”, um sistema de esterçamento no eixo traseiro, que aumentava a estabilidade durante uma frenagem de emergência e nas curvas. O volante ajustável em altura e profundidade movia-se juntamente com o painel de instrumentos, para manter o máximo de visibilidade para o piloto.

Em 1985, as versões para o mercado americano tiveram um upgrade no motor para 5,0 litros DOHC, com quatro válvulas por cilindro, produzindo 288 hp, sendo conhecidos pela sigla S3. Para outros mercados, o modelo manteve o motor de 4,7 litros, mas recebeu outros aperfeiçoamentos como conversores catalíticos, suspensão revisada, freios maiores com quatro pistões, sistema de escapamento revisado.

Porsche 928 S4 de 1989

A partir da metade de 1986, a versão S4 trouxe o motor 5,0 litros com 316 hp, com nova embreagem monodisco para os carros com cambio manual, e um conversor de torque maior para os que eram equipados com o cambio automático. Nesta época, diversas especificações foram unificadas, com pouca diferenciação dos modelos americanos em relação aos do restante do globo, apenas com adaptações locais necessárias, como milhas x km, e litros x galões, assim como ajustes na regulagem dos motores devido às características de combustível de cada país.

No modelo 1989, apareceu o computador de bordo, que informava diversos dados ao piloto, e o 928 GT substituiu as versões CS e SE, que tiveram poucas vendas. Um diferencial de deslizamento limitado (40%) foi disponibilizado de fábrica, assim como o RDK, sistema de monitoramento da pressão dos pneus, e em 1990 chegou o PSD (Porsche Sperr Diferential), sistema de diferencial de deslizamento limitado em 100%; standard para o GT e o S4 em todos os mercados. Este sistema era mais eficiente do que o que equipava o 959 e proporcionava maior controle sobre as variáveis da pista.

Porsche 928 GTS

As últimas versões do 928 foram as GTS de 1991 a 1992 na Europa e de 1993 nos Estados Unidos. Revisões de estilo na carroçaria, freios maiores e um novo e poderoso V8 de 5,4 litros com 345 hp eram os apelos dos anúncios, mas a Porsche não dizia nada sobre os preços cobrados, que atingiam cerca de US$ 100,000 em 1995, tornando-o um dos esportivos mais caros da sua época. Esse fator acabou ofuscando o brilho do 928, com todo o desenvolvimento que a Porsche se empenhou para deixar o modelo com uma performance digna dos melhores esportivos de luxo do mundo.

Foram produzidas 61.056 unidades do Porsche 928, em suas diversas versões, desde o lançamento em 1978, até 1995.

Edições especiais do Porsche 928

O “Competition Group” foi criado para os americanos que desejavam mais performance do modelo, tinham um body kit com spoilers dianteiro e traseiro, bancos esportivos, rodas de 16 polegadas “Flat disc”, amortecedores esportivos Bilstein, pintura e acabamento interno especial, mas apenas dois exemplares foram construídos com esta especificação.

A “Weissach Edition” de 1982 vinha com uma pintura especial em “Champagne Gold Metallic”, rodas especiais “Gold Flat disc”, interior em couro de dois tons, placa identificativa com o número de produção do modelo no painel, três malas especialmente produzidas no porta-malas. Foram produzidas 202 unidades nestas configurações.

A “50th Jubilee” celebrava os 50 anos de fundação da Porsche, e foi comercializada apenas nos Estados Unidos e Canadá. Ficou conhecida também como “Ferry Porsche Edition”, porque sua assinatura estava bordada nos encostos dos bancos dianteiros. Ela vinha na cor “Meteor Metallic” e trazia as rodas “Flat disc”, e tinha um interior em tom vinho e padrão exclusivo para o revestimento dos bancos. Os Porsche 911 e 924 também tiveram edições especiais com este tema. Foram produzidas 141 unidades nesta configuração.

