segunda-feira, 12 de junho de 2017

Carros e Filmes - Batmóvel 1966 do Seriado de TV - Parte 2

Ao final de 1965, a Twentieth Century Fox Television e a Greenway Productions, de William Dozier contratou o renomado personalizador de carros Dean Jeffries, em Hollywood, para projetar e construir um “Batmóvel”, visto que planejavam produzir uma série do Batman para a TV. Ele começou a trabalhar num Cadillac 1959, mas quando o estúdio quis colocar o programa no ar em janeiro de 1966, antecipando o prazo que ele havia dado para o carro ficar pronto, Jeffries saiu do projeto. Então, Charles Fitz Simons (da FOX) e Ike Danning (do Depto. de Transportes da FOX) contactaram George Barris; e o trabalho foi passado para a Barris Kustom City, a empresa de Barris.
Em 1954, o protótipo Futura, um carro-conceito, foi projetado sob a direção de Bill Schmidt e John Najjar Ferzely, estilistas da Ford Motor Company, e construído artesanalmente pela Ghia Body Works, em Turim, Itália, ao custo de US$ 250.000 (equivalente a US$ 2 milhões em 2009). No ano seguinte, 1955, a Ford apresentava no Chicago Auto Show o Futura, ostentando uma suave cor verde perolizada. Diferentemente de outros carros conceito, o Futura era totalmente funcional, com um motor Lincoln de 368 polegadas cúbicas, num chassi do Lincoln Mark II.
Em 1959, o carro fez uma aparição no filme “It started with a Kiss” estrelado por Debbie Reynolds e Glenn Ford; pintado de vermelho, porque a cor original perolizada não ficava bem nas gravações. Depois disso, o carro ficou esquecido e possivelmente seria destruído, como muitos exemplares similares. No entanto, ele foi vendido para George Barris, por apenas US$ 1, juntamente com “outras coisas mais valiosas”. Barris não fez uso dele por anos, e o carro ficou abandonado atrás da oficina de Barris e estava se deteriorando com o tempo.
Numa breve reunião, Bill Dozier e George Barris definiram que a Fox pagaria as despesas para a construção do Batmóvel, e a Barris Kustom Cars o alugaria para a Greenway em base semanal para as filmagens. Eddie Graves, artista da 20th Century-Fox elaborou alguns esboços e passou para Barris. “O diretor de arte trouxe as idéias que nós precisávamos: a luz de emergência, a turbina flamejante na traseira, a serra no nariz do carro, etc” disse Barris. “Nós demos à Fox um Batmóvel bem diferente do que Bob Kane imaginara”.
Em 20 de agosto de 1965, quando Barris pegou o desafio de preparar o Batmóvel para a Serie de TV, ele se lembrou do Futura, para ganhar tempo e modificar um carro já existente. Herb Grasse, que trabalhava com Barris, ficou com a tarefa de definir os elementos do design e em cinco dias, 25 de agosto, foram apresentados dois sketches para a direção da FOX. O contrato para construir o Batmóvel foi assinado em 01 de setembro de 1965, e Bill Cushenberry foi contratado para fazer as modificações em metal. “Eu o escolhi por causa de sua experiência e habilidade de trabalhar com o material. Ele é um dos melhores em sua especialidade”, disse Barris.
Cushenberry terminou as modificações em três semanas e trabalhou em sua própria oficina, pois a de Barris estava lotada de carros ao custo de US$ 30,000. Em 11 de outubro de 1965, foi apresentado à produtora ainda pintado apenas em “primer”. Logo depois, ganhou um revestimento em preto aveludado com as faixas vermelhas fluorescentes.
“Eu incorporei uma bat-face esculpida no nariz do carro, por isso você vê as orelhas do morcego onde estão os faróis. A boca são as entradas de ar, e as asas você vê nas barbatanas sobre os para-lamas traseiros”, comentou Barris. Cushenberry comentou: “O carro teve de ser desmontado todo, porque estendi as barbatanas começando na parte superior das portas. Refiz os arcos das rodas deixando-os iguais e refiz o nariz do carro como se fosse o focinho de um morcego. Eu tinha a máquina de solda e um martelo pneumático, cortava e soldava pedaços de chapa e usava o martelo para dar a forma que eu imaginara. Foi um trabalho de escultor”.
“O departamento de adereços da 20th Century-Fox trabalhou conosco para que algumas coisas fossem incorporadas do script para os efeitos especiais: o Radar no arco sobre a cabine, o produtor de fumaça, assento ejetável, o lançador de perfuradores de pneus, o ejetor de óleo, e outras coisas mais. Eles sugeriram os canhões lançadores de mísseis na traseira, até as calotas prateadas com os morcegos vermelhos preparadas pela Center Engineering”, finaliza Crushenberry.
