segunda-feira, 5 de junho de 2017

Carros, Filmes... e Comics

Tenho postado várias matérias sobre Carros e Filmes, dois assuntos dos quais gosto muito.
Carros, como todo moleque, desde a infância fazem parte do meu universo, começando pelos brinquedos que nos levavam pelas estradas da imaginação, primeiro de plástico ou madeira, e depois de metal, as miniaturas enchiam nossas garagens com os carros que não podíamos ter de verdade.
Matchbox antigos, década de 1960, customizados
com decalques de Autorama.
As miniaturas eram as nossas coleções, e tinham a liberdade de serem de qualquer época, desde os calhambeques da década de 20 ou 30, passando pelos automóveis do pós-guerra, e os carros modernos de 1970 ou 1980, até os supercarros com todas as tecnologias de materiais exóticos, potência com quatro dígitos e motores elétricos para levá-los a mais de 400 km/h de velocidade máxima.
A máquina que mudou o mundo se transformou em mais do que um meio de transporte. Virou símbolo de status (econômico ou sexual), segunda casa, ganhou apelidos e virou integrante da família, passando de pai para filho.
Com a tecnologia igualando a qualidade dos carros, a indústria busca diferenciação por posicionamento, e o marketing automobilístico criou centenas de nichos nos quais os modelos são classificados para que os públicos específicos possam identificar os carros que melhor atendem aos seus anseios (práticos ou psicológicos).
Vemos hoje a ascensão do design para dar personalidade a cada modelo, e as tecnologias da informática alinhando os carros com celulares e internet para todos se manterem conectados todo o tempo. Ainda assim, o mercado de acessórios e personalização/customização vão ao extremo de possibilitar ao cliente ter um carro que ninguém mais possui.
Já o cinema produz filmes nos fazem viajar junto com os personagens a universos que nunca poderíamos acessar, seja na sua própria cidade, ou outro país, até outros mundos...
Mesmo com a televisão, ou as TV's por assinatura, ir ao cinema e ver um filme na sala escura é uma experiência inigualável. Filmes com carros, então, juntam duas paixões que potencializam meu interesse; e pelo visto, muitas pessoas também gostam disso. O cinema conta histórias para nós, mas hoje a sofisticação da tecnologia cinematográfica chegou a um ponto inimaginável pelos irmão Daguerre.
Do cinema mudo ao falado, dos 35 mm para 70 mm, o advento da computação gráfica em "Jurassic Park" (1993) revolucionou a sala escura, proporcionando aos roteiristas inventarem praticamente qualquer coisa para contar uma história.
Jurassic Park e Star Wars
Assim, também, orçamentos milionários são cada vez mais comuns, pois George Lucas com o Episódio IV de Star Wars (1977) ensinou que vale a pena investir 13 milhões de dólares e faturar mais de 700 milhões em bilheteria e merchandising.
Os dados de Avatar (2009) são ainda mais impressionantes: custou mais de 400 milhões de dólares e faturou 2,8 bilhões no mundo todo; coincidentemente, uma fantasia de James Cameron que criou um novo mundo nos computadores,  juntando filmagens reais com virtuais.
Aí, temos o terceiro elemento que também me acompanha durante toda a minha vida: Comics, ou como se chamava antigamente, Histórias em Quadrinhos.
Comecei a desenhar os personagens da Disney, copiando os gibis do Pato Donald e Tio Patinhas, passando depois para os super-heróis, e claro, desenhava carros sempre... Passei um bom tempo ganhando a vida desenhando para publicidade e editoras, trabalhei muitos anos em dupla com redatores, eles cuidando do texto e eu do visual; até que descobri que também podia escrever, e tenho hoje este blog.
Quadrinhos sempre foram vistos como uma cultura marginal, coisa de criança e fantasias sem compromisso com a realidade. Por isso, todas as abordagens de quadrinhos para a TV ou Cinema não tinham roteiros ou produção de qualidade, resvalando para caricaturas ou estereótipos pouco desenvolvidos, que não atraíam o público pela pobreza psicológica e de produção barata.
A ascensão da DC Comics e Marvel a partir da década de 1960 criou quadrinhos que eram para jovens e adolescentes, mas que evoluíram para o público adulto, com suas temáticas mais elaboradas, e dilemas psicológicos mais próximos do ser humano normal, apesar de possuírem superpoderes muito além de qualquer mortal. Neste sentido, "Superman, o Filme" (1978) foi o primeiro filme que mudou o conceito dos super-heróis. Custou 50 milhões de dólares e faturou 300 milhões no mundo todo. Outro fator que seria fundamental é a história de "Batman, O Cavaleiro das Trevas" (1986) de Frank Miller, que provocou o 'revival' do Homem-Morcego, ironicamente, preparando o caminho para a Marvel colher os frutos dos filmes de super-heróis, com Homem Aranha, X-Men, Capitão América, Homem de Ferro, os Vingadores e demais personagens transpostos com maior ou menor sucesso para as telas do cinema.
Aston Martin DB5, Herbie e Eleanor
Um tema constante é "Carros e Filmes", abordando os carros que apareceram em filmes, como coadjuvantes dos personagens principais, e em algumas vezes, roubando as cenas e se tornando protagonistas principais no cinema. O Aston Martin prateado de James Bond, Herbie, de "Se meu Fusca falasse", o Mustang "Eleanor" de 60 Segundos, são alguns carros que viraram verdadeiros ícones do cinema e valem milhões de dólares, nas mãos de colecionadores com cacife bastante para preservar o acervo de itens usados em filmes famosos.
Em algum momento, esses temas iriam se cruzar: Carros, Filmes e Comics. E qual elemento teria significância suficiente para se destacar nestes três temas?
O Batmóvel do Seriado de 1066
Nada mais do que o Batmóvel, o carro do Batman, o Homem-Morcego.
Como carro, há muitos Batmóveis. Mesmo nas HQ, ele nunca tinha um só design, cada desenhista fazia sua versão e com os filmes do Batman, aconteceu o mesmo. Por sinal, Batman começou na TV, nos seriados na década de 1940 e 50, sendo o mais famoso o que foi ao ar em 1966, trazendo o Batmóvel feito por George Barris com base num carro conceito da Ford, o Futura.
Já no cinema, o Batmóvel de 1989, ficou conhecido pelos fãs como "Keaton Batmobile" pelo fato de Michael Keaton ter desempenhado o papel de Batman (1989), e Batman Returns (1992).
O tema Batmóvel acabou sendo muito mais rico e cheio de curiosidades, por isso, ganhará posts regularmente nas próximas semanas à frente.
Então, acompanhem-me a bordo do Batmóvel nas aventuras de Batman e Robin.




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