sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Subaru BRZ e Toyota GT86 - 2012


A Subaru Corporation tem origem na Fuji Heavy Industries, que iniciou suas atividades em 1915, como Aircraft Research Laboratory, renomeada Nakajima Aircraft Company em 1932, que veio a ser a maior fabricante de aviões no Japão durante a II Guerra Mundial. Depois da Guerra, foi reorganizada como Fuji Sangyo Co, Ltd. Em 1950 a legislação do governo japonês obrigou a Fuji Sangyo a se dividir em 12 pequenas companhias, e entre 1953 e 1955 cinco delas se fundiram para formar a Fuji Heavy Industries, e seu CEO Kenji Kita queria uma nova empresa para fabricar automóveis, e começou o projeto do P1, o primeiro carro da nova empresa. Foi dele a ideia de batizar a nova empresa de Subaru, nome japonês da constelação das Plêaides, e o logotipo da Subaru até hoje traz a estilização das seis estrelas das Plêiades.

O primeiro carro foi o Subaru 1500, em 1954, depois o pequeno 360 refrigerado a ar em 1958, o Sambar de 1961 e o 1000, o primeiro equipado com o motor Boxer.

Em 1968, a Nissan adquiriu 20,7% da Fuji Heavy Industries, visando utilizar a tecnologia na construção de ônibus diesel para a Nissan, em troca, vários carros da Subaru passaram a utilizar peças da Nissan em seus veículos. Debaixo desta operação conjunta com a Nissan, a Subaru lançou o R-2, o Rex, Leone, BRAT, Alcyone, Legacy, Impreza (com as versões WRX de Rally) e o Forester, entre 1969 e 1997.

Quando a Nissan se aliou à Renault, os 20,7% foram repassados à GM americana, e os modelos lançados neste período foram o Baja (2003) e o Tribeca (2005). O Forester foi comercializado como Chevrolet Forester na India, ao passo que o Opel Zafira era vendido como Subaru Traviq no Japão. Também, um Impreza foi comercializado nos Estados Unidos como SAAB 9-2X, e um SUV (Subaru Tribeca/SAAB 9-6X) foi planejado, mas a versão SAB não vingou, sendo o estilo do conceito aplicado no Tribeca de 2008.

A GM liquidou sua participação na FHI em 2005, e quase todos os projetos SAAB-Subaru foram interrompidos, mas a Subaru continuou fornecendo peças para o SAAB 9-2X. A Toyota comprou pouco mais de 40% das ações que a GM tinha na FHI (8,7% ao todo, mas subiu sua participação para 16,5% em julho de 2008).

A Toyota tinha o AE86 desde 1980, um esportivo feito na plataforma do Corolla de quinta geração, e seu desenvolvimento levou a ser denominado GT86. Com a esportividade do modelo mais destacada, no começo dos anos 2000 a Toyota decidiu tornar o GT86 um esportivo de verdade, um cupê 2+2, com motor 2 litros na dianteira, tração traseira e projeto totalmente novo, inspirado no 2000 GT de 1965. O conceito foi apresentado no North American International Auto Show em 2007, como Toyota FT-HS, equipado com um motor V6 e assistência híbrida elétrica.

Com o aumento da participação de 16,5% na Subaru em 2008, o líder do projeto do FT-HS Tetsuya Tada, convidou a Subaru a ser parceira no projeto, desenvolvendo o novo motor Boxer D-4S. A proposta foi recusada pela Subaru, pois conflitava com a reputação da Subaru no mercado de carros de tração total. Depois de seis meses de negociação, a Toyota agendou um teste com jornalistas e engenheiros da Subaru para experimentar o protótipo em desenvolvimento; e só então a Subaru concordou em participar no projeto.

Toyota FT-HS, de 2007

Surgiu um novo conceito, o FT-86 Concept, apresentado no Tokyo Motor Show em outubro de 2009. Pouco menor do que o FT-HS, o design od FT-86 foi refinado pelo ED Design Studio, enquanto o V6 híbrido foi substituído pelo novo D-4S boxer. A Subaru também cedeu a plataforma, modificando o do Impreza, e o estilo tinha traços do AE86, Celica e Supra.

Toyota FT-86 G Sports Concept, de 2010

No Tokyo Motor Show de 2010, a Toyota lançou o FT-86 G Sports concept, junto com uma linha completa de acessórios. O motor D-4S recebeu um turbocompressor, e vários painéis eram de fibra de carbono, capô com tomadas de ar, spoiler traseiro e rodas de 19 polegadas.

Toyota FT-86 II Concept, de 2011

A próxima aparição do FT foi no Geneva Motor Show em março de 2011, e o FT-86 II Concept já estava perto de sua forma final de produção. Nova frente e traseira e dimensões levemente alteradas. Logo no mês seguinte, a Toyota apresenta no New York International Auto Show o FR-S Sports Coupé Concept, com a marca Scion, desenvolvido em parceria com a preparadora Five Axis.

