O terceiro filme da Warner Brothers, lançado em 1995,
tinha Joel Schumacher como diretor e Barbara Ling como Diretora de Produção
(que já havia trabalhado com ele em Falling
Down). O conceito geral de Batman
Forever é que era para ser uma “história em quadrinhos ao vivo”, e
Schumacher estava ansioso para rodar o filme.
Em suas palavras:
Em suas palavras:
“Não me foi pedido para fazer uma seqüência, me pediram
para fazer a minha versão dela. Há tantos quadrinhos do Batman agora, não há
Batman no futuro, há vampiros Batman, há o Batman que teve sua coluna quebrada
pelo Bane. Há até mesmo uma loira francesa que agora é o Batman. Pareceu-me que
poderíamos fazer mais uma edição dos quadrinhos Batman... Eu fiz toda esta
investigação... Foi ótimo porque eu estava em aviões e consultórios médicos
lendo gibis. Todo mundo ficava perguntando por que esse velho hippie estava lendo
gibis, mas eu estava fazendo a minha lição de casa. A grande coisa que os
artistas têm feito com Batman ao longo dos anos é a cor. Eles tem essa licença
para fazer essa cara roxa e seu cabelo azul, e você apenas o aceita num gibi.
Nós tentamos a nossa própria maneira de fazer uma história em quadrinhos. Eu
imaginei que era o caminho a seguir”.
Barbara Ling desenvolveu este conceito de “quadrinhos ao
vivo” e trabalhou junto com o ilustrador do Departamento de Arte (e
especialista em veículos) Tim Flattery e o Supervisor de Efeitos Especiais
Tommy Fischer: “O morcego é um animal incrível... A estrutura de suas asas,
suas veias e costelas é notável. Fomos para uma versão estilizada, a versão
automotiva de um morcego. Eu queria que o Batmóvel parecesse uma coisa viva,
uma coisa que respira”, disse Ling.
O projeto de Ling tem certos elementos dos primeiros
Batmóveis, o mais notável é a barbatana central e o para brisa dividido. Alguns
fãs notaram uma certa semelhança com a cabeça de um dragão, com um focinho
arredondado e a grande crista. H. R. Giger (o designer de Alien) havia sido
contratado para desenvolver o Batmóvel, e trabalhou nos estágios iniciais da
modelagem, mas acabou deixando o projeto por diferenças criativas. Os desenhos
que fez estão em seu site oficial em forma de ilustrações e imagens em 3D. Para
muitos, no entanto, este carro marcou o “começo do fim”, uma certa decadência
no curso em que o personagem de Batman e seu universo estavam em ascensão, até
então. Entre as críticas, havia algumas que citavam a semelhança do perfil do
Batmóvel com um grande falo.
Ela queria um Batmóvel com uma estética mais orgânica, como
um carro que tivesse costelas e asas. Para acentuar as linhas intrincadas do
novo Batmóvel, os painéis do motor, rodas e laterais foram retro-iluminados com
uma luz azul. O cockpit era dividido em dois, e os para-lamas eram bem
destacados do corpo do carro. Havia o exaustor a jato, e a barbatana do morcego
era única, centralizado a partir da capota do cockpit, e tinha um mecanismo que
a fazia abrir num “v”. Um detalhe interessante era que as calotas com os logos
de morcego permaneciam estáticas, à medida que as rodas giravam.
O Batmóvel pilotado por Val Kilmer em Batman Forever tinha uma carroçaria construída pela TFX, com um
composto de fibra-de-vidro e um laminado epóxi de alta temperatura. Equipado
com um motor Chevy de 350 cid ZZ3 com uma preparação para alta performance,
produzia 345 hp, tinha cabeçotes de alumínio e alta taxa de compressão. A
transmissão era automática e as suspensões eram independentes nas quatro rodas.
Entre seus equipamentos, o interior contava com um monitor
para visão posterior do carro, um display do sistema de diagnóstico de falhas e
um completo painel com diversos mostradores. Havia o recurso de virar as quatro
rodas perpendicularmente, para mudar de direção em espaços reduzidos; e o
empuxo da turbina podia ser direcionado para o eixo dianteiro, de modo que
levantava a frente do carro, ao mesmo tempo em que um lançador de guincho
disparava um arpão para ancorar numa superfície elevada e fazer o carro subir
por planos verticais, como a lateral de um edifício, para escapar de
perseguidores.
No filme em que Robin faz sua aparição, como Dick Grayson,
protegido de Bruce Wayne, ele descobre a Batcaverna e rouba o Batmóvel, saindo
para uma balada à noite com ele. Bruce o treina e Alfred prepara um traje para
que ele ajude Batman na luta contra o Duas-Caras e o Charada.
Um exemplar produzido para o filme e utilizado apenas para
fins promocionais foi leiloado pela RM Auctions em 2007 por US$ 297,000.
Reporta-se que os custos de produção da carroçaria em fibra-de-vidro e laminado
especial custou US$ 2,5 milhões, além de um adicional de US$ 300 mil para finalizar
o carro.
O carro teve uma vida curta, pois o filme mostra que foi
destruído pelo Charada, com um saco cheio de explosivos colocado no cockpit.
