quarta-feira, 29 de março de 2023

Porsche 935

Porsche 930 Turbo 1985

O Porsche 935 é a evolução do Porsche Carrera, de 1971, e ao longo dos anos foi recebendo mais a mais potência, primeiro nos exemplares de competição, e passando aos carros de rua na medida do possível. O primeiro Carrera (designado internamente como 930) a receber um turbo foi em 1974, correndo pela equipe Martini nas 24 Horas de Le Mans daquele ano.

O 930 foi homologado para as ruas em 1976, mas a estratégia da época era substituir o 911 pelo 924, portanto, a tecnologia turbo do 930 ficou restrita em desenvolvimento e somente em 1986 recebeu adequações da legislação de emissões para ser exportado para os EUA e Japão. Ele permaneceu no mercado até 1989, quando a plataforma “G-Series” foi substituída pela nova, que recebeu o código “964”.

Porsche 934 - 1976


Já nas competições, o 930 recebeu uma preparação mais agressiva, ganhando o código 934, com o motor flat-six RSR 3,0 litros gerando 580 hp, vencendo a temporada de 1976 do Campeonato Mundial de Marcas e o Campeonato SCCA Trans Am, este nas mãos de George Follmer, e o Campeonato europeu de GT. O 934 venceu as 24 Horas de Le Mans em sua classe por três anos consecutivos: 1976, 1977 e 1978.

O Porsche 935 era o 934 de fábrica, e vinha com o flat-six de 3,30 litros, com dois turbos e injeção mecânica de combustível, gerando 630 KW (845 hp ou 857 PS), e os turbos começavam a empurrar mesmo em baixas rotações, devido ao maior diâmetro de suas turbinas. Devido a uma brecha no regulamento, Norbert Singer, engenheiro da Porsche, descobriu que remover os faróis dos paralamas e passá-los para o spoiler abaixo da linha do para choques, era o design ideal para reduzir o arrasto e conseguir mais downforce na dianteira. A grande supremacia dos 935 acabou sendo um dos fatores para a FIA extinguir as classificações em Grupos, e em 1982 ela definiu apenas três categorias, denominadas com letras: A, B e C.


O Porsche 935 de 1978, Moby Dick

O último 935 de fábrica foi construído somente para as 24 Horas de Le Mans de 1978, e os aprimoramentos aerodinâmicos, com uma frente mais avançada e a cauda estendida, com o enorme aerofólio, e com sua cor branca, fizeram a imprensa especializada batizá-lo de “Moby Dick”. Apesar de ser 15 segundos mais rápido do que as versões anteriores, e chegar a 367 km/h na reta de Mulsanne, ele chegou em 8º lugar na geral, atrás de outros três 935 de equipes independentes.

Pode-se afirmar que o 935 foi o carro mais vitorioso nos tempos da transição dos motores aspirados para os turbocomprimidos, e credita-se à Porsche um papel de destaque, primeiro nas competições, e depois levando a tecnologia para os carros de rua.

Da minha coleção

Porsche 935, Hot Wheels, mainline 2015

Os Porsche 935 são Hot Wheels, o nº 85 é um Mainline de 2015, e o outro é da grife Urban Outlaw, de Magnus Walker, grande colecionador de Porsche. Não há informações se ele tem um 935 com esta decoração, mas o visual segue o do 911 mais famoso dele.

Porsche 935, com a decoração da griffe "Urban Outlaw", de Magnus Walker


Referências:

https://www.porsche.com/brazil/pt/aboutporsche/christophorusmagazine/archive/383/articleoverview/article10/

https://hotwheels.fandom.com/wiki/Porsche_935_(2021)

https://leotogashi.blogspot.com/2022/03/porsche-carrera-rs-e-sua-evolucao-parte.html

terça-feira, 28 de março de 2023

’69 Camaro Yenko

Camaro Yenko 1969

Em 1957, Don Yenko abriu uma loja de performance para veículos Chevrolet na concessionária Chevrolet da família em Canonsburg, Pensilvânia. Os clientes podiam encomendar peças de alto desempenho ou ter seus carros modificados pelos mecânicos da Yenko. Em 1967, quando a Chevrolet começou a vender o Camaro, Yenko começou a modificar o SS Camaro substituindo o motor original L-78 396 cid (6,5 L) por um do Chevrolet Corvette L-72 427 cid (7,0 L) e atualizava o eixo traseiro e as suspensões. Ele também modificou outros veículos Chevrolet como Chevelle e Nova equipando-os com motores L-72. O trabalho desenvolvido de Don Yenko era tão bom que a Chevrolet permitiu que os carros modificados por ele tivessem uma identidade própria, com faixas no capô indicando a cilindrada, e faixas laterais com o seu nome no final dos para-lamas traseiros.