Subaru BRZ Prologue, Frankfurt Motor Show, 2011

Subaru BRZ Concept STi, Los Angeles Auto Show, 2011

Por parte da Subaru, o BRZ Prologue foi mostrado no Frankfurt Motor Show em setembro de 2011, seguido do BRZ Concept STi, mostrado no Los Angeles Auto Show, em novembro do mesmo ano; era a versão Subaru do FT-86 com o visual da Subaru Tecnica International (STi)

Toyota Scion, modelo para os Estados Unidos

A primeira geração (ZN6 – Toyota Scion e GT86/ZC6 – Subaru BRZ, de 2012) nas versões Toyota e Subaru entraram em produção em 2 de fevereiro de 2012, na planta da Subaru em Gunma, com vendas em março e as entregas em abril de 2012.

O carro tinha capô de alumínio, motor quatro cilindros opostos posicionado o mais baixo possível, tração traseira e distribuição de peso de 53-47% entre dianteira e traseira, com baixo centro de gravidade.

Os motores recebiam códigos diferentes: 4U-GSE para Toyota e FA20 para Subaru; era naturalmente aspirado, com sistema de injeção direta D-4S da Toyota. A taxa de compressão era de 12,5:1 com diâmetro x curso de 86mm (daí o nome de GT86), cilindrada de 2 litros, com 197 bhp a 7000 rpm e 151 lb-ft de torque a 6400 rpm.

A transmissão manual tinha 6 marchas, TL70 da Toyota, e uma automática Aisin-Warner A960E, modificada do Lexus IS 250, com três modos: Sport, Snow e Normal, além do diferencial de deslizamento limitado na maioria dos modelos.

As rodas eram de 16 polegadas em aço ou em liga, com pneus Yokohama dB Decibel E70, nas medidas 205/55 ou rodas de 17 polegadas com pneus Michelin Primacy HP medindo 215/45, dependendo do mercado em que era comercializado. As edições limitadas da Toyota Racing Development (TRD) GT86 eram equipadas com rodas de 18 polegadas em alumínio forjado, com pneus Yokohama Advan Sport ou Michelin Pilot Sport 3, na medida 225/40, também dependendo do mercado local.

O sistema de freios tinha configurações diferentes também conforme o mercado em que eram exportados:

- EUA, União Européia: Duplos pistões dianteiros, simples traseiros, discos de 277mm ventilados nas quatro rodas, e versões mais completas em todos os mercados;

- Versões Básicas: Duplos pistões dianteiros, simples traseiros, discos de 277mm ventilados da dianteira e 286mm sólidos na traseira;

- Performance Pack: Quatro pistões na dianteira, duplos na traseira, discos de 326/316mm ventilados na diant./tras.;

- TRD Edition: Seis pistões dianteiros, quatro pistões traseiros, discos de 355/345mm na diant./tras.

As suspensões eram McPherson na dianteira e de braços duplos na traseira. A performance do GT86/BRZ atingia 145 mph (233 km/h), com 0-62mph (0-100 km/h) em 7,6 segundos, e o quarto-de-milha em 14,7-14,9 segundos (estimado).

Toyota GT86

Toyota GT86


Subaru BRZ

Subaru BRZ

As diferenças entre o GT86-FR-S/BRZ eram a frente com grade (elementos trapezoidais no Toyota e hexagonais no BRZ) e faróis levemente alterados, a combinação entre luzes de estacionamento em LED, enquanto as luzes diurnas estão integradas no para-choque

Como um modelo-vitrine, tanto para a Toyota como para a Subaru, nos anos seguintes, ambas fizeram diversas versões tanto de acabamento como de performance, com pacotes para modelos de rua, como versões específicas para correr nas pistas, com motores aspirados ou turbocomprimidos. Outros conceitos eram de carroçaria, como a Open Concept conversível, Subaru Cross Sport Design Concept (SUV), o Toyota 86 Shooting Brake Concept (perua). A segunda geração veio em 2022, mantendo o design geral mas com diversos detalhes da frente, laterais e traseira redesenhados.

O motor Boxer da Subaru

O motor Boxer Subaru FA-20

Esta configuração de motor surgiu na Alemanha, em 1887, quando Karl Benz inventou o motor Boxer. Ele ganhou este nome porque o movimento dos pistões se assemelha ao movimento dos punhos de um boxeador, batendo horizontalmente um punho contra outro na preparação à luta.

A Porsche aplicou esta configuração em 1934 nos motores do “Carro do Povo”, encomendado por Hitler para motorizar a Alemanha visando seus planos políticos; e no pós-guerra, tanto a Volkswagen como a Porsche utilizaram motores Boxer. Em 1966, a Subaru decidiu utilizar este layout de motor em todos os seus modelos, e desde então, tem desenvolvido os motores Boxer até os dias de hoje, com muito sucesso.

O primeiro carro da Subaru com motor Boxer foi o Subaru 1000, com 1000cc e 55 cv de potência. As vantagens do motor Boxer, mesmo num motor pequeno eram muitas:

- Produzia menos vibração pelo equilíbrio simétrico os pistões opostos;

- O centro de gravidade ficava mais baixo, favorecendo a manobrabilidade do carro e estabilidade nas curvas, além de simplificar a conexão com o câmbio e diferencial, favorecendo a transmissão de potência para as rodas;

- O motor plano tinha melhor refrigeração do que os cilindros verticais;

- O motor mais baixo trazia mais segurança em colisões frontais, pois deslizava para baixo do compartimento dos passageiros.