A “Club Sport” tinha cerca de 100 kg a menos em 1988, e era uma versão “amansada” de um protótipo feito em 1987. A Porsche havia feito cinco unidades da versão S4 com cambio manual para pilotos de corrida que corriam pelas equipes de fábrica: Derek Bell, Jochem Mass, Hans Stuck, Bob Wolleck e Jacky Ickx. Posteriormente, as versões Club Sport foram comercializadas no mercado com algumas alterações, e geralmente acredita-se que eles têm mais potência do que o S4 normal de linha, além de comandos mais bravos, ECU e pistões diferentes, e os câmbios com relações diferentes também.

Além desses, havia alguns exemplares únicos:

Porsche 942

Esse Porsche era uma edição especial que a empresa presenteou Ferry Porsche pelo seu aniversário de 75 anos, em 1984. O modelo também ficou conhecido como 928-4; era 25 cm mais longo entre eixos do que o modelo normal de linha; e o teto tinha uma linha diferente para proporcionar mais espaço aos passageiros do banco traseiro. Os faróis eram os mais avançados para a época, e seu peso aumentou em cerca de 75 kg. Os para choques dianteiro e traseiro tinham novo design, que só foi aplicado dois anos depois na versão S4, além do motor V8 de 5,0 litros e 32 válvulas que seria instalado nas versões para os Estados Unidos muito mais tarde.

“Study H50” Quatro portas 928 protótipo.

O 928 H50 de quatro portas

Em 1987, o 928 que foi dado a Ferry Porsche apareceu como um estudo, agora com um segundo conjunto de portas, menores com abertura tipo “suicida”, como no Mazda RX-8. Na ocasião, parecia algo sem muito futuro, mas vinte anos depois, o lançamento do Panamera, de quatro portas, mostrou que o conceito era muito avançado para a época.

928 Especial entre eixos longo

Em 1986, a Porsche juntamente com a AMG, fez alguns modelos especiais do 928 com entre eixos longos. Um deles foi apresentado ao fundador e CEO da American Sunroof Corporation (ASC), Heinz Prechter, e mais tarde a ASC teve participação na fabricação dos Porsche 944 S2 na versão Cabriolet.

O Max Moritz “Semi Works” 928 GTR


A Porsche nunca inscreveu o 928 em uma equipe de fábrica, mas preparou o 928 GTR para competir contra o então campeão das pistas 911 (993 GTR); e para não criar animosidade dentro de casa, combinou com Max Moritz, parceiro de corridas de longa data, para correr com os 928 GTR com as cores de sua equipe.

Porsche 928 All-Aluminium car

Para as 24 Horas de Daytona de 1984, a Porsche preparou um 928S com carroçaria totalmente em alumínio, para correr pela Brumos Racing Team. A ação visava promover o 928 como um carro esportivo de alta performance, e os pilotos Richard Attwood (GB), Vic Elford (GB), Howard Meister (USA), e Bob Hagestad (USA) foram instruídos a “apenas dirigir o carro”. Durante os treinos, os pilotos se queixaram de instabilidade nas curvas inclinadas de Daytona, e queriam instalar uma asa na traseira do carro, no que a Porsche se negou a fazer. Mesmo assim, a Brumos mexeu no ajuste da suspensão, tentando deixar o carro mais estável, e o modelo terminou em 15º lugar na geral e 4º na Classe GTO. Um dos pilotos comentou numa entrevista mais tarde, que se não fosse por um pit-stop muito demorado para reparar danos na carroçaria, eles teriam terminado entre os cinco primeiros na geral. Atualmente, este carro está no Museu da Porsche.

Outro Porsche, correndo pela equipe privada de Raymond Boutinaud, pilotado por ele, Patrick Gonin e Alain le Page nas 24 horas de Le Mans de 1983, não conseguiram classificação no final, mas na edição de 1984. Nesta corrida, o domínio da Porsche foi tão grande que dos onze primeiros, dez eram Porsche 956. Nas 24 Horas de Le Mans de 1984, a Equipe de Raymond Boutinaud conseguiu o 22º lugar na geral com o Porsche 928S, pilotado por Raymond Boutinaud, Philippe Renault e Giles Guinand, com 256 voltas. O mesmo carro também competiu nas corridas dos 1000 km de Spa-Francorchamps, 1000 km de Brands Hatch e nos 1000 km de Silverstone em 1984, mas com pouco sucesso.

