quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Carros e Filmes - Batmobiles do Arkhamverse


O Arkhamverse foi a expressão criada para nomear o universo dos games Arkham Asylum, lançado em 2009, situado num período mais atual, e mostra um Batman mais tecnológico, violento e realista, comparado com os quadrinhos das décadas de 1960, 1980 e 1990. O game se baseou no universo de Batman nos anos 1970. O roteiro foi escrito por Paul Dini, (Batman: Animated Series) enquanto trabalhava na concepção dos personagens para a Wildstorm. Há desdobramentos para histórias em quadrinhos e animações, assim como todo um licenciamento para diversos produtos associados ao tema, e claro, vamos aos Batmóveis deste Arkhamverse.

Batman reconstruiu o Batmobile após o ataque de Bane, e passou a utilizá-lo nas patrulhas pelas ruas de Gotham City. Enquanto Batman se refere ao Batmóvel apenas com a expressão "o carro", Robin começou a chamá-lo de 'Batmóvel', e o nome pegou.

No incidente do Arkham Asylum (Arkhamverse), Batman teve de lançar o Batmobile contra Bane, explodindo o carro nas docas do Asilo. Passando a usar o Batwing, reconstruiu o Batmobile, implementando melhorias no armamento e blindagem.

O novo modelo tinha melhor tração, escudos que resistiam a dez toneladas/polegada de pressão, proteção extra contra explosivos, respostas mais rápidas para direção remota, e diversas tecnologias experimentais.

O Batmóvel de Arkham Asylum


Algumas das especificações técnicas são:

Motor Turbo-Charged V8 customizado para V12, 1.200 hp. Equipado com uma turbina para impulsionar o carro em emergências e saltar sobre abismos. Movido a Óxido Nitroso ou Nitrometano.

O painel tinha conexão permanente com os computadores da Batcaverna, radar e sensores infra-vermelhos, telefone sem fio/viva voz, sistema de controle computadorizado por acesso remoto e/ou por voz, parabrisa polarizado à prova de balas, ejetor de assento para emergências. Sistema de dispersão de gases, alto-falantes, sistema de defesa por eletrochoques na carroçaria. Os pneus eram cheios de nitrogênio, cinturados com aço e kevlar, freios de duplo pistão, com discos metálicos de alta performance. O porta-malas tinha um traje reserva, pistola de gel explosivo. Os faróis eram halógenos, equipados com câmeras para dirigir à distância, tomadas de ar traseiras protegidas por filtros, suspensão reforçada. A blindagem era feita com aço reforçado, escudo contra rastreamento térmico/anti-detecção de radar, aerodinâmica estudada para velocidade máxima, e pintura resistente a danos.

As dimensões eram: Comprimento 247,24 in., largura 109,10 in., altura 59,45 in., entre-eixos 134,65 in., rodas de 26 polegadas com 34 de tala dianteira e 39 na traseira.

 

O Batmobile de Arkham Knight 

Os eventos do Arkhamverse exigiram um segundo Batmobile, este equipado com o "Battle Mode", transformando-o num tanque, com o Vulcan Minigun, um canhão de 60mm, mísseis e outros armamentos não-letais.

O veículo recebeu aperfeiçoamentos da WayneTech Hybrid, com célula de combustível e o KERS (Kinetic Energy Recovery  System), assim como a superfície do carro  eletrificada para nocautear quem decidisse abordar o carro. Tinha também o EMP (Pulso Eletro-Magnético) para desativar drones e mísseis lançados contra ele, além de aparelhos para hackear e controlar mísseis e drones, voltando-os contra os atacantes. Guinchos e garras com cabos podiam ser usados para derrubar paredes ou usar o carro como contrapeso nas batalhas. Este modelo também podia se mover lateral e diagonalmente, com total manobrabilidade durante os tiroteios nos confrontos do Batman.

Também tinha 1.200 hp de potência, atingindo 209 mph (sem o uso da turbina); fazia de 0-60 mph e 2,7 segundos. A transmissão planetária era continuamente variável, e os motores elétricos eram montados nas rodas para melhor entrega de potência e alta manobrabilidade.

O ejetor do assento passou a ser eletromagnético, sistema de reconhecimento inteligente para reações de ataque ou defesa melhorado, total controle remoto. Os mísseis de 70mm eram guiados por laser e infravermelho. Tinha capacidade para transportar três pessoas.

No “Battle Mode”, a blindagem era de 120mm no ponto mais fino, o aço carbono era de nanotubos. Já o Vulcan Gun é um canhão anti-tanque e anti-aéreo de 25mm com cano de 1,8 m. O canhão “normal” tem 60mm, com alta capacidade de penetração em blindagens, atinge 1.680 m/s de velocidade na hora do disparo.

Armamento não-letal é composto por lançador de balas de borracha (plástico flexível) de 50 gramas, que não provoca traumas a longo-prazo, mas neutraliza e imobiliza os alvos.

 

Cada novo modelo é desenhado e construído pelo próprio Batman, muitas versões são veículos customizados ou altamente modificados para obter maior performance do que os veículos normais do mercado. Um verdadeiro tanque sobre rodas, estes Batmobiles são blindados, com alta manobrabilidade, e possuem diversos recursos não-letais utilizados por Batman na sua guerra contra o crime.

Várias versões do Batmobile são equipados com multiplos tipos de armamento, tanto para ataque como para defesa. 


Da minha coleção

O Batmobile de Arkham Asylum é bem reproduzido pela Hot Wheels, apenas a ressalva das rodas comuns, mas nada que uma troca customizada para valorizar o modelo.


Batmobile Arkham Asylum

Batmobile Arkham Knight

O segundo Batmobile Arkham Knight vem mais encorpado, seu aspecto é mais de um tanque blindado, com os pneus cravados para rodar em qualquer terreno, muito mais agressivo. O detalhamento é normal para a escala, estas rodas e pneus ficaram mais adequadas para a miniatura.