Outras alterações eram feitas nas suspensões, diferencial, capô do motor em fibra-de-vidro, caixa de marchas M21. No ano de 1968, seus Camaro vinham com o V8 L78 de 396 cid com 375 hp e uma caixa de quatro velocidades Muncie. Trocava o velocímetro por outro que indicava até 140 mph (230 km/h), uma barra estabilizadora de 1 1/8 pol. de diâmetro na dianteira. Para os que desejavam mais força, trocava o bloco 396 cid por um de 427 cid, utilizando o mesmo cabeçote, carburador, coletores de entrada e saída, aproveitando as peças que podia. Na parte visual, trocava as rodas pelas 14”x6” do Pontiac, com calotas com seu logotipo, emblemas especiais na grade, laterais e traseira; e começou a identificar seus carros com números de série com plaquetas afixadas no batente da porta do motorista. Outro símbolo que Yenko começou a aplicar nos seus carros era a sigla “sYc”, significando “Yenko Super Car”, em adesivos no capô e bordados nos encostos de cabeça doa bancos.

Para 1969, as concessionárias tiveram a disponibilidade dos motores L72 através do “COPO” (Central Office Production Order), num kit que incluía freios a disco, spoilers, capô com tomadas de ar, um diferencial 4.1 Positraction, com engrenagens mais resistentes, com tratamento térmico; uma barra estabilizadora dianteira de maior diâmetro, e radiador de maior capacidade. Podia-se optar pelo câmbio M21 de quatro marchas ou o Turbo Hidramatic 400. Yenko vendeu 201 exemplares com esta configuração, 171 unidades com cambio manual e 30 com transmissões automáticas. O emblema “Yenko 427” aparecia nas faixas laterais, capô e traseira; com a sigla “sYc” nos encostos de cabeça. Todos os Camaro Yenko tinham o interior em preto.

O Camaro Yenko, na garagem com Tej e Brian

O Camaro Yenko1969 utilizado em “2 Fast 2 Furious” (FF2) era uma réplica do original, e tinha o V8 de 427 cid (7 litros) com 425 hp, suspensão do Z/28, painel customizado e outros acessórios para andar rápido. A produção adquiriu nove exemplares do Camaro 1969, e muitos deles precisaram ser reformados para ficar em condições de gravação.

Nas cenas finais, em que o Camaro salta sobre o barco em fuga, o carro foi aliviado de todo o peso possível, enchido com espuma de poliuretano e rebocado por um cabo para ser lançado ao ar. E caiu na água, não sobre o barco. Antes disso, o modelo foi encaixado no barco para gravação das cenas finais, e a computação gráfica se encarregou de montar a sequência do salto e queda do Camaro sobre o barco.

Apenas um dos Camaro foi preservado pela empresa Year One, que fazia os reparos e manutenção da frota de FF2, posteriormente totalmente restaurado. Sobre os demais, não há informações precisas do destino que tiveram, mas “devem estar por aí”, nas palavras de Craig Lieberman, que foi o consultor técnico automotivo do filme. O modelo utilizado no filme foi doado para a Paul Walker Charity ROWW como tributo ao ator, falecido em 30 de novembro de 2013.

Da minha coleção

O Camaro Yenko, da Hot Wheels

O Camaro Yenko 1969 de “2 Fast 2 Furious” é da Hot Wheels, na cor Le Mans Blue. Ele veio num pack com outros cinco exemplares de diversos filmes da franquia F&F. É um Camaro Mainline, com rodas normais, de plástico, é um casting que tem os faróis dianteiros ocultos, e ocultos, e reproduz a decoração do Camaro utilizado no filme.

O 5-Pack de Fast and Furious, com diversos carros da franquia.


