segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Corvette C1 - 1:64

O Corvette foi lançado em 1953.

As sucessivas gerações do Corvette acabaram sedo nomeadas com a sigla “C1”, “C2”, “C3” e assim por diante. Na C1, a primeira geração, lançada na Motorama, em 1953 tinha os faróis inclinados e as lanternas traseiras pontudas, bem no estilo “jet/rocket” futurista da época. O primeiro carro esporte americano, produzido com a carroçaria em fibra-de-vidro, quebrou os paradigmas do mercado que consumia grandes sedãs, station-wagons e pick-ups. Para um carro que aproveitava diversos componentes “de prateleira” da GM (para reduzir custos), o design diferenciado e a configuração de um roadster de dois lugares geraram um entusiasmo inesperado junto ao público e à montadora, de modo que o Corvette foi lançado no mercado apenas um ano depois de sua apresentação como protótipo.
A foto mostra esta primeira versão do Corvette, e nota-se que o modelo da Johnny Lightining reproduz com mais perfeição, inclusive na configuração de cor, todos os exemplares deste ano foram produzidos na cor Polo White, com interior na cor Sportsman Red, devido à rapidez com que a Chevrolet queria colocar à disposição do público, não podia dar muitas opções de escolha.
Os Corvette da Geração C1 da Johnny Lightning. 
O detalhamento destes modelos é muito bom para a escala.
No decorrer dos anos, os faróis ficaram mais verticais, os para-choques mais pronunciados, e a traseira ganhou um design mais limpo, com as lanternas embutidas no perfil dos para-lamas traseiros.
Um detalhe marcante a partir do modelo ’56 foi o recorte lateral que começava na caixa das rodas dianteiras e avançava até o meio das portas. Comenta-se que o desenho foi inspirado em uma versão da Ferrari 375 America  ̶  customizado pelo Carrozziere Sergio Scaglietti  ̶  feita a pedido do cineasta italiano Roberto Rosselini para presentear a sua mulher, a bela atriz sueca Ingrid Bergman.
O modelo da Hot Wheels tem as rodas mais detalhadas do que as versões Mainline, e a qualidade geral do acabamento é realmente melhor do que as versões comuns, com o friso cromado no topo do para-brisas, no contorno superior dos assentos e na moldura do recorte lateral. Isto é confirmado pelo capô do motor que se abre, detalhe que não existe nos Mainline. O modelo da Johnny Lightning tem o bom acabamento da marca, com as rodas mais fiéis ao original, até com as faixas brancas os pneus. Também tem abertura do capô do motor, com os para-choques minúsculos abaixo dos faróis e lanternas dianteiras, e a placa que não existe no Hot wheels.
A versão de 1962 teve a primazia de ser o primeiro carro americano a ter faróis duplos na dianteira, junto com novas entradas de ar, tornaram a frente mais agressiva. Já equipado com novos motores V8 mais potentes, o Corvette se firmou como um verdadeiro esportivo. Este modelo foi o último equipado com eixo rígido na traseira, o último em que os faróis eram expostos (até o modelo 2005), o último a ter um capô para acessar o porta-malas (até o modelo 1988), e equipado com o motor V8 de 327 polegadas cúbicas com 360 hp na versão com injeção eletrônica, era o automóvel mais potente fabricado em série no mundo, superando os 240 km/h de velocidade máxima.
Os modelos da foto são da Hot Wheels, sendo o azul acima um exemplar da Serie Real Riders, que vem com rodas diferenciadas e pneus de borracha, com um acabamento um pouco melhor do que os modelos comuns. Em muitas séries especiais da Hot Wheels, as rodas traseiras são um pouco maiores do que as dianteiras, um resquício visual dos americanos relacionado com os dragsters, ou Hot Rods, que tinham pneus e rodas maiores na traseira. Nota-se que o casting do modelo cinza é o mesmo do Real Raiders, mas não há cor diferenciada no recorte lateral, nem os faróis tem a pintura prateada, e as rodas são comuns com vários modelos da linha normal.

REFERÊNCIAS:
Os modelos apresentados fazem parte de minha coleção particular.



