terça-feira, 27 de agosto de 2013

Crenças e Sentimentos; Princípios e Valores.





Tenho observado que as crenças que temos (ou desenvolvemos durante a vida), são fundamentais para guiar nossas decisões frente aos dilemas pessoais. Sejam eles ligados à vida profissional ou pessoal, aquilo em que acreditamos influencia os objetivos que desejamos atingir, os meios que usaremos para chegar lá, e o modo que agiremos quando o conseguirmos.
Falamos então de Visão, Missão e Valores para classificar aspirações, sentimentos, a busca de recompensas e realizações na curta vida que temos neste mundo.
Tudo é muito bonito e elogiável na teoria, mas a prática nos mostra que a competitividade da sociedade humana atual faz cair por terra todos os maiores conceitos sobre solidariedade, altruísmo e cidadania. O que dizer então quando está em jogo um salário mensal de cinco dígitos? Ou uma possibilidade não tão correta de obter ganhos financeiros elevados com pouco investimento?
Do que não abrimos mão para manter o nosso ‘status quo’? O carro novo, a escola das crianças, as férias em Orlando, o tênis duas vezes por semana, restaurantes e uma adega de vinhos?
Para aqueles que estão em ascensão social, ter sua casa própria, um carro na garagem, fazer academia, uma TV de 50 polegadas, fazer uma faculdade...
Enfim, todos temos aspirações, e os sentimentos associados a estes objetivos que nos colocamos na vida surgem de nossas crenças, do que aprendemos que é certo ou errado (hoje, cada vez “mais ou menos certo ou errado”), dos princípios que assumimos para nós mesmos, e dos valores resultantes de tais princípios.
São estes que guiam nossas decisões quando temos questões para resolver.
Honestidade tem a ver com Verdade. Uma pessoa honesta sempre fala a verdade, mesmo que ela possa colocá-la numa aparente desvantagem momentânea. Digo aparente, pois a longo prazo, o benefício é claro: ela criará uma reputação de confiabilidade e integridade que não tem preço. Termos como “meia-verdade” ou uma “pequena mentira” já não são Verdade: são mentiras e ponto final.
Lealdade tem a ver com Fidelidade e Comprometimento. Uma pessoa leal se apega aos seus compromissos, tanto com outras pessoas, como com as atividades que exerce. Claro que a Lealdade precisa estar associada à Honestidade, senão ela seria desvirtuada, como a lealdade entre um traficante de drogas e seus capangas, ou entre um político corrupto e seus comparsas de fraudes.
Por isso, vemos cada vez mais pessoas com princípios, porém com seus valores distorcidos, devotadas a buscar objetivos questionáveis, utilizando para isso todos os meios (válidos ou escusos) para atingi-los.
Pessoas que criam visões de um mundo egoísta, onde não há lugar para o altruísmo ou solidariedade, onde o amor ao próximo só tem lugar no discurso de outros, e a bondade ou humildade são para os fracos de caráter...
Apesar de um cenário nada animador, tenho firme esperança de que as pessoas podem mudar. Tudo e todos tem o seu tempo, e as mudanças podem ser feitas, e nada mais correto do que aquela frase que diz:
“Se quiser mudar o mundo, comece com você mesmo”.
Mude, mude sempre, mas sem perder os seus valores. São eles que fazem a diferença na hora de tomar decisões na sua vida. São eles que podem fazê-lo feliz, e quem é que não quer conquistar a felicidade?

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Ih, esqueci!



Em certa ocasião, quando perguntaram a Einstein onde morava, ele pediu uma lista telefônica, o que gerou a pergunta: “Você não sabe nem o endereço de sua casa?”
A resposta de Einstein foi: “Esta informação está acessível na lista telefônica. Não ocupo meu cérebro para guardar informações que não preciso”
Lembrar-se de todos os compromissos e tarefas, ler e responder os e-mails, estar conectado pelo celular, marcar o dentista, lembrar do aniversário de casamento, pagar as contas da casa, fazer a manutenção do carro, e acompanhar o dia-dia das crianças ocupam boa parte de sua mente para lembrar-se de tudo o que tem para administrar em um curto período de tempo.
O que dizer então da memória de longo prazo, se faz um curso ou treinamento, lê um livro, ou faz planos para as férias daqui a seis meses; ocupam também sua mente, e não raro, acabamos exclamando a frase-título deste post...
Não se lembrar de onde deixou o celular na hora de sair de casa; ou ficar cismado se trancou o carro quando o deixou na rua, são pequenos lapsos de esquecimento que não nos devem preocupar demasiadamente. Falta de organização ou desatenção podem muito bem ser a causa deste tipo de situação.
Apenas se isso começa a se agravar, com o aumento da repetição ou o esquecimento de fatos importantes, devemos consultar um médico e averiguar o que pode ser a causa disso.
Lidar com o volume de informações que temos hoje certamente se torna desafiador para os nossos cérebros. Perceber, avaliar, priorizar e responder aos milhares de estímulos diários que recebemos, desde o momento em que despertamos, saímos de casa, realizamos as atividades diárias e retornamos ao lar é uma carga que aumenta a cada dia que passa.
Por isso nos sentimos tão cansados, mesmo que não façamos tanta atividade física. O estresse resultante desta aceleração cobra seus tributos fazendo o cérebro desligar, ou “apagar” certos setores, para economizar energia.
Claro, como um músculo, nossa mente precisa de atividade para se manter em boas condições; com o passar do tempo, manter o cérebro ocupado pode prevenir danos maiores pelas doenças que surgem com a velhice; tal como o Mal de Alzheimer, ou outros distúrbios de memória.
Intercalar com períodos de descanso, ter uma alimentação equilibrada, são fatores que ajudam a manter sua saúde em forma.
Providências simples, tal como alistar as tarefas que tem a fazer durante o dia, anotar seus compromissos em uma agenda, usar os recursos de seu celular para lembrar-se deles meia hora, uma hora antes, são maneiras de evitar a famosa frase: “Ih, esqueci”, quando já é tarde demais.
Nossos cérebros são fantasticamente poderosos, mas precisam de uma pequena ajuda para que tenham um desempenho satisfatório.
Seja mais organizado, melhore sua concentração, alimente-se equlibradamente, faça atividade física e descanse ou durma o necessário; e verá que poderá lidar com os terabytes de informação diários que jorram sobre nós todos os dias.