Referências:

https://hotwheels.fandom.com/wiki/%2769_Camaro_(hardtop)

https://fastandfurious.fandom.com/wiki/1969_Yenko_Camaro_SYC

https://en.wikipedia.org/wiki/Don_Yenko

https://en.wikipedia.org/wiki/Yenko_Camaro

https://www.motorauthority.com/news/1132248_deep-dive-the-yenko-camaro-and-dodge-challenger-from-2-fast-2-furious

https://www.motorauthority.com/news/1132360_1970-plymouth-cuda-440-6-heads-to-auction

https://www.hotcars.com/cars-from-2-fast-2-furious/#brian-39-s-yenko-camaro-packed-serious-power

segunda-feira, 27 de março de 2023

Nissan 300ZX Twin Turbo

 


O Nissan 300 ZX Twin Turbo era um desenvolvimento do esportivo Datsun 240Z, lançado em 1970, que no Japão era denominado Nissan Fairlady Z, ou ainda conhecido como Nissan S30. Com os carros de passeio japoneses fazendo sucesso em vários mercados mundiais, era estratégico competir no mercado dos esportivos, em que Jaguar, BMW, Porsche, Alfa Romeo e FIAT já tinham modelos consagrados há muitos anos.

O 240Z tinha um motor de seis cilindros em linha, com 2,4 litros, daí a sigla que indicava a capacidade do motor, e nos anos seguintes recebeu aumento de cilindrada, e a sigla correspondente, como 260Z (motor de 2,6 litros, em 1974) e 280Z (motor de 2,8 litros, em 1975).

Datsun 240Z
O Nissan 300Z surgiu em 1983 (1984 nos EUA), como motor V6 de 3,0 litros, tornando-se o modelo mais vendido entre os esportivos da Série Z. As versões ZX tinham um acabamento diferenciado, mais luxuoso e com mais itens de conforto do que as versões “Z”.


A plataforma Z virou um laboratório de tecnologia da Nissan, com a instalação de um duplo turbo no seis em linha (RB20DET), e quando fizeram o upgrade do motor para o V6 (VG30ET), este recebeu um Turbo no 3,0 litros com comando único no cabeçote.

A Geração do Z32 recebeu um novo design em 1986, projetado por Isao Sono e Toshio Yamashita; a carroçaria era mais larga e as linhas mais arredondadas, com um perfil mais baixo. O 300ZX Twin Turbo vinha com o motor VG30 de 3,0 litros, duplo comando de válvulas com aberturas variáveis (N-VCT) no cabeçote, dois turbos Garret AiResearch com dois intercoolers, produzindo 300 hp a 6400 rpm e 238 lb-ft de torque a 3600 rpm. Atingia as marcas de 0-60 mph em 5 ou 6 segundos conforme a preparação (Turbo ou aspirado), 155 mph (249 km/h). A suspensão era ajustável em dois modos de condução, e tinha o sistema de direção nas quatro rodas “Super HICAS”, introduzido inicialmente no Skyline R31.

O 300ZX de Paul Newman

Nas competições, o 300ZX participou da Trans-Am, vencendo em Lime Rock (1986) com Paul Newman, correndo pela escuderia de Bob Sharp. Também correu na IMSA GT Championship e no All Japan Sports Prototype Championship (como Fairlady Z), dominando a temporada de 1988. Pilotado por Steve Millen, o 300ZX venceu dois campeonatos de construtores, entre 1990 a 1995, com Steve Millen vencendo sete campeonatos como piloto Nº 1 da Nissan. Venceu também as 24 horas de Daytona em 1994, e as 24 Horas de Le Mans, na classe  GTS-1 (5º lugar na geral) também no ano de 1994. Com o regulamento da IMSA proibindo o Twin Turbo após 1994, o 300ZX passou a ser equipado com o novo motor V8 (VH) da Nissan, correndo em Daytona (1995) e conquistando a vitória na classe GTS-1 nas 12 horas de Sebring e o Moosehead Grand Prix em Halifax.

Um exemplar preparado em parceria com a Jun Auto e a BLITZ conseguiu em Bonnevile Salt Flats as marcas de 210.78 mph (339,2 km/h) em 1990; e 231.78 mph (373 km/h) numa segunda tentativa depois de alguns aperfeiçoamentos. Em 1995, o 300ZX bateu em 260.87 mph (419,84 km/h) no Bonnevile Speed Trial.