Apesar dos comentários e impressões negativas que o
filme provocou nos fãs do morcego, Batman
Forever foi um sucesso comercial (faturou US$ 335 milhões, acima dos US$
282,8 milhões de Batman Returns),
tendo sua continuação imediatamente aprovada pela Warner Brothers.
FICHA
TÉCNICA:
Comprimento: 300.0 in (7,62 m)
Largura: 94.4 in (2,40 m)
Altura: 125.98 in (3,20 m no topo da barbatana central)
Velocidade máxima: 329 mph (530 km/h) com turbo.
Motor: Chevy 350 cid (5,74 litros) ZZ3 com preparação
off-road
Transmissão: Automática
Potência: 345 hp
Transmissão: Automática
Potência: 345 hp
Entre-eixos: 118 in (2,99 m)
Pneus: Pivotantes
ARSENAL:
Lançador de cabo para içamento do carro em edifícios.
Propulsor a jato na parte frontal para levantar o carro
para subir em paredes.
Rodas pivotantes permitindo ao carro andar tanto para
frente como de lado.
Sistema de câmera para visão traseira.
BATMAN FOREVER - 1995
Dirigido por Joel Schumacher e produzido por Tim Burton,
o terceiro filme da série teve Val Kilmer no lugar de Michael Keaton como Bruce
Wayne/Batman. Surge também Robin
(Chris O’Donnel), a Dra. Chase Meridien (Nicole Kidman), e os vilões Duas-Caras
(Tommy Lee Jones) e Charada (Jim Carrey).
Com um tom bem diferente dos anteriores, devido às
queixas de pais que acharam o clima muito escuro e violento, Schumacher evitou
a atmosfera escura e distópica que Tim Burton havia criado. Inspirando-se nos quadrinhos da era Dick Sprang
(responsável pelos desenhos entre 1943 e 1963, responsável pelo re-design do
batmóvel nos anos 1950 e criador do Charada), e também na série de TV dos anos
1960, os personagens ficaram mais caricatos e menos sombrios.
Alguns anos depois do Pinguim desaparecer, o Promotor
Harvey Dent tem sua face desfigurada por ácido e assume a identidade do vilão
Duas-Caras. Já Edward Nygma é um pesquisador da Wayne Enterprises, que
desenvolveu um dispositivo para transmitir programas de TV para a mente das
pessoas. Bruce acha que isso é manipulação mental e despede Nygma, que se
revolta e mata seu supervisor; passando a enviar charadas para Bruce. Bruce então
tem contato com a Dra. Chase Meridien, para ajudá-lo nos enigmas que recebe.
Descobre que ela está obcecada com o Batman e suas motivações na luta contra o crime, e ao ir com ela a um
circo, presencia a morte dos Flying Graysons, trapezistas vitimas de
Duas-Caras, que exige a rendição de Batman, armando uma bomba no picadeiro.
Dick Grayson, filho dos Flying Graysons, consegue jogar a bomba no rio, e
Bruce, sentindo-se responsável pela tragédia, convida Dick a ficar na Mansão
Wayne.
Dick acaba descobrindo a Batcaverna e rouba o Batmóvel, saindo
para uma balada à noite com ele. Ele quer a ajuda do Batman para vingar seus
pais, e apesar da recusa inicial de Bruce, ele o treina e Alfred prepara um
traje para que se tornar o Robin, ajudando-o na luta contra o Charada e
Duas-Caras.
Nisso, Duas-Caras e o Charada se aliam para produzir o
dispositivo de ondas cerebrais para dominar a mente dos cidadãos de Gotham e
sequestram Robin e Chase. Na luta de Batman para salvar os dois, o dispositivo
do Charada se volta contra ele, deixando-o inerte, ao passo que Duas-Caras,
dependendo da sua moeda, é enganado por Batman e acaba desaparecendo no mar.
EM ESCALA
A Hasbro fez um conjunto com os Batmóveis dos filmes mais
recentes, incluindo outros modelos, como o Bat-Boat, Bat-Wing, na escala 1:64,
assim como a Mattel, com modelos individuais ou sets com um ou dois modelos
reunidos. A Kenner também fez sets com um ou mais modelos, mas não
identificamos a escala.
Com a bandeira Hot Wheels, na escala 1:18, temos o modelo
bem detalhado, com os recortes no corpo do carro e interior completo com o
painel de instrumentos. Em 2004 surgiu na Série Showcase Hot Wheels: Batman, o Batmóvel de Batman Forever, na escala 1:64, com acabamento mais caprichado por ser um "Real Riders", modelos com decalques mais elaborados e rodas especiais com pneus de borracha. Em termos de Kits Plásticos, temos um da Revell na
escala 1:25, com a barbatana central fechada ou aberta, assim como o teto da
cabine que podia ser aberta para exibir o interior. A Bandai japonesa fez um na
escala 1:35, com vários itens móveis, como a barbatana central, rodas e
cockpit, e o detalhe das luzes que se acendem.
O Hot Wheels Real Riders em 1:64, com rodas especiais e pneus de borracha |
O casting da mini que sai na Mainline 1:64 é outro, bem menos detalhado, e principalmente as rodas são de plástico, compartilhadas de outros modelos, |
REFERÊNCIAS
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