sexta-feira, 30 de junho de 2017

Carros e Filmes - Batmóvel 1997 - Batman e Robin - Parte 5

Batman & Robin foi o quarto e último filme do arco iniciado em 1989 com o filme Batman, de Tim Burton. Dirigido por Joel Schumacher pela segunda vez, tinha também a mesma Barbara Ling como Designer de produção. Ela se inspirou em antigos carros de corrida sem capota, como o Jaguar D-Type e o Delahaye 165. Ela queria especificamente um carro sem capota, como nos comics que ela havia lido anos atrás. Ling comenta:
“Fiquei particularmente feliz por ter aquele design no Batmóvel... Eu acho que deve sentir temeroso quando você o vê, vindo em sua direção; e o tamanho do veículo tem de assumir proporções não naturais para isso acontecer... eu também queria que o Batmóvel fosse conversível, como nas histórias do início de Batman... A idéia central em minha mente era fazer a capa do Batman esvoaçar quando o carro corria, e usar os efeitos de luz, a partir do interior do carro”.
Os desenhos conceituais foram manipulados por Harald Belker, com um design parcialmente inspirado no Jaguar D-Type e da Delahaye 165, com seus longos capôs e para-lamas arrebatadores.  A TFX construiu o carro a partir do zero, usando um motor Chevy ‘Small Block”, que era capaz de levar o carro até 140 mph (225,2 km/h), mas as filmagens eram feitas em velocidades bem menores do que esta.
Usava um chassi de Corvette, em que foram aplicados os painéis compósitos da carroçaria. Este Batmóvel só tinha espaço para o Batman, e foi o único carro a não ter capota em toda a série dos filmes modernos do Batman. Apesar do estilo marcante, este Batmóvel passou quase despercebido, e não obteve o impacto do “Keaton Batmobile”.
Como Robin não podia andar com o Batman, pois este Batmóvel só tinha um lugar, a TFX construiu o Redbird, uma moto Honda off-road, com vários apliques de fibra-de-vidro e fibra de carbono.
Um dos recursos deste Batmóvel era um design especial em “T” do chassi, em que havia instalado um contrapeso girométrico de estabilidade, permitindo ao carro fazer curvas de 90 graus em velocidades superiores a 70 mph, sem reduzir seu impulso. Havia planos para que o carro pudesse se transformar no Bat-Hammer, um veículo para se deslocar em superfícies congeladas, mas a idéia foi abandonada.
Os efeitos de luzes do Batmóvel do filme anterior estavam presentes nas rodas e recortes da carroçaria, pulsantes e em várias cores, como vermelho, laranja, amarelo e azul. Em vez de um único escape da turbina a jato, este Batmóvel tinha uma traseira afilada, e para lamas separados, com três saídas de exaustão cada um. Uma máscara de morcego foi recortada no bico do carro, mas as linhas esculpidas dificultavam a identificação. As barbatanas de morcegos eram as maiores já vistas em um Batmóvel, e as engenhocas eram controladas pelo computador ativado por voz, e o cockpit com um único lugar ficou repleto de comandos e telas de controle.
Os pneus vinham calçados em rodas de 22 polegadas, e tinham um padrão da banda de rodagem com o logotipo do morcego. Havia lançadores de foguetes, unidades de rastreamento infravermelho e laser, bombas lançadas de compartimentos laterais, assento ejetável, tela para videoconferências de dois canais, unidade de radar e o sistema de comunicação com o Redbird.

FICHA TÉCNICA:
Comprimento: 33 ft (10 m)
Altura: 1,50 m
Entre-eixos: 3,88 m
Pneus e Rodas: Pneus Goodyear 55M montados em rodas de 22”.
Velocidade máxima: 230 mph (350 km/h) em estrada, 350 mph (530 km/h) com empuxo da turbina
Motor: Chevy 350 cid ZZ3, preparado para corridas de off-road.
Turbina: Ao invés de um único propulsor a jato, este Batmóvel tinha uma traseira no estilo “boattail” e os para-lamas separados em destaque, cada um com três saídas menores, de onde eram projetados os jatos de chamas.

BATMAN E ROBIN – O FILME
O quarto filme desta série também foi dirigido por Joel Schumacher, e contou com George Clooney (Batman), Chris O’Donnel (Robin), Alicia Silverstone (Barbara Wilson/Batgirl), Uma Thurman (Dra. Pamela Isley/Poison Ivy – Hera Venenosa) e Arnold Scharzenegger (Dr. Victor Fries/Mr. Freeze – Senhor Frio).
Batman e Robin estão se esforçando para amadurecer sua parceria como a Dupla Dinâmica, enquanto o Senhor Frio quer congelar toda a humanidade até a morte e Hera Venenosa quer repovoar a terra com plantas mutantes.
Entra em cena Barbara Wilson, sobrinha de Alfred Pennyworth (Michael Gough), que acaba assumindo a identidade da Batgirl, que salva Batman e Robin de se matarem por causa do beijo que Hera Venenosa deu nos dois, competindo pelo amor dela, num triângulo amoroso bastante infantilizado.
Senhor Frio culpa a Batman pela morte de sua esposa Nora Jones, que sofre da síndrome de MacGregor, mas descobre que Hera Venenosa o traiu, e sua esposa está em sono criogênico no Asilo Arkham, aguardando que Victor Fries retome suas pesquisas e encontre a cura para ela.
O filme custou US$ 125 milhões, faturando US$ 238,2 milhões no mundo todo, e o clima de cartoon não fez sucesso junto ao público, e foi considerado por muitos como um dos piores filmes de todos os tempos. Devido a esta recepção negativa, a Warner cancelou a sequencia (Batman Unchained) e somente voltou com Batman Begins, fazendo um reboot do personagem em 2005.
Os controversos "mamilos" de Batman e Robin
Pelo fato de Schumacher ser gay, muitos observadores viram sugestões homoeróticas no enredo (no relacionamento de Batman e Robin), e o detalhe dos mamilos nos trajes da Dupla Dinâmica ganhou demasiado espaço na mídia, colaborando para a má imagem do filme. Diz-se que o próprio Clooney falou criticamente do filme: “Eu acho que matamos a franquia do Batman” e “foi um desperdício de dinheiro”.

Vinte anos depois, vemos que Hollywood aprendeu muito com Batman e Robin, de como não se faz filmes de super-heróis. A direção de Schumacher para dar um tom menos sombrio e violento descambou no seu segundo filme para se tornar um grande comercial de brinquedos. Se o merchandising com licenciamento de subprodutos do filme estava nos planos de marketing do estúdio, o fracasso foi absolutamente redundante.

EM ESCALA
"Clooney Batmobile" da Hot Wheels em 1:50
O Batmóvel ‘roadster” do filme Batman & Robin de 1997 foi reproduzido por diversas companhias, em kits para montar, die-cast ou com controle remoto. Algumas delas são a Mattel (Hot Wheels em várias escalas), a Corgi francesa, a Kenner, Revell/Monogram, Hasbro, Altaya, entre outras.
Assim como o filme não foi muito bem sucedido, esta mini também não teve muita repercussão no mercado, e praticamente os colecionadores e fãs do Batman são o público principal desta miniatura.
Não consegui encontrar nenhuma referência deste Batmóvel na escala 1:18.

REFERÊNCIAS

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