O modelo permaneceu até 1996 nos EUA e outros mercados, mas seguiu presente no JDM (Japan Domestic Market) até o ano 2000.

Da minha coleção

Nissan 300ZX - Hot Wheels 1:64

O Nissan 300 ZX Twin Turbo é um Hot Wheels, Mainline da Série “Nissan”, que foi lançada em 2019. O Casting reproduz um carro que tem tetos solares individuais (sem referências de modelos reais com este acessório), na habitual qualidade da Mattel, e rodas PR5, comuns a outras minis.

Referências:

https://en.wikipedia.org/wiki/Nissan_S30

https://en.wikipedia.org/wiki/Nissan_300ZX

https://hotwheels.fandom.com/wiki/Nissan_300ZX_Twin_Turbo

sábado, 25 de março de 2023

Ecto-1 e Ecto-1a - Ghostbusters


O veículo em que os Caça-Fantasmas circulavam em Nova York era um Cadillac 1959, adaptado pela empresa Miller-Meteor, especializada em transformar carros para ambulâncias e carros funerários. Pelo roteiro, o Dr. Ray Stantz encontrou o veículo em 1984, pouco depois de hipotecar a casa de sua mãe para comprar as instalações dos Bombeiros, onde montaram a sede da empresa para caçar fantasmas. Com suas habilidades mecânicas, conseguiu consertar o carro, que havia adquirido por US$ 4.800. Com um amplo porta-malas, e o rack de teto, havia bastante espaço para levar o Proton Pack, os Ecto Goggles, P.K.E. Metros e todas as traquitanas junto com a equipe, formada pelo Dr. Peter Venkman (Bill Murray), Dr. Raymond Stantz (Dan Aykroyd), Dr. Egon Spengler (Harold Ramis), e secretariada por Dana Barret (Sigourney Weaver).

No roteiro original, o Ecto-1 (abreviatura de Ectomobile) era todo preto, sinistro, com luzes estroboscópicas brancas e roxas, para dar um efeito de uma aura no carro. No entanto, Lászlo Kovács, diretor de fotografia, apontou que muitas cenas seriam gravadas à noite, e o carro todo preto seria um problema. Ainda conforme o roteiro, Ray comprava o Cadillac que era uma ambulância usada pelo Bellwoods Rescue Squad, no subúrbio de Chicago. As cores, obviamente, eram o branco e vermelho com interior azul claro.

A produção encontrou o Cadillac para o filme, e o proprietário concordou em alugá-lo por quatro meses, para as tomadas iniciais do filme. Quando ele foi acompanhar as tomadas em Nova York, ficou surpreso de ver o seu carro pintado de preto e cinza; algo que não havia sido combinado. Mas a Columbia pagou um adicional para ele repintá-lo nas cores originais.

Ecto-1A, do filme Ghostbusters II, de 1989

Ao final, o estúdio adquiriu o modelo, e Steven Dane, da Hardware Consultant, ficou encarregado de construir os três veículos para utilizar nos filmes. Este primeiro veículo acabou ficando como item para divulgação promocional, e não foi utilizado além das cenas iniciais do primeiro filme de 1984. Outros dois exemplares foram preparados e hoje eles estão nos Estúdios Sony, que os restauraram depois de anos em que se deterioraram no depósito.

O Ecto-1 apareceu também em Ghostbusters II (ficando com a denominação Ecto-1A), segundo filme de 1989, recebendo alguns aperfeiçoamentos, especialmente no armamento disponível para capturar os espíritos rebeldes.

Ecto-1 do reboot de 2016

Um novo Ecto-1 baseado no Cadillac Brougham de 1989, com um visual correspondente ao filme de 1984, participou do reboot dos Caça-Fantasmas de 2016, equipado com um reator nuclear, mas acabou destruído para forçar um enxame de fantasmas invasores de volta pelo portal que eles usaram para entrar em nosso mundo.

Com o sucesso do filme, várias mídias publicaram comics, vídeo games em participações solo ou em parceria com outros personagens e universos, tais como Transformers, Lego. Assim, o Ecto-1 acabou assumindo formas e designs diferentes, como autogiro, motocicletas, jato, go-kart, rebocador naval, até um veículo futurista de seis rodas num trabalho para o governo japonês em Tokyo.