Com o desenvolvimento dos motores nos anos seguintes, a Subaru associou a transmissão Symmetrical AWD (All Wheel Drive – tração nas quatro rodas) em 1972, e o câmbio 4EAT tipo CVT (Continuously Variable Transmission – câmbio continuamente variável), de modo a oferecer um desempenho elevado, direção confortável e máxima segurança em todas as condições climáticas e de piso, mantendo a dirigibilidade dos seus carros em qualquer situação de movimento.

Da minha coleção

Subaru BRZ, TOMICA 1:60

Subaru BRZ, TOMICA 1:60

Toyota GT86, TOMICA, 1:60

Toyota GT86, TOMICA, 1:60

O Subaru BRZ e o Toyota GT86 são da TOMICA japonesa, na escala de 1:60, Serie Premium. O casting tem a frente diferenciada, somente as portas se abrem, os faróis e lanternas traseiras são pintados, com o volante à direita, layout de tráfego japonês. Elas vêm com as rodas padrões da TOMICA, toda preta no Subaru e com aro cromado no Toyota. Um detalhe adicional são as suspensões que funcionam.




Referências:

https://thenewswheel.com/subaru-brz-history/

https://mag.toyota.co.uk/history-of-toyota-86/

https://en.wikipedia.org/wiki/Subaru

https://www.markmillersubarusouthtowne.com/history-of-the-boxer-engine-subaru/

Subaru BRZ's "FA20" Boxer Engine Named to Ward's "10 Best Engines" of 2013 | Sport Subaru


’68 Chevy Nova – Hot Wheels (1968-1972)

Nova SS, com motor 350 cid

A terceira geração do Chevrolet Nova surgiu em 1968, oficialmente denominado Chevy II Nova, e o nosso Opala teve sua frente claramente inspirada neste modelo, além do motor de seis cilindros com 230 cid (3,8 L) e mais tarde o 250 cid (4,1 L) que veio equipar os nossos Chevrolet por aqui . Carro compacto para os americanos, era equipado com motores de quatro e seis cilindros com 153 cid (2,5 litros) e 230 ou 250 cid (3,8 ou 4,1 litros). Havia também dois novos V8: u com 307 cid (5,0 litros) com 200 hp, um 327 cid (5,3 litros) com 275 hp, e um 350 cid (5,7 litros) com 295 hp. Havia também dois V8 opcionais de 396 cid (6,5 litros): um com 350 hp e outro com 375 hp a 5600 rpm e 415 lb-ft de torque a 3600 rpm. Era um Muscle-Car com uma suspensão avançada de fábrica.

Os motores V8 tinham carburação quádrupla Quadrajet, câmbio Saginaw de quatro marchas, e logo ficou disponível um câmbio semi-automático (sem pedal de embreagem) baseado no Powerglide denominado Torque-Drive, com um custo menor do que o totalmente automático. Esta transmissão era oferecida apenas para os modelos de quatro e seis cilindros. As ooutras opções eram a Powerglide de três marchas para a maioria dos modelos e a Turbo-Hydramatic de três marchas disponível apenas para os V8 maiores e mais potentes.


O Nova Super Sport (SS) foi transformado de um nível de acabamento para um pacote de performance em 1968. Com um V8 de 350 cid (5,7 litros) e 295 hp, com suspensões reforçadas e outros equipamentos para aumentar o desempenho, o Nova SS era um dos menores Muscle-Cars fabricados em Detroit. Ainda havia opcionais duas versões do V8 Big-Block com 396 cid (6,5 L) gerando 350 hp ou 375 hp a 5600 rpm e 415 lb-ft de torque a 3600 rpm. As opções de câmbio eram a M-21 manual de quatro marchas com relações mais curtas; a manual reforçada M-22 “Rock Crusher” de quatro marchas e a automática Turbo-Hydramatic 400 de três marchas. Freios a disco dianteiros eram opcionais para o Nova SS.

A plataforma denominada X-Body trazia a inovação de um subframe dianteiro, onde eram afixados o trem de força e as suspensões, recurso que somente os carros maiores tinham. Opcionais incluíam freios com assistência a vácuo, direção hidráulica, ar-condicionado, cintos no banco traseiro e encostos de cabeça.

Para os anos seguintes, em 1969 a GM retirou o termo “Chevy II” e ficou somente com Chevrolet Nova, recebendo pequenas atualizações na aparência, e novas combinações de motores e versões de acabamento.

Nova Rally, 1971

Algumas se destacaram, como a Rally Nova (1971-1972), somente na configuração cupê, que tinha suspensões reforçadas, e podiam ter molas de lâmina única na traseira, dependendo dos opcionais pedidos. O visual insinuava que era um Muscle-Car, com faixas laterais, grade preta, retrovisor com carenagem aerodinâmica, rodas Rally de 14x6”, mas esta versão não podiam ser combinadas com o motor V8 turbo-Fire de 350 cid e 200 hp, por duas razões: uma, os clientes podiam ter o Nova com visual esportivo sem precisar pagar pelo motor mais potente, e outra, que o seguro do SS era mais caro por causa do motor mais potente. A versão Rally vendeu 7.700 unidades em 1971 e 33.319 em 1972.