The Meg



Em 5 de outubro de 2020, o construtor e piloto de corridas Carl Fausett atingiu 234,434 mph (377,204 km/h) no circuito oval do Campo de Provas do Transportation Research Center (TRC), em Ohio, Estados Unidos da America. O Porsche 928 com o V8 superalimentado gerava 1.134 cv, e já havia sido testado nas planícies salgadas de Bonneville.

O V8 foi ampliado para 6,54 litros, com o cabeçote de 32 válvulas, pistões forjados da Wiseco impregnados de grafite; sistema de gerenciamento do motor pelo Electromotive TecGT, comandos especiais, compressores Vortech V7 YSi acionados por correias dentadas. O câmbio é um TREMEC TR6060, com uma embreagem de discos triplos Tilton, posicionado junto ao diferencial, recebendo as rotações através de um Torque Tube de alumínio 928MS.

Outras alterações incluíam as rodas modulares de três peças Forgeline de 13x18 polegadas, pneus Hoosier 315/30/ZR18 na frente e 345/35/ZR18 atrás, freios Brembo com discos ventilados e perfurados de 355mm com calipers de quatro pistões, e amortecedores ajustáveis duplos PRO com um kit 928 Motorsports Hypercoil de molas nas quatro rodas.

Todo o acabamento interior foi removido para redução de peso, acrescido do sistema Halon anti-incêndio e uma gaiola de segurança com 9 pontos de apoio. Tudo finalizado com um body kit sob medida, com uma gigantesca asa na traseira, e frente em material compósito adaptada para redução do arrasto, assim como extratores na parte inferior traseira para reduzir a turbulência nas altíssimas velocidades atingidas. Com toda a preparação, o carro ficou pesando 2,850 lbs (1.282 kg), contra 3,500 (1.587 kg) do modelo normal.

O carro foi apelidado de “The Meg”, em referência a “Megalodonte”, o tubarão gigante que se acredita existir nas profundezas dos oceanos. A velocidade foi aferida pelos cronômetros TAG/Heuer a laser e certificadas pela equipe do TRC. Esta marca superou o recorde anterior de 216,635 mph (348,56 km/h) e tornou o The Meg o mais rápido 928 do mundo, estabelecendo este novo recorde em pistas fechadas.

Da minha coleção



O Porsche 928S Safari é uma miniatura da Hot Wheels em 1:64; e reproduz um carro preparado para competir em Rallies, especialmente nos que ocorrem fora do asfalto. Vem com uma bateria de faróis auxiliares no nariz do carro, seus faróis são expostos, a suspensão é elevada, mas não muito; e os pneus não são tão borrachudos para enfrentar um off-road extremo. De todo modo, tem para-barros, estepe exposto na traseira e um rack de teto com peças sobressalentes, e uma pá utilizada para desatolar o carro se necessário.




O casting é dos designers Fraser Campbell & Dmitriy Shakhmatov, saiu na Série Baja Blazers, de 2023. Como é um Mainline, tem o acabamento padrão da Mattel, com foco na decoração da miniatura e não no detalhamento dela. A cor Metalflake Gray pode ser relacionada à cor que os carros alemães tinham nas competições dos anos 30 a 60, e normalmente este tipo de pintura aparece nos modelos Premium da Hot Wheels, mas no Porsche ficou meio sem graça; até porque nos Rallies, os carros são sempre multicoloridos para impactar o publico pelo visual chamativo.

De todo modo, é um Porsche, mesmo que não tenha o carisma dos 911, tem um lugar garantido nas coleções.

Referências:

https://hotwheels.fandom.com/wiki/Porsche_928S_Safari

https://en.wikipedia.org/wiki/Porsche_928

https://silodrome.com/porsche-928-race-car/

https://www.hagerty.com/media/car-profiles/the-1978-95-porsche-928-no-longer-black-sheep/


sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Nissan Skyline GT-R BRN34 1999

Nissan Skyline GT-R BNR34, 1999

O Nissan Skyline GT-R BRN34 utilizado por Brian O’Conner em 2Fast 2Furious era um carro de propriedade de Craig Lieberman, consultor técnico da franquia. Ele havia adquirido este carro da preparadora MotoRex em julho de 2001 por US$ 78,000, e era um dos 14 modelos GT-R regularizados em território americano na época. Quando a Universal planejava o segundo filme, fechou um acordo com a Mitsubishi para ter o Evo como o carro de Brian e estrela do filme. Lieberman não ficou entusiasmado com isso mas encaixou o GT-R para abrir 2Fast 2Furious com Brian já em Miami, deixando de ser policial do FBI ao fugir de Los Angeles.