GHOSTBUSTERS – OS CAÇA-FANTASMAS


Comédia sobrenatural da Columbia Pictures, lançada em 8 de junho de 1984, o filme conta a história de um grupo excêntrico de parapsicólogos que investiga e captura fantasmas para viver.

Dr. Peter Venkman (Bill Murray), Dr. Raymond Stantz (Dan Aykroyd) e o Dr. Egon Spengler (Harold Ramis), são pesquisadores da Universidade Columbia, de Nova York, onde também dão aulas sobre parapsicologia. Subitamente, sua verba de pesquisa é suspensa e acabam na rua, pois o Reitor os considera charlatães. O trio prefere estudar as manifestações sobrenaturais e aparições de burros, dentre outras coisas do gênero, do que aquilo que a ciência formal considera como paranormalidade.

Sem trabalho, decidem criar uma empresa especializada em casos de aparições sobrenaturais. Compram um edifício desativado do Corpo de Bombeiros, arrematam uma antiga ambulância Cadillac Miller-Meteor de 1959, equipam-na com toda traquitana para capturar as entidades sobrenaturais e até colocam um comercial de TV no ar, para divulgar sua especialidade.

Dan Aykroyd era fascinado pelo paranormal, e quando leu um artigo sobre física quântica e parapsicologia no jornal da American Society Psychical Research, e logo depois assistiu a filmes como Ghostchasers, Aykroyd pensou: “Vamos repetir uma dessas antigas comédias fantasmas, mas vamos usar a pesquisa que está sendo feita hoje, mesmo naquela época havia uma pesquisa plausível que poderia apontar para um dispositivo capaz de capturar um ectoplasma ou materialização, pelo menos visualmente”.

Louis Tully (Rick Moranis), Winston Zeddemore (Ernie Hudson),
Peter Venkman (Bill Murray) e Raymond Stantz (Dan Aykroyd).

A história original, tal como escrita por Aykroyd, era muito mais ambiciosa – e sem foco – do que a que foi filmada. Nela, um grupo de Caça-Fantasmas viajaria através do tempo, do espaço e de outras dimensões, capturando grandes fantasmas. Além disso, os Ghostbusters usariam roupas tipo SWAT e pacotes de Proton para combater os fantasmas e capacetes com viseiras transparentes móveis. Ivan Reitman, que assumiu a direção do filme, comparou o roteiro de Aykroyd a uma “lista telefônica”, de tão grande que era.

Ele logo percebeu que o orçamento não daria para executar tudo o que Aykroyd havia imaginado, apesar de ter gostado da idéia básica. Ele sugeriu uma revisão para chegar ao roteiro final, que Aykroyd e Harold Ramis levaram alguns meses para desenvolver. Os papéis principais foram escritos para John Belushi, Eddie Murphy e John Candy, que formariam a equipe dos Caça-Fantasmas. No entanto, Belushi morreu devido a uma overdose de drogas, e nem Murphy nem Candy podiam se comprometer com o filme por causa de compromissos já firmados, então Aykroyd e Ramis mudaram algumas coisas, inserindo alguns aspectos de ficção científica no esboço final.

Bill Murray foi chamado para o papel de Belushi, e o filme acabou se beneficiando da performance semi-improvisada dele como o Dr. Paul Venkman. Assim, também Rick Moranis assumiu o papel que era destinado a John Candy, como Louis Tully.

Da minha coleção



As minis do Ecto-1 e Ecto-1A são da Mattel, Hot Wheels, e vieram nesta cartela em conjunto. As minis têm rodas especiais e pneus de borracha, e reproduzem os carros do primeiro e segundo filme, de 1984 e 1989.

Referências:

http://ghostbusters.wikia.com/wiki/Ecto-1

http://carros.uol.com.br/noticias/redacao/2016/07/15/ecto-1-de-novo-caca-fantasmas-quase-foi-suv-assista-e-entenda.htm

https://en.wikipedia.org/wiki/Ghostbusters_%28franchise%29

http://www.imdb.com/title/tt0087332/fullcredits?ref_=tt_ov_st_sm

https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Ca%C3%A7a-Fantasmas

https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Ghostbusters_characters

https://www.imdb.com/title/tt0087332/fullcredits

https://en.wikipedia.org/wiki/Ectomobile

https://ghostbusters.fandom.com/wiki/Ecto-1

segunda-feira, 20 de março de 2023

’55 Chevy

Chevy 55 - Tradicional combinação de cor.