 

Referências:

Arkhamverso | Wiki DC Comics | Fandom

https://hotwheels.fandom.com/wiki/Batman:_Arkham_Knight_Batmobile

https://arkhamcity.fandom.com/wiki/Batmobile

Batman: Arkham Asylum | Wiki DC Comics | Fandom


sábado, 19 de novembro de 2022

Mercedes-Benz 300 SL - IWC Racing Team

O Mercedes-Benz 300 SL é um cupê esportivo de dois lugares desenhado por Rudolf Uhlenhaut, e fabricado pela Mercedes-Benz. O carro ganhou o apelido de "asa-de-gaivota" devido ao tipo de abertura para cima de suas portas. Apresentado em 1954, o 300 SL era o carro mais rápido de seu tempo, e um adversário temível em qualquer competição na época. Um total de 3.258 unidades foram produzidas.

Leia a matéria completa sobre este carro no link:

Leo Togashi: MERCEDES-BENZ 300 SL - "Asa-de-gaivota"

O 300 SL feito para o RLC em 2019.
Numa ação "Collab" como se diz em inglês, parceria com empresas ou instituições com similaridades que podem ser exploradas pelo marketing associativo de pontos em comum que já tenham, ou podem ser criados para alavancar os negócios de ambos nos mercados em que atuam, a Mattel e a IWC Schaffhausen se uniram para explorar a ligação da IWC que começou a apoiar a equipe Mercedes na Formula Um, e depois criou a IWC Racing Team, para participar de corridas e eventos com carros históricos, e claro, só poderiam correr com um 300 SL "asa-de-gaivota". A ligação com a Mattel veio dos carros com potencial de se transformar numa miniatura e a amizade que o engenheiro Florentine Ariosto Jones, dono da IWC Schaffhausen já tinha com Elliot Handler, co-fundador da Mattel (falecido em 2011), é registrada pelo número 68 no carro, ano em que as duas empresas chegaram ao mercado.
Esta versão da IWC Racing Team do 300 SL é muito diferente do exemplar '55 Mercedes-Benz 300 SL criada exclusivamente para o Red Line Club em 2019. Esta First Edition de 2021 é baseada numa versão bem modificada da IWC Racing Team, em comparação com a versão normal do 300 SL que foi reproduzida para o RLC. A IWC Racing Team construiu dois carros, com preparação da HK-Engineering, apresentado pela primeira vez no 2018 Goodwood Revival, pilotado por David Coulthard, ex-piloto da Formula Um.

A HK-Engineering é uma empresa fundada por Hans Kleissl, considerado um "arquiteto" dos mágicos 300 SL; um renomado colecionador, este entusiasta de carros clássicos abriu um amplo espaço na sua garagem em 1984, dedicado somente para os seus modelos particulares da Mercedes. Ali ele organizou várias oficinas, desde mecânica, elétrica, funilaria, pintura e acabamento, empregando nada menos do que 40 pessoas para realizar serviços para outros colecionadores e aficcionados pelos famosos carros da marca da estrela de três pontas.


No 76º Goodwood Festival of Speed, que se reuniu em março de 2018, a IWC Schaffhausen anunciou o lançamento de sua equipe de corridas com o ex-piloto de Formula Um David Coulthard ao volante de um espetacular Mercedes-Benz 300 SL Asa-de-Gaivota.

O fabricante de relógios especiais IWC se envolveu com o esporte motor desde 2013 através da parceria com a equipe de F1 Mercedes AMG Petronas; e agora estava dando um passo ao mundo esportivo dos automóveis clássicos no histórico evento de Goodwood.

Apoiada pela IWC Racing Team, correndo com o Mercedes-Benz 300 SL, a marca traz os clientes, jornalistas, fãs de carros clássicos e mihares de entusiastas num mergulho de experiências únicas.

O 300 SL em 50 unidades, junto com o Pilot's Watch Chronograph

Em conjunto com a IWC, a Mattel preparou uma versão "Racing Works Edition", com uma edição especial do Pilot's Watch Chronograph. Um modelo na escala 1:64 muito bem detalhada, e desde já um dos modelos mais raros da linha Hot Wheels, feita em 50 unidades exclusivas neste conjunto. O modelo tem assentos individuais, gaiola de proteção, faróis em acrílico com a estrela da Mercedes gravada na lente, os adesivos fielmente reproduzidos e claro, as portas que se abrem para cima.

O modelo tem pintura especial, vem numa base,
acabamento ultra detalhado e abre as portas para cima.

O Pilot's Watch Chronograph, por sua vez, é um modelo da linha, mas com várias adaptações. O mostrador em preto e cinza é decorado com a bandeira quadriculada, e a lateral do relógio traz o logo da Hot Wheels; a pulseira vem nas cores da equipe IWC Racing Team.

Dependendo do angulo de visão, o mostrador se alterna entre o escuro e o claro, e o gabinete de titânio tem um acabamento entre o polido e o fosco.

Já que falamos de "collab", outro modelo feito em parceria com A Bathing Ape, uma rede de lojas de roupas no Japão, cujo proprietário, Nigo (Tomoaki Nagao) tem uma 300 SL real, decorada com uma famosa estampa de sua griffe. O veículo ficou com aparência de camuflagem, mas os desenhos identificam o logotipo da loja, associado com outras figuras geométricas, acaba parecendo que é camuflado.

A textura camuflada tem a imagem do logotipo da Griffe "A Bathing Ape"

O 300 SL da A Bathing Ape, em edição especial da Hot Wheels


Em 2021, a Mattel apresentou o 300SL da IWC Racing Team, mas os decalques eram levemente diferentes (foto abaixo). As baixas tiragens dos modelos especiais não impedem que o mercado geral conheça os produtos-vitrine, e as redes sociais são um meio ideal de criar a propaganda boca-a-boca. Daí, era apenas uma questão de tempo para a Mattel lançar o 300 SL na linha normal, para a alegria dos milhões de crianças (não tão jovens) correrem para as lojas atrás do seu agora objeto de desejo.


