domingo, 25 de junho de 2017

Carros e Filmes - Batmóvel 1995 - Batman Forever - Parte 4

O terceiro filme da Warner Brothers, lançado em 1995, tinha Joel Schumacher como diretor e Barbara Ling como Diretora de Produção (que já havia trabalhado com ele em Falling Down). O conceito geral de Batman Forever é que era para ser uma “história em quadrinhos ao vivo”, e Schumacher estava ansioso para rodar o filme.
Em suas palavras:
“Não me foi pedido para fazer uma seqüência, me pediram para fazer a minha versão dela. Há tantos quadrinhos do Batman agora, não há Batman no futuro, há vampiros Batman, há o Batman que teve sua coluna quebrada pelo Bane. Há até mesmo uma loira francesa que agora é o Batman. Pareceu-me que poderíamos fazer mais uma edição dos quadrinhos Batman... Eu fiz toda esta investigação... Foi ótimo porque eu estava em aviões e consultórios médicos lendo gibis. Todo mundo ficava perguntando por que esse velho hippie estava lendo gibis, mas eu estava fazendo a minha lição de casa. A grande coisa que os artistas têm feito com Batman ao longo dos anos é a cor. Eles tem essa licença para fazer essa cara roxa e seu cabelo azul, e você apenas o aceita num gibi. Nós tentamos a nossa própria maneira de fazer uma história em quadrinhos. Eu imaginei que era o caminho a seguir”.
Barbara Ling desenvolveu este conceito de “quadrinhos ao vivo” e trabalhou junto com o ilustrador do Departamento de Arte (e especialista em veículos) Tim Flattery e o Supervisor de Efeitos Especiais Tommy Fischer: “O morcego é um animal incrível... A estrutura de suas asas, suas veias e costelas é notável. Fomos para uma versão estilizada, a versão automotiva de um morcego. Eu queria que o Batmóvel parecesse uma coisa viva, uma coisa que respira”, disse Ling.
O projeto de Ling tem certos elementos dos primeiros Batmóveis, o mais notável é a barbatana central e o para brisa dividido. Alguns fãs notaram uma certa semelhança com a cabeça de um dragão, com um focinho arredondado e a grande crista. H. R. Giger (o designer de Alien) havia sido contratado para desenvolver o Batmóvel, e trabalhou nos estágios iniciais da modelagem, mas acabou deixando o projeto por diferenças criativas. Os desenhos que fez estão em seu site oficial em forma de ilustrações e imagens em 3D. Para muitos, no entanto, este carro marcou o “começo do fim”, uma certa decadência no curso em que o personagem de Batman e seu universo estavam em ascensão, até então. Entre as críticas, havia algumas que citavam a semelhança do perfil do Batmóvel com um grande falo.
Ela queria um Batmóvel com uma estética mais orgânica, como um carro que tivesse costelas e asas. Para acentuar as linhas intrincadas do novo Batmóvel, os painéis do motor, rodas e laterais foram retro-iluminados com uma luz azul. O cockpit era dividido em dois, e os para-lamas eram bem destacados do corpo do carro. Havia o exaustor a jato, e a barbatana do morcego era única, centralizado a partir da capota do cockpit, e tinha um mecanismo que a fazia abrir num “v”. Um detalhe interessante era que as calotas com os logos de morcego permaneciam estáticas, à medida que as rodas giravam.
O Batmóvel pilotado por Val Kilmer em Batman Forever tinha uma carroçaria construída pela TFX, com um composto de fibra-de-vidro e um laminado epóxi de alta temperatura. Equipado com um motor Chevy de 350 cid ZZ3 com uma preparação para alta performance, produzia 345 hp, tinha cabeçotes de alumínio e alta taxa de compressão. A transmissão era automática e as suspensões eram independentes nas quatro rodas.
Entre seus equipamentos, o interior contava com um monitor para visão posterior do carro, um display do sistema de diagnóstico de falhas e um completo painel com diversos mostradores. Havia o recurso de virar as quatro rodas perpendicularmente, para mudar de direção em espaços reduzidos; e o empuxo da turbina podia ser direcionado para o eixo dianteiro, de modo que levantava a frente do carro, ao mesmo tempo em que um lançador de guincho disparava um arpão para ancorar numa superfície elevada e fazer o carro subir por planos verticais, como a lateral de um edifício, para escapar de perseguidores.
No filme em que Robin faz sua aparição, como Dick Grayson, protegido de Bruce Wayne, ele descobre a Batcaverna e rouba o Batmóvel, saindo para uma balada à noite com ele. Bruce o treina e Alfred prepara um traje para que ele ajude Batman na luta contra o Duas-Caras e o Charada.
Um exemplar produzido para o filme e utilizado apenas para fins promocionais foi leiloado pela RM Auctions em 2007 por US$ 297,000. Reporta-se que os custos de produção da carroçaria em fibra-de-vidro e laminado especial custou US$ 2,5 milhões, além de um adicional de US$ 300 mil para finalizar o carro.