Yenko Supernova

Outra versão em destaque era o Yenko Nova, feito pelo ex-piloto e especialista em Muscle-Car Don Yenko, dono da concessionária Yenko Chevrolet, de Canonsburg, Pennsylvania. Ele customizava Chevelles e Camaros para competir com os Mustang, Plymouth Barracudas e Dodge Challenger, e também preparou os Nova, que também acabaram sendo chamados de Yenko Supernovas, devido ao incremento de performance dos modelos. Estes tinham o subchassi dianteiro e a suspensão reforçados, para acomodar motores V8 de 427 cid (7,0 L). Registra-se que 37 unidades foram construídas por Yenko, das quais apenas sete delas estão cadastradas e conhecidas hoje.

O ano de 1972 foi o melhor desta geração, apesar de pouco mudar, as vendas atingiram 349.733 unidades, das quais 139.769 eram equipadas com motores de seis cilindros. Os modelos mais procurados pelos colecionadores são os carros entre 1968 e 1971, especialmente as versões SS equipados com motores V8 de fábrica.

Da minha coleção



O casting desta miniatura é uma versão alternativa (2009) do primeiro Nova feito pela Hot Wheels em 2004, que não tem o scoop no capô do motor. Desde então ambos os modelos aparecem sempre todos os anos. A miniatura é da Série Rod Squad, de 2020, e a decoração remete à pintura dos aviões Curtiss P-40B Warhawk, esquadrão de pilotos americanos que defenderam a China contra a invasão japonesa na Segunda Guerra, e que ficaram conhecidos como "Flying Tigers".





Referências:

https://www.motortrend.com/features/chevrolet-nova-history-generations-specifications-photos/

https://hotwheels.fandom.com/wiki/%2768_Chevy_Nova

https://en.wikipedia.org/wiki/Chevrolet_Chevy_II_/_Nova

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Honda S2000 - Fast & Furious 1 e 2

 


O Honda S2000 surgiu no primeiro filme da Série Fast & Furious como o carro de Johnny Tran, o “bad boy”, filho de um integrante da Yakusa em Los Angeles. Tipicamente um carro de vilão, preto e tunado, como exigia o roteiro, na verdade, não tinha US$ 100 mil debaixo do capô, mas tinham um bom desempenho para fazer bonito nas tomadas do filme.

De acordo com o site Motor Authority, o roteiro original previa um Mustang para Johnny Tran pilotar, mas com certeza, um Mustang não combinava com o personagem, por mais que os americanos cultuassem o famoso pony-car da Ford. O site informa que assim que os produtores viram o Honda S2000 preto tunado, definiram o modelo para Johnny Tran pilotar. Outra razão para descartar o Mustang era que o modelo não era um dos preferidos para preparação dentro do universo “tuning”.

O Hero Car e suas réplicas


Antes da franquia decolar como um fenômeno global, os orçamentos eram limitados, e os produtores tinham dificuldades para encontrar e preparar os carros para filmagens. Alguns modelos foram alugados de seus proprietários para não onerar os orçamentos, e o Honda S2000 foi locado de R.J. DeVera, que fez o personagem Danny Yamato em F&F 1. O Honda S2000 acabou mais famoso do que seu dono, e foram construídas três replicas dele para as filmagens.

O carro tinha um body-kit Millenium da Veilside, com um aerofólio de milhares de dolares; as rodas eram as Motegi Racing MR153 CM10 de 18 polegadas, calçadas com pneus Toyo T1R Proxes 225/40/18. O carro atingia 155 mph (250 km/h) e fazia de 0-60 mph (0-96 kmh) em 5,4 segundos. Os escapes eram da Paxton Novi 1000 Toucan Industries. Também tinha um Comptech Novi Supercharger, que possibilitava atingir o quarto-de-milha em 13,7 segundos a 101 mph (162,5 km/h). Sem dúvida, 295 hp sem o NOS (370 hp com NOS) ajudava Tran a fazer boa figura nos rachas contra seus adversários.

Destino final do Honda S2000

Como já citado, o orçamento reduzido exigia que os produtores tivessem muitas ideias para economizar nos custos, além de alugar carros, reutilizam os que podiam. Para 2 Fast 2 Furious, o Honda S2000 foi comprado de RJ DeVera por David Marder e preparado para Suki. Anos depois, quando a franquia decolou e os carros começaram a ser cultuados pelos fãs, Craig Lieberman, consultor técnico de F&F 1 e 2, informou que os carros eram o mesmo Honda S2000 em ambos os filmes.


Inicialmente, Suki deveria pilotar um Toyota MR2 Spyder, e chegaram a comprar quatro exemplares para customizá-los, mas desistiram da ideia e voltaram sua atenção ao S2000. Depois da repintura, o interior também foi refeito na cor Barbie Pink, da House of Kolors, decorado com motivos gráficos de animês, equiparam com mais instrumentos no painel, e refizeram o sistema de som. Os tapetes internos eram tapetes de banheiro (de verdade) na cor pink.

O carro da Suki estava equipado com um motor Honda F20C1, de quatro cilindros em linha com 2000 cc, DOHC e Supercharger, que recebeu um upgrade no sistema indo dos 340 hp para 350 hp, ainda de acordo com Lieberman. Tinha também o NOS Nitrous Bottles e um kit Wet Nitrous do motor Honda V6. O sistema de escape era da HKS e a suspensão teve torres RE Works, então o S2000 de Suki estava pronto para correr.