O 300 SL da Mainline de 2021



Da minha coleção

Team Transport da Série Car Culture


A Mattel também lançou o modelo no Set Team Transport, com um caminhão Euro Hauler da IWC Racing Team para levá-lo às competições e eventos históricos (foto acima); mas o design do caminhão é diferente, por causa do licenciamento, a Mattel acaba criando um transporte diferente do original nestes casos.
300 SL com o 'transporter' original
O primeiro conjunto foi leiloado pela Bonhams, com os fundos doados para a Two Bits Circus Foundation, uma entidade caritativa que desenvolve atividades de aprendizado para crianças, inspirando empreendedorismo, encorajando jovens inventores e incentivando-os a buscar as melhores gestões ambientais.

Os decalques do modelo 2021 são semelhantes, mas na linha normal,
o acabamento não condiz com o valor do
Mercedes na história do automóvel.

O 300 SL também surgiu na Mainline em 2021, na Série HW Speed Graphics, com a decoração da IWC Racing Team, com alguma alteração, e claro, num acabamento mais simplificado, rodas comuns e base de plástico.

No final de 2022, a Mattel lançou uma série da Jay Leno's Garage, famoso apresentador da TV americana e dono de uma coleção de carros memoráveis. Um 300SL vermelho faz parte do acervo, e o 300SL tem o detalhe em que o número do carro verdadeiro está com falha, e a miniatura da Hot Wheels reproduz até mesmo esse "defeito", com o decalque danificado também.
O 300 SL da série Jay Leno's Garage.
 
Falha no decalque.

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Alfa Romeo Giulia Sprint GTA


Apresentado em 1962 como sucessor do bastante popular Giulietta, o Alfa Romeo Giulia foi desenhado por Bertone numa plataforma encurtada da Giulia Berlina. Conforme a configuração, era denominado Giulia Sprint GT, GTJ (Junior) ou GTV (Veloce), no final dos anos 1960. Gran Turim Alleggerita era sigla para os modelos Gran Turismo ‘Leve’ em italiano, e este carro pesava menos de 1700 lbs (771 kg). 
A GTA foi produzida de 1965 a 1971 nas versões “Stradale” (Estrada) ou “Corsa” (Corrida), com diversas adaptações para as competições. Preparado pelo Departamento de Competições da Alfa Romeo, Autodelta SpA, o GTA perdeu peso em quase todos os componentes: os painéis externos eram de alumínio, e o chassi monobloco usava chapas de aço de menor espessura do que os carros de linha. Os vidros eram de Perspex, e as rodas de liga de magnésio e alguns elementos da suspensão feitos em alumínio,e até as maçanetas mais leves completavam o pacote para as pistas.
O motor era preparado pela Autodelta, divisão de competições da Alfa romeo. Um novo cabeçote que melhorava o fluxo da  mistura, com duas velas por cilindro e carburadores WEBER duplos de 45mm, extraindo 170 hp a 7800 rpm do motor de 1600 cc;  a taxa de compressão era de 10,5:1, e o câmbio tinha relações mais curtas; atingia a velocidade máxima de 220 km/h. O carter tinha maior capacidade, um radiador de óleo ajudava a refrigerar o motor, pistões que aumentavam a taxa de compressão, comando de válvulas de maior desempenho, volante do motor aliviado e diferencial de deslizamento limitado eram os diferenciais da versão GT normal. 

Os freios eram a disco nas quatro rodas, suspensões independentes com amortecedores telescópicos nas quatro rodas, dianteira com braços superiores e inferiores, molas espirais e barras estabilizadoras; traseira com eixo rígido, braços arrastados, molas espirais.

Uma decoração famosa dos Alfas de corrida

Nesta configuração, o Giulia Sprint GTA atingia 220 km/h (137 mph), sendo fabricados 500 exemplares para homologação do modelo para participar das competições; as duas versões disponibilizadas eram a "Stradale" e a "Corsa", sendo a primeira com alguns itens de acabamento e conforto que a deixavam mais adequada para andar nas ruas.

A GTA teve um protótipo com motor 1900cc que depois foi ampliado para 2000cc, e denominado GTAm 2000. Ele tinha injeção direta Lucas, desenvolvendo 208 hp a 6500 rpm. Calçado com rodas 14x7 polegadas e pneus Michelin PA2 ou TA3, o carro era preparado pela Autodelta SpA, e pilotado pelas duplas Pinto/Santonacci e Barayller/Fayel. Este modelo chegou a competir em 9 de agosto de 1970, em Interlagos, vencendo com Tite Catapani. Ele correu também em 1-3 de maio de 1970, em São Paulo, com Emilio Zambello e Fernandez, chegando em segundo lugar.

A versão GTAm foi baseada na 1750 GTV com um sistema de injeção mecânica que gerava 240 hp a 7500 rpm no motor de 2000cc, alcançando 230 km/h de velocidade máxima. A sigla “Am” tem duas versões de significado, nenhuma delas confirmada pela Alfa: uma, que seria “Alesaggio Maggiorato” (diâmetro aumentado, em italiano), e outra que seria “Alleggerita Modificata (Peso Leve Modificado, em italiano). Com o regulamento que alterava o peso mínimo da Classe 2000 de 920 para 940 kg, o GTAm não necessitava tanto de partes de alumínio e 
plástico. A Autodelta construiu 40 exemplares da Alfa Romeo Giulia Sprint GTAm, porém disponibilizou para outras equipes que corriam com o modelo, partes para adequar o peso para as novas especificações, portanto, não há um número definitivo de carros que foram transformados para a especificação GTAm.

