Dick Landy corria com carros da Chrysler, e conseguiu várias vitórias nos campeonatos da NHRA. Saiba quem foi Dick Landy e conheça o Dodge Coronet com que correu antes do Dart. Veja a matéria mais completa no link do meu Blog:
https://leotogashi.blogspot.com/2025/06/dick-landy-e-seu-dodge-coronet-1965.html
Os Dodge Dart utilizado por Dick Landy era da quarta
geração (1967-1976) do modelo, posicionado no segmento dos compactos no mercado
americano, com 111 polegadas (2.819 mm) de entre eixos, e pesando entre 1.315 e
1.591 kg nas diversas configurações, era muito bom para receber motores maiores
e mais potentes para as corridas de arrancada.
Esta geração foi reestilizada, com um novo sistema de
direção, aumento das bitolas e novo design do subchassi dianteiro, para
acomodar motores maiores neta plataforma. A frente, traseira e laterais foram
renovados, e um detalhe que chamava atenção era o vidro traseiro, em formato
côncavo, entre as colunas C mais largas.
![]() |
| Dodge Dart, coupe 1968 |
As configurações de carroçaria eram sedan de duas e quatro portas; hard-top e cupê de duas portas e o conversível de duas portas. Em termos de motorização, começava com três versões de seis cilindros (170, 198 e 225 cid – respectivamente 2,8 L, 3,2 L e 3,7 L); quatro versões do LA V8 (273, 318, 340 e 360 cid – 4,5 L, 5,2 L, 5,6 L e 5,9 L); dois RB V8 (383 e 440 cid – 6,3 L e 7,2 L), e por fim o 2G Hemi V8 de 426 cid (7,0 L). As transmissões podiam ser a manual de três ou quatro velocidades, e a automática TorqueFlite de três velocidades.
Em 1968, as normas de segurança obrigaram os
fabricantes a instalarem colunas de direção articuladas e não invasivas em caso
de acidentes, cintos de segurança de três pontos, luzes de posicionamento nas
laterais dos para lamas dianteiros e traseiros, acabamento em preto fosco nos
braços dos limpadores de para brisa, além do sistema de controle de emissões
para redução dos níveis de poluição.
Esta geração também foi fabricada no Brasil, entre 1969
e 1981, quando a Chrysler saiu do país e vendeu suas operações para a
Volkswagen.
O destaque do modelo 1968 era o Hemi Dart, uma versão que só existiu neste ano, de código L023, preparados pela Hurst, com o motor 426 cid (7,0 L), voltados para as corridas de arrancada, foram vendidos pela Dodge com um termo de isenção de responsabilidades de que não eram para uso em ruas, mas sim em “testes de aceleração supervisionados” (entenda-se “corridas de arrancada”) e sem garantia de fábrica. Apenas 80 exemplares foram comercializados pela Chrysler para pilotos de arrancada. Dick Landy conseguiu dois: um com câmbio automático, que foi pilotado por seu companheiro de equipe Bob Lambeck, e o outro com câmbio manual de quatro marchas, com que Landy correu na Super Stock em 1968 e modificou o carro para correr na classe de Produção Modificada em 1969.
Anunciados como um programa piloto para as corridas de dragsters, a versão hard-top assim equipada foi homologada para competir na classe B Super Stock; atingindo a máxima de 130 mph (209 km/h) em menos de 11 segundos; e o quarto-de-milha (402m) na faixa entre 10 e 11 segundos. Testes e avaliações posteriores indicavam que os modelos faziam abaixo disso, entre 9 e 10 segundos.
Isso foi possível devido ao baixo peso, com uso do
capô (com uma entrada de ar funcional) e para lamas em fibra de vidro; portas
com chapas de aço mais finas, assim como os vidros das janelas, que não tinham
o mecanismo de baixar/levantar, apenas uma alça que os mantinham na posição
fechada. O banco traseiro era ausente, e os dianteiros eram de uma van da
Dodge. Outros itens ausentes eram o console central, revestimento acústico,
sistema de aquecimento, espelhos retrovisores, rádio, carpetes e apoios de braço,
tudo para economizar no peso.
O Hemi V8 tinha especificações de corrida: taxa de compressão de 10,25:1; alimentação por dois carburadores Holley quádruplos, coletor de admissão de alumínio Crossram, gerando 425 hp a 5000 rpm, com um torque de 490 lb-ft a 4000 rpm. A bateria de alta capacidade foi deslocada para o porta-malas para contribuir na distribuição de peso.
