quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Scooby-Doo! Cadê Você!

Scooby-Doo! Cadê você?

Série de animação criada para TV por Joe Ruby e Ken Spears, dos Estúdios Hanna-Barbera em 1969. Com a crescente pressão dos pais sobre a influência da violência dos desenhos animados sobre seus filhos, no final dos anos 1960, os Estúdios Hanna-Barbera buscavam uma versão similar do The Archie Show, baseado nos Comics do mesmo nome. Criaram a House of Mystery, e o desenvolvimento dos roteiros ficou com Joe Ruby e Ken Spears, ao passo que o visual e design dos personagens ficou com Iwao Takamoto. O conceito ganhou algumas mudanças e o nome ficou Mysteries Five, onde cinco adolescentes ─ Geoff, Mike, Kelly, Linda, W.W., irmão de Linda, junto com seu cachorro Too Much, tocador de bongô, formavam a banda Mysteries Five.

Quando a banda não estava em uma apresentação, eles estavam resolvendo mistérios assustadores envolvendo fantasmas, zumbis e outras criaturas sobrenaturais. Too Much era um cão pastor (semelhante ao cão pastor dos Archies, Hot Dog). Ao apresentarem o projeto a Fred Silverman, Diretor de Programação Infantil da CBS, rejeitou o conceito do cão pastor, e falou diretamente com Joseph Barbera, para tornar Too Much um dogue alemão covardão e medroso, criando também o nome do personagem a partir das sílabas "doo-be-doo-be-doo" do hit de Frank Sinatra "Strangers in the Night": Scooby-Doo.

Na sequência do desenvolvimento do projeto, Mike foi eliminado, Geoff teve seu nome mudado para Ronnie, e depois para Fred Jones. Kelly mudou para Daphne, Linda virou Velma e W.W. virou “Shaggy” (Salsicha no Brasil). Silverman também não gostou o título Mysteries Five, e mudou para “Who’s S-S-Scared?” (Quem está c-c-com medo?). Silverman levou assim a proposta do desenho animado para ser exibido nas manhãs de sábado da temporada de 1969-70, e o presidente da CBS Frank Stanton recusou, alegando que seria assustador demais para os telespectadores crianças e jovens.


Retornando aos estúdios para revisar os conceitos, buscaram dar um tom maior de comédia aos episódios, a banda de música foi cancelada, e Salsicha e Scooby ganharam mais evidência, inclusive o título acabou ficando “Scooby-Doo, Where are you?” (Scooby-Doo, Cadê você?). O projeto foi reapresentado à diretoria da CBS e enfim, aprovado para produção.

Scooby-Doo, Cadê Você? foi exibido no Brasil pela TV Tupi, Rede Manchete, Rede Globo, SBT, Boomerang, Tooncast e Cartoon Network. A série estreou originalmente em 13 de setembro de 1969 e foi ao ar por duas temporadas até 31 de outubro de 1970.

Para saber todas as versões que o desenho animado de Scooby-Doo teve depois da primeira temporada na CBS, veja no link abaixo, o blog do TriCurioso:

Você Se Lembra De Todas As Versões Do Scooby-Doo?

Cartazes dos filmes para cinema

O sucesso da série também produziu filmes para o cinema em live-action, com personagens humanos reais: Scooby-Doo (Scooby-Doo, o Filme, 2002); Scooby-Doo 2: Monsters Unleashed (Scooby-Doo 2: Monstros à solta, 2004); Scooby-Doo!
The Mystery Begins (Scooby-Doo! O Mistério Começa, 2009); Scooby-Doo! Curse of the Lake Monster (Scooby-Doo! A Maldição do Monstro do Lago, 2010), e o spin-off  Daphne & Velma (2018).

Constam ainda um filme de animação para o cinema: Scooby! O Filme (2020), e Velma, seriado com duas temporadas, animação para TV, com uma abordagem mais adulta (2023).

Plot

The Mystery Machine

A Mystery Inc. é formada pelo grupo de jovens com Fred Jones, Norville “Shaggy” Rogers (Salsicha, no Brasil), Scooby-Doo (Dogue alemão mascote de Salsicha), Daphne Blake e Velma Dinkley. Eles buscam investigar e resolver os mistérios sobrenaturais, casos com fantasmas e outras criaturas que assombram as pessoas e os vilarejos em que moram.

O grupo utiliza em suas aventuras da van denominada The Mystery Machine: uma típica van dos anos 1960, sem referências para com algum carro real. A pintura no tom azul tem uma faixa amarela com flores laranjas e os dizeres “The Mystery Machine” nas laterais. A frente possui um porta-estepe, racks de teto e a parte traseira é cheia de equipamentos como escadas, cordas, lanternas, além de um laboratório de informática ─ e uma grande antena que pode ser conectada no teto para acessar a internet ─ que ajudam a equipe nas situações em que precisam solucionar os casos que investigam.

