O filme que retomou a franquia de Fast & Furious, reunindo o cast original, agora produzido pelo próprio Vin Diesel, depois das discordâncias que afastaram o elenco em 2 Fat 2 Furious e Tokyo Drift. Posicionado na cronologia cinco anos após o primeiro filme e antes dos eventos de Tokyo Drift, o filme foi um sucesso quando foi lançado em 3 de abril de 2009: bateu diversos recordes de bilheteria no mercado americano e no restante do mundo, encerrando a fase de lançamento com um faturamento bruto de US$ 155,1 milhões nos Estados Unidos e Canadá, e US$ 360,4 milhões no total mundial, tornando-se o 17º filme de maior bilheteria de 2009. Também, é o quarto maior faturamento da franquia, atrás de Furious 7, Fast & Furious 6 e Fast Five.
Quando foi anunciada a produção de Fast & Furious
4, o curta-metragem “Los Bandoleros” começou a ser planejado, para ser uma ligação
com o primeiro filme de 2001, explicando como Dom foi parar na República
Dominicana, depois que Brian lhe deu as chaves do Supra para fugir. Tego
Calderón e Dom Omar, contribuem com sua música na trilha sonora e participam
como Tego Calderón e Rico Santos (em F&F 4 e Fast Five), comparsas de Dom
junto com Han Lue e Letty Ortiz. A mesma música foi utilizada no jantar de Dom,
Mia e Brian (F&F 4), e aparece no churrasco ao final do sexto filme.
Um detalhe que foi muito comentado entre os países de
língua hispânica foi a cena em que Dom visita o túmulo de Letty, e a inscrição
na lápide diz “Leticia Ortiz”. O motivo é que “Letizia Ortiz”, com “z” era uma
jornalista que em 22 de maio de 2004 se tornou Princesa da Espanha, ao se casar
com o Príncipe Felipe (filho do rei Juan Carlos de Borbón da Espanha), e
posteriormente ser coroada Rainha Letizia e Rei Felipe da Espanha em 19 de
junho de 2014.
Plot
Dominic Toretto e sua equipe estão na República Dominicana, e o filme abre com eles roubando combustível de caminhões tanque nas estradas, em que pilota o Buick Grand National preto. Ele suspeita que a polícia está perto de capturá-lo, e foge para a cidade do Panamá, e um tempo depois, recebe uma ligação de Mia, dizendo que Letty foi assassinada.
Ele volta para Los Angeles e reencontra Mia e Brian,
que está atrás de Arturo Braga, chefe do tráfico de heroína que traz do México
usando pilotos de corrida através de túneis na fronteira. Dom descobre que Mia trabalhava
para Braga e Fênix, um dos capangas de Braga, foi o responsável pelo acidente
que matou Letty.
Dom e Brian conseguem se alistar como pilotos do
tráfico de Braga e ao entregar a carga, conseguem se apoderar de US$ 60 milhões
do pagamento da heroína. Na operação de troca do dinheiro de Braga pela heroína,
“Campos” se revela como Braga, e consegue fugir de volta ao México.
Brian e Dom vão atrás de Braga e conseguem
sequestrá-lo na igreja. Gisele Yashar (Gal Gadot estréia na franquia) ajuda Dom
e Brian, e acaba depois fazendo parte da equipe. Fugindo dos capangas de Braga,
vão para o deserto para atravessar a fronteira pelos túneis, e Brian destrói
seu carro na disputa. Fênix alcança Bryan e antes que ele consiga atirar em Brian,
Dom joga seu carro contra ele, matando-o prensado com seu carro.
O filme termina com a prisão de Dom e apesar dos
pedidos de clemência e por conta da ajuda dele em capturar Braga, Dom é julgado
e condenado a 25 anos de prisão. No trajeto do ônibus que leva Dom e outros
prisioneiros a Lompoc, Brian, Mia, Leo e Santos chegam em seus carros para interceptá-lo.
Dom sorri e imediatamente reconhece o som do motor de seus carros.
Buick Regal Grand National
O Buick Grand National aparece na introdução de Fast & Furious 4, é um modelo 1987, com o design da segunda geração (plataforma G-Body RWD, de 1978 a 1987) do Buick Regal, mas customizado para o visual do GNX. A versão Sport Coupe surgiu em 1978, com motor turbocomprimido de 150 ou 165 hp, e a potência foi subindo com os anos, aumentando para 175 hp em 1982 e 180 hp e, 1983. O carro fazia sucesso na NASCAR, conquistando os campeonatos de 1981 e 1982; e a GM pegou carona neste sucesso criando a versão Grand National, expressão que designava o campeonato da NASCAR até 1986. O carro normal tinha um motor v6 naturalmente aspirado de 252 cid (4,1 litros) com 125 hp a 4000 rpm e 205 lb-ft de torque a 2000 rpm; mas dos 215 Grand Nationals produzidos em 1982, 35 tinham o pacote do V6 turbo de 231 cid (3,8 litros) com 175 hp a 4000 rpm e 275 lb-ft de torque a 2600 rpm.
Buick T-Type, 1983 |
No ano de 1983 não houve a versão Grand National, sendo denominada T-Type, cujo V6 produzia 180 hp a 4000 rpm e 280 lb-ft de torque a 2400 rpm. O ganho de potência se deveu a um escapamento de menor restrição, cabeçotes de aço inoxidável e outros aperfeiçoamentos, como um novo câmbio de quatro marchas com overdrive 200-4R, novos freios e sistema de direção revisto, além de novas barras estabilizadoras de maior diâmetro, molas e amortecedores revisados.