O modelo teve muito sucesso nas corridas e venceu inúmeras competições que participou.

1966: Campeão no Rally Alpino, Campeão de pilotos com Andrea de Adamich e de Fabricantes, na divisão 2 do European Touring Car Championship, Campeão no Mitropa Rally Cup e Campeão de fabricante na Trans-Am Series, na classe até 2-litros com Horst Kwech e Gaston Andrey.

1967: Campeão na categoria de Carros de Série do European Hill Climb Championship com Ignazio Giunti; Bicampeonato na divisão 2 do European Touring Car Championship (pilotos e fabricante).

1969: Tricampeonato na divisão 2 do European Touring Car Championship (pilotos e fabricante).

1970: Tetracampeonato na divisão 3 do European Touring Car Championship (pilotos e fabricante), com o GTAm 2000; Campeão de fabricante na Trans-Am Series, na classe até 2-litros com o GTA.

1971: Pentacampeonato (fabricante na divisão 1 com o GTA Junior de 1300cc, e na divisão 2 com o Sprint GTA 1600) do European Touring Car Championship.

1976: Hexa-campeonato (fabricante) na divisão 1 do European Touring Car Championship, com o GTA 1300 Junior.

Além destes campeonatos vitoriosos, o GTA venceu inúmeras corridas individuais entre 1966 e 1971, quando a Alfa Romeo começou a competir com o Alfa 33TT e o Alfasud a partir de 1972/73.

A Equipe Jolly Gancia, que representava a Alfa no Brasil durante os anos 1960, participou com vários modelos nas competições, e entre muitos pilotos, Abílio e Alcides Diniz, jovens herdeiros do Grupo Pão de Açúcar também estiveram ao volante da GTA.

As GTA e uma 33 aguardando para entrar numa corrida no Paraná.

Os exemplares remanescentes, que sobreviveram ao desgaste das pistas ou aos acidentes, são conservados por colecionadores e valorizados como um registro memorável dos carros italianos nas competições.

Da minha coleção
Hot Wheels First Edition
A miniatura do Alfa Romeo Giulia Sprint GTA (Hot Wheels 1:64) foi lançada no ano de 2016 (pack Forza Motorsport 5-car Premium Set) nas mesmas cores e modificações como visto no game Forza Motorsports 5. A miniatura reproduz a versão "Corsa" (expressão italiana para 'corrida') da Giulia GTA, do ano de 1965. 
O chassi da miniatura é feito de metal, e o acabamento é muito caprichado, com as molduras das janelas em prata, assim como o 'Cuore', símbolo da Alfa na grade dianteira, os faróis prateados e as lanternas traseiras pintadas. As rodas ficaram bem parecidas com as do carro do game, e os pneus de borracha valorizam a qualidade da miniatura.

O exemplar verde é da Série Eurospeed, e a vermelha é da Série Door Slammers, em vermelho e o nariz amarelo, faz referência a diversos modelos com esta pintura que corriam nos autódromos no final dos anos 1960.

O casting é muito bem-feito, reproduz bem as formas do design de Bertone, dos modelos Corsa de 1965, e todos os exemplares tem uma decoração caprichada, com detalhes dos faróis, grade, lanternas traseiras e rodas especiais com pneus de borracha. 

Com este acabamento diferenciado, a Mattell consegue elevar o nível das miniaturas, e esta Alfa merece um lugar de destaque no acervo dos colecionadores.

Alfa Romeo Giulia Sprint GTA - Hot Wheels da Série Car Culture, Euro Speed - 1:64

O mesmo casting, desta vez na Série Car Culture, Door Slammers

Este exemplar é um Matchbox, o chassi é de plástico,
incorporando o para-choque.

O modelo na cor branca é da Matchbox, e reproduz o Giulia GTA Stradale (1965), que era vendido ao público que ia rodar com o carro nas ruas (tem placa na traseira). Ele vem sem decoração de competição, com para-choques, e também tem rodas especiais com pneus de borracha. O casting é bem feito para a escala, mas parece que os decalques de corrida fazem falta, deixando a miniatura sem charme.


Referências:

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

BATMOBILE 2022


O novo filme de Batman, dirigido por Matt Reeves, tendo Robert Pattinson no papel do Homem-Morcego tem sua narrativa situada no início da carreira de Batman, onde o crime continua a aumentar e um novo vilão denominado “Charada” aumenta suas apostas no domínio do submundo do crime.
Uma das pistas do caso coloca Batman na trilha de Pinguim, que tenta escapar, mas é rapidamente capturado por Batman dirigindo este novo Batmóvel. Com o mesmo espírito que Bruce Wayne decidiu assumir de atemorizar os bandidos, o Batmóvel é desenhado para despertar esse sentimento ao perseguí-los.
Quando Bruce Wayne era adolescente, dirigia um Dodge Charger nas corridas ilegais nas ruas de Gotham City, então, quando o Batman precisou de um veículo para se deslocar, o Batmóvel teve suas linhas baseadas no Dodge Charger, ícone de desempenho com sua silhueta de “Coke-Bottle” no perfil, e a tradicional “hardtop roofline” complementando o design.


A motorização seria um tradicional V8, com cerca de 700 HP com um duplo turbocompressor, e tração nas quatro rodas; mas Bruce preparou um Ford Triton V10 montado na traseira, suspensões reforçadas, e equipou o carro com vários armamentos e blindagem. Temos a presença de escapes laterais saindo à frente das portas, e três de cada lado na parte superior do capô dianteiro, que expelem chamas nas altas rotações do motor. Isso indica que o carro tem também um motor no cofre dianteiro, que traciona o eixo e configura a tração nas quatro rodas. Também está lá a consagrada turbina traseira, que lança chamas nas acelerações do veículo.
Para as filmagens, foram construídos quatro exemplares deste Batmóvel, sendo o “hero-car” completo para as fotos promocionais e tomadas mais detalhadas. Os demais tinham menos equipamentos e motores V8 comuns, e foram utilizados nas cenas de ação, onde sempre há o risco de acidentes nas tomadas.
Um destes exemplares tinha a sigla “EV”, e estava equipado com um motor da Tesla, totalmente elétrico; e foi utilizado em tomadas que o Batmóvel rodava no modo “silencioso”, sem o ruído dos motores a combustão. Outro exemplar era preparado para um co-piloto - posicionado no teto - dirigir o carro, nas tomadas em que Batman pilotava o Batmóvel nas cenas em close do cockpit, ou de perseguição, dispensando o uso de Computação Gráfica ou dublês nestas tomadas.