A produção precisava de mais GT-R para as sequências iniciais, e os estudos para produzir réplicas do GT-R mostraram que os custos não compensavam, e acabaram adquirindo mais quatro unidades da MotoRex, que trouxe os carros num Boeing 747 diretamente do Japão, por US$ 48,000 cada; muito mais baratos do que Lieberman havia pago no seu carro original. O Estúdio economizou cerca de US$ 120,000 pois não precisaram regularizar os carros, pois depois seriam sucateados. Entre os Stunt-Cars, um Nissan 240Sx foi utilizado para as tomadas de cockpit, e todos tiveram gaiolas de segurança instalados para proteção dos atores e dublês. O carro de Lieberman era azul, e a House of Kolors fez a pintura “Platinum Pearl” para o filme; e a West Coast Customs preparou a sonorização do modelo.

Após as filmagens, Lieberman resgatou seu carro e ao retornar à California, imediatamente mandou o carro para ser repintado, e queria fazer mais algumas modificações no modelo; porém recebeu uma oferta pelo carro e acabou vendendo no estado que estava. Soube depois que por volta de 2012, o carro, pintado de preto, mudou novamente de mãos, mas seu novo dono se mantém em segredo. Ele tem planos de restaurar o GT-R conforme o visual que tinha no filme, mas em 2019, isso não havia sido feito.


O Skyline GT-R R34 é equipado com o motor seis cilindros em linha RB26DETT 2,6 litros, DOHC, 24 válvulas, longitudinal, dois turbos HKS 2540 e cerca de 330 hp. O sistema de nitro acrescenta cerca de 150 hp, e tem três garrafas de fibra-de-carbono com 10 lb de gás, com válvulas operadas eletricamente. O câmbio GETRAG tem seis velocidades e manda potência para as quatro rodas pelo sistema ATTESA, com divisão de torque variando eletronicamente. Tem o sistema Super-HICAS que esterça as quatro rodas. Foi equipado com um body-kit aerodinâmico e difusores inferiores de fibra-de-carbono e uma nova asa na traseira, todos da C-West.

Faz de 0-60 mph em 4,2 segundos e 0-100 mph em 9,0 segundos; o quarto-de-milha é coberto em 12,0 segundos a 122 mph, atinge a máxima de 165 mph. A produção acabou desligando a tração dianteira e o esterçamento das rodas traseiras para que os pilotos conseguissem fazer as manobras que o roteiro exigia.

O modelo foi projetado por Kozo Watanabe, internamente designado GF-BNR34, ficou conhecido por R34; introduzido em 1999. Esta geração do R34 era menor e tinha a frente mais curta do que a R33 que sucedeu. O motor se manteve o mesmo, mas o câmbio GETRAG de seis marchas foi um upgrade nesta geração. O modelo teve diversas edições especiais e a produção se encerrou em 2002, após 11.578 unidades produzidas. Como ele não teve um substituto imediato, os preparadores continuaram aperfeiçoando suas receitas com novos equipamentos, tornando-se um Cult Classic Car, e muitos aficcionados dão preferência a este GT-R do que sua evolução R35.

Prelúdio para 2Fast 2Furious – The Turbo Charged Prelude for 2Fast 2Furious (2003)


Depois de ter seu Dodge Stealth de 1991 apreendido por policiais em Dallas, Texas, Brian (Paul Walker) pega uma carona de "The Girl" até uma concessionária de carros usados, onde avista o Skyline. Brian compra o carro em dinheiro com seus ganhos anteriores e o leva embora. Mais tarde, ele aplica uma pintura, adiciona um emblema GT-R à grade e trabalha embaixo do carro em uma garagem.