Depois de 2 Fast 2 Furious, o S2000 foi repintado de azul, e mais tarde de laranja, e por fim de amarelo para Tokyo Drift. Depois de tudo isso, o carro foi restaurado para o visual de Suki, e hoje ele está no Petersen Automotive Museum, em Los Angeles, California. Um dos Stunt-cars foi vendido a um comprador da Europa, enquanto os demais saíram de cena e seu paradeiro é desconhecido.

Honda S2000 – Hot Wheels

S2000 de Johnny Tran, Hot Wheels

Tanto o modelo de Johnny Tran como o de Suki tem o mesmo casting (para reduzir custos), e é um modelo hardtop, não conversível como o original do filme. Jesse disputa com tran no Desert Wars, e mesmo desencorajado por Brian, insiste em correr e claro, perde para a potência do S2000. Ele foge, para não entregar o carro para Tran, mas perto do final do filme, a gangue de Tran o persegue e Jesse perde a vida no tiroteio em frente á casa de Toretto.


S2000 de Suki em 2 Fast 2 Furious

Em 2 Fast 2 Furious, o carro é pilotado por Suki, na corrida de abertura do filme, disputando palmo a palmo com o Mazda RX-7 de Orange Julius, conseguindo saltar pela ponte levadiça na cola de Brian. Ela aparece novamente pilotando o S2000 rosa no trecho do filme em que dezenas de carros saem para despistar os policiais, mas no final, ela estava pilotando o Mitsubishi Eclipse de Roman, enquanto Brian e ele trocaram de carros e escaparam com o Camaro Yenko e o Challenger R/T.

Ryu Asada foi o designer da Mattel responsável pelo Honda S2000, e o modelo era um dos seus JDM favoritos. A miniatura traz um teto hardtop com tomada de ar, ao contrário do carro de Tran, que tinha uma capota de lona e Suki, que não usava a capota. A frente é customizada, tem o aerofólio na traseira e o body-kit é design do próprio Ryu Asada.

Referências:

https://www.hotcars.com/johnny-trans-honda-s2000-fast-and-furious/

https://hotwheels.fandom.com/wiki/Honda_S2000https://www.motorauthority.com/news/1128246_suki-and-johnny-tran-s-honda-s2000s-in-the-fast-and-furious-movies-were-the-same-car

https://fastandfurious.fandom.com/wiki/2000_Honda_S2000

https://fastandfurious.fandom.com/wiki/2000_Honda_S2000_(Suki)

domingo, 15 de setembro de 2024

MAD MAX I


Lançado em 1979, mostra um futuro distópico, numa sociedade em colapso por falta de combustível, onde gangues aterrorizam as pequenas cidades, roubando os moradores e gasolina para manter seus carros e motos rodando. A MFP, uma agência policial é responsável para manter a ordem nesse caos, com pouco sucesso.

Mad Max foi dirigido por George Miller, que era um médico que trabalhava na emergência de um hospital em Sydney, Austrália, e estava familiarizado com muitos dos ferimentos e mortes como as mostradas no filme. Ele também acompanhou o crescimento dos acidentes na área rurais de Queensland, e perder três de seus amigos em tais acidentes quando jovens.

Enquanto fazia a Residência no hospital de Sydney, Miller conheceu Byron Kennedy, um cineasta amador em uma escola de cinema no verão de 1971, e juntos fizeram o curta metragem “Violence in the Cinema”, exibido em vários festivais, ganhando muitos prêmios.

Com a ideia de desenvolver o conceito do seu curta, Miller achava que a narrativa tinha de ser básica e simples, como um filme mudo com som, com cenas de ação e movimento como os de Buster Keaton e Harold Lloyd.


Ele sabia que não tinha como fazer um roteiro, então convidou James McCausland, editor de finanças do The Australian, de Melbourne, que conhecera justamente em uma festa de cinéfilos. McCausland levou um ano para fazer o roteiro e recebeu US$ 3,500 pelo trabalho.

Miller só tinha feito o seu curta, e McCausland nunca escrevera um texto para o cinema, e fazia o seu trabalho das 19 até as 24 horas de cada dia, fora do seu trabalho formal. Miller chegava às 6 da manhã e revisava os textos. Ambos foram a incontáveis sessões de cinema, discutindo as estruturas dramáticas, para construir os diálogos e a dinâmica das cenas de ação que Miller queria desenrolar na tela.

Como editor financeiro, McCausland acompanhou de perto a Crise do petróleo a partir de 1973, e nas filas que se formavam nos postos, às vezes geravam violência dos motoristas que queriam gasolina a qualquer custo para manterem sua mobilidade automobilística.

Conseguiram levantar os fundos estimados em US$ 350,000 sem a ajuda dos órgãos governamentais, e Miller, junto com Kennedy, trabalharam três meses atendendo a ligações de emergência, Kennedy dirigindo a ambulância e Miller fazendo os atendimentos.


Mitch Matthews entrou como diretor de casting e ajudou Miller a encontrar atores locais, não muito conhecidos, que podiam desempenhar bem os papéis definidos no roteiro. Muitos dos extras motociclistas da gangue eram de moto clubes australianos, que pilotavam suas próprias motos no filme. Eles tinham de se deslocar de Sydney para os locais de filmagens em Melbourne por si mesmos, pois o orçamento não tinha como pagar o frete para transportar os veículos.