DA MINHA COLEÇÃO
Hot Wheels: Batmobile 2022

O Batmóvel de 2022 saiu na linha da Hot Wheels em 2021, e originalmente saiu na cor preta tradicional, como convém a um Batmóvel. O exemplar que tenho saiu na cor Matte myrtle green, na Mainline de 2022, mas é o mesmo casting, criado pelo designer Manson Cheung. O detalhamento é limitado pela escala, mas traz os elementos básicos, o motor aparente e as rodas Aero Disc - utilizados em outros modelos dos Hot Wheels – ficaram bem parecidas com as do carro original.

REFERÊNCIAS:

terça-feira, 1 de novembro de 2022

FORD MUSTANG PARTE II - PRIMEIRA GERAÇÃO: 1964 ½ - 1973

Mustang 1964 1/1 Conversível

Designado como Projeto T-5, chefiado por Donald N. Frey, mas supervisionado de perto por Lee Iacocca, a equipe levou 18 meses para colocar o Mustang na linha de montagem, e o primeiro exemplar, um conversível branco com interior vermelho, saiu rodando da fábrica em Dearborn em 9 de março de 1964.

O Mustang trazia um design renovador, com seu longo capô e traseira curta, a grade avançando além dos faróis, com o logo do cavalo galopante, lâminas dos para choques mais finos e elegantes, uma lateral bem esculpida sem cromados exagerados, sugerindo uma abertura de ventilação dos freios traseiros ou uma tomada de ar para carros esportivos com motor traseiro, as lanternas traseiras triplas; todo o seu visual era agradável de se ver em qualquer ângulo.

A receptividade do modelo foi tão grande, que virou matéria de capa das revistas Newsweek e Time, e logo em maio, já foi escolhido para ser o Pace Car Oficial das 500 Milhas de Indianápolis de 1964. Uma versão conversível foi especialmente adaptada para a função, pintada de branco com faixas azuis na extensão do capô e até a traseira. A Ford construiu 230 exemplares extras do pace-car entre conversíveis e hardtop. Os conversíveis eram equipados com o V8 de 289 cid e os hardtop com o V8 de 260 cid. Trinta e cinco conversíveis foram vendidos para concessionárias e 195 hardtops foram distribuídos em concursos de revendedores realizados em abril de 1964.

Mustang utilizado em Goldfinger

Além disso, um Mustang conversível 1964 ½ era usado por Tilly Masterson no filme de James Bond, Goldfinger, ajudando ainda mais a tornar o Mustang uma estrela no mercado. A Ford queria colocar um modelo fastback no filme, mas ela só teria esta versão disponível em setembro. As filmagens começariam em janeiro e terminariam em agosto; então foi usado um conversível e o Mustang ganhou uma fama cinematográfica logo em dezembro de 1964 quando Goldfinger foi lançado nas telas dos cinemas americanos. 

Várias revistas automobilísticas estamparam o Mustang em suas capas e dissecaram tudo o que se podia falar sobre o estilo e mecânica do carro, incrementando o desejo do americano comum para ter um deles na sua garagem. Denis Shattuck, editor da revista Car Life, tinha todas essas coisas em mente quando cunhou a expressão “pony car”, um apelido carinhoso para um carro que estava criando um segmento de mercado, o Mustang era um cavalo de menor porte em relação aos puro-sangue dos hipódromos ou outras raças de cavalos, mas veloz e ágil; assim como o carro tinha um porte menor em relação aos grandes sedãs comuns da GM, Ford e Chrysler; mas era ágil e veloz como os cavalos que lhe deram o nome.

Havia três motores disponíveis para o Mustang: um seis cilindros em linha de 170 cid (2,8 litros), com 101 hp; um V8 de 260 cid (4,2 litros) e 164 hp e um V8 de 289 cid (4,7 litros) e 210 hp. Os câmbios podiam ser de três ou quatro marchas manual (este somente acoplado ao V8 de 271 hp), ou um Cruise-O-Matic de três marchas automático. Com um peso de 1.182 kg (1.300 para o equipado com o motor 289 cid), tinha um bom desempenho e animava os preparadores para extrair mais cavalos com um pouco mais de trabalho.

A suspensão era tradicional, independente à frente com braços sobrepostos e um eixo rígido na traseira, solução de baixo custo, manutenção simples e robustez para suportar motores mais potentes nas preparações para as arrancadas de quarto-de-milha.

Havia diversos opcionais para escolher: diferencial de deslizamento limitado, direção hidráulica, freios com auxílio a vácuo, ar condicionado, console central, cobertura de vinil para o teto, diversos aparelhos de rádio, rodas e calotas especiais. Freios a disco opcionais vieram em 1965, e depois vieram os pacotes de conforto/acabamento e de desempenho, com molas mais duras, amortecedores de corrida, barras estabilizadoras, caixa de direção rápida e escapes duplos.

Para reduzir os custos de produção, diversos componentes mecânicos eram compartilhados com o Falcon e o Fairlane, mas o monobloco do Mustang era completamente diferente. Tinha um entre eixos menor, bitolas mais largas, a posição de dirigir era mais baixa, assim como a altura do carro, deixando-o mais esportivo.