O carro teve uma vida curta, pois o filme mostra que foi destruído pelo Charada, com um saco cheio de explosivos colocado no cockpit.
Apesar dos comentários e impressões negativas que o filme provocou nos fãs do morcego, Batman Forever foi um sucesso comercial (faturou US$ 335 milhões, acima dos US$ 282,8 milhões de Batman Returns), tendo sua continuação imediatamente aprovada pela Warner Brothers.

FICHA TÉCNICA:
Comprimento: 300.0 in (7,62 m)
Largura: 94.4 in (2,40 m)
Altura: 125.98 in (3,20 m no topo da barbatana central)
Velocidade máxima: 329 mph (530 km/h) com turbo.
Motor: Chevy 350 cid (5,74 litros) ZZ3 com preparação off-road
Transmissão: Automática
Potência: 345 hp
Entre-eixos: 118 in (2,99 m)
Pneus: Pivotantes

ARSENAL:
Lançador de cabo para içamento do carro em edifícios.
Propulsor a jato na parte frontal para levantar o carro para subir em paredes.
Rodas pivotantes permitindo ao carro andar tanto para frente como de lado.
Sistema de câmera para visão traseira.

BATMAN FOREVER - 1995
Dirigido por Joel Schumacher e produzido por Tim Burton, o terceiro filme da série teve Val Kilmer no lugar de Michael Keaton como Bruce Wayne/Batman. Surge também Robin (Chris O’Donnel), a Dra. Chase Meridien (Nicole Kidman), e os vilões Duas-Caras (Tommy Lee Jones) e Charada (Jim Carrey).
Com um tom bem diferente dos anteriores, devido às queixas de pais que acharam o clima muito escuro e violento, Schumacher evitou a atmosfera escura e distópica que Tim Burton havia criado. Inspirando-se nos quadrinhos da era Dick Sprang (responsável pelos desenhos entre 1943 e 1963, responsável pelo re-design do batmóvel nos anos 1950 e criador do Charada), e também na série de TV dos anos 1960, os personagens ficaram mais caricatos e menos sombrios.
Alguns anos depois do Pinguim desaparecer, o Promotor Harvey Dent tem sua face desfigurada por ácido e assume a identidade do vilão Duas-Caras. Já Edward Nygma é um pesquisador da Wayne Enterprises, que desenvolveu um dispositivo para transmitir programas de TV para a mente das pessoas. Bruce acha que isso é manipulação mental e despede Nygma, que se revolta e mata seu supervisor; passando a enviar charadas para Bruce. Bruce então tem contato com a Dra. Chase Meridien, para ajudá-lo nos enigmas que recebe. Descobre que ela está obcecada com o Batman e suas motivações na  luta contra o crime, e ao ir com ela a um circo, presencia a morte dos Flying Graysons, trapezistas vitimas de Duas-Caras, que exige a rendição de Batman, armando uma bomba no picadeiro. Dick Grayson, filho dos Flying Graysons, consegue jogar a bomba no rio, e Bruce, sentindo-se responsável pela tragédia, convida Dick a ficar na Mansão Wayne.
Dick acaba descobrindo a Batcaverna e rouba o Batmóvel, saindo para uma balada à noite com ele. Ele quer a ajuda do Batman para vingar seus pais, e apesar da recusa inicial de Bruce, ele o treina e Alfred prepara um traje para que se tornar o Robin, ajudando-o na luta contra o Charada e Duas-Caras.
Nisso, Duas-Caras e o Charada se aliam para produzir o dispositivo de ondas cerebrais para dominar a mente dos cidadãos de Gotham e sequestram Robin e Chase. Na luta de Batman para salvar os dois, o dispositivo do Charada se volta contra ele, deixando-o inerte, ao passo que Duas-Caras, dependendo da sua moeda, é enganado por Batman e acaba desaparecendo no mar.

EM ESCALA
A Hasbro fez um conjunto com os Batmóveis dos filmes mais recentes, incluindo outros modelos, como o Bat-Boat, Bat-Wing, na escala 1:64, assim como a Mattel, com modelos individuais ou sets com um ou dois modelos reunidos. A Kenner também fez sets com um ou mais modelos, mas não identificamos a escala.
Com a bandeira Hot Wheels, na escala 1:18, temos o modelo bem detalhado, com os recortes no corpo do carro e interior completo com o painel de instrumentos. Em 2004 surgiu na Série Showcase Hot Wheels: Batman, o Batmóvel de Batman Forever, na escala 1:64, com  acabamento mais caprichado por ser um "Real Riders", modelos com decalques mais elaborados e rodas especiais com pneus de borracha. Em termos de Kits Plásticos, temos um da Revell na escala 1:25, com a barbatana central fechada ou aberta, assim como o teto da cabine que podia ser aberta para exibir o interior. A Bandai japonesa fez um na escala 1:35, com vários itens móveis, como a barbatana central, rodas e cockpit, e o detalhe das luzes que se acendem.

O Hot Wheels Real Riders em 1:64, com rodas especiais e pneus de borracha

O casting da mini que sai na Mainline 1:64 é outro, bem menos detalhado,
e principalmente as rodas são de plástico, compartilhadas de outros modelos
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REFERÊNCIAS

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