Ele o usa para participar de mais corridas, mesmo sendo visto tentando ser enfrentado por dois motoqueiros. Brian então chega a uma bifurcação na rodovia, o lado esquerdo indo direto para Nova York enquanto a saída direita segue em direção a Miami, Flórida. Brian dirige para Miami, onde ele sorri depois de ver algumas garotas e novamente quando vê um Toyota Supra e um Mazda RX-7.

2Fast 2Furious (2003)

O racha de abertura de 2Fast 2Furious

Brian usa seu Skyline para fazer rachas organizados por Tej Parker (Chris "Ludacris" Bridges), correndo numa noite contra sua amiga Suki (Devon Aoki), Slap Jack (Michael Ealy) e Orange Julius (Amaury Nolasco). Slap Jack lidera com seu Supra 1993, mas Brian o ultrapassa, saltando pela ponte levadiça e vencendo a corrida. No entanto, todos são forçados a fugir quando a polícia aparece. Brian tenta escapar mas seu carro é atingido por um arpão ESD que desativa o carro, sendo apreendido, e Brian e preso por Markham (James Remar), agente alfandegário dos EUA.

Identificado como ex-policial do FBI de Los Angeles, recebe uma oferta de seu ex-chefe Bilkins (Thom Barry) de ter seu nome limpo se colaborar para prender o traficante Carter Verone (Cole Hauser), que atua em Miami. Brian pede ajuda a Roman Pierce (Tyrese Gibson), e ambos se infiltram na quadrilha de Carter, onde Monica Fuentes (Eva Mendes), outra agente alfandegária, já está infiltrada há meses, sem conseguir oportunidade para prender Carter, e correndo perigo de ser descoberta.

Com seus carros rastreado por GPS, Brian e Tej conseguem despistar a polícia e pegar o dinheiro de Carter, que desconfia de todos e decide fugir de Miami. Na fuga, Carter engana Brian e Tej, descobre o disfarce de Monica, sequestrando-a e fugindo no seu iate. Brian resgata Tej e salta com seu Camaro sobre o iate de Carter, conseguindo impedir sua fuga.

Da minha coleção

O Skyline GT-R R34 da Hot Wheels, Série Fast&Furious 5-Pack, de 2020



O Skyline GT-R BNR34 1999 tem como base um casting da Mattel de 2010, e o design é de Phil Riehlman. O modelo reproduz a quinta geração do Skyline, a última com este design, e que ficou sem continuidade até o R35 ser lançado em 2007. Em 2014, o casting foi refeito, com o spoiler traseiro incorporado ao porta-malas. 




O Skyline GT-R BNR34 da TOMICA, série Dream TOMICA, de 2019.

O capô do Hot Wheels não coincide com o carro real de Brian, que não possui os respiradouros no capô do motor; já o casting da TOMICA é mais fiel, porém parece pouca coisa menor do que o Hot Wheels, e as rodas são comuns a outros modelos da TOMICA, prejudicando o visual do modelo.

Referências:

https://en.wikipedia.org/wiki/2_Fast_2_Furious

https://fastandfurious.fandom.com/wiki/1999_Nissan_Skyline_GT-R_R34

https://en.wikipedia.org/wiki/2_Fast_2_Furious

https://tomica.fandom.com/wiki/Dream_Tomica_No._150_Fast_%26_Furious_BNR34_Skyline_GT-R

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Toyota Supra GR


O Toyota Supra era um modelo esportivo, baseado na plataforma do Celica Coupe de 1979, e já no ano seguinte, o Supra começou a ganhar sua própria individualidade com seu motor de seis cilindros em linha. Apesar de seguir evoluindo por quatro gerações, as vendas declinaram nos anos 1990 e ele deixou o mercado americano em 1998, continuando somente no mercado doméstico do Japão até meados dos anos 2000.

O Toyota Celica Supra era equipado com o motor de seis cilindros, 2,6 litros e 110 hp, com um câmbio manual de cinco velocidades, e um automático de quatro. Fazia de 0-60 mph em 11,2 segundos, o quarto-de-milha em 18,4 segundos a 76 mph, números aceitáveis naquela época, mas nada de excepcional para um modelo esportivo. Logo recebeu um upgrade para um motor maior de 2,8 litros e 116 hp.