Mustang 1965 Fastback

Para 1965, como já citado, o fastback foi lançado em 17 de agosto de 1964, e serviu de base para Carrol Shelby customizar o Mustang, a pedido de Iacocca, criando o Mustang GT350. Shelby substituiu os freios, eliminou o banco traseiro, trocou o capô do motor por um de plástico reforçado com fibra de vidro, rebaixou a suspensão dianteira, mudou a bateria para o porta malas para melhorar a distribuição de peso, e mexeu no motor 289 para render 306 hp a 6000 rpm, ao invés dos 271 hp normais trocando os carburadores  por um quadruplo Holley 715 CFM. A única cor disponível era carroçaria branca com faixas centrais azuis opcionais para simplificar a produção. Shelby construiu 34 exemplares deste GT350 com especificações para correr na SCCA, vencendo por três anos consecutivos na classe B-Production.

Mustang Shelby GT350

O motor de seis cilindros e 170 cid cresceu para 200 cid (3,3 litros) e a potência subiu para 120 hp; o V8 260 cid foi substituído por um V8 289 de duas válvulas por cilindro e 200 hp; outro V8 com  289 cid de quatro válvulas com 225 hp, mantendo o anterior 289 cid com 271 hp. Outras alterações incluíam o alternador no lugar do gerador, mudança do bocal de troca de óleo, integração do reservatório e bomba da direção hidráulica, melhor vedação da tampa de abastecimento do tanque, buzinas menores, maior área interna revestida com carpete, novas opções de acabamento para o interior, com novos painéis de portas com descansa-braços integrado, novas maçanetas, novo painel com cinco instrumentos, volante com revestimento de madeira, porta-luvas e novo console central opcional.

Mustang Coupe 1966

Mustang Fastback GT350 H 1966 - da locadora Hertz

Em abril de 1965 foi disponibilizado o pacote de equipamentos GT, apenas para os equipados com os dois carburadores quádruplos, onde constavam o painel com cinco instrumentos, freios a disco, barras estabilizadoras de maior diâmetro, caixa de direção rápida, escapes duplos com saídas pelo painel traseiro abaixo do para choque, faróis de neblina montados na grade central e faixas laterais inferiores.

Mustang Fastback 1967

Mustang Coupe 1967

A cada ano, o Mustang ficava maior mas não necessariamente mais potente. Facelifts na frente e traseira mantinham a identidade do Mustang, enquanto um V8 Big Block 390 cid com 320 hp apareceu na linha 1967. Outras alterações eram a coluna de direção retrátil, pisca-alerta para emergências, freios com sistema duplo, botões do painel que evitavam ferimentos em caso de impacto em acidentes vieram devido às normas de segurança da NHTSA (National Highway Safety Administration).

Mustang Shelby GT500 - 1967

A GM tratou de combater o Mustang com o Camaro e seu clone da Pontiac, o Firebird; e a Ford contra-atacava com o Mercury Cougar (clone do Mustang), posicionado num segmento mais caro e luxuoso, com uma nova frente e traseira, e acabamentos diferenciados. O Mustang GT350 H (o “H” era da locadora Hertz) foi uma edição especial que a Hertz disponibilizava no mercado para locação, e vários relatos dão conta de que estes Mustang eram alugados nas sextas-feiras, e voltavam na segunda com marcas de adesivos nas portas, além de outros sinais indicativos de terem participado de corridas no fim de semana; ganhando assim o apelido de “Rent-A-Racers”.

Mustang Shelby GT500 KR - "King of the Road" 1968

Em 1968, a lista de motores cresceu para um V8 Cobra Jet de 428 cid (7 litros) do Cobra roadster com 425 hp, mas amansado para 335 hp; e Shelby fez um upgrade no GT350 para um GT 500, e depois para o GT 500 KR (“King of the Road” -  Rei da Estrada); e mesmo com novos concorrentes, o GT 350 venceu novamente o Trans-Am Manufacturers Cup; além de ganhar o bi-campeonato do SCCA B-Production também pela segunda vez. Nos carros de linha, apenas pequenos detalhes como entradas de ar laterais, volante e tampa do tanque de gasolina foram redesenhados. Surgiram as luzes de posição laterais e cintos de segurança de três pontos nos bancos dianteiros.

Sobre a potência do Mustang GT500 KR, muitos alegavam que o valor declarado era menor do que a real, por causa das companhias de seguro, e calculavam que ele teria cerca de 400 hp. O KR fazia de 0-60 mph em 6,9 segundo e o quarto-de-milha em 14,6 segundos.

Mustang Boss 302 - 1969

O Mustang Boss 302 foi criado por Larry Shinoda, famoso por seu envolvimento com Zora Arkus-Duntov nos projetos do Corvette. Semon Knudsen havia deixado a GM pela Ford e levou Shinoda para desenvolver um Mustang para as corridas da Trans-Am, e Shinoda começou a chamar o projeto de "The Boss car", ou "O carro do chefe", enquanto era segredo. O apelido ficou e o Mustang Boss ganhou fama nas pistas do Trans-Am, na temporada de 1969, com Parnelli Jones e George Follmer, conseguindo fazer frente aos Camaro da GM. O motor V8 de 302 cid (4,9 litros) gerava 290 hp, e eliminou os anteriores 289 cid a partir de dezembro de 1967. O câmbio tinha quatro marchas, direção com relação de 16:1, diferencial com relação de 3,5:1, amortecedores reguláveis na traseira. O exterior vinha com capô dianteiro e traseiro em preto fosco, faixas laterais com a inscrição “302 C”, persianas no vidro traseiro semelhantes às do Lamborghini Miura, spoiler frontal, paralamas alargados e rodas Magnum 500 com pneus F60 de aro 15.