Enquanto Lorenzo Semple Jr, finalizava o script para o episódio piloto de Batman, ele escreveu ao produtor Bill Dozier, entusiasmado, em 6 de agosto de 1965: “Posso dizer a você que criamos um novo astro de TV absolutamente garantido: o Batmóvel”. A versão de Semple do Batmóvel trazia embutido nele o “american dream”: o exemplo definitivo do carro-que-é-a-extensão-do-seu-dono. “O Batmóvel é negro, uma máquina poderosa, mais rápido do que qualquer coisa nas estradas. Ele é muito chamativo, flamejante como um carro da polícia ou dos bombeiros, ao perseguir os bandidos. Seu motor a turbina atômica pode leva-lo a velocidades que jamais sonhamos, e pode despistar os perseguidores com uma cortina de fumaça. É algo que Bob Kane jamais imaginou para o Batmóvel. Estamos criando uma lenda!” escreveu ele.
O Batmóvel ainda com os filetes brancos.
Ao ser apresentado à equipe de produção, devido ao curto período de tempo para preparação, o carro estava apenas com a pintura em ‘primer’, sendo depois pintado de preto para começar as filmagens. “Todo o carro ficou muito escuro, e na tela, os detalhes que elaboramos ficaram camuflados naquele carro todo preto. Tentamos destacar alguns detalhes filetando algumas linhas com a cor branca, mas não melhorou o aspecto geral do carro. Então aplicamos faixas vermelhas fluorescentes nas aletas traseiras, e o resultado ficou muito bom. Elas foram aplicadas nos detalhes do carro conforme podem ver, ficou excelente para as gravações”.
Barris havia equipado o Batmóvel com pneus Mickey Thompson de corrida, mas eram pneus já usados pelas equipes e descartados porque não serviam para novas corridas, mas custavam US$ 1,000 cada. Durante as filmagens do episódio piloto, o dublê dirigia o carro saindo da Batcaverna e um cavalete que deitava impedia o acesso de curiosos ao local. Na primeira tomada, um dos pneus estourou, e não tinham um reserva. Dozier saiu correndo atrás de uma revenda Firestone e comprou oito unidades que serviam nas rodas, ficando assim como definitivas para o Batmóvel.
Assim que as filmagens começaram, vários problemas apareceram, devido à idade do carro. O motor superaquecia porque ficava ligado por longo tempo nas gravações, e a ventilação era insuficiente para refrigerar o motor, a bateria descarregava constantemente, com os ventiladores adicionais que foram instalados para ajudar a refrigerar o motor. Barris acabou montando um pequeno estoque de peças de reposição para reparar os inúmeros defeitos que o carro apresentava nas filmagens. No meio da temporada, o motor, cambio, diferencial, suspensão e sistema de direção foram substituídos por um do Galaxie.
Os para-brisas curvos foram mantidos, e a parte central que cobria o piloto e passageiro foi retirada, mas a curvatura excessiva deformava a visão à medida que se olhava para as laterais, e as cópias feitas tiveram esse efeito suavizado; mas no Futura original, as peças eram feitas de Lexon, que depois foram substituídas com novas peças feitas no molde preparado para as réplicas, mas em Plexiglass.
Hubie Kerns e Victor Paul foram os dublês que dirigiam o Batmóvel nas filmagens no lugar de Adam West e Burt Ward, respectivamente. Segundo Kerns, o Batmóvel/Futura “era uma peça de ferro-velho, pela idade do carro (era de 1954), e de tantas modificações que a produção fez nele, era um carro obsoleto antes de começar a ser usado no seriado”. As alterações e equipamentos o deixaram bem mais pesado, e o motor e direção não eram adequados para o peso do carro, limitando a velocidade e as manobras nas poucas perseguições que foram gravadas.
O fato interessante é que Barris jamais deixou de ser o dono do Batmóvel #1. Ele alugou o veículo para a Fox, para as produções, e após o final da Serie de TV, o carro foi para o museu de Barris na California, ficando exposto na Cayman Motor Museum, na Ilha de Grand Cayman. Os demais estão em coleções privadas.
Com o sucesso do seriado na TV, vários pedidos para exibição do Batmóvel em diversos pontos do país chegavam à produção da Fox. Seria impossível atender à demanda destas exibições com apenas um carro, e este sendo utilizado para as filmagens em tempo integral. Usando o Batmóvel #1 como molde básico, Barris construiu mais três réplicas em fibra-de-vidro, usando chassis, motor e câmbio do Ford Galaxie 1965 e 1966. Dois deles foram utilizados para fins promocionais e o terceiro para corridas de Dragster. Mais tarde, Barris adquiriu uma quarta réplica, um carro feito em metal sobre uma base do Thunderbird 1956.
O Batmóvel #2 era equipado com um motor Ford V8 390 cid, e não tinha maçanetas de portas, nem faróis dianteiros. Este exemplar foi adquirido pelo Dr. Dave Anderson, de Virginia, e não foi reparado ou restaurado até hoje. Seu valor está avaliado em US$ 225.000.