FRANKENSTUDE


O Frankenstude foi construído por Thom Taylor em 1990, como uma resposta a Larry Erickson, o criador do Cadzilla, que foi construído por Boyd Coddington. Thom chegou a mostrar seus desenhos para Boyd, mas ele não aceitou construir o carro.Felizmente, Thom encontrou Steve Anderson, que estava entusiasmado em ter um carro radical – e o projeto começou a se materializar, pelas mãos de Greg Fleury; que pegou a plataforma de um Studebaker Starlight de 1948, juntou o capô e o nariz do modelo 1951, combinou com os paralamas dianteiros de 1950 e os traseiros do modelo 1947. Além disso, muitos painéis foram fabricados para se combinar com as peças de anos tão diversos.
O trabalho levou dois anos para começar a aparecer e mais cinco para completar a engenharia do modelo e finalizar todo o acabamento externo e interno.
O Frankenstude é movido por um motor V8 Chevrolet L-98 de 350 cid, com 400 hp. Greg acoplou uma transmissão automática da GM, a 700R4 e instalou o trem de força num subchassi tubular na dianteira.
Abertura do capô "Flip-Nose" e portas estilo "tesoura".
Thom planejou o Frankenstude para ter tração nas quatro rodas, então Greg usou peças do eixo dianteiro de uma pick-up GMC e o transeixo traseiro do Corvette, com sua suspensão independente com freios a disco. As rodas são especiais de 17 polegadas e as portas tem uma abertura em duas fases: elas de afastam do carro e depois sobem no estilo “tesoura”. Todo o interior foi feito sob medida, desde o painel de instrumentos, bancos, laterais, piso e teto, e tem um volante com design feito por Boyd Coddington. O capô do motor se abre no estilo Flip-Nose, revelando toda a mecânica e o subchassi tubular.
O modelo foi pintado num tom de roxo especial (Purple) elaborado pela empresa House of Colors. Quando o Frankenstude foi mostrado ao público, a revista Hot rod listou este modelo em sua lista “Top 100 Hot Rods que mudaram o mundo”.

EM ESCALA
O Frankenstude foi reproduzido na escala 1:64 pela Johnny Lightning, com seu design característico, porém não com a sua cor original. O modelo acompanha a modernidade do desenho de Thom Taylor, inclusive as rodas especiais em liga. Apenas as rodas traseiras acabaram ficando maiores do que o original, mas não depõe contra a miniatura, pois ela fica quase toda escondida no paralama traseiro.

REFERÊNCIAS:


sábado, 29 de junho de 2019

Chevrolet Aerovette


O Aerovette foi um Corvette experimental que começou sua vida com a sigla de XP-882, denominado Astro-Vette, um dos vários protótipos com motor central, neste, um V8 montado transversalmente. Duntov e sua equipe construíram inicialmente dois protótipos durante o ano de 1969, mas John DeLorean, Gerente Geral da Chevrolet, cancelou o programa considerando-o impraticável e custoso. Entretanto, quando a Ford anunciou os planos de vender os DeTomaso Pantera através dos distribuidores Lincoln-Mercury, DeLorean voltou atrás e decidiu que o XP-882 fosse apresentado no New York Auto Show de 1970.
Em 1972, DeLorean autorizou a retomada do XP-882 para desenvolver chassis, e deu-lhe um novo codinome: XP-895, e uma nova Carroçaria foi preparada com design semelhante, mas feita de aluminio em parceria com a Reynolds, vindo a ser conhecido como “Reynolds Aluminium Car”.
A motorização era uma junção de dois motores Wankel de dois rotores, somando 420 hp, e nesta configuração, foi apresentado em 1973. Outro exemplar apareceu logo depois, o XP-897 GT, mas este utilizava um motor de apenas dois rotores. Com a crise do petróleo instalada, a GM cortou todos os investimentos nos motores rotativos, e este ultimo protótipo XP-897 GT foi vendido para Tom Falconer, que substituiu a unidade da GM por um motor Wankel do Mazda 13B em 1997.
O protótipo do XP-895 teve o motor rotativo substituído em 1976 por um V8 de 400 cid (6.600 cc), recebendo o nome de Aerovette a aprovado para produção em 1980. Este modelo tinha as portas no Sistema de asa-de-gaivota, e o modelo de produção tinha a previsão de ser equipado com um V8 de 350 cid (5.700 cc), e preços em torno de US$ 15-18,000. O para-brisas fortemente inclinado e em forma de “V” buscava a eficiência aerodinâmica, e foi projetado em tunel de vento para redução do arrasto aerodinâmico, enquanto buscava atender à legislação americana sobre as especificações de altura do para-choques, que tinham um sistema de absorção de choques, sem sofrer danos em impactos até 10 km/h.
Era equipado com uma Caixa de transmissão automática de três velocidades, as suspensões independentes tinham braços em forma de “A” na dianteira e barras de torção longitudinais na traseira, complementados por amortecedores telescópicos coaxiais com molas incorporadas. Direção por pinhão e cremalheira e freios a disco nas quatro rodas completavam o pacote de desempenho.
O interior com estofamento em couro prateado, tinha painel com diversos mostradores digitais, e era acoplado à coluna de direção ajustável, permitindo ao motorista visualizar todos os instrumentos em qualquer posição que regulasse o volante.
Neste tempo, Duntov, Billl Mitchell e Ed Cole se retiraram da GM, e David McLellan decidiu que carros com motores dianteiros seriam mais econômicos e lucrativos, com a mesma performance e desempenho. Ao mesmo tempo, as vendas de carros com motor central/traseira estavam caindo nos Estados Unidos, e carros como o Datsun 240Z estavam na preferência do Mercado. Estes fatores foram determinantes para o encerramento do Aerovette como uma opção para avanços tecnológicos na plataforma do Corvette.