Da minha coleção



A The Mystery Machine é uma miniatura da Hot Wheels, e tem o design típico das animações de TV. A decoração segue o estilo e cores do desenho animado, mas não há peças móveis, e as rodas são as 5SP padrão dos demais Hot Wheels.



O modelo saiu na Série HW City: Tooned I, em 2014, e por motivo de custos, não há decalques na parte frontal e traseira da van.

Referências:

The Mystery Machine | Hot Wheels Wiki | Fandom

List of Scooby-Doo characters - Wikipedia

Máquina Misteriosa | Scoobypedia | Fandom

Scooby-Doo! Live-Action Movies

Scooby-Doo: Onde assistir aos filmes online

sábado, 25 de janeiro de 2025

Plymouth Duster

Plymouth Duster 1973

De 1970 a 1976, o Plymouth Duster oferecia uma ótima performance a um custo bem reduzido, pois a Plymouth lançou o Duster como uma versão esportiva do Valiant, na plataforma A-Body, compartilhada também com o Barracuda, o Dodge Dart, e depois com o Dodge Demon.

Todas as versões vinham na configuração hardtop coupe, e apenas duas portas, nunca teve um sedan ou conversível, e vendeu muito bem durante os anos em que ficou no mercado: no pico de vendas, atingiu mais de 280.000 unidades vendidas em 1974. O design do teto era um semi-fastback, com uma nova tampa do porta-malas, e para brisa dianteiro era mais inclinado do que na Valiant.

1970

1971

Com o sucesso do Road Runner, a Plymouth planejava utilizar outro personagem da Warner para dar nome ao seu carro, mas o “Diabo da Tasmânia” (Tasmanian Devil) ficou caro demais, e desistiram da idéia. O modelo acabou batizado de Duster.  

1972


Os motores começavam com dois seis cilindros em linha: um de 198 cid (3,2 L) com 125 hp e 180 lb-ft de torque; e outro de 225 cid (3,7 L) com 145 hp e 215 lb-ft de torque. Dois V8, um com 318 cid (5,2 L) com 230 hp e 320 lb-ft de torque e outro de 340 cid (5,6 L) com 275 hp e 340 lb-ft de torque.

Duster V8 de 340 cid - 1973

Os motores de seis cilindros eram mais voltados para economia, e os V8 tinham mais equipamentos que proporcionavam maior performance, com o V8 de 340 cid equipado com o carburador quádruplo fazendo o quarto-de-milha abaixo dos 14 segundos a 100 mph (160 km/h). Os câmbios disponíveis eram sempre no assoalho, caixa manual com três ou quatro velocidades e uma automática de três.

Em 1972, as normas de medição de potência da SAE mudaram e os números líquidos ficaram menores: os seis cilindros de 198 cid e 225 cid produziam 100 e 110 hp respectivamente, e os V8 de 318 e 340 cid produziam 150 e 240 hp respectivamente.

1973

Para o ano de 1973, o Duster sofreu algumas mudanças cosméticas, como um novo capô do motor, frente e traseira redesenhadas, protetores nos para choques e interior revisto. Desembaçador traseiro, eliminação do quebra-vento das janelas e bancos rebaixados eram opcionais para o Duster de 1973. A versão Space Duster tinha o encosto do banco traseiro rebatível, para aumentar o espaço de carga atrás. Neste ano, a caixa manual de quatro velocidades saiu de linha, ficando apenas a manual ou automática TorqueFlite de três velocidades.

Gold Duster, 1974

1974

1974

Em 1974, o V8 de 340 foi substituído pelo small-block de 360 cid (5,9 L), com 245 hp e 320 lb-ft de torque (SAE Líquidos). O preço do modelo foi crescendo com o passar dos anos e consequentemente, as vendas diminuindo, com o versão mais potente (360 cid) vendendo menos de 2.000 unidades no ano.

1975

Para 1975, o seis cilindros de 198 cid foi cancelado, mantendo-se o de 225 cid, e os V8 de 318 e 360 cid; este último tinha duas versões, devido à regulamentação das emissões do estado da California: a potência ficava em 190 hp e 170 lb-ft de torque; enquanto que nos outros estados, comercializava-se o V8 de 360 com 230 hp e 300 lb-ft de torque, menos potente do que o do ano anterior.

O último ano do Duster (1976) viu pequenas modificações na grade, alterações na traseira, com novas lanternas. O Feather Duster era um pacote econômico, com algumas peças em alumínio para ganho de peso, novos revestimentos internos, no capô e porta-malas, relação de transmissão mais longa e o Fuel Pacer System (devido à crise do petróleo), indicando ao motorista o modo mais econômico de dirigir (especialmente nas acelerações), com luzes que mostravam quando a mistura de ar-gasolina estava mais pobre, e assim, economizando combustível.