O carro #3 também tinha o mesmo motor 390 cid, inicialmente tinha transmissão manual, mas depois foi adaptado um cambio automático, para ficar igual aos demais. Este exemplar tinha faróis e as maçanetas de portas, mas estas eram apenas figurativas, não sendo funcionais. O Batmóvel nº 3 foi adquirido e restaurado por Dennis M. Danzik, de Paradise Valley, Arizona. Comenta-se que ele pagou US$ 600.000 na compra. Danzik também possui a maioria dos Batmobiles usados no filme de Batman em 1989 (há um dado controverso, de que o exemplar faz parte da Coleção de Pat Hart, em Washington, Estados Unidos e também, que pertence à família Morris, de New Jersey, que o adquiriu por US$ 600,000).
A versão #4, preparada como Dragster, era pilotada por Wild Bill Shrewsberry. Este carro foi preparado pela oficina Holmam Moody, parceiro da Ford nas competições; com um motor V8 de 427 cid, dois carburadores quádruplos, uma caixa de velocidades Ford C6 automática, preparada pela Art Carr com uma relação de 5,14:1 no diferencial. O quarto-de-milha era coberto em cerca de 12 segundos, porque Shrewsberry gostava de sair em segunda marcha e fazer os pneus soltarem muita fumaça. A turbina traseira era funcional, alimentada por um tanque de gasolina ou querosene, que era bombeada para a abertura e incendiada por um acendedor elétrico. Este carro hoje é propriedade de Doug Jackson, do sudoeste da California (ou de Henderson, NV), Estados Unidos, que o adquiriu por US$ 217,000.
O mais controverso Batmóvel, chamado de #5, foi objeto de muita especulação com o passar dos anos. Era uma réplica feita em aço, construído a partir de um Ford Thunderbird 1958, por Jim Sermershein, que intencionava usá-lo para show locais. Com base em fotos do Futura dos anos 1950, ele transformou o carro em uma réplica do Lincoln Futura, um exemplar único, na cor vermelha.
O carro foi visto em uma dessas exibições por Michael Black, um dos homens que trabalharam na conversão inicial do Futura, com George Barris. Segundo Black, ele contatou Barris imediatamente, e logo depois, chegaram dois policiais e apreenderam o carro. Há comentários de que o fato foi mais amigável do que alguns relatam, e que Barris comprou o carro de Sermershein, ou que negociaram um acordo que permitiu a Sermershein manter o carro por um tempo.
Independentemente do que aconteceu na época, o carro acabou sendo propriedade de Barris, sendo armazenado nos fundos da loja de Barris por vários anos, exposto aos elementos climáticos. Nos anos 1980, Bob Butts, adquiriu o #5 de Barris, fazendo uma restauração completa nele, e depois o vendeu para a Sra. Scott Chinery, em 1989.
No decorrer do tempo, diversas alterações foram feitas em todos os exemplares, e nem sempre há registros exatos destas mudanças, especialmente o Batmóvel #1. Durante algum tempo, ele teve uma pintura fosco-aveludada denominada “Velvet Bat-Fuzz Black” da Metalflake, Inc. (alguns comentam que era para esconder as imperfeições da carroçaria), mas com o uso do carro nas filmagens, sofria danos e riscos muito facilmente. Em algum momento, a produção acabou repintando o carro com a sua cor preta brilhante definitiva. Vários gadgets foram feitos durante as filmagens do seriado, e os controles no painel eram modificados de acordo com os roteiros em que eles eram usados pela Dupla Dinâmica. No final do seriado, Barris  acabou montando um painel com todos os itens, mas eram apenas botões e alavancas falsas, pois alguns itens eram instalados e outros removidos no decorrer das gravações.
Barris patenteou o design do Batmóvel em 18 de outubro de 1966, e partir daí, passou a controlar todas as réplicas existentes, e impediu que outros construíssem um Batmóvel sem a sua autorização. Inclusive a produção de brinquedos e miniaturas foi bloqueada por Barris durante décadas, exceção da Corgi francesa, que produziu miniaturas do Batmóvel, Bat-Lancha e Batcóptero na escala aproximada de 1:50 de 1966 a 1983. Finalmente, após décadas, a Mattel/HotWheels consegue fechar um contrato com Barris, para a produção de miniaturas do Batmóvel 1966, e em 2007 lança ao mercado o mais famoso carro do Batman, na habitual escala 1:64 (US$ 0,98 no Wal-Mart) e também na escala 1:18, esta com dois tipos de acabamento, a padrão, mais simplificada e a versão Elite, bem detalhada e custando o dobro da mais simples.
Em 19 de janeiro de 2013, o Batmóvel original foi leiloado pela Barret-Jackson Auction e vendido para Richard Champagne, de Auwatukee, Arizona, pela quantia de US$ 4,62 milhões.