EM ESCALA
O Aerovette foi reproduzido pela Johnny Lightning na escala 1:64, com as linhas gerais do modelo original, com as restrições devidas à escala. O que mais chama atenção são as proporções das rodas e pneus, um tanto exagerados, assim como os recortes de portas mais pronunciados do que deveriam, dando um aspecto grosseiro ao modelo. Também a parte inferior da saia dianteira e do balanço traseiro não condizem com o protótipo real, que não tem estas partes divididas da carroçaria. No entanto, a exclusividade da miniatura de um carro conceito, que não chegou à produção, valoriza a peça para os que gostam do Corvette.

REFERÊNCIAS:



segunda-feira, 17 de junho de 2019

Comparativo Corvette C6 - 1:64


Greenlight – Matchbox – Hot Wheels

Ao colecionar modelos, sempre temos alguns de nossa preferência, e os Corvette tem sido uma das minhas paixões. Gosto muito dos americanos e europeus dos anos 50 e 60, e quando vamos colocando os modelos de diversos fabricantes lado a lado, podemos ver as diferenças de casting e acabamento que cada um tem.

Neste comparativo, temos o Corvette C6 da Greenlight, da Matchbox e da Hot Wheels, e já notamos que as linhas do Greenlight parecem mais delicadas, até porque este é o único que abre o capô dianteiro. Ele tem as bordas do para-brisas, janelas e vigia traseira emolduradas em preto, limpadores e cobertura dos faróis principais, itens inexistentes nos outros modelos. Os recortes de ventilação do motor no paralama dianteiro e do freio antes da caixa da roda traseira são bem definidos e enriquecem a lateral do modelo. Os espelhos retrovisores têm o desenho e proporções corretos, na medida do possível nesta escala. Há os olhos de gato nas laterais e a lanterna de posição dianteira vem pintada de prateada, contribuindo para uma boa impressão quando olhamos a frente do modelo. Na traseira, as lanternas são bem demarcadas e as saídas de escapamento são bem reproduzidas. As rodas e pneus parecem um pouco fora de proporção, os da Matchbox parecem mais adequados para um modelo esportivo como esse.
O casting da Matchbox é mais rústico, com os recortes de portas e capô exagerados, assim como a junção superior do para-brisa com o teto ficou um degrau estranho ali. Ele traz os limpadores mais simplificados, que o Hot Wheels não tem. Como citado, as rodas parecem mais proporcionais em termos de perfil e tamanho da roda, que tem um desenho comum a muitos modelos da Matchbox. A frente é pouco detalhada, e quase não se nota as luzes de posição nas extremidades da abertura de ventilação frontal. Os espelhos são afixados no canto inferior da janela das portas, e a traseira tem pouco detalhamento, sem as lanternas demarcadas em vermelho, como no Greenlight.
Já o Hot Wheels tem o casting padrão da empresa, bem pouco detalhado, e sendo um Mainline, traz as rodas padrão, não tem espelhos retrovisores, nem limpadores de para-brisas, nem um decalque nos faróis dianteiros. Na lateral, a abertura de ventilação no paralama dianteiro aparece, mas não há a entrada de ar para o freio traseiro. Não há detalhamento de molduras do para-brisas, janelas ou vigia traseira. Na traseira, as lanternas também não trazem decalques, nem placa, nem saídas de escapamento. O spoiler dianteiro parece um tanto exagerado, bem menor no Matchbox e inexistente no Greenlight.
Em termos de decoração, o Greenlight reproduz um carro normal, o Matchbox traz duas largas faixas pretas com frisos brancos, denotando uma versão diferenciada, e o Hot Wheels traz umas faixas laterais bem fantasiosas. Este modelo do Corvette acaba deixando a desejar, porque a Mattel tem outros modelos que são bem melhor detalhados no que diz respeito ao acabamento.