Mustang GT390 - 1968 - utlizado em "Bullit"

O mais famoso Mustang 1968 certamente foi aquele 390 utilizado nas filmagens de “Bullit”, com Steve McQueen interpretando Frank Bullit, atuando na que é considerada a mais emocionante perseguição do cinema de todos os tempos. Saiba mais sobre este Mustang no link:

https://leotogashi.blogspot.com/2016/12/carros-e-filmes-mustang-390-em-bullit.html

O Mustang de 1969 trazia quatro faróis, era maior e mais pesado, para acomodar os motores maiores debaixo do capô; com a suspensão dianteira levemente rebaixada, ficou muito mais agressivo visualmente. Tanto que a versão de 1970 perdeu os faróis que vinham na grade, para amenizar a “cara de mau”, que alguns executivos da Ford achavam que prejudicava as vendas. No entanto, as vendas de 1969 excederam as de 1970... A versão Fastback 2+2 foi renomeada SportsRoof, mantendo a mesma medida entre eixos desde que foi lançado, e o motor seis em linha de 200 cid (3,3 litros) se mantinha para o Mustang de entrada, mas havia um opcional de 250 cid (4,1 litros) seis em linha também. A gama de motores V8 ia aumentando, começando pelo 302-2V, e um opcional de 4 válvulas; um 351 cid (Windsor com 5,8 litros) de duas ou quatro válvulas; o 390 de duas válvulas deixou a linha mas o de quatro válvulas permanecia.

Algumas versões pouco conhecidas do público eram o Mustang “E”, basicamente um SportsRoof equipado com o seis cilindros em linha de 3,3 litros, um diferencial mais longo e um conversor de torque maior para o câmbio automático. Outra versão era o Mustang Grande, na configuração Cupê, teto revestido de vinil, com um pacote exclusivo de acabamento mais luxuoso no interior e estofamento quadriculado, relógio elétrico no painel, e um escape mais silencioso.

Mustang Boss 429 - 1969

Com o sucesso do Boss 302, surgiu na sua esteira o Boss 429, construído com o único propósito de homologar o motor ‘Semi-Hemi’ para as corridas da NASCAR. Para acomodar o enorme motor 429, as torres dos amortecedores foram deslocados para fora em uma polegada, e os braços em “A” da suspensão dianteira de corrida foram rebaixados em uma polegada. Vinha com spoiler frontal, para lamas alargados, dois espelhos de competição, rodas Magnum 500 cromadas de tala 7”, com os pneus F60 de aro 15, barra estabilizadora na traseira, freios a disco assistidos a dianteira, direção hidráulica, radiador de óleo, bateria posicionada no porta malas e diferencial autoblocante com relação de 3,91:1. 

 Apenas 857 exemplares dele foram feitos em 1969 e outros 499 em 1970, quando foi descontinuado. O ano de 1970 também marcou o fim do GT350 e do GT 500.

Mustang Mach I - 1969

Mustang Mach I - Cobra Jet 1969

Outra versão era o Mach 1, motorizado com os maiores V8 da linha, tinha acabamento especial no interior e encostos altos dos bancos dianteiros. Externamente, capô pintado de preto semi-fosco, com tomada de ar (falsa, exceto para os equipados com o V8 428 Cobra Jet), travas de segurança no capô dianteiro, dois retrovisores de corrida, faixas decorativas laterais, tampa de combustível pop-up, escapes duplos com ponteiras cromadas quádruplas. Vinha com uma suspensão revisada apara mais conforto e cerca de 25 kg de material isolante acústico para deixar o interior mais silencioso.

Anúncio do Mustang Mach I - 1969

O Mustang de 1970 recebeu poucas mudanças, a maioria refinamentos sutis, evitando ‘mexer em time que está ganhando’. Como já dito, os faróis quádruplos voltaram a ser duplos, as luzes de posição foram posicionadas nos para lamas, as tomadas de ar antes da caixa de rodas traseira foi eliminada, e as lanternas traseiras ficaram embutidas em recessos no painel traseiro. No interior, os bancos de encosto alto se tornaram padrão; um novo volante com formato levemente oval (supostamente para facilitar o acesso do motorista), e a chave de ignição foi para a coluna de direção, travando automaticamente o volante quando se desligava o carro. Na parte dos motores, o 390 foi descartado e os 351-2V e 4V cid Cleveland entraram no lugar dos antigos 351 Windsor. Este motor vinha com um comando mais bravo, com tuchos mecânicos, pistões forjados de alumínio e novos coletores de admissão. O Mach 1, Boss 302 e o Boss 429 se mantinham disponíveis no ano.

Mustang Conversível 1971

Mustang Grande 1971

Mustang GT 1971

Para 1971, o Mustang cresceu 8 polegadas no comprimento e 6 na largura, em relação ao modelo lançado em 1965. O Mustang passara a ser um Muscle-Car, além da classe dos ‘pony-car’ que havia criado, sofrendo as maiores alterações desde que foi lançado. Até o entre eixos aumentou para 109” (2,75m). O motor seis em linha de 200 cid foi substituído por um de 250 cid (4,1 litros) com 145 hp, assim como o  428 cid. A versão Boss 302 passou a ter o motor 351 cid (5,75 litros) com 330 hp, e a Boss 429 passou a se chamar Cobra Jet com 370 hp se manteve e ganhou uma outra versão Super Cobra Ram Air 429, com 375 hp. As versões Grande e Mach I se mantinham na linha. O destaque era para o Boss 351, que vinha com uma suspensão de competição, com amortecedores de duplo estágio na traseira, um cambio de quatro marchas com alavanca Hurst, freios dianteiros a disco com auxílio a hidrovácuo, escapamentos duplos e um diferencial com relação de 3,91:1.

A linha para 1972 recebeu apenas retoques cosméticos e não viram nenhuma mudança maior em termos de estilo, assim como a de 1973, prefigurando uma renovação mais drástica para 1974.