Para 1984, a denominação Grand National retorna e todos são pintados de preto. O V6 turbo ganha injeção de combustível sequencial, distribuidor e ignição computadorizada, atingindo 200 hp a 4400 rpm com 300 lb-ft de torque a 2400 rpm. O pequeno V6 fazia frente aos grandes V8 da montadora, pois fazia o quarto-de-milha em 15,9 segundos; enquanto o Camaro V6 marcava 17,0 segundos e o Corvette cravava 15,2 segundos para cobrir os 402 m. Muitos preparadores conseguiam bater nos 13 segundos, com poucas alterações no motor.
Em 1985 o modelo não sofreu grandes alterações, mas em 1986 chegou o motor com intercooler ar-ar, gerando 235 hp a 4000 rpm com 330 lb-ft de torque a 2400 rpm. O ano de 1987 foi o melhor para o Grand National, com 245 hp e 355 lb-ft de torque no motor, vendeu 27.590 unidades da versão turbinada. No último ano desta geração, a Buick disponibilizou a opção de motor V8 307 cid (5,0 litros) estendendo a produção até dezembro de 1987, ao passo que já comercializava a versão 1988 na plataforma W com tração dianteira.
A derradeira versão deste icônico carro foi a GNX
(Grand National Experimental), produzida em 547 unidades, numa parceria com a
McLaren Performance Technologies/ASC (braço americano da McLaren inglesa).
As mudanças feitas no Buick foram muitas. Os turbos
foram substituídos pelos Garret AirResearch T-3 com lâminas de cerâmica, mais
eficientes; um intercooler de maior capacidade, com tubulação de “Cermatel” (revestimento
composto de cerâmica/alumínio). Os escapamentos de menor restrição com duplos
abafadores, a transmissão Turbo Hidramatic 200-4R reprogramada com um novo
conversor de torque e radiador de óleo exclusivo para o câmbio; diferencial
revisado com barra de torque que alterava a geometria da suspensão traseira,
mantendo a carroçaria sem afundar nas acelerações, e mantendo as rodas no solo,
conseguindo melhor tração. O exterior ganhou entradas de ar em cada para lama
dianteiro, rodas de 16 polegadas calçadas com pneus VR, e remoção de todos os
emblemas. O painel de instrumentos analógico foi refeito pela Stewart-Warner Gauges,
incluindo o mostrador do Turbo-Boost. Assim configurado, o motor batia nos declarados
280 hp com 49,8 mkgf de torque; mas alguns comentavam que ele passava dos 300
hp.
O modelo assim preparado foi testado pela Dragstrip
Performance, conseguindo marcas melhores do que Ferrari F40 e o Porsche 930 no
quarto-de-milha. Cravou 12,7 segundos a 113,1 mph (182 km/h), contra 13,0 e
13,5 segundos respectivamente. Na marca de 0-60 mph (97 km/h) marcou 4,6
segundos, contra 5,0 e 4,9 segundos respectivamente.
Com sua pintura preta, o Buick Grand National e o GNX
acabaram sendo apelidados de “Darth Vader Car”, e também “Dark Side”, devido à
popularidade dos filmes Star Wars na época.
O carro de produção em F&F4
A equipe de produção construiu oito unidades do Buick Grand National, muitos dos quais eram modelos Regal adaptados para o visual do Grand National GNX, mesmo o Hero Car era um Grand National customizado pela produção. Este exemplar foi leiloado pela Mecum Auctions em 2015.
Todos receberam freios CNC com pinças Wilwood na
traseira para facilitar as manobras exigidas no planejamento do filme. Um par
deles tinha motores Chevy V8 no lugar dos V6.
O exemplar mais curioso dos sete Stunt-cars era o que
tinha a carroçaria montada inversamente no chassi, assim podia ser pilotado em
velocidade em marcha-a-ré. O motor ficou no porta malas traseiro, e nessa
unidade os turbos foram removidos. O assento do piloto real, enquanto Dominic
estava “ao volante”, ficava no lado direito do banco traseiro, com o volante e
os pedais de freio e acelerador. Um deles está na Dezer Collection no Florida
Museum; do outro não há informações do seu destino, apenas que trocou de mãos
por diversas vezes.
Da minha coleção
O Buick Grand National aparece na introdução de F&F 4, pilotado por Dominic Toretto para roubar caminhões-tanque de combustível na República Dominicana. O modelo tem o capô removível, mostrando o motor V6 3,8 litros com dois turbos.
Na cor preta com visual sinistro, que se tornou tradicional no modelo, tem um detalhamento razoável, visto que o original não tinha uma decoração na carroçaria, a Mattel poderia caprichar nos faróis, lanternas e espelhos retrovisores.
O casting foi lançado em 2007, feito por Jun Imai, e foi refeito em 2011, perdendo o capô removível, mas até 2015, as duas versões foram utilizadas pela Hot Wheels em várias decorações, e a versão com o capô removível saía em Series Premium. A partir daí, até 2018, nenhum modelo com partes móveis foi lançado pela Mattel.
Referências:
https://hotwheels.fandom.com/wiki/Buick_Grand_National
https://fastandfurious.fandom.com/wiki/1987_Buick_Grand_National
https://fastandfurious.fandom.com/wiki/Fast_%26_Furious_(film)
https://en.wikipedia.org/wiki/Fast_%26_Furious_(2009_film)
https://hotwheels.fandom.com/wiki/Fast_%26_Furious_Series#2013
https://en.wikipedia.org/wiki/Los_Bandoleros_(film)
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