As filmagens estavam programadas para dez semanas: seis no primeiro bloco e quatro para as cenas com dublês e sequencias de perseguição. Mas com quatro dias de gravação, Rosie Bailey, originalmente escalada como esposa de Max, sofreu um acidente de moto e teve de ser substituída por Joanne Samuel, atrasando em duas semanas o primeiro bloco, terminando em dezembro de 1977. O segundo bloco levou mais seis semanas de trabalho, e em maio de 1978 houve mais duas semanas de correções e cenas refeitas de algumas acrobacias.


Eles filmavam nas estradas sem licença das autoridades para bloquear alguns trechos, e não usavam comunicadores walkie-talkies porque sua frequência coincidia com a da polícia. Mas a polícia de Victoria acabou descobrindo as filmagens, e no fim, colaborou para interditar as estradas e escoltar os veículos quando necessário.

A pós-produção do filme foi feita no apartamento de um amigo em North Melbourne, com Miller e Kennedy na sala de estar, usando uma pequena máquina de edição caseira que o pai de Kennedy, um engenheiro, havia construído para eles. Depois, Tony Patterson levou quatro meses editando o filme, e saiu quando foi contratado para outro emprego, em 1979. Assim Miller reassumiu a edição com Cliff Hayes, e Roger Savage, mixando o som, por mais três meses, finalizando o material.

Mad Max foi apresentado na Austrália pela Roadshow Film Distributors (hoje Village Roadshow Pictures), e os direitos de distribuição nos Estados Unidos foram para a American International Pictures (AIP), e a Warner Bros ficou com o restante do mundo.

O filme faturou US$ 100 milhões no circuito mundial, e constou do Guinness como o mais lucrativo até então. Credita-se a Mad Max a abertura do mercado mundial à nova onda de filmes australianos.

Mad Max teve as sequências: Mad Max 2 (1981), Mad Max Beyond the Thunderdome (1985) e Mad Max: Fury Road (2015), além do spin-off intitulado Furiosa: A Mad Max Saga (2024).

OS VEÍCULOS DE MAD MAX

Falcon XB Sedan

Em 1976, os produtores Byron Kennedy e George Miller começaram a pré-produção de Mad Max. Eles tinham um orçamento de US$ 350,000 para o filme, incluindo meros US$ 20,000 para investir nos carros, e cerca de US$ 5,000 para mantê-los rodando durante as filmagens. A estrela do filme era o Pursuit Special, preparado pelas oficinas da Main Force Patrol para perseguir os violadores da estrada.

Foram a um leilão em Frankston, Estado de Victoria, onde três carros foram comprados por menos de US$ 20,000 dois Ford Falcon XB V8 sedans da polícia de Victoria e um Ford Falcon XB GT branco cupê que haviam sido reformados.

Falcon XB Sedan

Os sedans ganharam a pintura amarela dos Interceptors da MFP, um seria pilotado por Max e o outro, Big Boppa, pelos oficiais Roop e Charlie. Ambos eram equipados com motor V8 Cleveland de 302 cid. Outro sedan adquirido era um taxi com motor de seis cilindros, se tornou o March Hare, pilotado pelos oficiais Sarse e Scuttle. O XB GT 1973 branco seria o Pursuit Special de Max, e tinha um motor V8 Cleveland de 351 cid.

Falcon XB GT cupê 2 portas

Murray Smith era o mecânico contratado em 1977 na equipe de filmagens, e uma de suas tarefas era preparar o Interceptor. A escolha inicial era usar Mustangs adaptados, mas Murray considerou que um carro estrangeiro teria dificuldades para encontrar peças de reposição, ainda mais com um orçamento baixo, e os inevitáveis reparos que as tomadas iriam exigir desencorajaram os produtores a usar os Mustangs. Então, os produtores decidiram pelos Ford australianos, para ficar com a mesma marca de carro.

Era uma fase em que a Van mania estava em alta na Australia, e o estilo Monza da dianteira dos Holdens poderia ser adaptado nos Ford Falcons para dar o aspecto que eles queriam. Alguns acessórios, como os spoilers e arcos nos para lamas foram acrescentados para dar um visual mais futurista.

A Frente Concorde no carro customizado

O GT cupê deveria receber uma frente Monza, mas descobriram que Peter Arcadipane, um designer que trabalhava para a Ford, estava fazendo algo parecido no mercado. Inspirado no nariz do Plymouth Superbird das corridas da NASCAR americana, ele havia proposto que a Ford aplicasse um kit de alta performance aerodinâmica para tornar os Falcon mais competitivos, mas o projeto não foi adiante. Esta frente apareceu num show car que ele construiu em segredo, um Falcon adaptado para Panel Van (tipo furgão de entregas), com a frente que ele havia idealizado, exposto no Melbourne Motor show de 1977.

Peter acabou comercializando o kit frontal com o nome de “Concorde”, e chamou a atenção de Ray Beckerley, que trabalhava na Graf-X International, preparadora contratada para customizar os carros e motos do filme.

Body Kit

Escapes funcionais nas laterais

Jon Dowding, diretor de arte do filme, havia contratado a Graf-X, e Ray, junto com Alan Hempel, John Evans e o pintor Rod Smithe tornaram realidade a visão que Jon havia criado para o filme.