Nos sete anos em que o Duster ficou no mercado, foi bastante valorizado como Muscle-Car, com preços competitivos em relação à concorrência, entregando um desempenho excelente pelo custo, e assim como o mercado mudou com a crise do petróleo a partir de 1973, e as restrições de emissões, e a regulamentação da SAE reduziram os números de potência e fizeram o interesse dos consumidores cair com o tempo.

Da minha coleção

Plymouth Duster, Hot Wheels - Serie Dragstrip Demons, 2022


O Plymouth Duster é da Série Car Culture: Dragstrip Demons, de 2022. O casting de Phil Riehlman é bem-feito, esta série tem base de metal e um acabamento melhor, começando pela decoração, e detalhes como a cor Metalflake Purple, rodas especiais com pneus de borracha e lanternas traseiras e frisos do para brisa e janelas demarcados. Há diversos logotipos de produtos licenciados que decoravam os carros de dragsters no período do início dos anos 1970. A cartela também traz uma ilustração bem elaborada do modelo e acaba sendo mais um elemento que valoriza a miniatura em qualquer coleção.







Referências:

https://hotwheels.fandom.com/wiki/%2773_Plymouth_Duster

https://musclecarclub.com/plymouth-duster/

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Dodge Charger 500 – 1969

Dodge Charger 500 - 1969

Perdendo competitividade na NASCAR (National Association for Stock Car Auto Racing) diante da Ford e Chevrolet, os engenheiros da Dodge começaram a ajustar o Dodge Charger para retomar o confronto nas pistas da NASCAR. Ao analisar o modelo no túnel de vento, descobriram que a grade dianteira recuada e o design traseiro da linha de teto criava vórtices que causava aumento da resistência ao ar, e piorava em altas velocidades, com a frente querendo flutuar.


Então, adaptaram a grade e os faróis do Dodge Coronet de 1968 alinhando a peça com as bordas, e mudaram o perfil do teto, preenchendo o recesso do vidro traseiro e criando uma superfície em que o ar fluía muito melhor, mantendo a estabilidade nas pistas em que se podia atingir quase 200 mph (338 km/h).

A linha do teto do modelo 1968 precisou ser alterada

Como a NASCAR exigia que o modelo tivesse pelo menos 500 exemplares vendidos ao público para ser homologado para competir, este Dodge ficou sendo o Charger 500. Construído nas oficinas da Creative Industries de Detroit, receberam os modelos Charger 1968 da fábrica da Dodge em Hamtramck, Detroit, e alguns afirmam que 559 exemplares foram feitos por eles, ao passo que outros indicam apenas 548 unidades assim preparadas.

Como o teto redesenhado ficou mais aerodinâmico

O Big Block 440 Magnum

Todos saíram de fábrica com os V8 Big Block Magnum de 440 cid (7,2 litros) de 375 hp e transmissão automática, mas pelo menos 67 (alguns sites informam 116) unidades tiveram seus motores substituídos pelo V8 de 426 cid (7,0 litros) e 425 hp, com câmaras de combustão hemisféricas (HEMI) de alta compressão, e 40 deles permaneceram com a transmissão automática, e 27 (alguns sites informam 32) deles receberam a caixa manual de quatro velocidades A883 da Dodge.

Bob Alisson Pilotando o Charger 500



Os eixos traseiros eram Dana 60 com relação no diferencial de 3,54:1 ou 4,1:1; e o Super Track Pack: rodas de competição Magnum em aço estampado de 15x6 polegadas. Tinha freios a disco na dianteira, direção hidráulica.

Da minha coleção



O ’69 Dodge Charger 500 da Hot Wheels saiu na serie Muscle Mania, em 2022. Ele tem a frente diferente dos Chargers “normais”, e a linha do teto mostra o que os engenheiros da Dodge fizeram para melhorar a aerodinâmica do carro para a temporada da NASCAR de 1969. A pintura é especial, Metalflake Gray, e vem com as rodas Chrome Orange Aerodisc.





Este casting de Phil Riehlman é muito semelhante à fundição do Dodge Charger 69 lançada pela Hot Wheels em 2004. Os Dodge Charger são numerosos na linha dos Hot Wheels, com modelos de diversos anos, e alguns tem o capô que se abre; mas o modelo 500 traz esta história de exclusividade, e a miniatura acaba tendo um lugar especial na coleção.