Na renovação da linha Chevrolet de 1954 para 1955, os carros foram um grande sucesso no mercado, recebendo as denominações, conforme o acabamento e motorização, como 150, 210 e Bel Air. O grande fator pode ser considerado o novo motor V8 disponível como opcional aos tradicionais seis cilindros em linha, atualizados, mas lançado em 1929. O novo motor V8 com válvulas no cabeçote foi um aperfeiçoamento do V8 lançado no Oldsmobile “Rocket 88”, de 1949, e foi desenhado para ser menor, mais leve e potente do que qualquer V8 da época, e assim, ganhou o apelido de “Small Block”.

Apesar da Ford ter se antecipado com um design renovado para o seu modelo 1949, tanto a GM como a Chrysler demoraram para seguir o novo design, que ficou conhecido como “shoebox” no mercado. O capô foi rebaixado, os paralamas ficaram integrados às laterais da carroçaria e o comprimento foi reduzido em relação à geração anterior dos modelos.

Chevy 210 duas portas

Chevy 55 Duas portas Hardtop

Chevy 55 7 window

Esta geração marcou a oferta de muitos equipamentos, só vistos em modelos mais caros e de segmento superior aos Chevy 150 e 210. Sistema elétrico de 12 volts, ar condicionado, vidros elétricos e bancos reclináveis, direção hidráulica e freios com assistência hidráulica. Outros mimos eram luzes de cortesia, protetores de maçanetas e rádios especiais. Além disso, surgiu a versão Bel Air, com o acabamento top de linha; todos os modelos tinham versões de duas e quatro portas. O outro destaque foi a perua Bel Air Nomad, diretamente baseada no conceito do Corvette Nomad, com suas janelas laterais sem a coluna C, e a tampa traseira que se abria metade para cima e metade para baixo. Seu preço muito elevado acabou levando a baixa produção e logo saiu de linha.

Chevy 55 Bel Air Nomad


Da minha coleção

Os Chevy 55 da Hot Wheels na escala 1:64 são numerosos, e todos os anos há diversos modelos com decorações diferentes. O laranja é da Série Hot Auction de 2010, Mainline, que curiosamente, tem uma versão na cor vermelha com pneus comuns, mas com inscrição BF Goodrich nas laterais; o amarelo com flames é de 2018 (Série HW Flames), e o outro teve os decais removidos para ficar com o aspecto do carro normal de linha. O taxi é da Série Taxi Rods, de 2007.

Chevy 55, da Série Hot Auction de 2010

Chevy 55 da Série HW Flames, de 2018

Chevy 55 da Série HW Flames. de 2018, sem os decais.

Chevy 55 da Série Taxi Rods, de 2007


A Mattel tem diversos castings do Chevy, e muitos acabam confundindo os modelos 150, 210, Bel Air, dos anos 55, 56 e 57.

Chevy 56

Chevy 57

Gasser 55


Referências:

https://en.wikipedia.org/wiki/1955_Chevrolet

https://hotwheels.fandom.com/wiki/%2755_Chevy_(2006)

domingo, 19 de março de 2023

Carros e Filmes: Batmobile The Animated Series


No início da Série Animada, Batman usava um Batmóvel semelhante ao do começo dos anos 1960, com uma grande face de morcego na frente do carro. Este Batmóvel foi criado e era mantido por Earl Cooper e sua filha Marva (no episódio “O Mecânico”); a pedido do Batman depois que seu primeiro Batmóvel foi destruído. Earl Cooper equipou o carro com todo tipo de recursos, como a turbina a jato, ganchos e cabos, assentos ejetáveis, sistema de navegação on-board, sistema de vídeo, lançadores de óleo contra perseguidores, lanças que se projetavam das rodas para se defender/atacar outros veículos; e o Batmóvel se tornou não só um belo carro para se ver, mas um mortal adversário a se enfrentar.

O Pinguim conseguiu rastrear as peças especiais que Earl estava comprando pela Wayne Enterprises, e invadiu sua oficina, e obrigou Earl a transformar o carro numa armadilha para Batman, sob ameaça de matar sua filha Marva. Earl conseguiu avisar Batman e alterar o mecanismo para não causar dano quando acionado. Batman consegue resgatar Marva e prender o Pinguim.