Das motos da gangue de Toecutter, muitas eram de seus proprietários, como extras na filmagem, a maioria do  Moto Clube Vigilantes, de Victoria. Quatorze unidades eram Kawasaki KZ 1000, cedidas por um concessionário de Sydney, e foram customizadas pela Melbourne La Parisienne, e uma delas era a pilotada por Jim Goose.

A pequena van azul destruída na colisão de Big Bopper era um Mazda Bongo 1966, de propriedade de George Miller, mas para a cena do filme, foi adquirida num ferro velho, uma idêntica, bem surrada, sem motor, e as latas de tinta no teto continham leite, que era mais fácil de limpar depois do choque.

Ao final, quatorze veículos foram destruídos nas cenas de perseguição e colisão.

CUSTOMIZAÇÃO

Originalmente o Ford Falcon XB GT 1973 era branco, equipado com um motor V8 351 Cleveland (5,8 litros), e diferencial de nove polegadas. O câmbio era de quatro marchas manual. Fazia de 0-60 mph em 8,2 segundos.



Murray Smith, Peter Arcadipane, Ray Berkeley e vários outros procederam às mudanças nos carros para atender às necessidades do filme. O carro recebeu o compressor saindo do capô, montado sobre o filtro de ar (ele não era funcional, era ligado a um motor elétrico que fazia girar a roldana que aparecia na frente do rotor); oito escapes individuais foram adicionados; o nariz Concorde foi instalado na oficina de Arcadipane, enquanto os spoilers foram feitos por Errol Platt da Purvis Fiberglass Products. De fato, foram pirateados do Holden Monaro Sports Sedan de Bob Jane, corredor local. Ele também resolveu adicionar um spoiler no final do teto, depois de examinar o carro de perfil, mais como apelo visual, pois não tinha efeito aerodinâmico real.

As caixas das rodas foram feitas por Rod Smythe e seu irmão, baseados em apliques do Holden A9X. A pintura era preta, descrita como “Black on Black” pelo diretor de arte do filme, Jon Dowding; preto fosco na parte inferior e brilhante da cintura para cima.

Quatro saídas de escape saíam de cada lado, à frente da caixa das rodas traseiras, e eram funcionais.

As rodas eram de aço, modelo Sunraysia, calçadas com pneus B.F. Goodrich Radial T.A. 245/50 R14 na dianteira e 265/50 R15 na traseira.



Por dentro, o Falcon XB GT recebeu poucas modificações. O interior é praticamente original, com exceção da sirene no painel, do rádio comunicador no teto e do volante de três raios Maxrob “semi-dished”, com a foto do filho e da esposa de Max no botão da buzina.

O carro levou três meses para ficar pronto, e a produção ofereceu royalties para a Graf-X, que recusou. A verba era tão pequena que a Graf-X teve de colocar gasolina no carro para eles irem embora. Eles estavam céticos e acharam que o filme não seria um sucesso, no entanto, como muitos de seus clientes não tinham muito dinheiro, eles faziam o trabalho porque se divertiam muito ao preparar os carros; e terminaram o serviço.

Não há dados ou informações adicionais sobre a preparação mecânica (motor ou suspensões), visto que a produção considerava o desempenho do Falcon suficiente para as tomadas previstas no roteiro.



Depois das filmagens, o compressor foi retirado e o carro foi exibido em diversos Shopping Centers para a promoção do filme; depois foi dado a Murray com parte do pagamento pelos seus serviços. Murray vendeu o carro para Miller filmar Mad Max 2, em 1981, e depois das filmagens a produção tentou vender o carro, mas sem sucesso, e o Interceptor ficou num ferro velho em Adelaide.

Bob Forsenko encontrou o carro e o restaurou, trocou o kit Concorde, refez os danos da carroçaria, mantendo os tanques cilíndricos no porta malas. O Interceptor ficou um tempo no National Motor Museum, em Birdwood, Adelaide. Peter Nelson, um colecionador inglês soube que o Interceptor estava à venda, e o carro seguiu para a Inglaterra, ficando no Cars of the Stars Motor Museum, em Cumbria, Inglaterra. Quando o museu fechou em 2011, o carro foi para a coleção Dezer, do Miami Auto  Museum em Miami, Florida.

Em fevereiro de 2020, o Pursuit Special, junto com diversos outros modelos, foi colocado à venda pelo Miami Auto Museum.

MAD MAX - PLOT

Num futuro não muito distante, a Lei e a Ordem começam a ruir num cenário pós-apocalíptico. Depois que uma grave crise energética desestabilizou a sociedade, uma gangue de motociclistas aterroriza as estradas e pequenas cidades, roubando os habitantes e gasolina para suas jornadas pelas ermas estradas da região, conhecida como Wasteland.

Maximillian Rockatansky (Mel Gibson) é um policial rodoviário da MFP (Main Force Patrol, uma das remanescentes agencias responsáveis para manter a lei), é o melhor em perseguições contra a gangue liderada por Toecutter (Hugh Keays-Byrne). As prisões são inúteis, pois a justiça é impotente para punir os violadores.

Crawford “Nightrider” Montazano (Vincent Gil), da gang de Toecutter, mata um policial da MFP, rouba seu carro (um Holden HQ Monaro cupê 1972) e foge com sua namorada (Lulu Pinkus) correndo pela estrada e zombando da MFP no rádio. Max se põe na perseguição a ele, e rapidamente provoca um acidente que resulta na morte de Nightrider e sua namorada.