https://www.facebook.com/hotcustoms.garage


segunda-feira, 8 de abril de 2019

PONTIAC – UMA DAS CINCO DIVISÕES DA GM E SUA BREVE HISTÓRIA


A Pontiac começou como uma linha complementar dos carros de luxo da General Motors, denominada Oakland Automobiles; mas em 1933, a Pontiac suplantou a popularidade da Oakland e desde então se tornou uma das cinco principais divisões da GM, posicionada acima da Chevrolet, mas abaixo da Oldsmobile, Buick e Cadillac. O nome tem origem no Chefe Pontiac, um líder da etnia Ottawa, que lutou contra a ocupação inglesa na região dos Grandes Lagos nos anos 1763 a 1766.
A Divisão cresceu com o Pontiac Chief de 1927, que vendeu 76.742 unidades em um ano; e nos anos seguintes, já compartilhando as plataformas com as demais Divisões, os Pontiac eram carros sólidos e confiáveis, mas nem tão potentes.
O Pontiac Chief de 1927 e o De Luxe Conversível de 1939
Após a II Guerra, a transmissão Hydra-matic automática introduzida em 1948 ajudou as vendas a continuarem subindo, mesmo com seus modelos ficando desatualizados e relação à concorrência.
Pontiac Silver Streak Convertible Coupe de 1948
O renovado modelo de 1948 trouxe um novo estilo, mais baixo e com os paralamas integrados à carroceria e em harmonia com o estilo da traseira dos novos carros. A década de 1950 trouxe um revival no design, produzindo carros que marcaram suas épocas, com muitos cromados e os famosos ‘rabos-de-peixe’.
Os quatro faróis num anuncio de 1960
Quando surgiram os quatro faróis no final da década de 1950, a Pontiac se ‘apropriou’ deste detalhe, e durante muitos anos, todos os Pontiac tinham quatro faróis, assim como a grade repartida em dois elementos. O surgimento do Mustang em 1964 agitou o mercado e a GM revidou com o Camaro em 1967; e com o compartilhamento de plataformas, a Pontiac ganhou a sua versão: o Firebird, lançado o mesmo ano que o Camaro.
Pontiac GTO 1967 e Firebird 1970
Outro notável Pontiac foi o GTO de 1964, considerado por muitos como o primeiro Muscle-car, cuja definição simplificada era “um carro médio com um potente motor V8 e tração traseira” para atender à crescente popularidade das corridas de Dragsters, e dos motoristas que desejavam andar com um deles nas ruas. O modelo de 1967 virou um ícone dos Muscle-cars até hoje é muito procurado pelos colecionadores.
Os anos 1970 foram conturbados com a legislação de emissões e itens de segurança, a crise do petróleo e redução de tamanho dos carros e da potência dos motores. Um marketing um tanto confuso para posicionar corretamente os Pontiac em relação às outras divisões da GM somado a estes fatores do mercado começaram a provocar um lento decréscimo da Divisão durante a década.
Michael Knight em ação e o Pontiac Firebird Trans-Am de 1982: K.I.T.T.
A partir de 1982, com o sucesso do seriado da NBC “Knight Rider”, o Firebird alçou novos voos, em especial com a versão Trans-Am que Michael Knight (David Hasselhoff) utilizava na sua luta contra o mal. O Fiero que surgiu em 1984 quebrou as regras e se tornou um sucesso, focando agora na tecnologia digital e na eletrônica, bem como na engenharia dos motores e suspensões, freios ABS e comandos do rádio no volante eram algumas das novas tecnologias aplicadas nos modelos desta década, assim como a transição para tração dianteira em detrimento da traseira.
Pontiac Fiero de 1984 e Transport dos anos 1990
Os motores Quad-4, airbags, freios ABS e materiais compostos foram a bola da vez, assim como o aparecimentos das minivans como alternativa para as tradicionais Station-wagons. Mesmo assim, a marca não animava os consumidores e os anos 1990 viram os carros japoneses tomarem posições no ranking de vendas, obrigando as montadoras americanas a fazerem joint-ventures e acordos de todo tipo para não perderem mercado.
O Pontiac Firebird de 2005: um clone do Holden Monaro da GM australiana
Em 2002, tanto o Camaro como o Firebird foram descontinuados, como resultado da saturação do segmento de modelos esportivos e consequente declínio de vendas. O GTO, que por anos foi um ícone da marca, como precursor dos Muscle-Cars, agora era uma versão do Holden Monaro australiano, e não chegou a atingir a meta de 18.000 unidades prevista para o ano.
Pontiac Aztek, eleito um dos mais feios carros já construídos
A gota d’água foi o Aztek, um SUV considerado o mais feio carro jamais fabricado, e que era usado pelo personagem Walter White, no seriado Breaking Bad. Com o relançamento do novo Camaro em 2006, surgiram rumores de que a Pontiac teria o seu Firebird baseado na nova plataforma, entretanto, isso não aconteceu.
Pontiac G6, o último a sair das linhas de montagem, em 2010
Em 2 de dezembro de 2008, debaixo da maior crise em toda a sua história, a GM anunciou que extinguiria diversas marcas, inclusive a Pontiac; para ter o direito de receber um empréstimo do governo na ordem de US$ 25 bilhões. O último modelo produzido, um G6 quatro portas sedã, saiu da linha de montagem de Orion Township Assembly Line em janeiro de 2010, encerrando um trajetória de 84 anos.

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