O Celica de Segunda Geração

Na segunda geração, de 1982, ganhou uma suspensão traseira com braços semi-independentes, no lugar do eixo rígido. Em 1985 chegou um novo motor 2.8 litros com duplo comando que gerava 145 hp.


A terceira geração chegou na metade de 1986, abandonando o nome Celica, mantendo a tração traseira, ao passo que o Celica passava a ter tração dianteira. Apesar de mais pesado do que a geração anterior, o motor seis cilindros aspirado gerava 200 hp, melhorando a esportividade do modelo.

Logo no ano seguinte, 1987 viu o Supra equipado com um turbo, chegando a 230 hp e 246 lb-ft de torque, fazendo de 0-60 mph em 6,4 segundos, 1,6 segundo mais rápido do que a versão aspirada.



Em 1993 ganhou novo design, mais arredondado e aerodinâmico, o MK IV era o Toyota mais diferenciado que qualquer outro modelo da marca. Ao passo que a versão aspirada tinha 220 hp no motor seis cilindros de 3,0 litros, o Turbo ganhava 100 hp a mais com dois turbo-compressores. Fazia de 0-60 mph em 5,2 segundos e cruzava o quarto-de-milha em 13,8 segundos a 106 mph. Apesar de bons números diante de concorrentes como o Corvette e o BMW M3, e reduções de preço por parte da Toyota, ele não permaneceu no mercado americano, e em 1998 o último deles foi vendido na terra do Tio Sam.

No Detroit Motor Show de 2007, a Toyota apresentou o FT-HS Concept Car, um híbrido gasolina-elétrico que ressuscitaria o nome Supra. Com promessa de fazer de 0-60 mph em menos de 5 segundos, graças ao motor V6 de 3,5 litros com 400 hp auxiliado por motores elétricos, o conceito não saiu do circuito de salões para as ruas.

Sete anos depois do exercício do FT-HS, a Toyota revela outro conceito em Detroit em 2014: o FT-1, um esguio coupe que faz o coração dos apaixonados por carros esportivos bater mais forte. Mesmo assim, somente em meados de 2017, a Toyota registrou novamente o nome Supra no Departamento de Marcas e Patentes dos Estados Unidos; e os caçadores de novidades da imprensa automotiva começaram a flagrar protótipos camuflados em testes nos Estados Unidos.



No Geneva Auto Show de 2018, a Toyota apresenta o conceito de competição Supra GR (de Gazoo Racing), preparado para competir em diversas corridas da classe GT, e confirma a retomada da produção do Supra. Finalmente, no Detroit Auto Show de 2019, uma nova geração do Supra, com linhas evoluídas do MK IV, motor de seis cilindros DOHC, turbocharged com intercooler gerando 335 hp a 650 rpm e 365 lb-ft de torque a 1600 rpm; somente na versão coupé. O bloco e o cabeçote são de alumínio, com injeção direta de combustível. O câmbio automático tem oito velocidades, e tração traseira. Faz de 0-60 em 3,8 segundos e 0-100 em apenas 9,5 segundos.

Toyota Supra GR em Fast & Furious 9

No nono filme da franquia Fast & Furious, Han ressurge, contando como sobreviveu ao atentado que sofreu em Tokyo Drift por Deckard Shaw. Pilotando o Supra GR, pintado de laranja em homenagem ao Supra de Brian no primeiro filme, fazem a abordagem ao comboio blindado.

Da minha coleção



Supra GR, TOMICA 1:64

O Toyota Supra GR 2020 da TOMICA foi lançado ao mercado em maio de 2020, faz parte da Série Dream Tomica, que abrange carros de filmes e animações.

Referências:

https://carbuzz.com/news/watch-han-drive-toyota-gr-supra-stars-in-fast-furious-9

https://www.caranddriver.com/toyota/supra-2020

https://www.caranddriver.com/features/g19061426/toyota-supra-history/

https://tomica.fandom.com/wiki/Dream_Tomica_SP_F9_The_Fast_Saga_Fast_%26_Furious_GR_Supra