As transmissões podiam se manuais de quatro velocidades ou automáticas de três. Os diferenciais eram Dana-60 com eixo mais resistente, e relação de 4,88:1; a embreagem era reforçada, com carcaça de aço, eixo de torque e pivôs especiais, as alavancas eram da Hurst, sempre montadas no piso.
Já as transmissões automáticas eram o novo 727 TorqueFlite
de três velocidades, com seção central de cujo pinhão tinha 8 ¾ polegadas com
relação de 4,86:1; e um conversor de torque de alta velocidade de 2600 rpm, e
vinham com alavanca no piso.
As suspensões tinham amortecedores reforçados,
radiador com ventoinha de sete pás, e polias com ranhuras mais profundas, bomba
de óleo de alta capacidade, comandos de válvulas acionados por correntes, e um
sistema de distribuição transistorizado, acoplado a uma ignição Prestolite com
cabos de núcleo sólidos.
Os Hemi Dart, assim como os carros de arrancada, mudavam de mãos e muitas vezes se chocavam nos muros e viravam sucata. Dick Landy vendeu seu Dart, e acreditava que seu carro havia sido destruído num incêndio, mas quando Daryl Klasse, o contactou em 1996, dizendo que o carro que estava restaurando era dele, não acreditou.
"Ele era muito legal e conversávamos sobre
corridas", disse Klassen. "No final de cada conversa, ele dizia:
'Desculpe, Daryl, você não tem meu carro'." Apesar disso, Klassen tinha
certeza de que sim. Tudo começou quando ele lixou um pouco da tinta. Os carros
LO23 chegaram aos pilotos em primer, então lixar para encontrar esquemas de
pintura antigos pode dar uma pista sobre quem foi o primeiro piloto a fazer
campanha com o carro. Quando Klassen começou a lixar, ele encontrou prata, depois
laranja, depois azul. "Eu cresci assistindo corridas de arrancada",
disse ele. "Eu sabia que essas eram as cores de Dick Landy."
Ele estudou fotos antigas e viu que Landy, com seu hábito de tornar todos os seus carros um pouco mais chamativos do que a concorrência, havia adicionado molduras na cavilha das rodas e um pequeno emblema Hemi na porta. "Tirei o painel da porta e vi os vermes Bondo no interior, onde os buracos haviam sido preenchidos. Encontrei os orifícios dos parafusos nas cavas das rodas da moldura. A cada nova descoberta, Klassen ligava para Landy e, eventualmente, Landy cedia, procurava os números e ficava encantado ao descobrir que Daryl realmente tinha seu carro.
Assim que se espalhou a notícia de que não era apenas um dos 80 Super Stock Dart, mas um dos dois Landy Super Stock Dart, outros colecionadores começaram a fazer ofertas de Klassen que ele não podia recusar. O carro chegou ao colecionador Pat Goff, que o restaurou para uma especificação do final de 68 antes de ir para o entusiasta do automobilismo Todd Werner, cuja coleção estava no bloco no evento Mecum. O Dodge Dart de Dick Landy foi a leilão pela Mecum Auctions, de Harrisburg, PA que ocorreu de 31 de julho a 3 de agosto de 2019, por US$ 220.000 (R$ 1.200.000 pela cotação de Out/2025).
Da minha coleção
O Dodge Dart de Dick Landy é uma mini Hot Wheels, da Serie Vintage Racing, de 2011. O casting foi feito por Larry Wood, e a decoração reproduz o modelo que correu na temporada da NHRA (National Hot Rod Association) de 1968. Ele vem com a tomada de ar no capô que era de fibra de vidro, e vem com diversos logos de produtos usados nas corridas, muitas vezes, a Mattel reduz as decorações por motivo dos custos de licenciamentos de cada marca, mas este modelo ficou bem fiel ao original.
O outro Dodge Dart é da Série Compact Kings, de 2025.
Tem uma decoração utilizando o logo MOPAR (Motorsport Parts), que era a divisão
da Chrysler que disponibilizava as peças de alto desempenho para os que
desejavam colocar os carros da Chrysler nas pistas.









_20cm.jpg)
_15cm.jpg)
_40cm.jpg)
_20cm.jpg)
_20cm.jpg)
_15cm.jpg)
_40cm.jpg)
_20cm.jpg)
_20cm.jpg)
Nenhum comentário:
Postar um comentário