Earl constrói outro Batmóvel, aperfeiçoando os recursos do primeiro, incluindo um gerador de cortina de fumaça, um motor mais potente e a turbina a jato para superacelerações, e reversores para redução de velocidade, lançadores de mísseis; painéis reforçados com titânio, rodas de liga, modo escudo blindado e modo camuflagem, além do sistema computadorizado mais avançado para controle e comunicação com o veículo.

Seu design combina elementos já vistos em diversos Batmóveis, perfil baixo, capô longo com linhas retas, longas barbatanas lembrando asas de morcego, uma frente agressiva com uma grade que poderia ser dos anos 30 a 90. Ele lembra as proporções do Batmóvel de Tim Burton, inclusive o modo de escudo blindado, que protege o carro enquanto estiver estacionado nas ruas, replica o escudo que Tim Burton usou no seu filme.


A Serie Animada de Batman foi lançada pela Warner Bros em 1992, desenvolvida por Bruce Timm e Eric Radomski, originalmente exibida pela Fox Kids de setembro de 1992 a setembro de 1995, num total de 85 episódios. Após o final desta série, a nova temporada foi denominada The New Batman Adventures, com mais 24 episódios. A Série foi aclamada pelo público pelo tom soturno, com roteiros mais adultos e temas complexos, com o design da animação muito elogiado, trilha sonora orquestrada e atores famosos fazendo as dublagens, em destaque para o Coringa, feito por Mark Hamill, o Luke Skywalker, de Star Wars.

A Serie Animada também foi notável pela introdução de novos personagens no universo do morcego, especialmente Harley Quinn, como assistente do Coringa, e que se tornou popular, até ganhando um spin com Suicide Squadron (Esquadrão Suicida, 2016), e ganhou os quadrinhos com a série Birds of Prey (Aves de Rapina). Também a tenente Montoya e Harvey Bullock passaram a integrar o Batverso ao final dos episódios.

Da minha coleção

Batmobile da ERTL

BatCycle da ERTL

Bruce Wayne Car da ERTL

Os Batmóveis da Série Animada basicamente são da ERTL, que havia conseguido o primeiro licenciamento com a Warner Bros para comercializar os produtos. São dela o Batmóvel, o carro de rua de Bruce Wayne, com design semelhante ao do Cord, e a Batmoto com design aerodinâmico.

Hot Wheels "normal"

Hot Wheels com perfurações de balas

Da Mattel, tenho os Hot Wheels, creio que são de antes de 2010, o Batmóvel da Mainline que saiu em 2021; e outros dois com rodas especiais “normal”, e o outro com decais de furos de balas nas laterais da carroçaria. Estes, são do tempo em que eu não fotografava as cartelas, então não tenho informações de que série são, e não obtive dados da Web sobre estes modelos.

Batmobile Hot Wheels 1:50

Ainda da Mattel tenho o Batmóvel em escala 1:50, que saiu numa série com diversos outros Batmóveis, Tumbler (Black e Camouflated), BatPod e The Bat (estes três dos filmes de Chris Nolan), BatCycle, Batcóptero e a BatBoat (estes três últimos do Seriado de 1966).

Referências:

https://hotwheels.fandom.com/wiki/Batman:_The_Animated_Series_Batmobile

https://en.wikipedia.org/wiki/Batmobile

https://batman.fandom.com/wiki/Batmobile_(DC_Animated_Universe)

https://batmantheanimatedseries.fandom.com/wiki/Batmobile

https://batmantheanimatedseries.fandom.com/wiki/Earl_Cooper

terça-feira, 14 de março de 2023

Ford Maverick

O Ford Maverick UnderDog, em construção, de Sun Kang

Sun Kang, o ator que interpreta Han nos filmes da franquia de “Velozes e Furiosos” também é apaixonado por carros, e um deles é o Ford Maverick 1972 que ele customizou em 2016, e na estratégia da Mattel de reproduzir modelos de carros reais, transformando-os em miniaturas Hot Wheels, deu a tarefa a Jun Imai, que fez o Custom Ford Maverick, lançado em 2018 na Série Factory Fresh.