Apesar de ser conhecido como o melhor perseguidor da MFP contra os infratores, Max quer deixar a força policial e se dedicar à família. Na garagem da MFP, o Pursuit Special V8 é mostrado a Max, o novo carro patrulha equipado com um motor V8 Supercomprimido, capaz de alcançar as altas velocidades das motos da gangue de Toecutter. O Comissário de Polícia Labatouche (Jonathan Hardy) e o Capitão Fred “Fifi” Macaffee (Roger Ward), chefe de Max, garantem que ele seria de uso exclusivo de Max, para permanecer no quadro de policiais da MFP.

A gangue de Toecutter invade uma pequena cidade e aterroriza a população, fazendo um jovem casal fugir (Hunter Gibbs e Kim Sullivan), mas são alcançados por eles e destroem seu carro e os violentam. Max e seu parceiro Jim “Goose” (Steve Bisley) chegam ao local e encontram Johnny the Boy (Tim Burns), jovem protegido de Toecutter drogado na cena do crime. Ele é preso, mas ninguém aparece na corte para acusá-lo e ele é libertado sob alegação de problemas mentais, ficando em custódia de Buba Zanetti (Geoff Parry), braço direito de Toecutter.

Como vingança, Johnny sabota a moto de Jim “Goose”, causando um acidente em alta velocidade; mas Jim consegue sobreviver e tenta levar a moto para a oficina da MFP pegando carona numa picape de um lavrador. Johnny tenta cumprir sua missão e intercepta Jim “Goose”, tirando-o da estrada e incendiando os destroços, queimando-o vivo. Jim sobrevive, e Max vai vê-lo na UTI do hospital, ficando chocado ao ver o parceiro todo queimado, e imediatamente informa “Fifi” que está abandonando a MFP para salvar sua sanidade. “Fifi” o convence a tirar férias em vez de se demitir, e voltar depois que se recuperar.

Max pega sua esposa Jessie (Joanne Samuel) e seu pequeno filho “Sprog” (termo australiano para “criança”, Brendan Heath), e partem numa viagem para o campo. Com um pneu furado, Max vai atrás do conserto, enquanto Jessie vai tomar sorvete com Sprog, mas encontra membros da gangue de Toecutter, que a assediam, mas eles conseguem escapar, e se instalam numa remota fazenda de uma idosa amiga, May Swaisey (Sheila Florence).

No entanto, a gangue consegue encontrar o carro na fazenda de May e perseguem Jessie no bosque e capturam Sprog, enquanto Max tenta localizá-los. May ajuda Jessie a libertar o menino e o trio foge no carro em que vieram, mas ele quebra na rodovia, e Jessie pega Sprog e sai correndo pela estrada, sendo atropelados pelas motos da gangue, Sprog morre na hora e Jessie fica mortalmente ferida, e é levada à UTI em estado comatoso.

Max passa uns dias sozinho, em casa, e em dado momento, decide se vingar, veste novamente seu uniforme policial e se apossa do Pursuit Special, sem autorização, para perseguir e eliminar os membros da gangue que acabaram com sua família e seu parceiro.

Ele persegue e elimina diversos deles, e acaba caindo numa emboscada armada por Toecutter, Bubba e Johnny the Boy. Bubba atira na perna de Max, e passa por cima do seu braço quando ele está caído no asfalto, mesmo assim, consegue atirar em Bubba com sua espingarda de cano serrado. Toecutter e Johnny fogem, com Max se arrastando para o carro e perseguindo Toecutter, até que ele bate de frente com um caminhão e acaba eliminado. Restando Johnny the Boy, Max passa dias e noites pelas estradas na sua caçada, e finalmente o encontra junto a um carro acidentado, roubando as botas do motorista morto.

Max o domina, e mesmo pedindo misericórdia, ele o algema pelo tornozelo no carro capotado. Pega uma calota e a põe no fio de gasolina que vaza do tanque. Acende isqueiro de Johnny, dá um arco de serra a ele e diz que a gasolina vai se inflamar em 10 minutos, mas cortar o tornozelo leva 5 minutos, se quiser sobreviver.

O filme fecha com a cena de Max se afastando do local enquanto ocorre uma enorme explosão atrás dele. 

DA MINHA COLEÇÃO


Interceptor 1:43

Os Interceptor são da Greenlight, na escala 1:43 e 1:64. Na escala maior, o detalhamento é melhor, o casting é muito bem feito, e reproduz o carro do primeiro filme de Mad Max. Ele não tem partes móveis, mas vem numa base e caixa de acrílico. 

Interceptor 1:64

O modelo em 1:64 tem menos detalhes, mas é o mesmo casting na escala menor, e acaba sacrificado pela proporção, mas é uma bela mini que consta na coleção.  

https://driving.ca/auto-news/news/the-original-ford-interceptor-from-mad-max-is-up-for-sale

https://www.carandclassic.com/magazine/mad-max-pursuit-special-the-cars-the-star/

https://jesusbehindthewheel.com/2020/02/10/original-screen-used-mad-max-interceptor-is-for-sale/

https://en.wikipedia.org/wiki/Mad_Max_(film)

https://www.imdb.com/title/tt0079501/