Especificações Técnicas
Peso: 4.500 lbs (2.041 kg)
Entre-eixos: 126 in. (3,20 m)
Comprimento 226 in. (5,74 m)
Largura: 90 in. (2,29 m)
Altura: 48 in. (1,22 m)
Motor: 390 cid (6,39 litros) Ford FE V8
Transmissão: B&M C-6 Automatic
Equipamentos:
Diversos equipamentos foram montados para as filmagens, tais como: Cortador de cabos montado no nariz do carro; Projetor de Bat-raios; Central Anti-Roubo; Bat-periscópio; Bat-visão, Ativador da Antena; Rastreador de Rádio da Polícia; Bomba automática de inflar pneus; Unidade de controle por Voz; Batcomputador remoto – link com o servidor da Batcaverna; Bat-fone; Bat-farois; Bat-Girador de emergência; Ativador Anti-Incêndio; Bat-Fumaça; Bat-Camera e outras traquitanas.
Com os dois paraquedas instalados na traseira (diâmetro de 3 m cada), o Batmóvel podia reduzir rapidamente sua velocidade e fazer uma curva de 180º para mudar de direção quando precisasse. Entre os dois paraquedas, havia a turbina que produzia chamas em fortes acelerações.
As placas utlizadas no Batmóvel no decorrer da série.
No decorrer da série, diversas placas identificavam o Batmóvel, sendo a mais comum a 2F-3567 (1966), depois teve a ZF-451, a TP-6597 e também a BAT-1. O volante do Futura foi trocado por um do Ford Edsel 1958, e outros equipamentos foram incluídos, como a rede no porta-malas, direção por controle remoto, câmera para visão traseira, abaixo da turbina, Bat-Raio, com capacidade de realizar várias funções; Extintor de Incêndio Automático, Bat-Computador no porta-malas, Inflador Automático dos Pneus, Cortina de Fumaça para despistar perseguidores, Bat-Aríete para derrubar portas reforçadas, Controle de Voz para pilotagem remota, Bat-Photoscope (em operação conjunta com o arquivo de Micro-Filmes da Batcaverna, podendo identificar os criminosos com o envio das fotos para o Batmóvel, o Bat-fone, conectado com a faixa de frequência de rádio da Polícia de Gotham, Rastreador (precursor do nosso GPS), acesso remoto ao Batcomputador e Travas anti-roubo do Batmóvel.
Réplicas do Batmóvel pela Fiberglass Freaks