Originalmente, o carro de Kang tinha a denominação de “Project Underdog” ou “UDog”, pegando um Maverick antigo e customizando o carro para o SEMA Garage, patrocinado pela Penzoil, e com a ajuda de três estudantes do ensino médio de Los Angeles (daí o símbolo “U3” visto nas laterais e traseira do modelo). Kang havia decidido levar o modelo pronto a leilão, de modo que todo o valor captado fosse doado ao Memorial Scholarship Foundation, uma instituição que provê suporte financeiro a jovens estudantes que desejam desenvolver suas carreiras na indústria automotiva.

Udog finalizado

O modelo era equipado com o motor brasileiro EcoBoost feito em Taubaté, com quatro cilindros e  2,3 litros, mas com um turbocompressor GReddy, atingia a potência de 400 hp, com uma caixa de seis velocidades, era um conjunto mecânico transplantado do Mustang 2015. Os apliques do body kit eram da Rocket Bunny, o capô era de fibra-de-carbono do modelo Grabber, e alguns detalhes idênticos aos do Maverick brasileiro dos anos 1970.

Um pouco da história do Maverick

Maverick 1970

Carro compacto da Ford americana, feito na plataforma do Falcon, foi lançado em 17 de abril de 1969 para competir com os sedans japoneses Datsun e Toyota, que estavam tomando conta do mercado no início dos anos 70. Na configuração sedã duas portas e tração traseira, seguia um layout parecido com o Mustang, e fez bastante sucesso, com 579.000 unidades vendidas no primeiro ano, quase chegando nos 619.000 que o Mustang conseguiu em 1964. Seu projetista foi Tom Tjaarda, conhecido por ter criado a Ferrari 365 California, o DeTomaso Pantera, o Fiat 124 Spider e o Fiesta de primeira geração (1972), entre outros.

Assim, o Maverick passou a ser fabricado também na Venezuela, Canadá, México e Brasil, onde foi lançado em 1970 e ficou até 1979. Nos EUA, tinha três motores disponíveis, todos com seis cilindros em linha: um de 2.800 cc, com 105 hp; um de 3.300 cc e 120 hp e o outro com 4.100 cc com 155 hp.

O modelo de quatro portas veio em 1971, com um entre-eixos aumentado para maior espaço no banco traseiro, e linha do teto redesenhada com o mesmo objetivo. Neste ano foi disponibilizado um motor V8 de 302 cid (4,9 litros) com 210 hp, e foi lançado o Comet, clone do Maverick na linha Mercury, com diferenças na grade, capô e lanternas traseiras. A versão Grabber também saiu neste ano, e era o pacote esportivo do Maverick, com rodas e pneus mais largos, decoração exclusiva e capô com o capô do motor com duas entradas (falsas) de ar.


No Brasil, o Maverick ficou em produção até 1979, com a motorização dos quatro cilindros de 2.300 cc, seis cilindros de 3.300 cc e o V8 302 cid que equipava o modelo GT. Disputou o mercado brasileiro com o Opala da GM, inclusive nas pistas ficou famoso o Maverick da Equipe Hollywood, pilotado por Luís Pereira Bueno, e até hoje é bem valorizado entre os colecionadores de clássicos brasileiros.

A Ford brasileira, em 2022 deixou o mercado dos automóveis para se concentrar nos veículos comerciais (pick-ups e caminhões), e relançou o nome Maverick numa pick-up na plataforma do Bronco, para competir com a Toro da FIAT e Oroch da Renault; complementando a linha com a Ranger e a F-150, esta última bem maior, típica dos americanos.

Da minha coleção




Os Maverick são todos da Mattel, os Hot Wheels da linha básica (Mainline), azul, dourado e amarelo na versão Grabber. O Maverick Custom que reproduz o carro de Sum Kang vem nas cores azul marinho e outro vermelho. 



O Branco recebeu as rodas da AC Custom, e um motor com compressor pirateado do Rigor Motor.

Custom Ford Maverick, com rodas AC Custon e motor do Rigor Motor


Referências:

https://hotwheels.fandom.com/wiki/Custom_Ford_Maverick

https://en.wikipedia.org/wiki/Ford_Maverick_(1970%E2%80%931977)

https://en.wikipedia.org/wiki/Tom_Tjaarda

https://www.pasmag.com/features/vehicle-features/project-udog-underdog-sung-kang-ford-maverick