Referências:

'69 Dodge Charger 500 | Hot Wheels Wiki | Fandom

1969 Dodge Charger 500: Profile Of A Muscle Car

https://www.hotrod.com/features/dodge-charger-500-retrospective/

sábado, 18 de janeiro de 2025

’69 Chevelle SS 396 – T-Hunts – Hot Wheels

Chevelle SS 396, de 1969

O Chevelle SS 396 de 1969 é um carro especial devido às circunstâncias em que foi lançado e saiu de linha. A Chevrolet tinha os modelos Hardtop e Conversível, e em 1969 disponibilizou o pacote SS 396 na versão 300 Deluxe Sport Coupe de duas portas. Muitos argumentam que essa foi uma resposta da Chevrolet ao Plymouth Road Runner da Chrysler, mas as vendas não corresponderam ao esperado, e a Chevrolet cancelou o pacote no ano seguinte. No entanto, o modelo criou um culto de seguidores que amaram o desempenho do carro com este motor.


O Chevelle 1969 de segunda geração utilizava a plataforma A-Body, lançada há dois anos atrás, com 112 polegadas (2,52m) de entre eixos. A suspensão dianteira era típica da GM, independente com molas helicoidais, e a traseira com eixo rígido e braços de controle superiores e inferiores. Amortecedores telescópicos de ação direta reforçados no pacote SS, assim como freios a disco assistidos da dianteira e tambores autoajustáveis na traseira com 9,5 polegadas, com rodas de aro 14. Havia ainda opcionais de barras estabilizadoras de 1,125 polegadas de diâmetro na dianteira e 0,875 polegadas na traseira afixadas em buchas mais resistentes. Um equipamento raro era o Liquid Tyre Chain, situado no porta malas, quando acionado, lançava um composto nos pneus traseiros para aumentar a aderência em superfícies com neve e gelo.


O motor deste Chevelle era o lendário Mark IV V8, de 396 cid (6,5 L) com 325 hp, de código RPO L35, com cabeçotes de ferro fundido e aberturas de válvulas ovais, comandos operados hidraulicamente, um carburador quádruplo Rochester e coletores de ferro também. A taxa de compressão era de 10,25:1 e tinha 410 lb-ft de torque. A opção L34 tinha comandos mais bravos, que levavam a potência aso 350 hp e 415 lb-ft de torque, por apenas mais US$ 121,15. Se o comprador se dispusesse a desembolsar mais US$ 252,80, ele levava o V8 L78 369 cid, com 375 hp e 415 lb-ft de torque, graças a um par de cabeçotes retrabalhados e um carburador Holley 4150 quádruplo com coletor de admissão de alumínio. O comando era mais bravo ainda e a taxa de compressão chegava a 11,0:1.


A transmissão básica era a caixa manual Saginaw M13 de três velocidades, mas a caixa M21 manual de quatro velocidades foi mais aceita pelos compradores. Eles podiam ainda optar pela caixa automática Turbo Hydramatic 400 (TH400), ou a M22 manual de quatro marchas, combinada ao V8 L78 ou L89. Neste ano, o Chevelle ganhou o Interruptor de Partida de Segurança, em que era necessário pressionar totalmente o pedal de embreagem para dar a partida no motor; devido à potência, o carro podia se mover, e causar um acidente, caso o câmbio estivesse engrenado.



Os números de produção não são muito exatos, mas estima-se que no ano de 1969, cerca de 455.000 unidades do Chevelle foram produzidas, sendo 42.000 versões 300, 45.900 wagons e 367.100 versões Malibu. Do total, estima-se que 86.307 cupês duas portas foram equipadas com o pacote SS 396; destes, 9.486 tinham o motor L78 de 375 hp.

Da minha coleção

Há dois casting baseados no Chevelle de 1969: um deles (1969 Chevelle ou 1969 Chevrolet Chevelle) saiu na Serie 30th Anniversary of ’69 Muscle-Cars 2-Car Set (100% Hot Wheels), voltado para colecionadores, com abertura do capô, e outro modelo X-Raycers ’69 Chevelle, com carroçaria transparente, que permitia visualizar o interior e o motor do carro.

Chevelle SS 396, Hot Wheels, serie Treasure Hunts, de 2012 


O modelo da minha coleção tem a decoração da NASCAR dos anos 1960, não reproduz um carro real que competiu, mas é um modelo significativo na história dos Muscle-Cars americanos e ilustra como seria seu visual se competisse na época.






Referências:

https://hotwheels.fandom.com/wiki/%2769_Chevelle_SS_396

https://www.hagerty.com/media/car-profiles/1969-chevelle-ss-396-not-your-run-of-the-mill-chevelle/

https://www.hemmings.com/stories/1969-chevrolet-chevelle-ss-396-2/

https://en.wikipedia.org/wiki/Chevrolet_Chevelle

https://www.topspeed.com/chevrolet-chevelle-history/

https://hotwheels.fandom.com/wiki/1969_Chevelle

https://hotwheels.fandom.com/wiki/%2769_Chevelle_(X-Raycers)