Em outubro de 2010, a DC Comics autorizou a Fiberglass Freaks, de Logansport, Indiana, a construir réplicas oficiais do Batmóvel 1966. Estas réplicas foram vendidas para os aficcionados na Inglaterra, Itália, Canadá e Estados Unidos. Um deles foi leiloado pela R&M Auction por US$ 216,000. Um dos proprietários de um exemplar da Fiberglass Freaks é Mark Racop, fã do Batmóvel 1966 desde que tinha dois anos de idade. Ele havia construído seu primeiro Batmóvel 1966 quando tinha apenas 17 anos.


George Barris veio a falecer em 2015, aos 89 anos, vítima de câncer. Filho de imigrantes gregos, ele nasceu em Chicago, em 1925, e deveria herdar o restaurante da família quando crescesse, mas se mudou para a California quando fez 18 anos, onde abriu uma oficina de customização de carros com o irmão. Seu estilo colorido e espalhafatoso se refletia também nas modificações dos carros que fazia, e logo atraiu os olhares de Hollywood para o seu trabalho.

Entre os inúmeros carros que customizou para a indústria do cinema, certamente o mais famoso foi o Batmóvel de 1966; mas antes disso, já havia decorado o Porsche de James Dean em 1955, fez o calhambeque da Família Buscapé, o Black Beauty do Besouro Verde, o Munster Coach da Família Monstro, o carro dos Monkees, o K.I.T.T. (Super Máquina) de Knight Rider, o Torino de Starsky e Hutch, entre outros.


Adam West e Mark Hamill
Adam West, o ator que fez o Batman no seriado de 1966, faleceu em 09 de junho de 2017, aos 88 anos. West lutava contra uma leucemia, e recebeu inúmeras homenagens de atores famosos que encarnaram o personagem em anos recentes. Ben Affleck disse que "ele foi de um heroísmo exemplar", e que se lembrava dele como "um grande cara. Obrigado por mostrar a todos nós como ser o Batman". Mark Hamill (Luke Skywalker), que fez a dublagem do Coringa em Batman: The Animated Series escreveu no seu Twitter: "#Adamwest era um ator maravilhoso e muito gentil. Tenho muita sorte de ter trabalhado com ele e dizer o quanto significou para mim e milhões de seus fãs".
Burt Ward, que interpretou Robin na série de TV cult dos anos 1960, lembrou-se dele durante o fim de semana como "um grande pai, um grande homem de família [e] um ser humano maravilhoso".
"Eu vou sentir falta dele incrivelmente", disse ele à BBC Radio 5 Live. "É muito difícil acreditar que chegou o fim".

Adam West ficou com sua carreira marcada pelo personagem, e não teve grandes destaques além de ser Bruce Wayne/Batman. Por muitos anos, ele participou de eventos e convenções de Comics. e em todas as ocasiões era tratado com muito carinho pelos fãs, que reconheciam o seu papel na construção de um ícone que começou nos quadrinhos, mas hoje está presente nos filmes, games e milhões de produtos do nosso dia-a-dia.
Como curiosidade, Mark Hamill também teve uma situação de carreira semelhante a de Adam West. Depois de Luke Skywalker, ele nunca conseguiu outro papel de destaque.


EM ESCALA
Os primeiros modelos da primeira edição da Corgi são bastante valorizados hoje, por serem os únicos que foram produzidos durante muitos anos e são raros de encontrar em bom estado.
Depois que Barris liberou os direitos para a Mattel reproduzir o Batmóvel 1966, as minis proliferaram e todas as escalas, e a própria Corgi re-editou o original dos anos 1960, e lançou uma série com diversas versões do Batmóvel conforme apareciam nos comics de Batman.
Alguns dos Batmóveis da Corgi francesa.
O Batmóvel da Hot Wheels em 1:64

A Mattel, em junho de 2008, com sua marca Hot Wheels, saiu primeiro com o Batmóvel 1966 no tradicional blister em 1:64, e em sequencia, lançou na escala 1:18, em dois acabamentos; o mais simples e a versão ELITE, bem mais cara e melhor detalhada.
O Batmóvel Hot Wheels na escala 1:18.
O design customizado por George Barris foi bem reproduzido, o preto brilhante da carroceria contrasta bem com os filetes em vermelho, o interior traz o painel e vários botões e controles das traquitanas da Dupla Dinâmica. Pena que não fizeram os bonecos de Adam West e Burt Ward para completar esta bela miniatura.

REFERÊNCIAS


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