Debaixo da tutela de “Bunkie” Knudsen, o Mustang evoluiu com a demanda dos compradores para um carro maior e mais luxuoso, com um design mais “pesado”, que não combinava com o “pony-car” compacto, ágil e veloz. Apesar dos motores mais potentes, o aumento de peso prejudicou a performance de estrada do Mustang, e as vendas começaram a cair; com a concorrência interna do Ford Pinto e do Maverick. Adicionalmente, os preços da gasolina começaram a subir, os custos de seguro também, as leis sobre emissões, a eliminação do chumbo tetraetila – altamente poluente – reduziu sua octanagem, exigindo que os motores tivessem sua taxa de compressão reduzida, e a obrigatoriedade de adotar equipamentos de segurança colaboraram para dar fim na era dos Muscle-Cars. Lee Iacocca resumiu isso na frase: “O mercado do Mustang nunca nos deixou, nós é que o deixamos”.

DA MINHA COLEÇÃO

Mustang Fastback da Mira, em 1:18

Mustang Boss Trans-Am, da Replicarz 1:18

Shelby GT 500 KR, da road Signature em 1:18

Shelby GT 500 KR, da JADA Toys, em 1:18
Mustang GT Concept 2006, da Beanstalk Group

Mustang Mach III, da Maisto em 1:18


O Mustang Fastback 1965 azul com faixas brancas é da Mira, na escala 1:18, decorado com adesivos de corrida. O Shelby GT500 KR verde-claro com faixas brancas é da Road Signature, também em 1:18. Já o GT 500 KR azul com 'flames' é da JADA Toys, que reproduz carros tunados, e tem ótimo acabamento e detalhes. O Mustang Boss Trans-Am é da Replicarz, e o mais bem acabado, em detalhes de casting, decalques, cromados, rodas, faróis, e seu visual fica bem agressivo com a suspensão rebaixada para as corridas. O Mustang de 2006 com design renovado inspirado na versão de 1967 é o conceito apresentado pela Ford para alavancar as vendas do Pony-car, aproveitando a onda dos retrômobiles. ele foi feito pela Beanstalk Group, empresa licenciada pela Ford para produzir inicialmente estes modelos dentro da estratégia de marketing da empresa para diferenciar ao máximo até mesmo as reproduções oficiais dos carros Ford. O Mustang Mach III amarelo da Maisto foi um design vencedor que garantiu a sobrevida do Mustang quando a Ford teve intenções de tirá-lo de linha no início dos anos 1990.

Os mais numerosos são na escala 1:64, Hot Wheels, Greenlight, Johnny Lightning, M2 Machines, Majorette. Os Greenlight são temáticos, do seriado Walking Dead, Bullit e 60 Segundos; bem mais detalhados do que os da Mattell; assim como o Mach I 1970 da Johnny Lightning, com faróis e grade dianteira bem caprichada, e as rodas da época muito bem reproduzidas.

Os da M2 Machines vem com base, muito bem detalhadas e várias abrem as portas ou o capô. O modelo da Majorette abre as portas e tem a grade dianteira com o logotipo do Cavalinho Galopante muito bem reproduzida. 

Os modelos da GULF Racing, em azul e laranja, são dos mais procurados pelos colecionadores, e este primeiro HW que aparece abaixo se repete na foto conjunta da GULF Racing no final do post.


Hot Wheels: Boss 302 69; Custom 2012; Custom 2014 e Custom 2015.


Hot Wheels: GT 2015; 2005; Boss 302 69 e Concept 1962.

Hot Wheels: Coupe 65 Zamac; Dragster; FastBack 65 Blue e FastBack 65 Grey.

Hot Wheels: FastBack 65 Orange; FastBack 65 Red; FastBack 65 White e wsua versão customizada

Hot Wheels: FastBack 67 Blue; GT 67; GT Concept 2006 Police Car e Mustang II Concept 1963

Hot Wheels: Mach I 1970; Mach I 1971 Blue; Mach I 1971 Gold e FastBack 67 Tokyo Drift

Greenlight: Coupe 1967 Walking Dead; GT 390 Bullit e Shelby GT 500 Eleanor

Johnny Lightning: Mustang Mach I 1970

M2 Machines: Boss 1970; GT 350 66 e GT 350 65

Majorette: Mustang FastBack 

GULF Racing: Boss 69; Custom GT 2018; FastBack 2+2 66 e FastBack 67 




REFERÊNCIAS

https://www.imnpal.com/ford-mustang/

https://en.wikipedia.org/wiki/Ford_Mustang

https://en.wikipedia.org/wiki/Ford_Mustang_II_(concept_car)?msclkid=5f025128c04111ecb770c28c473f092f

https://www.motortrend.com/news/from-concept-to-showroom-1965-ford-mustang-sketches-241873

https://themustangsource.com/forums/attachments/f761/181288d1472648185-1963-mustang-ii-concept-imag8037.jpg

https://www.cjponyparts.com/resources/who-invented-the-mustang?msclkid=f6bce887c03611eca2e3b0fc4c34bf5f

https://en.wikipedia.org/wiki/Joe_Oros?msclkid=b5e2e434c03511ecad92b6cec61e98d5

https://www.motortrend.com/features/one-off-the-mustang-ii-styling-exercise-that-set-world-on-fire/

https://www.curbsideclassic.com/blog/car-show-classic/roped-off-classic-1963-ford-mustang-ii-concept-the-hamtramck-falcon/

mustang?msclkid=f6bce887c03611eca2e3b0fc4c34bf5f

https://www.customponycars.com/pony-car-vs-muscle-car/

https://classicmustang.com/1964-mustang-information/

https://www.netcarshow.com/ford/1964-mustang/

https://en.wikipedia.org/wiki/Shelby_Mustang

https://en.wikipedia.org/wiki/Ford_Mustang_(second_generation)